‘Um pequeno gigante contra a frota’: O FMA IA-58 Pucará em ação nas Malvinas e sua história

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Por Luiz Reis*

Do “AX-2” para o “IA 58 Pucará”:

Na década de 1960 a Guerra do Vietnã demonstrou que os rápidos, mas barulhentos e pouco manobráveis, aviões de ataque ao solo convencionais a reação não eram eficientes no combate aos guerrilheiros vietcongs, muito bem escondidos na densa mata de selva da região. Assim, as indústrias de aeronaves militares pelo mundo começaram a desenvolver diversos projetos para atender essa demanda.

Em 1966, a Dirección Nacional de Fabricación e Investigación Aeronáutica (“Direção Nacional de Fabricação e Investigação Aeronáutica”) – DINFIA, da Argentina, estabeleceu parâmetros para a criação de uma aeronave de ataque leve, o que resultou no projeto “AX-2” (ou “A-X2” em algumas fontes), uma aeronave especificamente projetada para a missão de contra-insurgência (COIN). Para acelerar o processo, utilizou-se como base o desenho do bimotor de transporte de fabricação nacional IA 50 Guaraní II.

O primeiro voo do protótipo do AX-2 ocorreu em 20 de agosto de 1969. Naquele momento a aeronave tinha sido renomeada para FMA IA 58 “Delfín” (“Golfinho”), logo depois redenominado como “Pucará” (palavra do idioma quechua indígena que significa “Fortaleza”). A aeronave seria fabricada pela então “Fabrica Militar de Aviones – FMA” (atualmente “Fabrica Argentina de Aviones – FAdeA”). Propulsionado por dois motores turboélices Garrett TPE331, de 575 HP, não obteve o desempenho esperado. Para corrigir a falha, o segundo protótipo foi equipado pelos mais potentes propulsores Turbomeca Astazou, de 965 HP, com o primeiro voo da aeronave com os novos motores no dia 6 de setembro de 1970. Os resultados foram satisfatórios com esse novo propulsor, o primeiro protótipo foi repotencializado com o Astazou e o motor foi escolhido para produção, cuja primeira aeronave de série voou em meados de 1974. Recebeu o indicativo A, de Ataque e foram matriculados de A-501 a A-607.

O Pucará é de construção convencional, toda em metal (principalmente duralumínio). As asas têm sete graus de diédrico nos painéis externos e são equipadas com abas com fenda no bordo de fuga. O IA 58 tem fuselagem esbelta, a cauda em “T” e uma cabine em tandem (assentos um atrás do outro); a tripulação usa os assentos ejetáveis Martin-Baker Mk 6AP6A zero/zero e são fornecidos com controles duplos e boa visibilidade da cabine. O design aerodinâmico bastante limpo permite ao Pucará atingir velocidades relativamente altas e uma boa estabilidade de voo, parâmetros superiores às do norte-americano Rockwell OV-10 Bronco, outra aeronave da mesma categoria. Por outro lado, o IA 58 não possui compartimento de carga dentro da fuselagem como solicitado para a aeronave dos EUA.

O Pucará foi projetado para operações em pistas curtas e acidentadas. O trem de pouso triciclo retrátil, com uma roda de nariz única e duas rodas principais retraídas nas naceles do motor, era equipado com pneus de baixa pressão para se adequar às operações em terreno acidentado, enquanto as pernas do trem de pouso são altas para poder ser equipado com uma boa carga de armas. Três foguetes JATO poderiam ser instalados sob a fuselagem para permitir decolagens extra-curtas (até 80 metros, menos do que um campo de futebol). O combustível é alimentado por dois tanques de fuselagem com capacidade combinada de 800 litros e dois tanques autovedantes de 460 litros nas asas.

Os canhões e as metralhadoras do Pucará lembravam as aeronaves da época da Segunda Guerra Mundial, consistindo em dois canhões Hispano 804 de 20 mm montados sob a cabine com 270 tiros cada e quatro metralhadoras de 7,62 mm Browning FN montadas nas laterais da fuselagem com 900 tiros cada. Três pontos duros eram equipados para transportar uma variedade de armas como bombas, foguetes ou tanques de combustível externos, com um ponto duro de 1.000 kg de capacidade montado sob a fuselagem e os dois pontos duros restantes com capacidade de 500 kg sob as asas. A carga máxima de armas externas era de 1.620 kg. Os armamentos da aeronave eram orientados por uma mira bastante simples.

