Suspensão de entregas do KC‑46A: rachaduras ameaçam a confiabilidade da frota

A Força Aérea dos EUA suspendeu novamente a entrega do avião‐tanque KC‑46A da Boeing após a identificação de rachaduras em duas de quatro unidades novas. De acordo com informações divulgadas, os defeitos foram detectados nas estruturas primárias e secundárias dos aparelhos.
A medida, anunciada ontem, visa proteger a frota de 89 aeronaves, que já enfrenta uma série de desafios técnicos e atrasos acumulados ao longo do programa. Enquanto a fabricante trabalha na identificação e eliminação da causa das rachaduras, a Força Aérea realizou uma avaliação detalhada em todas as unidades já em serviço, para determinar se o problema se configura como um defeito sistêmico.
Segundo os oficiais, as entregas permanecerão suspensas até que medidas corretivas sejam implementadas e testadas, o que deverá ocorrer às custas da própria Boeing. Analistas do setor apontam que a situação coloca em xeque a credibilidade de um programa que já vem sendo criticado por problemas de qualidade e atrasos na entrega.
A decisão vem em um contexto de pressão para que o governo norte-americano garanta a confiabilidade dos equipamentos que compõem sua frota de reabastecimento aéreo. Especialistas destacam que, embora as rachaduras não comprometam imediatamente a segurança de voo, sua existência levanta preocupações sobre a durabilidade e a integridade estrutural dos tanques, fundamentais para as operações de reabastecimento em voo.
Enquanto as investigações continuam, os órgãos de fiscalização e a própria Boeing reafirmam o compromisso de solucionar o problema o quanto antes, para que o programa KC‑46A retome seu cronograma de entregas sem prejuízo para as operações militares dos EUA.
Programa problemático
O programa do avião-tanque KC-46 da Boeing, desenvolvido para substituir os antigos KC-135 da Força Aérea dos EUA, enfrentou múltiplos desafios desde sua concepção em 2000. Inicialmente, a Força Aérea buscava um contrato de leasing para aeronaves KC-767, mas em 2003, o contrato foi cancelado após um escândalo de corrupção envolvendo um alto funcionário da Força Aérea. Em 2006 e 2009, o programa passou por sucessivas redefinições, com o contrato sendo vencido pela equipe Airbus-Northrop Grumman em 2008, apenas para ser anulado após protestos da Boeing.
Em 2011, a Boeing finalmente venceu a concorrência para o fornecimento dos novos tanques de reabastecimento KC-46. No entanto, problemas de produção e design atrasaram a entrega planejada para 2016. A primeira entrega efetiva ocorreu apenas em 2019, com falhas de controle de qualidade e um custo adicional de US$ 100 milhões para redesenho do boom de reabastecimento. Em 2021, os custos do programa ultrapassaram US$ 5 bilhões, consolidando-se como um dos programas militares mais problemáticos em termos de atrasos e orçamento.
Contratos Iniciais e Cancelamentos (2001–2011)
No início dos anos 2000, a Força Aérea dos EUA tentou substituir seus tanques KC-135 arrendando 100 Boeing 767 (KC-767). Esse acordo enfrentou críticas por custos e denúncias de corrupção, levando a uma suspensão em 2003 e ao cancelamento formal do contrato em 2006.
Em 2007, a USAF lançou uma nova concorrência (programa KC-X) para um tanque substituto. Em fevereiro de 2008, o consórcio Northrop Grumman/EADS (Airbus) foi selecionado com sua oferta KC-30 (A330 MRTT), mas a Boeing contestou o resultado.
Em junho de 2008 a auditoria do GAO deu razão ao protesto, constatando falhas no processo, o que levou ao cancelamento do contrato KC-45A da Airbus. A decisão final ficou para a administração seguinte: em fevereiro de 2011, o Departamento de Defesa anunciou a Boeing como vencedora do KC-X, adjudicando um contrato para 179 aeronaves KC-46A Pegasus (derivadas do Boeing 767) avaliado em cerca de US$ 35 bilhões. Esse contrato de desenvolvimento e produção ficou estabelecido como preço fixo, cabendo à Boeing arcar com eventuais custos excedentes além do valor acordado.
