Com cibersegurança e criptografia aeroembarcadas, Link-BR2 entra em fase final de integração

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Kryptus é responsável por garantir a comunicação sigilosa e autenticada entre aeronaves e estações de solo da Força Aérea Brasileira

Campinas, 29 de outubro de 2024 – O Link-BR2, projeto de datalink da Força Aérea Brasileira (FAB) executado pela AEL Sistemas, concluiu com sucesso mais uma etapa de testes para demonstrar a robustez e estabilidade do sistema de enlace de dados táticos nacional. Em operação desde 2020, o Link-BR2 atualmente é integrado aos caças do modelo F-5M, e nesta nova fase as aeronaves contaram, pela primeira vez, com as soluções embarcadas de cibersegurança e criptografia desenvolvidas pela Kryptus.

A criptografia ativa no rádio para os voos de teste é uma etapa crucial para a certificação final do sistema, responsável por fornecer comunicação sigilosa e autenticada em tempo real entre as aeronaves e estações de solo da Aeronáutica.

“Desde o início do projeto, a Kryptus é encarregada por todo o desenvolvimento dos protocolos de comunicação e da camada de segurança da informação, que envolve desde a proteção dos computadores e terminais em solo até a criptografia embarcada no rádio, assegurando a transmissão segura das informações”, explica Fernando Farias, Gerente de Projeto da empresa.

“Trabalhamos lado a lado no design, montagem e validação das placas criptográficas e na implementação dessas soluções em nossos rádios e sistemas de solo, que requerem uma infraestrutura robusta para garantir seu funcionamento eficaz. Como parceira estratégica, a Kryptus nos oferece tecnologia de ponta que agora é aplicada nos testes em voo”, completa Ismail Rodrigo Müller, gerente de programas da AEL Sistemas.

Link-BR2.jpg

Reconhecida pelo Ministério da Defesa com o selo EED (Empresa Estratégica de Defesa) e responsável por iniciativas como o desenvolvimento do Typhon, primeiro sistema autônomo inteligente de defesa cibernética brasileiro, a Kryptus traz para o Link-BR2 toda sua expertise no setor, fornecendo soluções avançadas que incluem:

  • Criptocomputador: parte da fase 2 do Projeto IFF Modo 4 Nacional (IFFM4BR), é crucial para a interoperabilidade entre diferentes plataformas (aéreas, terrestres e marítimas), permitindo a classificação rápida e segura dos vetores em combate;

  • Sistema de credenciamento, autenticação e autorização: visa garantir que apenas usuários e terminais autorizados tenham acesso à rede Link-BR2, protegendo a integridade e a segurança das comunicações;

  • Segurança do sistema operacional, rede e logs: implementa medidas robustas para proteger o sistema contra possíveis ameaças cibernéticas, mantendo a segurança das operações;

  • Sistema de distribuição segura de chaves e arquivos: garante que todas as chaves criptográficas e arquivos sejam distribuídos de forma segura, mantendo a confidencialidade e a integridade dos dados;

  • kNET HSM: equipamento que centraliza e protege as autoridades certificadoras do sistema, garantindo a segurança das operações criptográficas;

  • KeyGuardian: dispositivo portátil equipado com Gerador de Números Aleatórios Verdadeiros (TRNG) para criar chaves criptográficas impossíveis de quebrar, protegendo comunicações, cifrando documentos e armazenando credenciais de forma segura;

  • Tokens de segurança: fornecem uma camada adicional de proteção, garantindo a autenticação segura dos usuários nos subsistemas do projeto.

IFFM4BR

Os próximos estágios do projeto Link-BR2 incluem a integração com os caças F-39 Gripen e também sua expansão para as plataformas das demais forças da Defesa. “Há conversas avançadas com a Marinha para integrar o sistema em seus teleports, e o Exército também demonstrou interesse em adotar o Link-BR2 como o padrão de datalink tático do Brasil”, observa Müller.

“Quando atingir sua maturidade, o Link-BR2 será um dos datalinks mais avançados e seguros do mundo, com capacidade de comando e controle que colocará o Brasil na vanguarda da tecnologia de guerra centrada em redes, com desenvolvimento 100% nacional, o que reitera o compromisso de todos os envolvidos com a soberania do país”, conclui Farias.

Sobre a Kryptus

A Kryptus é uma multinacional brasileira provedora de soluções de criptografia e segurança cibernética altamente customizáveis, confiáveis e seguras para aplicações críticas, com foco na entrega de serviços de alto nível para resolução das missões de seus clientes. Fundada em Campinas (SP), em 2003, atua hoje nos setores público e privado dos mercados do Brasil, LATAM, Europa, Oriente Médio e África, sendo reconhecida pelo Ministério da Defesa do Brasil com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, além de contar com selo Gartner Cool Vendor.

Sobre a AEL Sistemas

A AEL Sistemas é uma empresa brasileira que, há 40 anos se dedica ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas eletrônicos militares e espaciais, para aplicações em plataformas aéreas, marítimas e terrestres. Atualmente, participa do desenvolvimento de diversos Projetos Estratégicos das Forças Armadas do Brasil e dos principais programas de Comando e Controle do Ministério da Defesa, como: Link-BR2, STERNA, SIC2MB e RDS Defesa. Atualmente, a empresa é considerada um Centro de Excelência em Tecnologia de Defesa.

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