Canadá investirá em novos helicópteros para responder a potenciais acidentes envolvendo os caças F-35 no Ártico

CH-146 Griffon
O Canadá está prestes a embarcar em um significativo esforço de modernização militar, com planos de investir 18 bilhões de dólares em uma nova frota de helicópteros, conforme relatado por David Pugliese, do Ottawa Citizen. Um dos principais impulsos por trás desse investimento substancial é a necessidade de responder a potenciais acidentes envolvendo os caças F-35 no Ártico. Preocupações sobre a adequação do F-35 para operações no extremo norte surgiram pela primeira vez em 2010, quando críticos destacaram que a aeronave possui apenas um motor, uma possível desvantagem para a confiabilidade no rigoroso ambiente ártico.
Um oficial sênior da Força Aérea Real Canadense (RCAF) revelou esse projeto na conferência International Military Helicopter realizada no Reino Unido em 25 de fevereiro. Os novos helicópteros terão a tarefa crucial de substituir a atual frota de helicópteros Griffon da RCAF, com o reconhecimento de que múltiplos tipos de novas aeronaves rotativas serão necessários para atender às demandas da missão. Um objetivo central da nova frota será fornecer a capacidade de rapidamente garantir a segurança de locais de acidentes com o F-35 caso ocorram no Ártico canadense. Além disso, esses helicópteros estão previstos para uso em operações conjuntas com os militares dos Estados Unidos e para apoiar a missão do Canadá na Letônia.
O compromisso financeiro com esse projeto é substancial, com um total de 18,4 bilhões de dólares reservados para serem gastos nos próximos 20 anos nesses novos helicópteros táticos. Além de seu papel na resposta a possíveis incidentes com o F-35, essas aeronaves também fornecerão apoio crucial às unidades do exército e das forças especiais. O cronograma planejado indica que a capacidade operacional inicial dessa nova frota de helicópteros está prevista para 2033. Discussões com a indústria aeroespacial sobre essa aquisição significativa devem começar no verão.
A preocupação em relação ao design de motor único do F-35 para operações no Ártico não é nova. Em 2010, quando o Canadá decidiu seguir em frente com a compra desse caça, críticos fizeram comparações com a escolha anterior da RCAF pelos caças CF-18, que foram selecionados em parte devido aos seus dois motores, oferecendo maior confiabilidade. O Canadá está atualmente adquirindo 88 aeronaves F-35 dos Estados Unidos ao custo de 19 bilhões de dólares, com um custo total estimado para o ciclo de vida do projeto chegando a 70 bilhões de dólares. Vale destacar que alguns analistas defendem o cancelamento da compra dos F-35, preocupados com possíveis vulnerabilidades estratégicas decorrentes do controle dos EUA sobre atualizações e softwares necessários para a aeronave.
A frota de helicópteros que a nova aquisição substituirá consiste em 82 helicópteros Griffon. Esses helicópteros CH-146 Griffon foram inicialmente adquiridos em 1992 e têm desempenhado papel significativo para as Forças Canadenses, operando em 11 locais pelo país. Em janeiro de 2024, o governo Liberal concedeu um contrato avaliado em mais de 2 bilhões de dólares à Bell Textron Canada Limited para suporte em serviço dos helicópteros Griffon, visando manter a frota operacional até pelo menos meados da década de 2030. Adicionalmente, um contrato separado no valor aproximado de 800 milhões de dólares foi concedido à Bell Textron Canada em maio de 2022 para modificações, assegurando a operação dos Griffon até pelo menos meados dos anos 2030. Esses contratos foram concedidos à Bell Textron Canada por serem o fabricante original e detentores exclusivos dos direitos de propriedade intelectual relativos à frota.
Embora o Departamento de Defesa Nacional do Canadá (DND) não tenha comentado diretamente sobre a nova aquisição de helicópteros, forneceu ao Ottawa Citizen uma cópia da apresentação feita pelo Brigadeiro-General Brendan Cook, diretor-geral de desenvolvimento da força aérea e espacial da RCAF, na conferência no Reino Unido. Embora inicialmente reportada sob as regras de Chatham House, que impedem a identificação do palestrante, os organizadores da conferência posteriormente identificaram o Brigadeiro-General Cook. Sua apresentação também destacou a atual falta de infraestrutura no norte e no Ártico canadense.
FONTE: Ottawa Citizen
Risível esse argumento de que o F35 é monomotor. Só falta agora os helicópteros serem dotados de dois rotores de asas móveis concêntricos. Antes que falem, não, não me esqueci, de que há vários helis com dois, ou até mais, motores, assim como os F35 só tem um único conjunto de asas fixas… Qual é a estatística de quedas de F16 devidas a pane no motor? Quais os principais motivos conduziram a aeronaves de caça serem concebidas e fornecidas com dois motores, tais como o F18 e F15; houve alguma falha de uma turbina de bimotores que tenha sido contornada… Read more »
E o caboclo da fábrica que pode apertar o botão (kill switch) de corte do motor? Hahahaha
“[..] possíveis vulnerabilidades estratégicas decorrentes do controle dos EUA sobre atualizações e softwares necessários para a aeronave.”
Este aqui é o verdadeiro Kill Switch! Se não existirem clausulas contratuais bem amarradas, o fornecedor, justificando razões mil, pode não garantir a atualização e ai em pouco tempo as aeronaves podem ficar com sua capacidade comprometida.
Quantos caças operam no Artico? Se pensarmos na Sibéria, os russos tem predileçao por caças bireatores… claro que não é um argumento definitivo,.mas tem sua logica.
Acho q a politica do governo Trump e a dependencia de um parceiro nao confiavel são um motivo muito mais definitivo para se preocupar com qualquer ativo norte-americano
Como explicado na matéria… O temor é pelo clima extremo no artico… Mas acho que essa conversa deveria ser precedida por uma estatística.
Sabemos que todas as grandes potencias preferem bi-motores… Mas ate onde sempre ouvi falar… Seria mais pela capacidade de gerar mais energia para o radar e principalmente poder carregar muito mais armas.
Em 1996 conheci um piloto canadense de F-18, que ministrou uma palestra sobre operações no Ártico. Foi em Fortaleza, no SIPCO (Simpósio Internacional de Pilotos de Combate). Contou que voam com uma Magnum 357, por conta dos ursos polares, que gostam de devorar pilotos ejetados. Ficou maravilhado com o Brasil. Bebemos muito na Praia do Futuro.
beberam é ? e que mais ? rsrsrs……… sei não hein
Comentário provocativo, sem utilidade…..tsc
Creio que ele se referiu aos “contatos imediatos de terceiro grau” com as cearenses. Espero que seja isso. Fiquei de tradutor.
Se forem inteligentes, comprarão aeronaves europeias, pois adquirir qualquer produto militar durante o governo de Donald “Clown” Trump não seria muito prudente.
Com o Orange Man na casa branca durante os próximos 4 ou 8 anos,não será um país confiável( não que o fossem…) para comercializar.
Para ser justo, esse é o último mandato do Trump, pois a constituição americana limita a 2 mandatos presidenciais na vida (independente de serem consecutivos ou não)