Desenvolvimento e Desafios Técnicos (2011–2018)
O KC-46 entrou em desenvolvimento em 2011, com planos iniciais prevendo a entrega de 18 aeronaves de capacidade operacional inicial até 2017 e todas as 179 até 2028. O cronograma, porém, rapidamente enfrentou atrasos devido a diversos problemas técnicos. Durante a fase de engenharia, descobriram-se falhas no projeto elétrico e de combustível da aeronave: em 2014, a Boeing precisou redesenhar fiações que não atendiam aos requisitos de redundância, adiando o primeiro voo de teste; em 2015, defeitos no sistema de combustível exigiram modificações e retrabalho, gerando um custo extra de US$ 835 milhões e novos atrasos. Esses contratempos comprometeram o cronograma de testes e certificação.
O primeiro voo de um KC-46 totalmente equipado ocorreu apenas em setembro de 2015, e problemas adicionais (como questões de software e integração) continuaram a surgir nos anos seguintes. Em 2016 e 2017, avaliações independentes já indicavam que a meta de entregar os primeiros lotes em 2017 não seria cumprida. De fato, por volta de 2018 o programa estava cerca de três anos atrasado em relação ao plano original, com a Boeing ainda trabalhando para resolver pendências técnicas críticas.
Entregas, Deficiências e Custos (2019–presente)

A USAF começou a receber os KC-46A somente em janeiro de 2019 – aproximadamente três anos além do previsto. As primeiras unidades foram entregues sob aceitação condicional, pois apresentavam deficiências técnicas graves ainda não resolvidas. Em especial, dois problemas de Categoria 1 permaneciam: imprecisões no sistema de visão remota (Remote Vision System, RVS) que o operador usa para conduzir o boom de reabastecimento, causando distorção da imagem em certas condições de iluminação, e uma tensão excessiva no braço de reabastecimento (boom) ao abastecer aviões leves como o A-10.
Devido a isso, a USAF reteve parte dos pagamentos até que a Boeing apresentasse soluções aceitáveis. A Boeing e a Força Aérea acordaram em 2020 um plano de correção do RVS (um redesenho completo denominado “RVS 2.0”) com custos assumidos pela Boeing, além de modificações no boom. Mesmo após a entrada em serviço, outras falhas vieram à tona, como vazamentos de combustível em voo, problemas no travamento do piso de carga e detritos esquecidos durante a montagem, levando a inspeções extras e paralisações temporárias de entrega para correção dos processos de qualidade.
Apesar dos obstáculos, o KC-46 atingiu marcos operacionais gradualmente – por exemplo, em 2019 iniciou-se o teste e avaliação operativa inicial, e em 2021 o tanker já podia realizar parte das missões de reabastecimento, embora ainda com restrições. As entregas continuaram em lotes: até março de 2020, 31 aeronaves haviam sido entregues à USAF, e aproximadamente 70 unidades estavam em mãos da Força Aérea em meados de 2023 (com a frota final de 179 prevista para meados da década).
Financeiramente, o programa também enfrentou grandes desafios. O contrato de preço fixo limitou a parcela paga pelo governo no desenvolvimento a US$ 4,9 bilhões (incluindo as quatro aeronaves de teste iniciais), de modo que qualquer estouro de custo recaiu sobre a Boeing.
Com os diversos atrasos e retrabalhos, os custos excedentes escalaram significativamente: já em 2018 estimava-se mais de US$ 1,3 bilhão acima do teto contratual do desenvolvimento devido a problemas de projeto, valor que foi arcado pela empresa. A situação piorou com cada contratempo técnico – a Boeing registrou encargos sucessivos no programa KC-46, totalizando cerca de US$ 5,4 bilhões em overruns até 2021. Esses prejuízos continuaram a crescer nos anos seguintes; em 2022 e 2023, novos ajustes elevaram o déficit acumulado para mais de US$ 7 bilhões além do previsto, valor inteiramente absorvido pela Boeing.
Selo Boeing de qualidade.
Boeing sendo boeing
Depois das declarações de Sr. Orange, me parece que os EUA não são mais os EUA. O problema me parece sistêmico. Sei lá, talvez tenha sido o COVID!
Ohhhh que admirável.mundo novo que tem pessoas assim
Depois das décadas de problemas no programa do F-35 e de todas as burradas da Boeing com o 737 Max, a culpa da incompetência generalizada é do sr. Orange?
Acho que tem aquele filme do Tarantino que tem o Sr White, o Sr Pink.. que quer trocar a cor. O Sr Black.. o Sr Green. Não lembro do Sr Orange
Quais declarações?