As primeiras unidades foram entregues em maio de 1975 a Força Aérea Argentina (FAA), equipando o 2° Escuadrón de Exploración y Ataque, parte da III Brigada Aérea, na BAM (Base Aérea Militar) Reconquista, situada ao norte da província de Santa Fé. As novas aeronaves tiveram sua estreia operacional no final de 1975, quando vários Pucarás realizaram ataques de contra-insurgência de Córdoba contra guerrilheiros comunistas do ERP na província de Tucumán como parte da “Operação Independência”, com destaque a um ataque de um elemento (duas aeronaves) realizado com bombas e napalm (bombas incendiárias de gasolina gelatinosa) contra posições guerrilheiras no Montes Tucumanos. Durante o Conflito de Beagle (uma “quase guerra” da Argentina contra o Chile, no final de 1978, pela disputa pela posse no Canal de Beagle, na fronteira sul do país) dois esquadrões de Pucarás, com dez aeronaves cada, foram destacados para a Patagônia e colocados em prontidão de combate.

Em ação na Guerra das Malvinas (1982)

Durante o conflito no Atlântico Sul, cerca de 60 IA 58 haviam sido entregues, mas cerca de 34 a 45 aeronaves (segundo as diferentes fontes) estavam operacionais. Inicialmente doze Pucarás foram revisados e enviados para o Teatro de Operações Malvinas (TOM), todos eles, assim como todas as aeronaves da FAA, subordinadas a “Força Aérea Sul” (FAS – Fuerza Aérea Sur), sediada em BAM Comodoro Rivadavia, que coordenava as operações aéreas da Força Aérea Argentina na região durante a guerra.

Voando inicialmente em esquadrilhas de quatro aeronaves, faziam voos diretos do continente para a BAM Malvinas em Puerto Argentino (como foi redenominada Port Stanley, a capital das Ilhas Malvinas, após a “Operação Rosário” realizada no dia 2 de abril de 1982). Voavam a baixíssima altura para evitar radares inimigos e eram orientados por aeronaves do “Esquadrão Fênix”, pois os Pucarás não possuíam radar e seus instrumentos de navegação eram bastante simples. Como podiam voar a mais de 3.500 Km de distância em configuração de translado, com tanques externos, faziam o trajeto com relativa facilidade, apesar do voo durar quase três horas de voo sobre um gelado mar.

Pucarás na BAM Malvinas

Como o Pucará podia operar em pistas curtas e não pavimentadas, as aeronaves foram destacadas para outros lugares que não apenas o aeroporto de Stanley, agora transformado em base aérea, a BAM Cóndor (situado em Pradera del Ganso, ou Goose Green) e o Aeroporto de Puerto Calderón (Pista de Pouso da Ilha Borbón, ou Pebble). Durante o mês de abril de 1982 os Pucarás efetuaram missões de patrulha e reconhecimento, além de treinar exaustivamente para combaterem os ingleses que já estavam se aproximando das ilhas em uma grande e poderosa Força-Tarefa.

No dia 1º de maio de 1982, um ataque aéreo britânico realizado por um revolucionário caça de decolagem curta/pouso vertical British Aerospace (BAe) Sea Harrier FRS.1 na BAM Cóndor destruiu um Pucará que estava na pista preparada para decolar, matando seu piloto e o pessoal de terra que estava próximo a ele. No ataque dos comandos ingleses do SAS (Serviço Aéreo Especial – Special Air Service) em Puerto Calderón, no dia 15 de maio, mais dois Pucarás foram destruídos e outros quatro severamente danificados e não reparados, encerrando as operações aéreas nesse aeródromo.

No dia 21 de maio, mais dois Pucarás foram perdidos, um abatido por um míssil terra-ar portátil (MANPADS) FIM-92A Stinger e outro derrubado por um Sea Harrier. No dia 24 de maio, mais um Pucará é danificado por um ataque aéreo inglês e fica fora de serviço. Para repor as perdas dos Pucarás, mais aeronaves foram enviadas do continente para as ilhas, com a última esquadrilha com oito aeronaves, tendo chegado à BAM Malvinas no dia 29 de maio.

Pucará em voo rasante nas Malvinas

Dois Pucarás participaram do abate de um helicóptero Westland Scout dos Royal Marines com tiros de canhões e metralhadoras no dia 28 de maio, enquanto ele estava em uma missão de evacuação de vítimas durante a Batalha de Pradera del Ganso (Goose Green). Esta foi a única vitória ar-ar argentina confirmada na guerra.

