Na terça-feira, um F-5EM Tiger II da Força Aérea Brasileira caiu perto de Natal após decolar da Base Aérea de Natal.

O piloto ejetou com sucesso usando o assento Martin-Baker BR10LF.

A Martin-Baker é uma empresa britânica mundialmente reconhecida pela fabricação de assentos ejetáveis, dispositivos de segurança projetados para salvar pilotos e tripulantes em emergências. Desde sua fundação em 1934, a empresa se destaca pela inovação e segurança no setor da aviação, criando tecnologias que se tornaram padrão na indústria.

A produção de assentos ejetáveis começou durante a Segunda Guerra Mundial, quando a necessidade de sistemas de escape eficientes se intensificou. Em 1946, a Martin-Baker realizou o primeiro teste bem-sucedido de um assento ejetável, marcando o início de uma nova era na segurança aeronáutica. Desde então, a empresa aprimora seus designs, incorporando novas tecnologias e materiais.

Além de fornecer assentos ejetáveis para aeronaves militares e civis, a Martin-Baker investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para melhorar a segurança e a eficácia de seus produtos, consolidando-se como líder na indústria de segurança aeronáutica.

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GFC_RJ

Argentinos curtiram isso!

Clésio Luiz

Reza a lenda que um dos fundadores da empresa ficou bastante chateado com a perda de um piloto de testes da empresa, que era seu amigo pessoal. Então a Martin Baker começou a pesquisa e desenvolvimento de assentos ejetáveis eficazes, o que acabou se tornando o produto mais famoso da empresa.

Augusto José de Souza

Isso é comprometimento e o resultado é esse produto de qualidade que salvou a vida do nosso piloto e de vários outros em Taiwan,os nossos Gripens vão vir com esse assento junto com qualquer possível segundo caça para substituir os AMX-A1?

Rinaldo Nery

Não entendi o caso de Taiwan. Cada fabricante de aeronave escolhe o seu assento. A maioria usa Martin Baker, não necessariamente esse modelo. Os norte americanos usam Ace.

Santamariense

O ACES II equipa principalmente versões iniciais do F-16. Já o F-16 block 70/72 usa o Martin-Baker US18E e o F-35 usa o Martin-Baker US16E. O ACES 5 equipa os F-15.

Luiz

Já há mais informações, inclusive com imagem das peças, sobre o provável motivo do acidente.
Após a decolagem encontram na pista parte do escapamento e o pós-combustor do motor. Em outras palavras :

Parece que o F-5 soltou pecinhas.

Last edited 28 dias atrás by Luiz
Matheus

Achei que só o F-35 soltava pecinhas.

Cerberosph

Foi alívio de peso para a decolagem

Cleiton

Lembra o filme Transformers que o robô de avião velho toce as peças haha.

Aéreo

Qualquer coisa acima de meio século esta sujeito a “soltar pecinhas”

Rogério Loureiro Dhiério

Tem coisas com menos de uma década tidas como o suprassumo atual que também solta pecinha.

Camargoer.

O avião ou o motor?

Rodrigo Maçolla

Vi uma reportagem onde um popular, um trabalhador do condomino perto, contou que antes de o avião explodir no solo, ou seja com o caça ainda voando uma peça teria caido antes perto de onde ele estava, o que ele disse que poderia ser o motor “escapamento” então alguma coisa assim deve mesmo ter acorrido… No mais ainda bem que exitem os anjos da da-martin-bake.

Last edited 28 dias atrás by Rodrigo Maçolla
Marcelo

São 2 J85. Os dois quebraram ou 1 só não sustenta o vôo?

Luiz

Acredito que sim, mas acho que o problema foi o incêndio que deve ter comprometido toda a estrutura traseira.

Diego Lima

F-5 já soltou até bombas em Formiga MG quem dirá pecinhas kkkkk

Joao

Um FOD na pista pode ter entrado no motor, destruindo-o
A peça na pista pode ser uma das primeiras a ter caído.
Essa é a maior probabilidade.

zamzam-pampa

Foi salvo pela sorte!

marcos

Achei que o F-5 usava Rockwell Collins, vide a época da fabricação dos caças.

Santamariense

Os F-5 do primeiro lote vieram equipados com o Martin-Baker Mk7. Os F-5 comprados usados da USAF vieram com assentos fabricados pela própria Northrop. Quando foram modernizadas, todas aeronaves foram padronizadas com o Martin-Baker BR10LF.

Augusto José de Souza

E os Gripen e o possível segundo caça da FAB também serão equipados com esse assento?

Camargoer.

