Caças MiG armados com o míssil ar-ar francês Matra R.550 Magic
Exemplos de MiGs que integraram o míssil ar-ar francês Matra R.550 Magic:
- MiG-21 iraquiano (Magic 1)
- MiG-21BIS indiano (Magic 2)
- MiG-21MF (LanceR) romeno
- MiG-23ML tcheco
- MiG-29 eslovaco
O míssil ar-ar Magic é um dos sistemas de armamento mais conhecidos desenvolvidos pela França, projetado para ser um míssil de curto alcance e guiado por infravermelho. Criado pela Matra, agora parte da MBDA, o Magic foi concebido para complementar e eventualmente substituir o míssil AIM-9 Sidewinder nas forças armadas francesas e de outras nações.
O Magic foi introduzido em serviço nos anos 1970, com a versão inicial conhecida como R550 Magic 1. Este modelo foi amplamente utilizado em aeronaves de combate como o Mirage F1 e o Mirage 2000. O míssil Magic 1 tinha um alcance de cerca de 10 a 15 km e era conhecido por sua boa capacidade de manobra, o que o tornava eficaz em combates aéreos próximos (dogfights).
Com o passar do tempo, surgiu a necessidade de uma versão aprimorada, levando ao desenvolvimento do R550 Magic 2. Introduzido nos anos 1980, o Magic 2 trouxe melhorias significativas, como uma maior resistência a contramedidas e um alcance um pouco maior. Além disso, ele foi projetado para ser compatível com uma ampla gama de caças modernos, tornando-se uma escolha popular entre várias forças aéreas ao redor do mundo.
O Magic 2 foi amplamente exportado e adotado por diversas nações, sendo utilizado em conflitos reais, onde demonstrou sua eficácia. Apesar de ser um míssil de curto alcance, sua capacidade de resposta rápida e a confiabilidade de seu sistema de orientação por infravermelho o tornaram uma ferramenta valiosa para missões de superioridade aérea.
Embora os avanços tecnológicos tenham levado ao desenvolvimento de mísseis mais modernos e sofisticados, como o MICA, o míssil Magic continua a ser uma referência importante na história dos mísseis ar-ar.
FONTE: @BaA43A3aHY
Ok, mas alguma explicação para o Magic em um MIG 23 em uma foto que parece datar dos anos 80?
Naquela época algo assim seria surreal… rs
Deve ser dos anos 90 então..
Pesquisando a imagem no Google Lens, aparece isso em um site:
“Entre 28 de março e 14 de abril de 1994, dois MiG-23 da Força Aérea Tcheca realizaram testes em Mont de Marsan (França) com o míssil Matra R-550 Magic-2”
“O Magic foi introduzido em serviço nos anos 1970, com a versão inicial conhecida como R550 Magic 1.”
Está no texto…
Muito interessante, não é primeira vez que vejo Caça Russo/Sovietico com coisas francesas, parece que conversam bem com os componentes russos, tem essa matéria do PA, onde mostra aviônica Francesa no SU30 da Malasia
https://www.aereo.jor.br/2010/04/27/sukhoi-com-avionica-francesa/
Esse Sukoi-30 da Malásia a avionica (recheio eletronico) é quase todo francês e sul africano.
Bonjour Carlos Campos,
Obrigado por compartilhar este link (2010) em que o conteúdo de alguns comentários sobre a aviônica russa vs a escolha de preferir instalar uma aviônica francesa em caças russos são às vezes muito divertidos, engraçados.
Bonjour
O desempenho do Magic pela Força Aérea Argentina no conflito das Falklands em 1982, não foi uma boa propaganda para a Matra. Em que pese a forma (errônea) como foi empregado, não deve ter sido fácil para os franceses vender os mísseis depois que os britânicos divulgaram seus resultados, especialmente se o cliente tinha a opção do concorrente americano.
Se não me falha a memória, existem resultados positivos para o míssil em outros conflitos, mas em 82, ele levou uma goleada do Sidewinder.
Dutante a guerra Irã x Iraque o Mirage F1 iraquiano armado com Magic foi massacrado pela aviação de caça iraniana.
De acordo com os relatos dos próprios Iranianos, os Mirage F1 eram os melhores que os Iraquianos tinham, e inclusive abateram Tomcats. De longe eram os mais bem treinados. O interessante que isso bate com encontros entre a USN e aeronaves Líbias durante a década de 1980, dizendo que os piores de todos eram os pilotos dos MiG-25, mas de longe os melhores eram pilotos de Mirage F1’s. O problema principal durante as Falklands é que o Magic 1 não era all aspect, mas os AIM-9L eram, coisa que os pilotos Argentinos não sabiam. Mísseis IR all-aspect ainda eram uma… Read more »
os sul-africanos também tiveram essa péssima surpresa com os Mig-23 angolanos, tanto que os angolanos ficaram conhecidos por “mirage killers”. É um ótimo exemplo de como a tecnologia não pode ser negligência pelas forças armadas.
O Sea Harrier combinava o moderno radar Bluefox com o míssil All aspect AIM-9L e melhor manobrabildade em baixa altitude.
Os mirages argentinos estavam armados com o inferior Magic, voavam com pouco combustível a baixa altitude e salvo engano não tinham RWR. O Dagger sequer tinha radar.
Sem falar que não estavam aptos para o reabastecimento em voo.
Nessa guerra os iraquianos enfrentaram os F-14, foi tiro ao pato.
Sacaram….do outro lado tinham os Tomcat com o Phoenix….aí não tem como mesmo…
Exato. No duelo entre F-14 e Mirage F-1, o primeiro derrubou mais de 30 com apenas 4 perdas.
O F-14 também abateu dezenas de Mig-23 com apenas 1 perda.
Os jatos iraquianos eram abatidos totalmente fora do alcance dos mísseis que carregavam quando enfrentavam os F-14s, quando conseguiam trazer os combates para curto alcance, consta que os Mig-21 iraquianos tiveram alguns bons resultados equipados com mísseis Magic contra a aviação iraniana.
Os iraque tentou de tudo para anular a superioridade do F-14. O emprego de uma versão avançada do Mirage F-1 com míssil Super 530D também foi um fracasso.
Devido, entre outros fatores, ao bico pontudo e fino, o radar do Mirage F1 tinha um alcance muito pequeno. Havia também o problema de refrigeração dos seus componentes
Os Mirages F1 iraquianos abateram pelo menos 4 F-14 utilizando uma tática chamada de Giraffe em que Migs-23 serviam de isca e os Mirages se esgueiravam a baixíssima altitude vetorados pelo GCI e quando estavam abaixo dos Tomcats, fora do cone do radar, disparavam seus Super 530. O nome giraffe se deve ao perfil do ataque. Alguém achou a trajetória do Mirage ao subir parecido com o pescoço de uma girafa. O Mig-23 desempenhou um bom papel como isca por causa da velocidade e aceleração.
Os iranianos usaram F-4 e F-5 para anular essa tática. Eles voavam baixo para localizar o Mirage F-1 e alertar o F-14.
Os argentinos usaram mísseis antigos como o Matra r.530 e o Magic 1 da década de 60. O Magic 2 all-aspect se tornou operacional em 1986 e é muito elogiado. Uma coisa interessante é que o míssil francês, apesar de ser compatível com o Sidewinder, utiliza soluções de engenharia totalmente diferentes como a configuração do seeker e as superfícies traseiras.
Acho que falta colocar nessa lista as aeronaves chinesas que operaram o Magic até que a versão Made in China estivesse pronta.
A-5C, Mig-19.
O míssil Matra R.550 Magic ainda é produzido? Se sim, ele foi disponibilizado para os ucranianos?