EUA aprovam venda de equipamentos e suporte para F-16 à Argentina, em acordo de US$ 941 Milhões
WASHINGTON, 30 de outubro de 2024 – O Departamento de Estado aprovou uma possível Venda Militar Estrangeira ao Governo da Argentina de equipamentos e suporte para aeronaves F-16, incluindo elementos de logística e suporte ao programa, com custo estimado em US$ 941 milhões. A Agência de Cooperação de Segurança de Defesa entregou hoje a certificação necessária ao Congresso para notificação dessa possível venda.
O Governo da Argentina solicitou a compra de equipamentos e serviços para apoiar vinte e quatro (24) aeronaves F-16 Block 10/15 adquiridas por transferência de terceiros. Estes itens incluem: trinta e seis (36) mísseis AIM-120 C-8 AMRAAM (mísseis ar-ar de médio alcance); duas (2) seções de orientação para mísseis AIM-120 C-8 AMRAAM; cento e duas (102) bombas de propósito geral MK-82 de 500 lb; cinquenta (50) grupos de asas MXU-650 para bombas guiadas a laser GBU-12 Paveway II de 500 lb; cento e dois (102) espoletos programáveis conjuntos FMU-152A/B com sistemas de espoleta FZU-63A/B; e cinquenta (50) grupos de controle MAU-169L/B. Os itens não relacionados a Equipamento Principal de Defesa (MDE) incluirão: armamentos e equipamentos de suporte a armamentos; cargas explosivas, dispositivos, propelentes e componentes; rádios AN/ARC-238; Sistemas de Planejamento de Missões Conjuntas (JMPS); espoletas inertes FMU-169D/B; Sistema de Suporte Terrestre (GSS) para Link-16; dispositivos criptográficos KY-58M e KIV-78, carregadores de chave simples AN/PYQ-10 (SKL), cabos de segurança de comunicações (COMSEC) e outros dispositivos e equipamentos COMSEC; cartuchos, chaffs e flares; sistema de treinamento para descarte prático de explosivos; suporte de aviônicos; equipamentos de comunicação; navegação de precisão; Números de Identificação de Programa de Computador (CPINS); suporte de banco de dados de guerra eletrônica; modificações e suporte de manutenção de maior e menor porte; componentes de aeronaves, peças e acessórios; instrumentos e equipamentos de laboratório; peças de reposição, consumíveis e acessórios e suporte de reparo e retorno; entrega e suporte de software classificado e não classificado; publicações e documentação técnica; treinamento de pessoal e equipamentos de treinamento; vestuário, têxteis e equipamentos individuais; combustível de aviação; suporte para translado de aeronaves, reabastecimento aéreo e transporte; estudos e pesquisas; serviços de suporte de engenharia, técnico e logístico do Governo dos EUA e de contratados; e outros elementos relacionados de suporte logístico e de programa. O custo total estimado é de US$ 941 milhões.
Essa venda proposta apoiará os objetivos de política externa e segurança nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança de um importante aliado fora da OTAN, que contribui para a estabilidade política e o progresso econômico na América do Sul.
A venda proposta melhorará a capacidade da Argentina de enfrentar ameaças atuais e futuras, aumentando a capacidade de conduzir operações de defesa aérea, contra-ataque aéreo ofensivo e apoio aéreo aproximado. A Argentina não encontrará dificuldades em integrar esse equipamento em suas forças armadas.
A venda proposta deste equipamento e suporte não alterará o equilíbrio militar básico na região.
O principal contratado será a Lockheed Martin, localizada em Fort Worth, Texas. Não há compensações conhecidas propostas em relação a essa possível venda. A implementação desta venda proposta não exigirá a designação de representantes adicionais do Governo dos EUA ou de contratados para a Argentina.
Não haverá impacto adverso na prontidão de defesa dos EUA como resultado dessa venda proposta.
A descrição e o valor monetário correspondem à quantidade máxima estimada e ao valor em dólares baseado nos requisitos iniciais. O valor final será menor, dependendo dos requisitos finais, da autoridade orçamentária e do(s) contrato(s) de venda assinado(s), caso sejam concluídos.