O Gripen também usa um assento Martin-Baker

Augusto José de Souza

Beleza,se a Fab adquirir outro caça como o F16 no lugar dos A1 creio que também deva ser Martin Baker.

Rinaldo Nery

O F-16 usa o Ace.

Augusto José de Souza

Obrigado,então deve ser esse o assunto que os argentinos irão usar.

Rinaldo Nery

Assento

Mercenário

Parece que os F-16 Block 70 vão de Martin-Baker também, seguindo o modelo que equipa o F-35:

https://martin-baker.com/ejection-seats/us18e/

André Sávio Craveiro Bueno

O que dizer dos T-38 Talon – amplamente usado para treinamento pela USAF – que, na prática, são aeronaves muito semelhantes?

André Sávio Craveiro Bueno

E datam do início dos anos 60. E ainda à disposição dos astronautas em Andrews AFB.

Rinaldo Nery

Os T-38 dos astronautas ficam em Houston. Joint Reserve Base Ellington. Já fui lá. Não em Andrews.

Last edited 28 dias atrás by Rinaldo Nery
André Bueno

Exato, erro meu.

Willber Rodrigues

Se não me engano, essa empresa dá uma medalha e um certificado pro piloto que é salvo pelo assento dela.

Fico feliz que o piloto tenha se salvado.

Rodrigo LD

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Rinaldo Nery

Creio que não há medalha. O piloto fica com o assento. Depois de recuperado e desamassado.

Salomon

Que legal. Não sabia. Muito simpático e uma relíquia vai passar por gerações. TFA.

Willber Rodrigues

“o piloto fica com o assento”

A FAB permite isso?

Rinaldo Nery

Sim. Permite. O que ela faria com sucata? Acha que assento fica igual ao da foto, após a ejeção?

Last edited 28 dias atrás by Rinaldo Nery
LeoRezende

Eu realmente me perguntava sobre o destino dado ao assento…obrigado por esclarecer minha dúvida.

Rinaldo Nery

Tenho alguns amigos, “ejetados”, que mantém o assento na sala de casa.

Fernando

Olha, eu vi de perto esses caças e dá até medo. Sei que muita gente vai criticar, mas esses aviões já estão fazendo hora extra a muito tempo. Parecem kombis com asas

Santamariense

Menos, meu caro…beeeem menos. Já vi muitos F-5, bem de perto, desde o início dos anos 90 até hoje. Por baixo, por cima, pela frente, por trás, por dentro, no cockpit. Não é isso que você falou.

Rinaldo Nery

Não tenho mais paciência com essas conclusões de leigos. Acho que estou velho.

MMerlin

São as mesmas pessoas que acham que o VC-1 já está velho, não serve mais e precisa ser trocado.

Rinaldo Nery

Sim. Tenho me policiado pra não responder, e, se responder, não ser grosseiro.

André Bueno

A velhice, a experiência, é bem mais suave que a estupidez.

Rinaldo Nery

Espero que sim.

Enzo Vernille

Isso tá igual o pessoal que julga o ATR pela aparência

Iran

O anjo da guarda dos aviadores chama-se: Martin Baker.

juggerbr

Curiosidade, existem concorrentes pra Martin-Baker? Creio que pelo menos uma concorrente russa exista…

Santamariense

Existem as fabricantes de assentos ejetáveis Rockwell Collins dos EUA e a Zvezda, russa.

Augusto José de Souza

Esse assento não poderia ser usado pelos F16 argentinos para driblar qualquer embargo britânico ou esse assento também possui peças britânicas?

GFC_RJ

A Martin-Baker é britânica.

Augusto José de Souza

Então não tem jeito, achava que era americana.

Salomon

Xiiiiii….

Augusto José de Souza

Deu ruim para os hermanos kkk

Santamariense

Leia o que escrevi mais acima.

Santamariense

Os assentos dos F-16 não são Martin-Baker, são ACES II da Rockwell Collins, dos EUA.

Marcelo

Sendo 2 J85 , um só motor não sustentaria o vôo? Seria menos arriscado a ejeção do que tentar estabilizar e pousar com um motor após alijar combustível? Se sim, a justificativa de aquisição de cacas de 2 motores não se justifica pela redundância.

Marcelo

Obrigado pelos esclarecimentos.

Camargoer.

Depende da potência do motor. Os J85 tẽm cerca de 16 kN de força. O F411 da Gripen tem cerca de 115 kN. Claro que cada um depende da versão…. mas perceba que dois J85 são cerca de 30% da força de um único F414

O F5 pesa cerca de 8 ton carregado (combustível e armas). O Gripen E pesa cerca de 16 ton carregado.

