IMAGENS: F-14A Tomcat no Iran Airshow 2024
Nas imagens, o F-14A Tomcat da Força Aérea da República Islâmica do Irã, no Iran Air Show 2024. Talvez essa seja a última apresentação pública dos F-14 iranianos, que deverão ser substituídos por caças Sukhoi Su-35SE.
O Iran Airshow é um dos principais eventos dedicados à aviação e tecnologia aeroespacial no Irã, realizado na Ilha de Kish, um destino estratégico no Golfo Pérsico. Este evento bienal reúne empresas, especialistas e entusiastas de todo o mundo para apresentar as inovações mais recentes no setor aeronáutico, militar e comercial, além de promover parcerias e colaborações internacionais.
O Grumman F-14A Tomcat, um dos caças mais icônicos da história da aviação militar, desempenhou um papel essencial na defesa aérea do Irã desde que foi adquirido pela Força Aérea Iraniana (IRIAF) na década de 1970. Antes da Revolução Islâmica de 1979, o Irã era um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio, o que levou à compra de 79 unidades do F-14A Tomcat em 1976. Essas aeronaves, combinadas com os mísseis AIM-54 Phoenix de longo alcance, foram concebidas para proteger o espaço aéreo iraniano contra ameaças, particularmente da União Soviética, e rapidamente se tornaram a espinha dorsal da defesa aérea do país.
Com a Revolução Islâmica e o rompimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, o fornecimento de peças de reposição e suporte técnico foi interrompido, colocando desafios significativos para a manutenção da frota. Apesar disso, os engenheiros iranianos desenvolveram notáveis capacidades de manutenção local, garantindo a operacionalidade do Tomcat. Durante a guerra Irã-Iraque (1980-1988), o F-14A desempenhou um papel fundamental, abatendo aeronaves iraquianas e estabelecendo uma forte dissuasão aérea. Relatos indicam que o Tomcat foi responsável por derrubar dezenas de aeronaves inimigas, incluindo caças MiG-21, MiG-23 e Mirage F1.
A capacidade única do F-14A de operar o sofisticado radar AN/AWG-9 e os mísseis AIM-54 Phoenix permitiu que ele desempenhasse missões de interceptação além do alcance visual, algo inédito na região na época. Essa combinação tecnológica fez do Tomcat uma arma formidável contra formações aéreas adversárias. Mesmo enfrentando limitações logísticas, a IRIAF conseguiu adaptar as táticas de combate para maximizar o potencial da aeronave, frequentemente empregando-a como uma plataforma de comando e controle para outras unidades aéreas.
Nos anos subsequentes, o Irã investiu significativamente na modernização da frota de F-14A. Utilizando uma combinação de engenharia reversa, tecnologia nacional e componentes adquiridos no mercado clandestino, o país conseguiu não apenas manter a frota operacional, mas também atualizá-la. Isso incluiu melhorias nos sistemas eletrônicos, integração de armamentos de fabricação local e a substituição de peças críticas. Essas atualizações permitiram que o F-14A continuasse relevante, mesmo décadas após sua introdução.
Hoje, o F-14A Tomcat permanece um símbolo do poder aéreo iraniano e da resiliência de sua força aérea.
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Com a chegada com novos S35 o Irã 🇮🇷 poderia vender esses F14 para algum operador particular, quem sabe alguém levaria algum para um show aéreo tipo SunFun lá na Florida.
…e nós não conseguimos manter operacional o A-1….
Digam o que quiserem, mas nem a USAF e a USNavy tiraram tanto proveito e aproveitou 100% das capacidades do F-14, F-4 e F-5 quanto a IRIAF.
Isso com toda certeza
Do F-14 até concordo, dadas as devidas ressalvas, F-5… talvez, mas F-4 com certeza que não.
Somente os F-14s, F-5s não creio e F-4 os americanos usaram eles até o osso em diversas versões , Guerra do Vietnã … sem contar os israelenses que tbm fizeram muito uso de seus Phantom
Por aí. Usaram bem os F-14A deles porque entraram em Guerra. A USN não precisou usá-los da maneira ostensiva que o Irã teve que usar. Os F-5 também estiveram bem ativos na Guerra Irã x Iraque, até compartilharam um abate de MiG-25 com F-14’s. Os dois foram bem usados para avançar tecnologia aeronáutica Iraniana. Os F-4C/D Iranianos foram bem usados, mas não chega nem perto de quão usados foram os F-4C/D/E/G da USAF e os F-4B/J/N/S (e a rara e pouca conhecida, e temporária, versão ‘G’ da USN tbm). O próprio incidente do Golfo de Sidra em 1981 poderia ter… Read more »
Do F5 o brasil tirou até o osso kkkk
Bom, considerando-se o tempo que o utilizamos, e que fomos nós que o modernizamos, é seguro dizer que a FAB e o pessoal do PAMA sabem mais sobre o F-5 do que o próprio fabricante.
Olha do jeito que está, acho que até alma do miserável nós já sugamos kkkkk.
O 1º F-5 fabricado faz parte da esquadrilha da FAB e está até hoje na ativa.
