Novo míssil ar-ar PL-15E com asas dobráveis aumentará capacidade dos caças stealth chineses
A China reestruturou o míssil ar-ar guiado por radar ativo PL-15 para otimizar seu transporte interno em caças stealth como o Chengdu J-20 e o Shenyang J-35. Essa atualização visa permitir que essas aeronaves carreguem maiores quantidades de mísseis de longo alcance, mantendo sua característica de baixa observabilidade. Modelos do novo PL-15E foram revelados na Airshow China, em Zhuhai, ao lado de outros avanços em caças e drones.
A principal modificação no PL-15E em relação ao modelo original é a adição de aletas traseiras dobráveis, o que facilita seu armazenamento em compartimentos internos. Além disso, as aletas centrais tiveram suas dimensões reduzidas. Esse design otimizado garante maior compatibilidade com o menor compartimento de armas do J-35 e aumenta a capacidade do J-20 de transportar mais mísseis internamente.
Embora o PL-15 básico já fosse adequado para os compartimentos do J-20, o novo PL-15E foi projetado para maximizar a eficiência do armamento interno em ambos os caças. Atualmente, o J-20 pode carregar quatro mísseis PL-15 padrão, mas o PL-15E pode permitir um aumento na capacidade para o J-20 e a configuração interna de seis mísseis no J-35, ampliando significativamente suas capacidades em combate.
Curiosamente, o nome PL-15E já havia sido usado para uma versão de exportação do míssil, apresentada na Airshow China de 2021, com características semelhantes, mas alcance ligeiramente reduzido. O modelo atual, entretanto, é voltado para atender às demandas internas da Força Aérea Chinesa, mantendo o mesmo desempenho avançado do PL-15 original.
O PL-15 já é amplamente utilizado em diversos caças modernos chineses, como J-10C, J-11B, J-15 e J-16, além de ter sido exportado para o Paquistão para equipar caças JF-17 Block III e J-10C. Com um alcance superior a 200 km e tecnologias avançadas como motor foguete de pulso duplo e buscador AESA, o PL-15 é considerado um míssil altamente capaz, superando em alcance alguns equivalentes ocidentais, como o AIM-120C/D.
Esse desenvolvimento teve impacto no Ocidente, levando os EUA a investir na modernização do AIM-120D e no desenvolvimento do AIM-260, uma resposta direta ao PL-15. Paralelamente, esforços estão em andamento para aumentar a capacidade interna de mísseis em caças como o F-35 e o F-22, enquanto novos mísseis menores, como o Raytheon Peregrine, estão sendo projetados para dobrar o número de mísseis transportados internamente.
Belas fotos
Se um dia houver um combate entre China e EUA (o que eu duvido que aconteça), as armas dos dois lados parecem bem equivalentes, o que a China pode não ter de qualidade, tem em quantidade. E nem acho que a qualidade seja tão menor assim, estão mostrando avanços bem rápido.
Quantidade também é uma qualidade.
Praticamente todo mês vem uma novidade relevante da indústria militar chinesa
Uma cópia relevante você quer dizer…
“Uma cópia relevante você quer dizer…”
Essa ladainha de “cópia” em cada matéria sobre alguma arma chinesa, não vai parar o desenvolvimento militar da China.
Eu queria que o Brasil tivesse essa capacidade de “copiar”, mas, nem isso temos.
Uau!