Então… o F5 tem uma razão Força/Peso (kN/ton) de 4 e o Gripen 7. Significa que um único motor do Gripen fornece praticamente o dobro de força dos dois J85 do F5;

Marcelo

Mas não me refiro a potência de uso militar de missão, me refiro a condição de pouso, se 1 motor não sustentaria para salvar o avião em retorno ao pouso em caso de 1 só ter comprometido pois no vídeo não parece que o avião perdeu o controle total .

Last edited 28 dias atrás by Marcelo
Camargoer.

Então… quanto um F5 perde um dos motores, sua razão força/peso cai para 2 kN/ton. Parece baixo demais para sustentar um voo de retorno com segurança de um caça, ao contrário de um avião comercial, que possui um projeto otimizado para voar com apenas um motor, provavelmente em razão do desenho das asas.

Teríamos que calcular a razão área/peso do F5 e de um A320, mas considerando o incidente do Vc01 fica evidente que existe um grande diferença.

No caso deste F5, fica ainda a dúvida se ele perdeu um ou os dois motores…

Rinaldo Nery

Um avião comercial deve voar monomotor por necessidade de certificação.

Chris

E segurança… Todas as rotas comerciais são calculadas pra que ele chegue em algum aeroporto.. Em caso de pane em um dos motores… Mesmo sobre o oceano !

Rinaldo Nery

Isso é ETOPS. Nem sempre se aplica voando sobre o continente.

Renato

Só uma pequena observação (coisa de detalhista..) de acordo com as Wikipedias da vida a potência do motor do Gripen E (GE F-414) é 98 kN.

Santamariense

“ Os J85 tẽm cerca de 16 kN de força. O F411 da Gripen tem cerca de 115 kN”

O J85-21 do F-5E/F tem potência máxima em pós-combustão de 22 kN, e não 16 kN como tu escreveu. Logo, um F-5 tem uma potência combinada 44 kN em pós-combustão.
O F414-39E do Gripen E/F tem potência máxima em pós-combustão de 98 kN, e não 115 kN como tu colocou.

Rinaldo Nery

F-5 não alija combustível.

Santamariense

“Um só motor sustenta com segurança o voo de retorno à base.

O F-5 não alija combustível.”

Exatamente. Isso, por si só, já impediria o retorno seguro, pois para pousar ele precisaria perder peso, o que seria possível diminuindo o combustível. Mas, como ele não alija o combustível, precisaria consumí-lo voando em circuito próximo à Base. Mas, como fazer isso com um incêndio acontecendo? Então, não havia o que fazer, a não ser, ejetar.

Santamariense

Ok, obrigado pela correção. Mas, voar com incêndio em um dos motores e pousar nesta condição? Com o motor em chamas? Não acho que seja algo previsto nos procedimentos de segurança da FAB.

Santamariense

Exato. Maior peso, maior velocidade e maior distância de pouso.

Santamariense

Isso…eu me refiro ao caso específico desse acidente, sem o fogo ter sido extinto.

Fernando Vieira

Bom, mas nessa situação ele alijaria os tanques externos. Ia acabar pousando leve porque o F-5 tem pouco armazenamento interno.

Celso Moraes da Cunha

Graças a Deus, pena que O falecido Cap Penedo não teve a mesma sorte, por conta de problemas no assento do F5 que pilotava

Rinaldo Nery

A tubulação do sistema de acionamento estava invertida. Veio assim dos EUA.

Augusto José de Souza

Ele era o piloto do F5 que também caiu em Natal em 1995? Aquilo foi muito triste a imagem do caça virando o bico direto para o solo é assustador.

Rinaldo Nery

Não. Em Natal era o Naumann, meu 4° ano quando ingressei na AFA, em 1983. Era Líder de Esquadrão do 1° ano. Depois, nos anos 90, servimos juntos na AFA como instrutores. Seu pai, General, foi cmt da Brigada Páraquedista. Seu irmão mais novo, oficial da Marinha (Armada), fez o curso na Aviação Naval em 1988. Eu tbm servia em São Pedro da Aldeia naquele ano. Anos depois faleceu num acidente de carro, no Rio. Naumann, que também estava nesse acidente, perdeu parte do fígado.

Rinaldo Nery

Tem um comentário preso no STF

Nota da moderação:
Que tal deixar a infantilidade de lado e ler as regras para comentários?
Esse papo de “STF” ou “Xandão” já cansou!

Rinaldo Nery

Seja mais polido e não ofenda os comentaristas. Não sou obrigado a aceitar isso.