Acho que dizer cosias do tipo: “A Ucrânia causou a guerra”, “Zelensky está buscando a terceira guerra mundial”…
Se a Boeing estivesse projetando um reabastecedor do zero, como aconteceu com o KC-135, eu entenderia os problemas do KC-46.
Mas a conversão de uma aeronave que a Boeing fabrica a 40 anos, não deveria ser tão difícil assim. Especialmente em uma empresa que passou a maior parte de sua vida sendo “uma compania de engenheiros”.
O problema começou quando saíram os Engenheiros da Gestão e entraram os gestores Financeiros. Foi ladeira abaixo.
Em um dos capítulos do livro “23 Coisas que Não nos Contaram Sobre o Capitalismo: os Maiores Mitos do Mundo em que Vivemos – Como Reconstruir a Economia Mundial”; de Ha-Joon Chang, escrito pouco depois da crise de 2008, o autor coreano questionou quão caros eram os CEOs norte americanos comparados com os seus pares ao redor do mundo, dado que a rentabilidade (ROE) destas empresas eram semelhantes a dos seus concorrentes estrangeiros. Este ganho desproporcional estava vindo de uma ampliação da distribuição de dividendos(bônus) em detrimento da queda dos investimentos realizados pelas Cias dos EUA. Chang afirmou que esta… Read more »
Há muito tempo parade que a Boeing deixou de ser uma companhia de engenheiros para ser uma de homens de negócios, vorazes por dinheiro, que só se importam em garantir o maior número de contratos possíveis
Pra quem produziu B-52 e KC-135 que voaram uns dias depois de Santos Dumont colocar o 14 Bis no ar, realmente é lamentável chegar nesta situação.
??? Não sabia que o B-52 voou no dia 30 de outubro de 1906!
Correto, Clésio, falhas estruturais em uma aeronave que está em produção há mais de 40 anos, não dá.
Que projeto bem enrolado….
Que empresa enrolada
Airbus deve estar adorando essa “concorrência”.
Se ela ficar parada na sombra, já está na vantagem.
ObLockheed ainda vai comprar a Boring
Os enrolados comprando os incompetentes. Vai ser interessante
Riso.. eu estou curioso para ver o que vai sair de uma Boeinheed.. ou de uma Lockhoing.. .
Estou pensando em um C130 5G Maxx
Décadas desenvolvendo tecnologias pioneiras, líder na produção e comercialização de muitos dos melhores equipamentos do mercado, e agora essa sequência de erros, alguns de amadores.
Quiseram dar um passo maior que a perna
no desenvolvimento e produção.
Deveriam ter aprimorado os produtos que tinham enquanto novas tecnologias amadurecem.
Não é isso. Esse desastre atual da Boeing se deu quando a financeirização tomou conta da companhia, após a fusão . Trocaram CEOs engenheiros por CEOs que só pensam em balanços trimestrais e em cortar “custos” para engordar dividendos. Aí estão os resultados. Gambiarras tipo o MAX e incapacidade crônica de manter a produção com qualidade após demissões em massa do corpo técnico. Como se produtos tecnológicos altamente complexos como aviões se fizessem sozinhos.
Depois que apresentaram o X-32 tudo desandou.
“Deveriam ter aprimorado os produtos que tinham enquanto novas tecnologias amadurecem.”
Foi exatemente o que fizeram por motivos que o Sequim já colocou acima.
A Boeing está vivendo um inferno astral. Melhor fazer um despacho na encruzilhada…
Tomar um passe pra tirar a urucubaca!
Vende tudo para a Lockheed e aposenta todo mundo
É a maldição da EMBRAER, por não terem se fundido a Empresa Brasileira agora se danaram.
Como dizem na gíria: “Dormiram com a lavadeira, e não quiseram pagar ela” agora “Guenta”
E diziam que a Boeing seria a tábua de salvação da Embraer.
Acabaria sendo inverso, a Embraer que salvaria a Boeing.
Tem gente que diz que uma pode ser a tábua de salvação da outra em uma nova parceira. A Boeing precisa da expertise em engenharia, controle de qualidade e processos da Embraer, enquanto que a Embraer poderia usar a grana injetada pela Boeing para novos desenvolvimentos. Sinceramente acho isso impossível atualmente, mas faz algum sentido. O que é mais interessante é a Embraer obter o maior lucro de sua história recentemente.
