C-390 Millennium

Akaer, empresa brasileira líder em inovação no setor aeroespacial, vai participar da produção do cargueiro C-390 Millennium e do jato Praetor 600, duas das principais aeronaves da Embraer. O contrato foi assinado neste mês e tem vigência de cinco anos, com possibilidade de renovação.

“Estamos honrados em integrar estes projetos de grande relevância no setor aeronáutico. Nossa participação reflete o reconhecimento pela excelência e pela experiência que construímos ao longo dos anos, sempre pautados no compromisso com o cliente e na inovação,” afirmou Cesar Silva, CEO da Akaer.

A empresa, única do país qualificada como Fornecedora Global de Nível 1 (Tier 1) no setor aeroespacial, será responsável pela montagem dos tanques de combustível das duas aeronaves e dos pilones (estruturas que sustentam as turbinas) do C-390.

Parceria

O novo contrato consolida um longo histórico de cooperação entre a Akaer e a Embraer – uma parceria que contribuiu para o desenvolvimento de projetos inovadores, reforçando a posição de destaque do Brasil no cenário aeronáutico global.

Akaer teve participação em modelos como o Super Tucano, aeronave de ataque leve e treinamento militar reconhecida mundialmente, e da família E-Jet, sucesso no mercado de aviação comercial.

Atuou, ainda, no desenvolvimento do próprio C-390, sendo responsável pelo projeto de peças críticas, spoilers (superfície móvel das asas usada para reduzir a velocidade do avião no momento do pouso), fuselagem dianteira, cone de cauda e empenagem vertical.

O cargueiro se tornou um marco na aviação militar e uma das grandes apostas da Embraer no setor de defesa. Além do Brasil, o modelo já foi adquirido por Holanda, Hungria, Portugal, República Tcheca, Áustria, Suécia e Coreia do Sul.

Com uma carga útil de 26 toneladas, velocidade máxima de 470 nós (870 km/h) e aviônicos de última geração, o C-390 é considerado a melhor aeronave do mundo em sua categoria. Seus potentes motores, amplo compartimento de carga equipado com rampa traseira e trem de pouso robusto permitem realizar as missões mais exigentes em pistas não pavimentadas.

Aviação executiva

Praetor 600
Praetor 600

O Praetor 600, jato executivo referência em inovação e desempenho na categoria super-midsize, também passará a ser produzido com participação da Akaer.

Com capacidade de até 12 passageiros, tem alcance intercontinental de 4.018 milhas náuticas (7.441 km), o maior entre os modelos do segmento, o que permite realizar voos sem escalas entre São Paulo e Miami (EUA), entre Rio de Janeiro e Fort Lauderdale (EUA) ou entre Madri (Espanha) e Recife.

Com certificação global desde 2019, o Praetor 600 tem um diferencial competitivo no mercado executivo por operar em pistas curtas.

Sobre a Akaer

Com 32 anos de atuação, a Akaer consolidou-se como uma referência em engenharia e inovação no setor aeroespacial brasileiro e internacional.

A empresa acumula um portfólio 9 milhões de horas de engenharia dedicadas ao desenvolvimento de sistemas e estruturas de aeronaves em mais de 50 projetos de destaque global.

Participou do desenvolvimento dos caças Gripen E, em parceria com a Saab, para a Força Aérea Brasileira (FAB), e do caça supersônico Hürjet, desenvolvido pela Turkish Aerospace Industries (TAI) para a Força Aérea Turca.

Neste ano, firmou contrato com a Deutsche Aircraft, da Alemanha, para a fabricação da fuselagem dianteira do D328eco, avião sustentável com possibilidade de usos civis e militares.

Sediada em São José dos Campos (SP), a Akaer mantém escritórios comerciais em Portugal e na Turquia e anunciou recentemente a implantação de sua segunda unidade produtiva no futuro Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, em Salvador.

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Sensato

A Embraer não mostra nenhum entusiasmo em estar no mercado de caças a jato, talvez por receios de sanções que prejudiquem seu ganha pão que é a aviação comercial no mercado americano. A Akaer, esta sim, poderia realizar este papel caso a FAB recebesse sinal verde do governo para participar de um programa internacional de um 5G ou 6G. O chato é perceber que apesar de existirem programas em andamento em que se poderia negociar participação e termos empresas tecnicamente capazes, não há vontade política para isso.

Willber Rodrigues

“A Embraer não mostra nenhum entusiasmo em estar no mercado de caças a jato, talvez por receios de sanções que prejudiquem seu ganha pão que é a aviação comercial no mercado americano”

Acrescente a isso o fato de que isso sugaria recursos numa quantidade que ela não tem, pra entrar num mercado altamente estabelecido, num cenário aonde, provavelmente, nem a FAB e o GF a apoiatia.
Tipo a Engresa com o Osório, mas numa escala MUITO maior.

Carlos Campos

Lembro de numa entrevista a uns 2 anos que a Akaer queria entrar no mercado de aero estruturas, eles eram focados em ajudar as outras empresas que estavam projetando aviões, entre elas, Embraer Boeing e Airbus, ele falou do tamanho do mercado bilionário que era esse, e que a Akaer ia pegar uma fatia, assim a empresa seria ainda mais sólida, melhor para nós, se eles vierem a desenvovler algum Drone a venda dele ou nao, nao sigificará o fim da Akaer, e nem estaria no mesmo risco da AVIBRAS que só tinha foguetes e o ASTROS como sistema, nada… Read more »