Pelo menos 550 pessoas foram mortas em intensos e abrangentes ataques aéreos israelenses que têm como alvo o Hezbollah no Líbano, segundo o Ministério da Saúde do país, no dia mais mortal de conflito na região em quase 20 anos.

Milhares de famílias também fugiram de suas casas, enquanto o Exército israelense informou ter atingido 1.600 alvos do Hezbollah em uma operação para destruir a infraestrutura que o grupo armado construiu desde a guerra de 2006.

O Hezbollah, por sua vez, lançou mais de 200 foguetes contra o norte de Israel, segundo o exército israelense. Paramédicos relataram que duas pessoas ficaram feridas por estilhaços.

Potências mundiais têm apelado por moderação, à medida que ambos os lados parecem se aproximar de uma guerra total.

O Ministério da Saúde do Líbano afirmou que 50 crianças e 94 mulheres estão entre os mortos, enquanto outras 1.835 pessoas ficaram feridas. Não foi informado quantas das vítimas eram civis ou combatentes.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou alarme com a escalada da situação e disse que não quer que o Líbano “se torne outra Gaza”. O chefe de assuntos exteriores da União Europeia, Josep Borrell, disse que a “escalada é extremamente perigosa e preocupante” antes de uma reunião de líderes mundiais na ONU em Nova York, acrescentando que “estamos quase em uma guerra completa”.

O presidente Joe Biden afirmou que os EUA estão “trabalhando para desescalar de uma forma que permita que as pessoas voltem para casa com segurança”, enquanto o Pentágono anunciou o envio de “um pequeno número” de tropas adicionais para o Oriente Médio “por precaução”.

Quase um ano de combates transfronteiriços entre Israel e Hezbollah, desencadeados pela guerra em Gaza, matou centenas de pessoas, a maioria combatentes do Hezbollah, e deslocou dezenas de milhares em ambos os lados da fronteira.

O Hezbollah declarou que está agindo em apoio ao Hamas e que não cessará até que haja um cessar-fogo em Gaza. Ambos os grupos são apoiados pelo Irã e são classificados como organizações terroristas por Israel, Reino Unido e outros países.

Na noite de segunda-feira, Israel afirmou ter matado um “grande número” de militantes do Hezbollah ao atingir cerca de 1.600 locais no sul e leste do Líbano.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instou o povo do Líbano a “sair do caminho do perigo agora”, afirmando que “o Hezbollah está usando vocês como escudos humanos”.

IDF diz que 2.000 munições foram usadas em 1.500 ataques

O exército israelense disse em uma declaração que usou 2.000 munições em aproximadamente 1.500 ataques visando “alvos de infraestrutura terroristas no sul do Líbano e bem no interior do território libanês”.

O exército acrescentou que visava “remover ameaças a civis israelenses e degradar a infraestrutura e as capacidades terroristas do Hezbollah no Líbano”.

FONTES: BBC / Al Jazeera / ISW

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Charle

Sinceramente, isso já é um escárnio contra a humanidade. A ofensiva em Gaza já ceifou a vida de milhares e milhares de palestinos, agora isso. A Palestina foi obliterada. São ataques tão mortiferos que me fazem pensar se, pelo menos na vida após a morte, aqueles que aceitaram participar disso se encontrarão face a face com suas vítimas. Pelo menos eu sei que há israelenses, judeus ou não, que também não concordam com tamanha matança indiscriminada. Os judeus sofreram no decorrer da história, isso é sabido. Mas agora cobram centavo por centavo, vintém por vintém uma dívida de pessoas que… Read more »

Harpia

O Hezbollah vai sendo trucidado.
Sei lá, mas fico com a impressão que toda a propaganda sobre o poderio do grupo, (trilhões de misseis modernos, bilhões de drones ultramegapower etc.) são apenas propaganda mesmo para justificar a roçada do pasto.

Chris

O que mais acho engraçado neste conflito…

É ate os governantes reclamando da atitude de Israel… Ninguém pede pra esses extremistas pararem de atacar Israel ou pra esses covardes pararem de se esconder atras de mulheres e crianças…

No fundo… Parece que todo mulçumano (Alem dos vermelhinhos do mundo) deseja a extinção de Israel… O que infelizmente só justifica a atitude deste.

Last edited 10 minutos atrás by Chris
Nilton L Junior

O sionismo faz isso no Líbano porque não existe defesa aérea, agora vamos esperar se tem essa disposição ir por terra.

Bueno

Fez isto na Síria, na verdade , sempre Fez!

Maurício.

“O Ministério da Saúde do Líbano afirmou que 50 crianças e 94 mulheres estão entre os mortos, enquanto outras 1.835 pessoas ficaram feridas.”

Se é a Rússia matando essa quantidade de crianças e civis, um pessoal por aí dá chilique, mas como é Israel…🙈🙉🙊🤐🤫🤷🏻‍♂️

Allan Lemos

Indignaçāo seletiva por parte de alguns. Há acadêmicos que dedicam vários anos de estudo a essa questāo do Oriente Médio, tamanha a complexidade, mesmo assim tem gente que acha que tudo se resume a 8 ou 80, fazendo uma análise simplória equivocada da situaçāo, e o que é pior, fazendo um paralelo implícito com as disputas político-ideológica do Ocidente.

Lorde Baden Power

Tio Jacob não é de se “brincar”.
Abaixo o terrorismo defendido por algumas corjas por aqui.

Ricardo da Silva

E dizem que a política “entre o Nilo e o Eufrates” é teoria da conspiração . . .

Leonardo Bastos

500 mortos! Entre mulheres e crianças. E se fosse a Rússia…??

Rafael Aires

No caso de Israel não tem a tal de “ordem baseada em regras”.

vendéen

Bonjour le Brésil, Não sabemos muito sobre o centro de interesse dos alvos atingidos (?). Tal como o artigo especifica, estes ataques causaram pesadas perdas entre a população civil (número provisório: mais de 500 mortos e mais de 5.000 combatentes e civis feridos (?)) e isto é dramático. Além disso, na sequência do caso dos pagers e dos walkie-talkies com armadilhas na semana passada, os hospitais libaneses estão inevitavelmente completamente sobrecarregados pelo afluxo de vítimas. Caso contrário, estes ataques aéreos particularmente mortíferos são certamente a consequência do aninhamento voluntário ou mesmo forçado de combatentes entre civis. Para os combatentes, esta… Read more »

Allan Lemos

Reconhecer os limites a partir de onde a legítima defesa se torna excesso nāo é tarefa das mais simples.

A capacidade tecnica e intelectual das forças armadas de Israel é inquestionável, entāo com certeza sabem quais medidas sāo eficazes ou nāo. Dito isso, toda a operaçāo dos pagers valeu a pena em termos de custo-benefício? Quantos inimigos foram incapacitados permanentemente? Há outras formas de atacar sem envolver alvos civis? Ou o “Bibi” está usando a situaçāo como subterfúgio para fazer propaganda interna?

Eis os questionamentos, dos quais nāo teremos resposta, isso prejudica toda a análise.

Leandro Costa

Concordo.

Fordo

O que mais me assusta é que Israel tem o conhecimento técnico e os equipamentos para realizar ataques de precisão, com um número mínimo de baixas civis, mas prefere promover um novo genocídio com a justificativa de que esta se protegendo, tudo para dar a Netanyahu uma desculpa para não sair do poder.

leandro

mesma vibe do ministério da saude de gaza?

onde um mesmo figurante morreu umas 20 vezes?