Não faz nenhum sentido. Não para a Embraer.
A Embraer não precisa de dinheiro da Boeing para novos desenvolvimentos. A Embraer está indo muito bem e conseguirá tocar seus projetos como sempre conseguiu, sozinha.
Isso nem faria sentido, primeiro porque não seria mais Embraer, depois porque os projetos que a Embraer tem hoje dificilmente seriam mantidos como são. A Boeing ia meter o dedo em tudo, com a possibilidade de estragar. E outros projetos poderiam ser descartados.
Você não entendeu. O que foi sugerido não é uma aquisição. É uma parceria. No passado, Embraer e Boeing foram parceiras por anos e anos até a fuleiragem da Boeing. E sempre se precisa de dinheiro para tocar novos projetos. Com mais grana para investir, os riscos de novos projetos diminuem. Menos risco é sempre uma boa. Em troca, a Embraer ajudaria na engenharia e outros pontos em que a Boeing precisa urgentemente reinventar a roda. O problema disso é o mal estar que existe entre as duas empresas aoós a felizmente mal fadada tentativa de aquisição da aviação comercial… Read more »
Ainda esse papo? Segundo o acordo, 80% da aviação comercial seria vendida para a Boeing, como o novo negócio se chamando Boing Brasil Commercial. Ótima parceria essa. Parceria Caracu, onde os americanos entrariam com a cara.
E nada impediria que a Boeing não comprasse os 20% restantes depois.
Como costumamos dizer aqui no nordeste: “você é menino?”
A Boeing mataria a Embraer e destruiria a qualidade de seus produtos. Melhor manter distância dessa gente
Leia acima.
Está colhendo o que foi investido. Está a mais de 10 anos sem lançar um produto novo.
Eu concordo.
A Embraer também enfrentou problemas: o Praetor sofreu atrasos sistêmico devido o desenvolvimento do FBW, se obrigado a contratar a BAE e trazer todo o trabalho para dentro da companhia. Vá lá, a culpa não foi dela.
A perda de um KC390 deve de ser absorvida pelo caixa da empresa.
O que seriam estruturas primárias e secundárias do aparelho?
A grosso modo, estruturas primárias são responsáveis pela integridade estrutural da aeronave, normalmente são as longarinas das asas, estrutura da fuselagem, estabilizadores verticais e horizontais, fixação de motores. Falha em estrutura primária normalmente é caixão e vela preta. Estruturas secundárias são portas, carenagens, pisos, painéis de acesso, radome, etc.. Nem a estrutura primária nem a secundária são projetadas considerando falhas, porém nas secundárias a falha tem severidade diferente, permitindo o pouso em emergência em muitos casos. Pouquíssimas aeronaves, e somente as de uso militar como o A-10 e o Su-25, consideram modos de falha com chance de sobrevivência uma falha… Read more »
Um fato citado nas matérias publicadas a respeito é que as trincas (e não “rachaduras”, que é um termo leigo) afetaram principalmente estruturas na fuselagem e vinculadas à distribuição de combustível. Isso denota, ao que me parece, que há uma distribuição de esforços não bem adequada decorrentes de variadas condições de peso distribuido ao longo das diversas etapas de rebastecimento. Por exemplo, momentos torçores e momentos fletores; isso dá a entender que houve uma falha muito grande nas simulações numéricas das estruturas e a qual, que é bem típica de projetos mal realizados, deveria ser melhor detalhada. Isto é típico:… Read more »
Salve!
Procurei a notícia original, que também não informa onde e as extensões dessas rachaduras. E trata do atrasos, parte decorrente do sistema de visão noturna e reabastecimento e da própria lança, bem como do probkena citado por você, vazamentos de combustivel. Mas o principal problema dos atrasos está na cadeia de suprimentos. Recentemente a Azul recebeu um E2 novo de fábrica, mas a aeronave não será utilizada para voos, e sim canibalizada.
Creio q vc está enganado. Nenhum E2 novo será canibalizado. Ninguém compra avião novo pra canibalização. Compram suprimentos. Por isso tem pós venda.
A indústria aeronáutica anda azarada.
Você quis dizer “a Boeing”. Os outros fabricantes vão muito bem, obrigado.
Como que uma empresa do tamanho da Boeing, com a importância que eles têm, não consegue desenvolver um mero tanker? Isso Com o dinheiro que eles têm???