Um desses Pucarás colidiu com uma colina no voo de retorno a Port Stanley e foi destruído, com os restos mortais do piloto (Tenente Miguel Gimenez, segundo fontes, o responsável pelo abate do Scout) tendo sido encontrado apenas em 1986, sendo enterrado com todas as honras militares no cemitério argentino em Port Darwin por sua família, os primeiros argentinos a visitaram as ilhas desde o fim da guerra.

No mesmo dia 28 de maio, um Pucará foi abatido por tiros de armas leves após este lançar foguetes contra as tropas britânicas (sem causar vítimas), durante a Batalha de Pradera del Ganso. O piloto ejetou e foi capturado pelos ingleses, tornando-se prisioneiro de guerra.

Pucara nas Malvinas – Carlos A Garcia
Dois Pucarás participaram do abate de um helicóptero Westland Scout dos Royal Marines no dia 28 de maio, enquanto ele estava em uma missão de evacuação de vítimas durante a Batalha de Pradera del Ganso (Goose Green). Esta foi a única vitória ar-ar argentina confirmada na guerra

No dia 1º de junho, dois Pucarás foram perdidos em uma colisão durante a decolagem na congelada pista da BAM Malvinas, sem vítimas fatais. Mesmo com as perdas, os argentinos continuaram efetuando missões de apoio as tropas terrestres até o final das hostilidades, no dia 14 de junho.

Na manhã desse mesmo dia os argentinos planejaram um ataque (que seria no dia 13 de junho, mas por causa do mau tempo, foi adiado para o dia seguinte) contra as tropas inglesas com os últimos quatro Pucarás em condições de voo, que depois fugiriam para o continente, decolando de Puerto Argentino (que já estava sendo cercada pelos ingleses) com munições, bombas, foguetes e combustível extra, mas a missão foi abortada por conta do anúncio do final da guerra, quando as aeronaves estavam prestes a decolar.

Aeródromo de Port Stanley nas Falklands/Malvinas, em 1985, com restos de Pucarás argentinos ainda visíveis
Pucará destruído em ataque de Sea Harrier
O A-523, um dos Pucarás colocados fora de ação no ataque do SAS a Puerto Calderón (Ilha Pebble), no dia 15 de maio de 1982. A camuflagem em dois tons (feita grosseiramente com tinta automotiva) foi aplicada às pressas antes da aeronave ter sido enviada para as ilhas. Fotografia tirada após o conflito

Perdas dos IA 58 Pucará na Guerra das Malvinas

No total a Força Aérea Argentina perdeu 14 Pucarás em situações de combate, com a morte de dois pilotos mais sete operadores de solo da FAA, além de quatro feridos, num total de 13 baixas. Os Pucarás de matrícula A-514, A-523, A-528, A-529, A-532, e A-536 sofreram acidentes menores e incidentes diversos, alguns foram reparados, outros foram canibalizados para manter a frota voando e suas fuselagens usadas como chamariz para os ataques aéreos ingleses. Já os Pucarás de matrícula A-515, A-522, A-533 e A-549 eram as únicas aeronaves em condições de voo, ainda que precárias, e que iriam realizar o ataque abortado do dia 13/14 de junho. Nenhum Pucará que saiu da Argentina para as ilhas retornou para o continente, pois foram capturados pelos ingleses como “prêmios de guerra” (“war prize”). Algumas células foram enviadas para museus na Inglaterra ou testadas em voo pela Real Força Aérea Britânica (RAF – Royal Air Force).

Além dessas 24 aeronaves perdidas nas ilhas, outros dois Pucarás (A-526 e A-540) foram perdidos em acidentes quando realizavam patrulhas aéreas de observação no litoral da Argentina continental durante a guerra, com a perda dos respectivos pilotos, os Aspirantes (Alférez) Valko e Marchesini.

Em maio de 1982, no auge da guerra, a Força Aérea Argentina, em colaboração com a Marinha Argentina, equipou um protótipo (AX-04) com pilones para montar torpedos Mark 13. O objetivo era seu possível uso como aeronave torpedeira para aprimorar as capacidades antinavio das forças aéreas argentinas na guerra. Vários testes foram realizados, mas a guerra terminou antes que os técnicos pudessem avaliar a viabilidade do projeto.

