Força Aérea Brasileira avança na Avaliação Operacional do F-39E Gripen com foco em inovação logística
Essa fase tem o objetivo de coletar informações sobre as atividades logísticas do F-39E
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) realizou na Base Aérea de Natal (BANT), em novembro, a segunda fase da Avaliação Operacional (AVOP) contratual do F-39E Gripen.
A operação, que contou com a participação de militares do DCTA, do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA SP), do Laboratório de Engenharia Logística do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (AeroLogLab-ITA) e do Grupo Logístico da Base Aérea de Anápolis (GLOG-AN), teve como foco a validação da versão Basic Capability (BC).
Uma AVOP decorre da necessidade de verificar a efetividade e adequabilidade para a missão à qual o produto adquirido está destinado, quando empregado no ambiente operacional brasileiro, no início do ciclo de vida.
A etapa incluiu uma Validação Logística (VL), cujo objetivo foi coletar dados sobre as atividades de suporte e manutenção em operações fora de sua base de origem. A ação foi integrada aos exercícios COMAO Flight 2024 e Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024, organizados pelo Comando de Preparo (COMPREP).
As informações obtidas durante a campanha serão empregadas no aprimoramento do Modelo de Simulação para Gestão de Operações e Manutenção do F-39E, em desenvolvimento pelo Laboratório de Engenharia Logística do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (AeroLogLab-ITA).
Segundo a Coordenadora-Geral da Operação, Coronel Engenheira Thais Franchi Cruz, o modelo avaliado representa uma inovação significativa na logística da Força Aérea Brasileira (FAB). “O software de gestão de frota será uma ferramenta disruptiva, transformando a forma de trabalho não apenas para o Gripen, mas também para outros projetos da FAB, como o KC-390. Ele permitirá operar as aeronaves com máxima eficiência”, explicou.
Validação e avanços tecnológicos
O chefe do AeroLogLab e responsável pela terceira semana da operação, Tenente-Coronel Engenheiro Danilo Garcia Figueiredo Pinto, destacou o sucesso na validação do modelo de gestão de frota. “A campanha ofereceu uma oportunidade ideal para validar o sistema em desenvolvimento. Os resultados conseguiram alta aderência às operações reais, confirmando o potencial da ferramenta para melhoria das ações de manutenção e operações com base nos dados gerados pelo Gripen”, afirmou.
O Coronel Aviador Fernando Teixeira Mendes Abrahão, que acompanhou a quarta semana da campanha, ressaltou a importância da evolução contínua do modelo ao longo do ciclo de vida da frota. “É essencial aumentar a precisão, a consciência situacional e a capacidade de ação do sistema, adicionando novas funcionalidades conforme avançamos nas configurações das aeronaves. Nosso objetivo é empregar esse modelo como um verdadeiro duplo digital para a gestão integral da frota”, destacou.
FONTE: Força Aérea Brasileira
Quanto mais informações a FAB obtiver, maior acertividade na avaliação dos reais custos operacionais que o F-39, permitindo à Força avaliar do ponto de vista orçamentário qual o real tamanho de uma frota de Gripen E/F ela consegue absorver e operar.
A cada nova informação relativa ao Gripen E parece ficar mais evidente que a FAB está satisfeita com a escolha.
Ao mesmo tempo demonstra o contrassenso da possibilidade de ser adquirido um segundo modelo de caça (com todas suas implicações logísticas, mesmo que seja comprado “de prateleira”).
É até desgastante observar que basta o Governo fazer o óbvio, que nada mais é que dar continuidade ao programa Gripen E/F (e naturalmente realizar os repasses de recursos necessários).
Infelizmente o Brasil (independente da corrente política) parece que não perde a oportunidade de perder uma oportunidade.
Enfim…
O Gripen foi, provavelmente, a melhor escolha que a FAB ja fez em décadas.
Por isso sou ferrenhamente CONTRA qualquer conversa, independente se tem um “fundo de verdade” ou não, sobre F-16 usado, Tejas, ou qualquer outro caça que não seja mais Gripens.
Sub ALIS. Não deu certo lá, mas vai dar aqui.
Vai depender da implementação. Me parece que o maior problema do sistema da Lockheed era ser centralizado, “na nuvem”. Se o da Saab for mais flexível, permitindo “nuvens locais”, talvez se dê melhor.
A aeronave é muito boa, os custos são um dos mais baixos dentre os concorrentes, ainda assim é uma dificuldade tremenda em manter o contrato de aquisição.
Acredito que os métodos utilizados nessa fase da AVOP permitirão ao COMGAP saber, com mais precisão, os custos/hora da aeronave. Fundamental para qualquer planejamento.