Embraer vai receber US$ 150 milhões da Boeing em acordo para encerrar processo de arbitragem
Acordo põe fim a procedimento de arbitragem movido pela Embraer contra empresa americana, que rescindiu acordo para criação de empresa conjunta entre elas em 2020
A Embraer anunciou na manhã desta segunda-feira (16) que a Boeing vai pagar US$ 150 milhões para fabricante de aeronaves brasileira em um acordo que encerra os procedimentos de arbitragem entre as duas empresas.
A ação foi movida pela Embraer em abril de 2020, após a Boeing rescindir um acordo para criação conjunta de uma empresa na aviação comercial. À época, o negócio era avaliado em US$ 5,2 bilhões.
Em comunicado ao mercado financeiro na Comissão de Valores Mobiliários, a Embraer informou nesta segunda-feira que os procedimentos de arbitragem entre as empresas foram concluídos com o acordo.
O documento é assinado por Antonio Carlos Garcia, Vice-Presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores da Embraer.
A arbitragem é um mecanismo usado na solução de conflitos em negociações sem envolver a Justiça. O modelo é mais rápido e dispensa alguns protocolos do judiciário. Ao invés de um juiz, o processo é julgado por uma pessoa eleita pelos envolvidos e especialista na área, no caso, a aviação.
Nesse caso, a medida foi movida pela Embraer como uma tentativa em reaver perdas sofridas com o cancelamento do negócio. Só em 2019, a empresa brasileira afirmou ter investido R$ 485 milhões para preparar a venda da divisão comercial à Boeing.
Em nota, a Boeing confirmou ter concluído o processo de arbitragem com a Embraer e destacou a parceria com o Brasil. “Esperamos continuar contribuindo para a indústria aeroespacial brasileira”, informou.
Negócio cancelado
Em 2018, a Embraer e a Boeing anunciaram a criação de uma empresa conjunta em um negócio então avaliado em US$ 5,26 bilhões. A empresa ficaria sob comando da Boeing, com 80% de participação, sendo que a Embraer ficaria com os 20% restantes.
Dois anos depois, durante os processos para criação da joint venture, a Boeing anunciou a rescisão do acordo sob a alegação de “a Embraer não ter atendido as condições necessárias”.
Na ocasião, a Embraer afirma que a Boeing rescindiu “indevidamente” o acordo entre as empresas na área comercial e que a empresa norte-americana “fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação”.
FONTE: G1
Para a Boeing é troco de pinga, mas pelo menos cobre alguns custos da Embraer. Melhor que nada.
Do jeito como as coisas andam pra Boeing,é valor considerável.
Concordo.
Do jeito que ela acumula prejuízos, reclamações e atrasos nas suas 3 áreas ( civil, Defesa e aeroespacial ) e da maneira como sua marca está arranhada, esse valor não é dinheiro de pinga…
Com o governo americano por trás com recursos ilimitados assinando cheques em branco, não existe problema grande o suficiente para a Boeing.
fato!
US$ 150 mihões é muito dinheiro até para o Bill Gater.
Dizem que é mais dinheiro do que a Avibrás deve para todos os seus credores.
pois é… é muito dinheiro.. da ordem de R$ 600 milhões…
Dá mais de R$800 milhões de reais
Opa.. isso mesmo… usei o câmbio paralelo. Riso.. Lembra?
Valeu obrigado
Quando quiserem vão pro Brasil e compram, não haverá celeuma alguma!
Já agradeceram a Deus hoje por esse acordo não ter ido em frente?
Já. Eu era favorável na época, mas o tempo mostrou que seria uma bela roubada. Acho que a Embrear tem até condições de projetar aeronaves na faixa dos concorrentes e se dar bem. A impressão que eu tenho é que a Boieing, por alguma razão, perdeu a mão. Ainda bem que não rolou.
Discordo.
Entrar nessa briga de aeronaves na faixa do 737 exigiria mais grana e recursos do que a Embraer tem, e seria apostar demais num mercado em que os “players” desse setor já estão consolidados.
A Embraer chegou aonde chegou apostando em nichos que ninguém explorava, e se consolidou neles.
Se o E-VTOL der certo ( e esperemos que dê ), será mais um nicho que a Embraer terá dominancia.
Ah sim, Willber, tens razão. Me referia mais à eventual capacidade técnica e sucesso industrial do projeto do que possibilidade mercadológica. Ab
Exato.. na época eu expressei minha decepção e contrariedade. É sempre importante lembrar que este negócio tem o CPF daquele que poderia ter vetado usando o poder de veto do governo federal. Isso tem que ser sempre lembrando..
agora, a indenização que a Embraer vai receber deixa claro que a Boeing agiu na má-fé.