Após a Guerra

Com 26 aeronaves perdidas durante a época da Guerra das Malvinas, além do embargo de armas endurecido pela Inglaterra, a Argentina teve muitas dificuldades para produzir e equipar mais Pucarás, principalmente com armas modernas, mesmo assim a produção continuou até 1986, com a FAA tendo recebido ao todo 108 aeronaves. Cerca de 50-60 aeronaves estavam operacionais no final da década de 1980.

A Argentina, em meados dos anos 1980, considerou equipar o Pucará com o míssil antinavio de fabricação nacional Martin Pescador MP-1000, então em desenvolvimento pelo CITEFA (Instituto de Investigaciones Científicas y Técnicas de las FFAA = Instituto de Pesquisa Científica e Técnica das Forças Armadas), mas devido a profunda crise econômica que se abateu sobre o país, o desenvolvimento do míssil foi cancelado na década de 1990.

Mesmo com as claras limitações do Pucará demonstradas nas Malvinas, como a fragilidade do seu conjunto do trem de pouso, a falta de sofisticados aviônicos e sistemas de navegação por instrumentos, o baixo desempenho dos motores, por exemplo, a aeronave foi desejada por vários países, principalmente pelo seu baixo preço de aquisição, e exportada para a Colômbia, o Uruguai e o Sri Lanka.

Pucará do Uruguai

A Força Aérea Colombiana (FAC) utilizou três Pucarás ex-FAA entre 1989 e 1998, com as células sendo vendidas em 2003 para o Uruguai, cuja Força Aérea Uruguaia (FAU) já operava Pucarás desde 1981, desativando suas aeronaves, no total de oito aeronaves, em 2017. A Força Aérea do Sri Lanka (SLAF) operou quatro aeronaves também ex-FAA entre 1993 e 1997, com as aeronaves participando ativamente na guerra civil do país. Duas aeronaves foram abatidas pelos rebeldes e uma foi perdida devido a uma explosão prematura de uma de suas bombas. A única aeronave sobrevivente foi retirada de serviço e preservada.

Vários países tentaram adquirir o Pucará, mas devido a vários fatores, as vendas não foram efetuadas. Dentre essas propostas fracassadas está a do Brasil. Em 1990 a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou a compra de 30 IA-58A como parte do Projeto SIVAM, de implantação de radares de vigilância aérea e o estabelecimento de esquadrões de caça e ataque leve na Amazônia brasileira, mas com o desenvolvimento do Embraer EMB 314 (A-29) Super Tucano, o pedido foi cancelado.

Na Argentina, durante a década de 2000, diversos projetos de atualizar e modernizar as veteranas aeronaves ainda em operação foram estudadas, mas sem sucesso. Em 2019, a Força Aérea Argentina foi obrigada a retirar de serviço, principalmente por falta de peças de reposição dos motores turboélice Turbomeca Astazou (que já não eram produzidas há anos) os últimos Pucarás (cerca de 30-40 aeronaves) de operação.

Mesmo assim, existe um projeto de “ressucitar” a veterana aeronave de ataque e contra-insurgência, agora no papel de uma aeronave de vigilância e patrulha de fronteira, com o projeto sendo chamado de “Pucará Fênix” (“Pucará Fénix”), com as células sendo revisadas e repotencializadas com os motores Pratt & Whitney Canada PT-6A-62 aprimorados, novas hélices de quatro pás, um módulo eletro-óptico Fixview e um sensor infravermelho (EO/IR) e datalink. A atualização inicialmente foi autorizada pelo governo argentino em 2021, mas no momento está paralisada, com a intenção da FAA de atualizar cerca de 20 a 25 aeronaves, que poderiam voar por mais 15 a 20 anos.

Conclusões

O FMA IA 58 Pucará foi mais uma inovadora aeronave fabricada pela Argentina, que produziu uma aeronave de baixo custo operacional e bastante eficiente, que foi capaz de enfrentar uma moderna força como a da Inglaterra na Guerra das Malvinas em 1982. Mesmo com as limitações do projeto, como descrito acima, o Pucará conseguiu preocupar os ingleses durante o conflito, principalmente pelo fato de estarem baseados nas ilhas durante a guerra.