Eu acho que quem extraiu tudo e mais um pouco dos F-5 foi a FAB.
O que a vontade e a necessidade não fazem… os caras conseguiram manter, por mais de 50 anos, uma aeronave complexa desse nível, com sanções até o pescoço, sem qualquer apoio do fabricante, com engenharia reversa e sem ser exatamente um dos países com cultura de desenvolvimento aeronáutico e eletrônico. O que deve ter de sistema eletrônico e computador que eles conseguiram copiar e melhorar… isso sem falar nos códigos fontes, que devem ter sido mexidos até se tornarem algo totalmente diferente do original, para receberem equipamentos de origens diferentes e e nosso armamentos. Verdadeiros hackers. Se alguém conseguiu desenvolver… Read more »
Reza a lenda que os Russos ajudaram a manter e fabricar partes sensíveis, mesmo que a composição das ligas metálicas nao fosse exatamente igual, mas que funcionasse ( com certeza eles tem capacidade de fazer , ) em troca de conhecer as especificações, peças e tudo mais do motor do caça e especialmente do radar e do míssil Phoenix, avançadissimos para os anos 70 e 80.
Isso de fato ajudaria mesmo
Apesar da tecnologia ser dos anos 70 o radar dele só foi superado quano o F22 entrou em serviço.
Aqui um vídeo no youtube contando toda a história dele:
https://www.youtube.com/watch?v=R2tgByRCLzM
Recomendo!
Um deles poderia vir para algum de nossos museus. A questão é o transporte e seu custo.
Verdade já que teve navios do IRÃ fazendo visitas por aqui, e o IRÃ agora esta também nos BRICS então porque não mandar um exemplar pro MUSAL aqui no Brasil. Tem que ter alguma vantagem em ser amigo destes caras.
E coloca a pintura do VF-41 Black Aces. Acho que foi um elemento desse esquadrão que derrubou Mig-23 líbios… uns 40 anos atrás.
Fast Eagle 102 e 107 do VF-41 “Black Aces” foram os caras que abateram os Su-22 Líbios em 1981. Os MiG-23 foram abatidos pelos Gypsy 202 e 207 do VF-32 “Swordsmen” em 1989.
Desses, o Fast Eagle 102 e os dois Gypsys foram salvos. Dois deles estão em museus, e um dos Gypsys está estocado aguardando ser enviado para um museu. O Fast Eagle 107 foi perdido em acidente na década de 90.
Muito bom, Leandro!
Não associa eles ao Brasil, senão algum maluco vai querer trazer alguns pra equipar um esquadrão.
Interessante detalhe na segunda foto. Verdadeiros admiradores do Tomcat sabem o que a USN desabilitou na década de 80 para diminuir custos de manutenção.
Aqueles que falharem em notar o importante detalhe, terão suas carteirinhas de Tomcat Fanboy® revogadas.
Clésio , acho eu que você esta se referindo aos pequenos Canards ou palhetas certo ?? que depois foram retiradas… os F-14B e D não tinham também…. Continuo com a minha carteirinha ?
Sim.
Fabuloso e possivelmente ainda letal se bem armado, bem pilotado, com táticas de combate atuais, manutenção em dia e claro com o suporte aeronaves AWACS (vide o estrago que a Coalisão fez com a Força Aérea do Iraque na 1°Guerra do Golfo).
Tom Cruise curtiu as fotos…
O roteiro desse filme é péssimo… mas que imagens impressionantes….!
Pior foi o Maverick ejetar a Mach 10 e sair andando
E não poder usar o F-35 porque tem bloqueador de GPS na área de ataque? E não saturar de Tomahawks tudo e fim de papo…
O filme foi uma patacoada. Cheio de erros. Filme pra leigos.
Decolaram de uma base iraniana com o caça todinho pronto pra decolar sem ninguém da equipe de apoio ao lado da aeronave…dispararam um milhão de flares, decolaram de 50 metros….haha é muita patriotada.
Licença poética amigo 🙂
Já o primeiro Top Gun (Ases Indomáveis) parece até mais bem fundamentado para um filme. Li que os pilotos que participaram como consultores no roteiro teriam “exigido” que o acidente com o Goose mostrasse problemas reais que o F-14 enfrentava em forma de protesto. Um dos riscos era o estol com o “apagão” dos motores (esse todo mundo sabe), no filme o F-14 entra em flat spin após a perda de sustentação causada pela perda de um dos motores, gerando uma ‘descompensação’, isso depois de certas manobras. Além disso, o acidente envolvendo o canopy do F-14 durante a ejeção diziam… Read more »
São como os filmes de infantaria e OpEsp…. Chega doer…
Tem q por em Off
Acho que segundo protótipo.
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Aeronave linda.
Um dos caças mais lindos já fabricado. Mas devem piscar feito árvore de natal nos radares modernos.
O caça mais lindo já fabricado.
Agora a frase está correta.
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EDITADO
Sem provocações por favor!
Pode ser, é uma questão de gosto pessoal.
Sinceramente, o f22,SU35,Su57 são mais bonitos.
