Douglas B-26K Invader: Um Veterano nos Céus do Sudeste Asiático

O Douglas B-26K Invader, uma versão modernizada do clássico bombardeiro leve e avião de ataque Douglas A-26 Invader, desempenhou um papel significativo durante a Guerra do Vietnã, especialmente nas operações de interdição e apoio aéreo às forças sul-vietnamitas e americanas. Modificado na década de 1960, o B-26K foi adaptado para atender às exigências de um cenário de guerra irregular, onde robustez, precisão e versatilidade eram indispensáveis.
A principal modificação do B-26K envolveu a substituição de seus motores originais Pratt & Whitney R-2800 por versões mais potentes e confiáveis, além do reforço estrutural das asas para lidar com o peso adicional de armamento. Equipado com até oito metralhadoras calibre .50 fixas no nariz e pontos de fixação sob as asas para bombas, foguetes e tanques extras de combustível, o B-26K foi projetado para missões prolongadas de ataque ao solo e apoio tático. Sua capacidade de operar em pistas rudimentares ou curtas o tornava especialmente útil em operações avançadas.
Durante a Guerra do Vietnã, o B-26K foi empregado principalmente em missões de interdição ao longo da Trilha Ho Chi Minh, uma rota vital de abastecimento usada pelos vietnamitas do Norte para transportar tropas e suprimentos ao Vietnã do Sul. Estas missões eram realizadas no âmbito do programa Farm Gate, uma operação de apoio aéreo conduzida por equipes americanas treinando e auxiliando pilotos sul-vietnamitas. As aeronaves também eram usadas em missões de ataque a alvos específicos, como depósitos de munição, comboios e posições inimigas.
Por razões políticas e diplomáticas, o B-26K foi designado como A-26A Counter Invader no Sudeste Asiático, evitando o uso de um “B” (de bombardeiro). Apesar dessa mudança nominal, o desempenho da aeronave se destacou por sua resistência e precisão em missões de combate.
No entanto, o uso do B-26K enfrentou desafios. As condições climáticas do Sudeste Asiático, como o calor extremo e a alta umidade, colocavam demandas severas sobre os motores e a estrutura das aeronaves. Além disso, a crescente sofisticação das defesas antiaéreas do Vietnã do Norte, incluindo artilharia antiaérea pesada e mísseis, limitava a eficácia das operações de aviões a hélice em comparação com os caças a jato mais modernos.
Apesar desses desafios, o B-26K conquistou a reputação de uma aeronave confiável e mortal, que operava frequentemente em cenários de alto risco. Seu legado na Guerra do Vietnã reforça o valor da modernização de aeronaves veteranas para atender às demandas de conflitos contemporâneos. Embora substituído por aviões mais modernos ao longo da guerra, o B-26K permaneceu como um símbolo da engenhosidade e adaptabilidade em tempos de guerra.

Se vivos, imaginem as histórias que os pilotos destes Douglas B/A 26 e A1 skyriders podem contar?
Que vida!
Esquadrões de Skyraider, pelo menos na USN, tinham algum senso de humor eheheheh
É meu amigo Leandro, essa é clássica, mas vc conhece o precedente na Guerra da Correia – Everything AND the Kitchen Sink on AD Skyraider Korean War USS Princeton VA-195?
https://www.youtube.com/watch?v=4Q7N_WBvgLs
Sabia sim. Mas dessa eu só vi uma foto de péssima qualidade com a pia no centerline, acho que atrelada à uma bomba. Se tiver alguma melhor, eu agradeço, Luciano.
Esse é o título do vídeo no YT, c/ filmagens da época no USS Princeton, coloquei em outro comentário, mas está bloqueado. Procure pelo título.
Excelente, Luciano! Obrigado!
E se procurar no google – Everything AND the Kitchen Sink on AD Skyraider Korean War – vai encontrar várias fotos .
Estes pilotos de A1 não pilotavam um avião.
Pilotavam um motor de B29 com asas kkk.
Parece que o humor britânico, sobreviveu em algumas gerações de americanos, a pós independência americana.
O que começou a vida como A-26 durante a Segunda Guerra Mundial, visto que já existia o Martin B-26 Marauder, ganhou o ‘B’ quando o Marauder foi desativado, apenas para ganhar o ‘A’ de novo.
Excelente avião e muito bonito também. A FAB operou o B-26 nas versões ‘B’ e ‘C.’ Sendo o ‘B’ com nariz coberto e recheado de metralhadoras .50 e o ‘C’ com nariz envidraçado para bombardeador.
Adoraria voá-lo em algum simulador, como o Il-2 BoS, DCS ou o novo Il-2 Korea.
Marcelo, eu também. Pode ser que eventualmente saia no IL-2 Korea. Foi uma aeronave muito ativa nessa guerra. Voava muito à noite.
Acabei de ler a história dele na Guerra da Coréia, participou das primeiras ações na guerra e realizou o último ataque americano 24 minutos antes do armistício, basicamente precisa estar no Il-2 Korea ! E é o substituto do Douglas A-20 Havoc que eu voo bastante no Il-2 BoS.
O Havoc é maneiríssimo no BoS e um belo avião que a FAB também operou.
Mas sim, realmente o A/B-26 precisa estar presente no Korea.