A Embraer contratou a consultoria Oliver Wyman para ajudá-la a explorar o mercado de equipamentos militares dos Estados Unidos, disse o chefe da área da fabricante de aviões, que pretende vender seu cargueiro C-390 para a maior economia do mundo.

Expandir presença no exterior com mais vendas do C-390 – um concorrente do C-130 Hercules, da Lockheed Martin, – tem sido um dos principais objetivos da divisão de produtos militares da Embraer, que já havia designado os EUA como um mercado-chave no setor.

A Embraer deu início ao projeto com a Oliver Wyman há cerca de um mês e está “totalmente engajada” na construção de uma estratégia para penetrar no mercado norte-americano com seu portfólio de produtos, disse à Reuters o presidente-executivo da divisão de produtos militares, Bosco da Costa Jr.

“A gente fez um processo de seleção muito criterioso, avaliando a capacidade dessas consultorias num âmbito de defesa, e concluímos que a Oliver Wyman é a empresa que vai nos ajudar”, disse Costa na quinta-feira.

“Fizemos o ‘kick-off’ com a Oliver Wyman desse projeto há um mês atrás e estamos completamente engajados para construir a estratégia.”

Explorar possibilidades de fusões e aquisições pode ser uma forma de a Embraer acessar o mercado norte-americano, enfatizou o executivo.

“A gente vai avaliar todas as formas. A gente já estudou isso, inclusive a Oliver Wyman já nos apresentou isso – uma das formas que várias indústrias encontraram de penetrar nos Estados Unidos foi via fusões e aquisições. Essa é uma das possibilidades, a Embraer vai avaliar isso também”, disse Costa.

A Embraer Defesa, a divisão de produtos militares, já tem uma presença nos EUA, onde, por exemplo, voa o avião de ataque leve Super Tucano. A empresa tem uma linha de produção para o turboélice em Jacksonville, na Flórida. Mas a conquista de vendas do C-390 no país seria um divisor de águas.

Costa disse que vê espaço para que os EUA tenham uma frota mista formada por aviões-tanque estratégicos maiores e aeronaves de reabastecimento tático menores, como o C-390, que já foi adquirido por alguns países da Otan.

Além do Brasil, Holanda, Portugal, Hungria, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul já adquiriram a C-390 para suas frotas.

“Qualquer ‘player’ de defesa no mundo não pode estar fora desse mercado”, disse Costa sobre os EUA, observando que o C-390 tem equipamentos norte-americanos suficientes para atender às exigências locais. “Esse é um projeto estratégico, que o conselho de administração da companhia tem acompanhado.”

FONTE: CNN Brasil

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Marco Antônio

30.08.2024 – btarde, sexta-feira, da mesma maneira que as empresas dos USA investem para fazerem divulgação dos seus produtos, nos (Embraer), também devemos tentar abocanhar um pedaço deste quinhão milionário.

Caerthal

A Lockheed já percebeu que o C-130 já deu o que tinha para dar (assim como o Boeing 737). Imagino o KC-390 modificado podendo operar de forma 100% autônoma em zonas “quentes”, com risco real.

Jagder#44

Só vão gastar dinheiro.

Alexandre Barros

É, tens razão. O pessoal da Embraer não deve entender nada do riscado.

Se tivessem consultado o “iluminado” ou os jogadores de “Super Trunfo”, economizariam muitas verdinhas.

Marcos Bastos

Isso é investimento certo, conquistar o mercado Americano, o maior do mundo, sem dúvida vai trazer muitos lucros futuros! A Embraer não dá ponto sem nó!

Rodolfo
Underground

Facilitaria as coisas se o Brasil fosse um país parceiro, mas…. isentôes não tem vez.

Marco Antônio

30.08.24 – bnoite, sexta-feira, Underground, acho que você está confundindo, Brasil é um país parceiro dos USA…… não e submisso, parceria é uma coisa, submissão é bem diferente.

Marcelo

Você tem toda razão, não somos submisso,Na verdade somos uma colonia americana e Européia que nos ameaça em todo momento com sanções para suas empresas terem vantagem comercial perante a nossas empresas e caso em caso do brasil comprar armamentos de chineses e russos somos ameaçados militarmente pela OTAN e anericanos para nós nao nós tornamos independente militarmente do material de guerra Europeu e americano e dificultar militarmente as coisa para americanos e a otan aqui na america do sul que para ele aqui é quintal deles depois da africa.

Leandro Costa

Não nos ameaçariam tanto se dominássemos a tecnologia da pontuação.

É um game changer.

