Novo sistema de Guerra Eletrônica do F-15 é considerado ‘efetivo’, mas capacidades em combate ainda são incertas

F-15EX Eagle II
O conjunto de guerra eletrônica Eagle Passive/Active Warning Survivability System (EPAWSS), que protege os caças F-15E e F-15EX da Força Aérea dos EUA em ambientes hostis, foi considerado “operacionalmente efetivo”, segundo um relatório recente do Pentágono. No entanto, as avaliações do sistema não puderam testar completamente seus limites devido a restrições nos campos de testes e à necessidade de manter certas capacidades em sigilo para evitar que adversários obtenham informações sobre sua performance.
O relatório de 2024 do Escritório de Testes e Avaliação Operacional (DOT&E), assinado pelo diretor interino Raymond D. O’Toole Jr., indicou que o EPAWSS demonstrou ser adequado para operação e resistente a ameaças cibernéticas no ambiente de teste. Contudo, as limitações dos campos de provas, um problema comum em avaliações de guerra eletrônica, impediram uma análise mais aprofundada do desempenho do sistema. Para superar essas dificuldades, a Força Aérea tem priorizado testes em ambientes simulados e exercícios virtuais para evitar exposição indesejada a possíveis adversários.
Os testes foram conduzidos entre agosto de 2023 e janeiro de 2024 nos campos de testes de Eglin (Flórida) e Nevada, onde o sistema foi avaliado em missões de combate aéreo contra aeronaves de quarta e quinta geração da Força Aérea e da Marinha dos EUA. Embora o sistema tenha apresentado resultados promissores, algumas deficiências foram identificadas, incluindo alarmes falsos frequentes e dificuldades na utilização do software gerador de dados de missão. Além disso, a logística e o suporte ao sistema ainda não atingiram maturidade suficiente para serem considerados representativos para operações reais.
Apesar dos desafios, a Força Aérea dos EUA aprovou a produção em larga escala do EPAWSS no início de 2025 e concedeu à Boeing um contrato de US$ 615,8 milhões para a instalação dos kits. Os primeiros F-15E já começaram a receber a atualização e estão sendo reintegrados ao serviço ativo. O relatório do Pentágono recomenda que a Força Aérea continue a aprimorar o sistema, testar sua eficácia contra simuladores de ameaças modernas e solucionar problemas operacionais para garantir sua plena capacidade em cenários de combate real.
Pelo visto tanto o F15 como o F16 ainda vão ainda “queimar muita lenha” (longos anos na ativa), sofrendo upgrade de eletrônicos/mísseis/bombas e partes mecânicas também.
Vida longa ao fantástico F15
Você está certo. Além das atualizações de sistemas de armas, guerra eletrônica, aviônicos diversos, sistemas de proteção e do avanço das capacidades de mísseis BVR por exemplo, o sucesso do F-15 e do F-16 na USAF, se deve muito a infraestrutura de apoio dessas aeronaves em combate, como aeronaves AWACS, ELINT, REVO. O F-15 e F-16 são longevos não apenas pelas suas atualizações, mas pelo conjunto da obra das capacidades da USAF.
Geração 4++ ainda tem lenha pra queimar por mais 40 anos, e isso nivelando por baixo.
É totalmente possível imaginar caças de 5° e 6° geração convivendo com F-15 e F-16.