Nota da moderação:
Podemos dizer o mesmo; seja mais educado.
Também não somos obrigados a aceitar ser chamados de “STF” ou “Xandão”

Santamariense

Não. O Penedo era o piloto do F-5F 4809 que caiu aqui no RS em 1996, num voo da BACO para a BASM.

Rinaldo Nery

Creio que ao contrário: da BASM pra BACO.

Santamariense

Não. O Pampa estava operando em SM em sua campanha de emprego ar-solo anual no estande de Saicã. No dia do acidente, havia uma solenidade na BACO e ele foi da BASM para a BACO de manhã, em um F-5E e outros 2 pilotos em outras aeronaves. De tarde, a programação era voltar para a BASM. O Penedo pediu para trocar de aeronave e voltar com o F-5F que seria voado pelo major Paggiaro, que acabou voando um F-5E. Assim, após decolar de Canoas e aproar Santa Maria, o capitão Penedo informou pane de comandos e que iria ejetar. Após… Read more »

Rinaldo Nery

Ah, é verdade. Grato.

Santamariense

👍👍

Welington S.

Uma dúvida. A China já possui capacidade de fabricação de seus próprios assentos ejetores? Se não, o quão complexo é a fabricação? Sei que existe uma espécie de “chipe” (?) necessário para o funcionamento certo do assento (me corrijam se eu estiver enganado).

brutus

sera que funciona kkkkk

Maurício.

Tu ficaria sentado no canopy de um caça em uma ejeção do banco chinês pra ver se funciona? Rsrsrs.

Welington S.

É uma capacidade e tanto.

Rinaldo Nery

Não existe chip algum. Em nenhum assento.

Pedro I

O controle de toda a sequência de eventos durante a ejeção (acionamento do cartucho, controle da altitude/atitude, liberação do banco, abertura do paraquedas, etc) é simplesmente analógico?
Em todos os modelos de assento ejetável?

Rinaldo Nery

Sim. São cartuchos de TNT que fazem o assento ejetar. Existe uma unidade barostática de retardo (um objeto circular ao lado do assento, na foto), que impede a abertura do páraquedas acima de 14000 ft.

Pedro I

Sempre entendi que após a ejeção foguetes eram acionados para afastar/elevar o assento, e que (pelo menos nos assentos mais “modernos”) existe um microcontrolador que comanda a sequência de eventos na ejeção…
Não fui pesquisar os assentos do F5/Mirage, mas dê uma olhada na especificação do assento “chinês” fornecida pelo Galante, e nas dos assentos ACE e Martin Baker mais avançados…

Rinaldo Nery

Foguetes só nos assentos 0/0.

Pedro I

Os assentos MkBR10LF que equipam os caças e treinadores brasileiros não tem a capacidade 0/0?

Rinaldo Nery

Sim, têm. Só o do T-27 (Mk BR-8LC) é 0/70.

Welington S.

Eu me expressei mal por não me lembrar o nome certo. Creio eu que seja o que o Pedro I citou, o cartucho de controle, não?! Inclusive, é algo que os argentinos estavam precisando para seus assentos ejetáveis e não conseguiram ter uma peça fundamental tendo em vista que os assentos do SE são da Martin.

Last edited 28 dias atrás by Welington S.
Rinaldo Nery

Não existe cartucho de controle. Existe uma espoleta no punho do assento, que ignita o TNT que faz o canhão telescópico extender e ejetar o assento. Nos assentos 0/0 (zero velocidade/ zero altura) há, ainda, foguetes para que o assento atinja a altura necessária para a abertura do páraquedas.

Rinaldo Nery

O caso dos SE argentinos foi o vencimento da validade dos catuchos TNT, que devem ser substituídos.

Rinaldo Nery

Uma das funções do ala em situação de emergência é essa mesmo.

Salomon

De toda a forma, independente de discussões várias, um piloto brasileiro não perdeu a vida. Uma família (devia ser tenente ou capitão) nova não perdeu o pai, graças a Deus.
Imagino que, dada a excepcionalidade do evento, haverão estudos sobre todos os aspectos, incluindo técnicos e humanos.

Last edited 28 dias atrás by Salomon
Rinaldo Nery

Capitão. Haverá uma investigação de acidente aeronáutico com um relatório final, que apontará as causas e emitirá recomendações de segurança.

Luiz Antonio

Por tratar-se de aeronave militar creio que o Relatório Final do CENIPA não será publicado ficando restrito ao Comando da Aeronáutica. Procede?

Rinaldo Nery

Sim.

JOSE DE PADUA VIEIRA

Vai ganhar uma gravata da martin baker

Diego Tarses Cardoso

Está mais do que na hora de coisas novas além do assento, chega de aviões de mais de 50 anos.