FONTE: DCSA
Los hermanos se preparando para retomar as Malvinas… 😅
Sonha Tonha!
Parece que vc levou minha ironia a sério
Certamente devem haver clausulas no contrato para eles passarem bem longe das Falklands com esses F-16.
Pra quem passou décadas contando apenas com Pucará e meia dúzia de A-4, é um pacotão bem generoso.
AIM-120 C8 é a versão de exportação do AIM-120D.
Ou seja, não será o C7 que possui cerca de 110 km de alcance e sim o C8 que possui provavelmente mais de 160 km de alcance, com capacidades similares ao Meteor.
Cadê aqueles que estavam tirando sarro, dizendo que os F-16 só teriam mísseis de curto alcance??
O Chile possui o AIM-120 C8? Esse míssil é o segundo mais poderoso só atrás do Meteor da FAB!
O C-8 é a versão mais recente do AMRAAM.
É um pacote muito interessante considerando também as PGM, que eram quase escassas no trinômio de frota atual: Pucará + Pampa + A-4AR.
E considerando novamente o pacote, existem os que criticam F-16/FMS na FAB…
nessa altura do campeonato, tem que criticar mesmo
Se não é possível pagar mais Gripen E ou mesmo o primeiro lote no momento, ele é a solução ocidental mais performática e custo-benefício se considerar outros: LIFT e A-29. Aproximar o M-346F ou FA-50 com um caça real e colocar sistemas/subsistemas mais avançados (como as ideias das fabricantes de radares AESA menores) vai trazer custos semelhantes ou maiores, mas ainda sim bastante limitado. Modernizar o A-29, integrar o que foi adquirido na modernização do F-5EM e A-1M e alguma aquisição adicional de PGM, seria mais barato, porém a questão de desempenho/performance pegaria muito mais, especialmente se a questão também… Read more »
Quanto à qualidade dos equipamentos, de fato é um bom pacote.
Já em relação à quantidade, se dividir esse pacote de armas pelo número de aviões, temos a quantidade de 1,5 mísseis AMRAAM e 4 bombas por aeronave.
E o valor de tudo isso (aviões, logística, treinamento e armamento inicial) chegou a 1 bilhão de dólares.
A quantidade é pouca, mas é a realidade da região, sem falar na situação em que está a Argentina. A FAB também compra a conta-gotas, lembremos do pacote de armas do Gripen. O mais interessante é que este pacote já chega a USD1 Bilhão e conecta-se com a discussão da matéria anterior e das matérias atacando a escolha do F-39 Gripen em outros meios de comunicação. Isto reforça a necessidade de que não adianta pensar em Lift/F-16 usados, se não temos dinheiro para pagar por eles. Eles vão custar mais dinheiro do que continuar investindo em mais Gripen que a… Read more »
Compramos (e já entregaram) 100 Meteor.
Por ser a primeira renovação efetiva de aviação de caça nas últimas décadas, é um número decente para necessidades de autodefesa e experimentação doutrinária nessas 24 unidades. O que foi adquirido para o primeiro lote de Gripen E também tem uma relação semelhante, apesar do número de mísseis ar-ar ser maior. De acordo com a antiga matéria “Conheça as armas do caça Saab Gripen E/F”, constam 30 kits da Spice 250, o que é interessante se levarmos em comparação com os 60 kits JDAM da proposta do F/A-18 SH naquela matéria de alguns meses atrás do DSCA. No geral, esse… Read more »
Também achei 36 mísseis muito pouco, mas talvez seja um primeiro pacote e daqui uns anos a Argentina consiga aumentar um pouco esses números.
Sobre o valor de quase U$ 1 bi, normalmente o valor final acaba ficando abaixo do máximo autorizado, de qualquer maneira um caça de alto desempenho e novo iria custar várias vezes mais.
Paises que dependem de terceiros para a base da sua defesa nunca serão uma força de dissuasão de verdade. Se o fornecedor cortar o fornecimento, esses caças não servirão de nada.
36 mísseis para os nossos futuros 36 gripens?