Perdai-o, ó Monstro de Spaguetti Voador, pois ele não sabe o que fala hehehehehe
F22 muito mais bonito na minha opinião.
É uma questão de opinião mesmo. Eu acho o F-22 um troço super sem sal, sem personalidade. Vai ser sempre assim no quesito ‘beleza’ de qualquer coisa. Faz parte, bicho, não leve à mal.
Ainda bem que os combates não são definidos com base em “beleza”
Também sou muito fã do design do F-22 e Su-35. SU-57 não achei tão legal.
Meu preferido no quesito beleza é o Mirage 2000 acho muito bonito, e quando armado na configuração ar-ar com todos os cabides e os três tanques aí é sacanagem bicho elegante pacas.
Belíssimas fotos, aeronave impressionante!
Existem melhores… Mais belo, impossível!
O maior inimigo dos EUA precisa mostrar pro mundo que seu maior ativo aéreo é um caça da década de 70 fornecido por esse mesmo inimigo
Não tem como ser melhor que isso
“seu maior ativo” foi a capacidade de tê-lo mantido em condições de voo por 45 anos após a perda do apoio logístico.
Alguns detalhes interessantes: na época da venda dos F-14 para o Irã, a Grumman não transferiu todas as informações sensíveis de manutenção (o que torna a capacidade do Irã de manter essas aeronaves ainda mais impressionante). Depois de alguns casos de contrabando, os Estados Unidos endureceram as punições para quem vendesse material sensível a países como o Irã, classificando tais ações como conspiração contra o estado, devido aos riscos à segurança nacional. Além disso, o governo americano começou a destruir peças sensíveis em cemitérios de aviões, incluindo componentes dos F-14, para evitar os incentivos. Houve casos em que contrabandistas criaram… Read more »
sim e é por isso que todos os F-14 que estavam armazenados no Deserto terem sido destruídos , para evitar o contrabando de sobressalentes, Um sacrilégio !!! tem fotos disso que nem gosto de ver pois da nó no estômago…. e Por isso também que os sobreviventes em museus e monumentos nos EUA são tão importantes ! bem como estes Iranianos.
passando o olho rapidamente consegui ver 6 carcaças lá…
Fora o Irã, para que outro país os EUA venderam o F-14?
Nenhum.
Na época era o caça mais avançado dos EUA. Só venderam para o Irã pq tinham “muita amenizada” com o Chá. Em outras palavras, o Chá adorava equipamento americano, era exigente e pagava muito bem.
*Xá
o Xá era também um piloto !!
Mesmo assim o F-14 iraniano era uma versão degradada.
Não possuía IRST, o processador do radar era mais lento e o RWR não funcionava contra aeronaves dos EUA.
O F-14A da IIAF/IRIAF tinha um pequeno delay em relação ao seu contraparte da USN. Não sei nada sobre diferenças no RWR. Vou dar uma pesquisada depois. Nenhum F-14A tinha IRST. Eles tinham TISEO (sistema eletro-ótico de identificação de alvos), um nome bonitinho para ‘TV’ com lentes de longo alcance. Era para identificação visual de alvos à longo alcance, um legado da experiência amarga com regras de engajamento da Guerra do Vietnã. Haviam F-4’s equipados com o mesmo sistema. Já vi fotos dos F-14A Iranianos com TISEO instalado, mas podem ter sido fotos tiradas durante testes nos EUA. Assim como… Read more »
Era o LLLTV: Low Light Level TV ou algo parecido. Ah, o Tomcat…
“Comparados com os Tomcat da US Navy, os iranianos não tinham o detector infravermelho sob o radome e o processador do seu radar era milésimos mais lento que o do seu similar norte-americano, assim como o seu alerta radar não estava programado para atuar contra aeronaves norte-americanas.”
Os F-14 iranianos – história e estado atual de uma das estrelas de ‘Top Gun: Maverick’ – Poder Aéreo – Aviação, Forças Aéreas, Indústria Aeroespacial e de Defesa
O tal detector infravermelho, era o AN/ALR-23, um IRST primitivo.
Assuntos da Marinha: Olhos de Tomcat
Então… não. O IRST tem esse nome não é à toa. Infra-red search and track. Essa ‘TV’ para o F-14A servia apenas para identificar o alvo. Ele poderia ser ligado ao radar como poderia operar de forma passiva, mas ele não tinha como fazer uma busca independente com chance de sucesso à menos que o alvo fosse localizado visualmente. Da forma como era usado, o F-14 detectava o alvo pelo radar e, estando dentro do alcance, usava o aparelho, apontado pelo radar, para identificar visualmente o alvo. E caso isso ocorresse de noite, usava o infra-vermelho para obter uma imagem.… Read more »
O mundo não da voltas ele capota. Antes amigo e fornecedor de Armas agora inimigo !
Esse é o mundo da Geopolitica.
Vejo vários “mi-mi-mi” em relação ao F-14 do Irã com relação aos EUA, não o porquê, visto que a vasta quantidade de outros caças que os americanos possui. E ainda ficam relacionando com criações de Hollywood 😂
Esqueçam o Brasil. Isso aqui é uma piada.
Se duvidar em uma guerra nem para os vigilantes