Encontros perigosos entre aeronaves dos EUA, Rússia e China aumentam risco de conflito
Em 23 de setembro de 2024, aeronaves do NORAD realizaram uma interceptação segura e disciplinada de aeronaves militares russas na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ). No entanto, de acordo com o General Gregory Guillot, um dos caças russos Su-35 envolvido na operação exibiu comportamento considerado “inseguro, não profissional e perigoso para todos os envolvidos”. Guillot destacou que tal conduta não corresponde ao padrão esperado de uma força aérea profissional.
Esse incidente se soma a uma série de encontros aéreos tensos entre aeronaves americanas e forças aéreas de Rússia e China nos últimos anos. Em 2023, um caça chinês J-16 se aproximou perigosamente de um avião de vigilância RC-135 da Força Aérea dos EUA sobre o Mar da China Meridional, obrigando a aeronave americana a realizar uma manobra evasiva para evitar colisão. O evento foi amplamente criticado pelos Estados Unidos, que consideraram a ação uma ameaça à segurança na região.
VÍDEO: Encontro de 23 de setembro de 2024
A relação entre forças aéreas dos EUA e da Rússia também tem sido marcada por confrontos arriscados. Em março de 2023, um drone americano MQ-9 Reaper caiu no Mar Negro após ser interceptado por caças russos Su-27, que realizaram manobras agressivas, incluindo a liberação de combustível na trajetória do drone, resultando em sua queda. Esses eventos ilustram o aumento das tensões no espaço aéreo internacional, onde interceptações e encontros de alto risco entre potências globais têm se tornado mais frequentes.
Com a escalada desses incidentes, analistas alertam para o risco de um erro de cálculo que possa levar a uma crise diplomática maior. Enquanto isso, o NORAD continua monitorando rigorosamente a ADIZ do Alasca para garantir a segurança do espaço aéreo norte-americano, em um cenário onde a interação entre forças aéreas rivais permanece tensa e imprevisível.