Olá meu povo, saudações da Argentina, este é um primeiro contrato, mais voltado para o apoio logístico da aeronave, e incluíam também o BVR, ainda há um segundo contrato que será celebrado no máximo em novembro ou dezembro, onde todos os dentes serão do F-16 argentino, ou seja, o AIM-9X que foi solicitado, também o AGM-65 Maverick, e foi solicitado e é mais difícil o míssil HARM (AGM-88) ser entregue , além disso, foram solicitados diferentes pods como o Litening G4, o Reccelite Pod, MRP Pod, ACMI Pod entre o que foi solicitado, no que diz respeito a bombas guiadas,… Read more »
Excelente!
Deus te ouça e continue sendo brasileiro, de resta é fato “””…..Essa venda proposta apoiará os objetivos de política externa e segurança nacional dos Estados Unidos…”.
Vi em determinado site especializado argentino no YouTube em que o argentino desdenha do Brasil ser forte economicamente mas ter uma rala forças armadas em virtude de dar prioridade a aquisição de tecnologia e fomento sua indústria aeronáutica saudando a opção inteligente Argentina de aquisição de prateleira portenha rsrsr
O youtuber seria o ARA?
Panzer argentino
Tinha que ser.
Capaz da Argentina receber todos os seus 24 F-16 antes do Brasil receber os primeiros 24 Gripens.
A FAB só não diminuiu esses 36 caças porque a SAAB não é a Embraer, porque se não já tinha dado uma rasteira nela também.
capaz não,certeza.
Esses F-16 Block 10/15 ex-Dinamarca usam o radar AN/APG-66(V2), e na Dinamarca usavam o AIM-120 B, como na imagem da matéria.
A minha dúvida é, será que o AN/APG-66(V2) pode usar o AIM-120 C8 em sua capacidade máxima?
Por ser uma base de radar mais antiga, provavelmente ele não vai extrair o máximo de alcance do míssil como o MSA mais recente, o APG-68 (V9) dos Block 50/52+ ou os AESA como o APG-80 e APG-83 do F-16. Mas é interessante destacar que a força aérea da Romênia adquiriu o AIM-120 C-8 para usar nos F-16 MLU recentemente adquiridos.
Vai usar na capacidade do radar mas é sempre bom o míssil ter energia cinética. Uma coisa interessante é usar engajamento cooperativo que é um caça para fornecer orientação de meio curso para um míssil disparado de outro avião. Se vários caças mantiverem um espaçamento, um caça pode iluminar o alvo enquanto outro faz manobras evasivas. Os caças podem ir trocando de posição em uma ação coordenada. Um dos caças pode estar a baixa altitude por exemplo, fora do alcance dos mísseis inimigos e por aí vai. Nesse caso um míssil de maior alcance é bastante útil. Melhor ainda se… Read more »
“A CRUZEX 2024 terá também papel importante nesse contexto é terá também peso nas decisões futuras da FAB.
Em breve teremos uma boa resposta a tudo isso.”
Eu estava pensando a mesma coisa, e como um colega disse em outra matéria, pode ser que não seja só a questão do pagamento que esteja afetando a aquisição do Gripen, enfim, vamos ver o que vai acontecer depois da cruzex.
De subsonicos A-4 com Aim-9 para supersonicos F-16 com Aim-120 com alcance de 160 km é um baita salto dos hermanos
Já era hora, os argentinos estavam precisando, os F-16 para proteção em alto nível junto com os Pampa III fazendo a função de combater aviões do narcotráfico, como fazemos com os F-5 e F-39 e os A-29. Só falta para os argentinos aviões de AEW&C seria uma boa oportunidade para tentar vender uns P-600 AEW&C da Embraer e tirar esse produto da prancheta para o mercado.
Quanto tempo pra começar a canibalização dos 24?
Espero que a América Latina inteira se arme com armas cada vez mais modernas, até a Venezuela, ai o governo federal vai ver como é importante ter armas modernas e em boa quantidade, por mais que os países da região sejam no geral aliados. E parabéns pra Argentina, já era hora deles terem meios dignos pra sua defesa.
Pacote de armas (inicial) tá saindo pelo triplo do valor das aeronave
Ohh well