A robustez de sua fuselagem e a facilidade de operação pelas equipes de terra, além de operar uma grande variedade de armas simples, eram os pontos positivos do projeto, mas a falta de uma versão com aviônicos mais avançados e motores mais potentes foi determinante para o relativo fracasso de exportação da aeronave para diversos países, bem diferente da moderna e mais dinâmica aeronave brasileira Embraer EMB 314 Super Tucano, um grande sucesso de exportação mundial.

Em 2024 não há nenhum país operando o Pucará até o momento, apesar do “Projeto Fênix” da Argentina, que pretende continuar a história de uma guerreira aeronave que, apesar do projeto ter mais de 50 anos, ainda pode continuar sua impressionante história.

AGRADECIMENTO: Ao Senhor Victor Hugo Martinón (VGM = Veterano da Guerra das Malvinas), que colaborou com relatos pessoais sobre o translado do Pucará do continente até as ilhas. Quem quiser saber mais sobre sua participação na guerra, é só clicar aqui.

FONTES:

  • <https://en.wikipedia.org/wiki/FMA_IA_58_Pucar%C3%A1>. Acesso em 18/04/24.
  • <https://escuadronfenix.org.ar/avion-pucara-ia-58-en-malvinas/>. Acesso em 20/04/2024.
  • <http://malvinasguerraaerea.blogspot.com/2019/09/la-fuerza-aerea-argentina-retira-lo-ia-58.html>. Acesso em 24/04/2024.
  • <https://canalmilitarizando.com/2022/05/23/o-sas-em-acao-no-atlantico-sul-o-ataque-a-ilha-pebble/>. Acesso em 24/04/2024.
  • <https://canalmilitarizando.com/2022/04/30/cumprindo-com-o-seu-dever-para-defender-a-patria-a-forca-aerea-sul-da-argentina-durante-a-guerra-das-malvinas-falklands/>. Acesso em 24/04/2024.
  • <https://www.gbnnews.com.br/2020/05/eu-sobrevoei-port-stanley-antes-da.html>. Acesso em 26/04/2024.

*Professor de História no Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador. Brasiliense de alma paulista, reside atualmente em Fortaleza-CE. Articulista com artigos publicados em vários sites sobre Defesa.

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Gabriel BR

Ilhas Falklands ! esse é o nome certo das ilhas de sua majestade

Alexandre

Sua!!!!!!Minha, jamais!!!!!

Last edited 33 minutos atrás by Alexandre
Rinaldo Nery

No You Tube há vários relatos de pilotos de todas as aviações que combateram nas Malvinas, entrevistados por um jornalista argentino que foi correspondente de guerra. Creio que o nome é Nicolas. Há o caso da morte do Tenente Daniel Jukik, em Goose Green, alcançado por bombas de fragmentação lançadas por Harrier GR3, quando estava amarrado no avião, antes da decolagem. Vários mecânicos que estavam próximos ao avião também faleceram. Conheci um oficial que presenciou o fato, em 1992, numa visita à AFA.

carvalho2008

Bem, gosto do avião e acho que foi injustiçado pela guerra das malvinas…

Dos 14 perdidos nas ilhas, somente 3 foram perdidos “voando”…todos os demais foram perdidos em “terra”…

Destaque especial a falta de planejamento e improvisação e testes de hioteses que são e devem ser obrigatorios na vida do militar…

Deixaram para lançar hipotese e testar o Pucara como torpedeiro somente na metade do conflito, não dando tempo de usar o que se revelou sucesso apos redescobrirem os parametros de disparo da WWII…
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carvalho2008

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detalhe importante….teria dado certo….pois conforme o relato do 1o. combate do Ten Crippa com um MB339 que alvejou os navios na baia de San Carlos, as centrais de tiro das fragatas ali estacionadas não estavam programadas para aquele ataque rasante de um elemento estranho voando entre os navios e ficaram silenciadas para não atingir uns navios aos outros no tiroteio….ou seja…os Pucarás conseguiriam lançar seus torpedos e seria surpreendente um ataque ao estilo Pearl Harbour…

Last edited 46 minutos atrás by carvalho2008
Renato de Mello Machado

Veterano de guerra o Pucará.Poucos tem essa distinção.

Aéreo

A história operacional dos Púcara no conflito de 1982, para mim apenas reforça a ideia de que aeronave projetadas para combate a forças irregulares (Counter-insurgency aircraft), são bastante limitadas em cenários de conflitos simétricos como foi a guerra das Malvinas e o atual conflito na Ucrânia.