Símbolo da incompetência. Aposto que a Embraer já teria conseguido fazer algo semelhante ou até melhor, em menos tempo e por uma fração do valor.
Não era melhor terem escolhido o MRTT? Mas puxaram o tapete… deu nisso. Eles podem!
A330MTT na USAF pode virar realidade
A essa altura, com a quantidade de Pegasus já entregue, acho bem difícil
Claramente a USAF deveria ter feito o contrário do F-35 dessa mesma forma.
O que seria o contrário do F-35?
Foi o corretor, quis dizer “contrato”
Dá até preguiça de ler sobre as novelas dos contratos militares da USAF. É sempre a mesma bagunça
Que saco essa história de “waiting for approval”. Pode deletar as mensagens
É assim mesmo. 237% dos meus comentários no Aéreo e 331% no Forte são submetidos para análise. E sabe-se lá porque, no Naval sou uma pessoa feliz!!!
Esse avião é um problema atrás do outro, a Boeing precisa voltar a ser uma empresa de engenharia de ponta comandada por engenheiros preocupados com a qualidade e não com gastar menos comprando o mais barato como uma empresa de capital e não de engenharia!
Tem que informar o nome da cia na manchete da matéria. A ausência desta informação crucial da margem a outras interpretações….
Olha falhar na estrutura é algo horrível, pois se a estrutura não é boa já sabemos que o avião não presta, simplesmente isso, dependendo do que for o problema, melhor desenhar uma nova estrutura do zero, mas esse aviçao que saiba é uma deirvação de um avião comercial, como que eles conseguiram destruir um avião comercial
Make Airbus great forever.
A estrutura do KC-46 é a mesma do 767-200 que voa a mais 40 anos. Não faz sentido encontrar rachaduras em estruturas primárias e secundárias num projeto tão antigo e consolidado.
Prezado Rocha: o problema reside, na minha forma de enchergar, exatamamente nisto, ou seja, a estrutura de uma grande aeronave de transporte de passageiros não é diretamente adequada para ser utilizada, sem grandes adequações, a um reabastecedor militar. Há muitas distintas condições estruturais que requerem uma análise/detalhamento específicos e não tão simples assim. Por exemplo, na região da cauda, quando do uso civil, o 767 não possui a incidência de esforços tão grandes quanto na versão KC46. Imagina a fuselagem sofrendo de momentos fletores adicionais, aplicados no centro de sustentação, localizado entre as asas, devidos aos esforços oriundos la da… Read more »
O mais interessante é que os IAI converte 767 em KC-767 já há décadas, são aviões que estão em operação na Colômbia, Japão e Itália sem nenhum problema, alguns inclusive estão sendo aposentados em virtude do KC-46.
Exatamente caro Tutu. La em Israel a conversão é realizada por um meio profissional altamente militarizado e ciente das condições operacionais distintas. Suspeito que na Boeing eles tenham utilizado basicamente profissionais civis especializados em…finanças.
Espero que nossos MRTT sejam adaptados em Israel…
Olha o KC390 ai USAF!!!!!
Esperamos que sim. né Marcelo! Pra mim o binômio KC390 e o A10 (ou quem o substitua) é perfeito. O KC390 é um vetor concebido para voar em condições extremas (incluindo estruturais) muito mais apropriado em voos baixos do que o 767….Manobras mais bruscas não são do gosto do 46…
É impressionante a incapacidade americana de construir um simples avião tanque sem defeitos! O pessoal da Airbus devem estar rindo muito a uma hora dessas, pois o A330 MRTT voa em diversos países, sem defeitos críticos como esses do KC-46! A USAF tem sofrido muito nessas últimas décadas com diversos projetos: V-22 Osprey com alta taxa de acidentes e várias vezes impedido de voar por conta de problemas, F-35 não precisa nem mencionar a quantidade de dor de cabeça que esse avião deu e continua dando à USAF, e agora o KC-46, um simples avião tanque, desenvolvido sobre a base… Read more »
Quem foi a boeing… Antes sinônimo de eficiência e excelência e agora não é nem sombra do que foi…
Nem sua divisão de defesa está bem…
Impressionante o monte de erro de projeto e o prejuízo financeiro.
Bom para a EMBRAER ! Quem sabe ,agora, ela emplaca o KC 390 que vinha desenvolvendo para a USAF e foi abortado !