Um das justificativas de venda (de marketing na verdade) da Boeing pro EX custar tanto (parelho com o 35) é que a célula já vem certificada pra 20 mil horas de vôo (o 35 acho q é certificado pra 8 mil) . São aviões com propósitos diferentes, mas é um nicho de mercado que algum comprador pode considerar, ao invés de comprar x 35, comprar menos e complementar com o EX, que vai rodar ai mais 40 (ou mais, dependendo de futuras atualizações e overhauls) anos. No nosso caso voaria até 2300, tendo os F-5 como base, mas tou considerando… Read more »
Acho que caças como F-15EX não serão usados em missões de superioridade aérea e nem em ataques de profundidade contra inimigos Top de linha, mas poderão participar de missões ofensivas com uso de mísseis de muito longo alcance, e em missões defensivas podendo ser iguais a Ucrania faz, mantém os caças na retaguarda profunda, usa para destruir mísseis e drones e para disparar mísseis de ataque de longo alcance. Após a destruição das defesas antiaéreos e dos caças inimigos, aí estes caças podem ser enviados para a linha de frente e realizar missões dentro do território inimigo, levando mais munição… Read more »
O que você descreveu como modo de operação da Ucrânia (e que está correto), cabe também para a rússia, que realiza ataques com aeronaves ainda de dentro de seu território. E o que você descreveu como sendo um modo de operação do F-15, não sendo usado em ataques profundos contra inimigos top de linha, cabe perfeitamente para a família Su-27, Su-30, Su-35, etc.
Caças de geração 4++ são tipo a metralhadora browing ou o B-52/TU95, a plataforma é perfeita pra certos ambientes e vai continuar sendo por muito tempo
Como não poderia deixar de ser, são os cavalos de batalha dos EUA, que aguentam tranco pesado, enquanto isso o F-22 reina absoluto, ninguém o superou até hoje, impressionante!.
É a velha história, você somente conhece as capacidades-qualidades-defeitos dos Sistemas de Armas quando são testados, na prática, em combate real e dentro das especificações para as quais o Sistema ou Equipamento foi projetado para funcionar de maneira ideal.
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Até que isso ocorra e em tratando-se dos USA, esse sistema não demora a entrar em ação.
Mais um ataque à guerrilheiros de sandálias do Iêmen ou um casamento no interior do Afeganistão? Quem já testou certos sistemas de armas americanos em combates que podem ser considerados como relativamente reais foi Israel. Os EUA até podemos considerar, mas foi no Vietnã e deu no que deu.
Israel testa equipamentos americanos com muita frequência, apesar de modificados, são “made in USA”.
Das 104 vitórias, muitas são americanas, pô. Mas não se preocupe, foram encomendados 50, salvo engano, pra IAF. Não dá pra saber se o sistema de guerra eletrônica vai ser o mesmo, o bom é que se não for, eles dizem (como fizeram com outros modelos). Pelo menos até entregar né
Não vai faltar missão
Guerra do Golfo, Guerra do Iraque, Guerra da Bósnia e Guerra do Kosovo não contam como testes relativamente reais pelos EUA? Outrossim existe um embate de alto nível ao realizar um ataque que contrapõe ataques aéreos e ataques com forças especiais. O custo-benefício para as forças atacantes é o principal e a meu ver a opção para invadir um casamento no interior do Afeganistão com forças especiais num ambiente altamente contestado contra um alvo extremamente difícil de rastrear ou então comprometer uma divisão de fuzileiros navais ou paraquedistas para limpar e fazer varredura de uma grande área, muitas vezes urbana,… Read more »
Meu sonho pro Brasil seria esse ou o Euro do novo tranche (que tem aquele radar). Mas meu sonho também é uma cobertura triplex (ou maior) na beira-mar, mas eu não posso pagar. Nem a gente pode por esses aviões. Mas sonhar ainda é de graça.
Eu tbm sempre quis o F-15 na FAB, é meu avião de quarta geração favorito, mas sei que é impossível
Sonho antigo. Sonho atual tem que ser 5G no curto prazo ou 6G no médio.
O Brasil só gasta rios de dinheiro com o GTE, este não tem limite de gastos, mas com defesa eles contam as migalhas….
Carregando o piano por mais uns 20 anos.
Junto do B-52 será uma das poucas aeronaves norte-americanas a cruzar os 70 anos de serviço ativo.
Não tomaria por surpresa de ver o F-35 aposentado enquanto o F-15 continuaria voando por aí.
Isso é certo, B-52 passa dos cem anos de operação, seguidos de F-15 e F-16.
Essa foto mostra como as linhas clássicas são belas.