O Exercício foca na criatividade e desenvolvimento dos pilotos ao enfrentarem cenários desafiadores com capacidades reduzidas

A Força Aérea Brasileira (FAB) conduz, até o dia 15 de novembro, o maior exercício operacional da América Latina, a CRUZEX 2024, na Base Aérea de Natal (BANT). A primeira semana – que começou com voos de Familiarização (FAM) para auxiliar as tripulações na adaptação à área de operações e com voos de Treinamento de Integração de Forças (FIT) entre as diversas Forças Aéreas participantes – contou também com as primeiras missões em cenários pré-planejados com múltiplas aeronaves, conhecidas como Operações Aéreas Compostas (COMAO). Nessas operações, Esquadrões e aeronaves se alternam entre “país azul” e “país vermelho” a cada missão, proporcionando uma série de simulações táticas e missões desafiadoras realizadas por todas as forças aéreas envolvidas.

O objetivo da CRUZEX 2024 é promover o intercâmbio operacional entre as Forças Aéreas participantes, visando à preparação e à interoperabilidade em um ambiente de defesa mútua. O Diretor do treinamento multinacional, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende, destaca uma das características do treinamento. “O Exercício não possui a finalidade de apontar vantagens de uma Força sobre a outra, nem mesmo entre aeronaves, indicando se há vencedores ou derrotados, mas sim de realizar um treinamento conjunto, em que cada país contribui com seus conhecimentos e capacidades para a evolução coletiva das Forças envolvidas”, diz.

Segunda semana de treinamento

A CRUZEX 2024 entra, agora, em sua fase final, com o incremento contínuo de dificuldades para os participantes. Esta segunda semana inclui novos cenários com complexidades operacionais aumentadas e desafios adicionais. Durante o exercício, são aplicadas limitações artificiais também nas capacidades das aeronaves, o que obriga os pilotos a desenvolver soluções criativas para cumprir as missões.

Ainda conforme o Diretor do Exercício, durante a evolução do treinamento, como metodologia, há a redução das capacidades das aeronaves, mantendo-se um equilíbrio entre elas e fazendo com que os pilotos possam ser provocados em suas habilidades de planejamento e tomada de decisão. Assim, é possível evoluir as capacidades doutrinárias em cenários simulados no treinamento. “Essas restrições buscam forçar um ‘desequilíbrio de forças’ controlado, aumentando o nível de complexidade dos cenários e evidenciando o treinamento. Essa abordagem desafia os pilotos em treinamento a inovar e adaptar-se a situações adversas, aprimorando suas capacidades operacionais”, explica.

Na CRUZEX 2024, cada país oferece suas aeronaves e conhecimentos específicos, colaborando para um desenvolvimento conjunto e sólido da cooperação internacional no campo da defesa. A etapa final do exercício promete fortalecer ainda mais essa integração, focando em cenários ainda mais desafiadores que capacitem todos os mais de 1.000 pilotos em treinamento, respeitando o objetivo principal de aperfeiçoar a prontidão e o trabalho conjunto entre as nações.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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