Se a Boeing quis “resolver por fora” pra evitar que a Embraer fosse em frente com o caso, é porque a Boeing sabe que as chances dela perder nos tribunais é considerável ou, no mínimo, que ela teria que gastar muito tempo e grana nos tribunais pra mostrar seu “lado da história”, isso num mome to em que ela está pressionada por falta de resultados e atrasos nas áreas civil, defesa e aeroespacial.
Ninguém faz acordo sabendo que sua causa é ganha.
Pois é… a conta é mais ou menos conhecida… se uma parte sabe que vai perder porque fez errado, o caminho do acordo é ótimo. Se a chance de perder á maior que a chance de ganhar, pode ser vantajoso buscar o acordo. Se o custo de manter a disputa começa a ficar mais cara que o valor da indenização, é melhor optar pelo acordo..
Curiosamente, é a mesma avaliação que eu faço na guerra da Ucrãnia.., chega um momento que o custo da guerra é maior que o custo de um acordo
Exelente. Mas saiu barato para a Boeing…. Vida que segue.
Saiu mesmo.
Pelo menos, isso encerra uma pendência…
Vida que segue.
as açẽos da Embraer cairam 6% hoje, Bom para compre agora e vender depois. 6% em uma semana é uma fortuna
Não é bem assim, Willber. Em negócios comerciais internacionais, o habitual é as empresas estabelecerem, de comum acordo e logo início, que uma Corte Arbitral decidirá eventuais problemas que possam surgir. As Cortes “mais respeitadas” são as de Nova Iorque, Paris e Londres. Elas fazem isso para ter uma solução mais rápida do que do Poder Judiciário, assim como evitar que Justiças de diferentes países se declarem competentes para julgar o caso. Ao realizarem um acordo de arbitragem, as empresas abrem mão de entrar com ações na Justiça, seja do país que for. Por isso a Embraer apresentou a queixa… Read more »
16.09.24 – segunda-feira, bdia, não foi o ideal, foi o que se conseguiu. Agora o mais importante…… ganhar uma ação já é muito bom, principalmente de uma BOEING.
Excelente ideia ter vendido a Golden Share e a empresa, parabéns aos envolvidos entreguistas!
Agora dá pra comprar 3 doses de pitu e um saco de limão com esse valor recebido, talvez um tiragosto.
Nada foi vendido!!! Ainda bem.
“vendido a Golden Share e a empresa”
De que vc está falando???
Me perdoe se não escrevi em forma de artigo científico, da próxima até formato nas normas da ABNT, talvez aí você não tente um malabarismo pra fingir que não entendeu o que eu quis dizer.
Mas André, nada foi vendido. O Acordo não foi pra frente, por isso a boeing está pagando a Embraer pelos prejuízos
Não foi vendido, mas a Embraer teve um prejuízo estimado de quase 1 BILHÃO de reais (que pode ser ainda maior se contar o prejuízo enorme de 2020, mas houve a pandemia também), não foi vendido mas até o mercado esperava um valor entre 250 e 300 milhões, as ações da Embraer estão caindo nesse exato momento por causa dessa esmola recebida.
Compre no boato. Venda no fato.
Por isso estão caindo.
🤦♂️🤦♂️
André,
A própria Embraer havia divulgado em seu balanço que a ação contra a Boeing poderia dar em nada, como poderia ainda ter de desembolsar valores para a Boeing.
Pior ainda, causaram um prejuízo enorme e ainda saíram impunes.
E não entendi mesmo. Acho que ninguém entendeu…
Vamos mudar o crime de homicídio pra tentativa de homicídio, pronto? O foco aqui foi o entreguismo e o prejuízo que isso causou à Embraer, se você quiser entrar em maneirismos e termos técnicos ai é não é comigo.
🤣🤣
🙄🙄
Acho que essa Pitu era batizada…😩😩
Vc não entedeu nada, essa era a ideia, por a venda, os europeus dizer não ao negócio, os americanos desistirem, e nos ganharmos um troca de 150 milhões de dolares, rsrsrsrsr somos muito esperto.
O que teve de “patriota” dizendo que a Embraer quebraria…
Falta reclamar da venda do Bamerindus, Brastemp e Prosdócimo.
Melhor assim, mais fácil do que vender três E2, recuperou o prejuízo e com lucro, caso contrário iria arrastar por anos de perder no final.
Essa foi a “não venda” mais benefica da historia tecnologica brasileira… obrigado Boeing , continue assim…
Olá Bispo. Quando eu morava no Japão, meus colegas sempre perguntava, quais as marcas que o Brasil tinha… se tinha fábrica de carro brasileira ou outras coisas. Eles conheciam a Embraer a a Petrobras.
Compreensível, visto que ambas exportam seus produtos.
Exato… Dai o pessoal queria acabar com a única marca de produtos de alta tecnologia do Brasil….
Eu não comemoraria. Os estadounidenses e europeus se ofendem quando perdem qualquer disputa para latinoamericanos.
Podem apostar que, muito em breve, darão o troco.
E quem vai lamentar não será a Embraer, serão os seus acionistas.