O “Doc” é um dos dois únicos exemplares ainda em condições de voo do bombardeiro Boeing B-29 Superfortress, sendo o outro o “FIFI”. Atualmente, o “Doc” pertence à organização sem fins lucrativos Doc’s Friends, Inc., sediada em Wichita, Kansas, EUA.

Construído em 1944 na fábrica da Boeing em Wichita, o “Doc” foi entregue à Força Aérea do Exército dos Estados Unidos em março de 1945. Embora não tenha participado de combates durante a Segunda Guerra Mundial, em 1951 foi convertido para calibração de radar e baseado na Base Aérea de Griffiss, Nova Iorque.

Durante esse período, os membros do esquadrão nomearam seus B-29s com personagens do filme da Disney “Branca de Neve e os Sete Anões”, resultando no apelido “Doc” para esta aeronave. Em 1956, o “Doc” foi retirado de serviço e enviado para a Estação de Armas Aéreas Navais de China Lake para ser usado como alvo de mísseis balísticos.

Em 1987, sob a liderança de Tony Mazzolini, veterano da Força Aérea, iniciaram-se os preparativos para restaurar o “Doc” ao estado de voo. Após negociações e a restauração de um B-25 Mitchell para a Marinha, o “Doc” foi transferido em 1998 para o Aeroporto de Inyokern, onde foi desmontado para transporte até Wichita para restauração.

Após extensos trabalhos de restauração na fábrica da Boeing em Wichita, onde foi originalmente construído, a aeronave foi movida em março de 2007 para o Museu de Aviação do Kansas. Em fevereiro de 2013, a organização sem fins lucrativos Doc’s Friends adquiriu a aeronave. Em 17 de julho de 2016, o “Doc” realizou seu primeiro voo desde 1956, pilotado por membros das equipes de voo do “FIFI”.

Desde então, o “Doc” participa de diversos shows aéreos e oferece voos ao público, servindo como um museu voador e testemunho vivo da história da aviação. Em janeiro de 2019, foi inaugurado o B-29 Doc Hangar, Education and Visitors Center no Aeroporto Nacional de Eisenhower, em Wichita, Kansas, proporcionando um espaço dedicado à educação e preservação da história do “Doc” e da aviação.

FOTOS: @B29DocsFriends no X

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Ozawa

O projeto mais caro da SGM … US$ 45 bilhões em valores atuais para desenvolvimento e produção, superando, e muito, o Projeto Manhattan …

Sem eles, de nada adintariam as bombas atômicas, pois não haveria como lançá-las em território inimigo …

Mazzeo

Será que o “Doc” era um dos B-29 Silverplate ?

Ozawa

O “Doc” não participou de grupos de bombardeios ativos, tampouco me parece ter participado ou sequer pertencido a grupos atômicos …

Palpiteiro

Aviões em chapa polida são lindos. Uma pena as empresas aéreas não terem mais aviões polidos

Leandro Costa

O material das fuselagens mudou.