José de Souza

Ahahahahahaha

Iran

Você foi contraditório, se o Brasil fosse uma colônia não teria necessidade de ameaça para conseguirem o que querem, se existe alguma ameaça então significa justamente que somos autóctones.

Rodolfo

A Embraer tem uma fabrica na Florida. O contrato seria com a Embraer, uma empresa privada que já usa componentes americanos no KC390 como a suite avionica, e provavelmente montaria o aviao nos EUA.

Rtz

É como tentar vender qualquer item de Defesa na Malásia..( só chinês ) ou nos países da África..( só os Russos)… com essa política tosca nossa de ” em cima do muro” vão ser difícil….. já era pra ter vendido 200 Gurani pra Ucária.. fora os Astros… e tá aí a história… Avibras quebrando.. para entregar aos Chineses… empresa barata de comprar..as outras tipo Condor….. Árabes…. o Mansup entregado ao léu…. falo pq trabalho neste meio há 25 anos…. lamentável.. Marinha sucatas…. não adianta 3 NApA…. o programa FX do tempo do Fernando Henrique Cardoso… o AMX aposentando depois de… Read more »

Ricardo Garcia

Desculpa a ignorância irmão como resolver isso? Se alinhar ao EUA ou a Rússia nas duas hipóteses teríamos acredito que mais pontos negativos do que positivos, a neutralidade nos deixa anêmicos… Na minha opinião o Brasil precisa de representantes patriotas nas artes que é o pessoal que domina e inflama o povo, as FAs controla o externo pela força mas pra crescer precisa do apoio da nação a qual é dominada por homens com visão amargurada contra os fardados e uniformizados… No filme Gladiador seu mestre lhe diz para ele ganhar a multidão e parar de ganhar rápido. Não tem… Read more »

Marcelo

O ultimo patriota (Dr Enéias) que teve coragem de dizer que se ele ganhasse para presidente o Real seria lastreada no nióbio e não ao dólar morreu em 6 meses de causa desconhecida.
O Brasil dominada de multinacional estrangeira e quem vai ter coragem de pagar de salvador da nação para ser morto.

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LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Jadson S. Cabral

O mais engraçado sobre o seu comentário é que nós vendemos Astros para a Malásia e a África está lotada de equipamento brasileiro, desde radar a até Super tucano

Aéreo

A penetração no mercado norte americano depende principalmente do parceiro local a ser escolhido. A Boeing era a parceira ideal, antes do imbróglio da aquisição da divisão de aviação comercial da Embraer, hoje a relação entre ambas as empresas é litigiosa .  A Northrop Grumman é um parceiro em potencial, eles foram sócios da Airbus no passado, oferecendo o  KC-45. A Embraer já foi parceira da Northrop há 35 anos atrás na concorrência do Joint Primary Aircraft Training System. A Embraer já tem uma estratégia similar envolvendo a Sierra Nevada Corporation com o Super Tucano, a questão é saber até… Read more »

Rodolfo

A Embraer ja tem parceria com a L3Harris no light tanker.

Joaquim Araujo

Segundo a própria Embraer, não estão trabalhando juntos mais.

gordo

Consultoria aí leia-se lobista. Lá a banda toca desse jeito, mesmo o produto sendo excelente e sem concorrência a altura.

Carlos Campos

Resumindo: Comprar empresa Americana, e Arrumar um parceiro forte, para poder “ajudar” os políticos na defesa americana, dando doação para campanha, além de contratar ex oficiais das forças armadas, parece que a Embraer tá aprendendo a fazer negocio nos EUA

brutus

aprendendo? sera que embraer consegue acompanhar a influencia deles

Marcos Bastos

Eu acho que a Embraer consegue tudo, mas tem que tomar a iniciativa e isso já está fazendo!

Sensato

A meu ver, o maior diferencial que o KC390 ainda precisa pra despontar no mercado americano é desenvolverem alguma forma dele reabastecer por flying boom.

Abymael

Caramba, esse “vocabulário corporativo” é muito sem noção… fizemos o “kick-off”, qualquer “player” de defesa não pode estar fora, vamos dar o “start” no projeto, aos poucos vamos obtendo o “feedback” da situação, após um proveitoso “brainstorm” tomamos a decisão…
Eu acho isso um sério caso de vergonha alheia, mas se trata de uma batalha perdida, isso já tomou conta de tudo.

Cipinha

Se fosse possível uma lança de reabastecimento na posição da porta lateral, como é feito com sistema para apagar incêndios, talvez desse menos trabalho em relação a porta traseira