Há temores crescentes de que o Partido Trabalhista possa reduzir o programa de aquisição dos caças F-35 no Reino Unido como uma medida para economizar recursos e preencher um déficit nas finanças públicas. Fontes da defesa alertaram que o Ministério da Defesa (MoD) está enfrentando dificuldades para financiar o número original de F-35Bs que havia se comprometido a adquirir, e há preocupações de que o programa possa ser reduzido.

O Reino Unido havia inicialmente planejado comprar 138 desses caças de quinta geração, mas até agora, apenas 48 foram encomendados, com 34 já entregues. Em 2024, o governo confirmou que estava negociando a compra de mais 27 aeronaves para entrega até 2033, mas fontes afirmam que o compromisso do MoD com o programa continua.

O próximo relatório da Autoridade de Infraestrutura e Projetos (IPA), que avalia grandes projetos do governo, deve indicar um aumento no número de projetos de defesa com “classificação vermelha”, sinalizando que a entrega bem-sucedida desses projetos é considerada “inviável”. Entre os projetos que podem ter suas datas de entrega adiadas estão o sistema de mísseis Spear Cap 3 e o programa de produção de reatores nucleares para submarinos da Marinha Real.

Sistemas do F-35B fabricados no Reino Unido

O programa dos caças F-35 recebeu anteriormente uma classificação “âmbar”, sugerindo que sua entrega é “viável”, mas com “problemas significativos”. Isso representou uma melhoria em relação ao ano anterior, quando o programa recebeu uma classificação vermelha.

O custo dos F-35, que é de aproximadamente £90 milhões por unidade, tem sido alvo de críticas devido a repetidos atrasos e estouros de orçamento. Sir Keir Starmer, atual primeiro-ministro, não garantiu o futuro do programa Tempest, o próximo projeto de caça stealth de nova geração.

Fontes do MoD afirmam que não haverá comentários oficiais sobre o programa F-35 até que a Revisão Estratégica de Defesa seja concluída. Enquanto isso, a incerteza continua a pairar sobre o futuro do programa de defesa, que representa um dos maiores investimentos militares do Reino Unido.

O programa F-35, iniciado na década de 1990, tem um custo estimado de US$ 2 trilhões nos Estados Unidos até 2088, segundo o Pentágono.

FONTE: The Telegraph

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Willber Rodrigues

É muito errado ver esse tipo de notícia e “torcer” pra que, com isso, a RN ponha seus 2 navios da classe Wave a venda pra gente?

Carvalho2008

Não

Além dos wave…pode ter certeza que um dos CVF também entram na lista de disponibilidade….

E como já afirmei…o projeto CVF saiu todo errado….é o Nae São Paulo Britânico…quando tem avião, não tem navio…quando tem navio, não tem avião…

OCVF saiu muito caro e no porte….sem ter outras aeronaves alternativas…é um risco de alternativas de projeto…ou é com ele ou vira porta helicópteros….

Willber Rodrigues

Se a situação, pra eles, não está boa hoje, imagine quando a nova classe Dreadnought de SSBN começar a tomar forma…

rui mendes

Já estão em construção à muito tempo.

rui mendes

Todo errado???
A única coisa que saiu errada, já está corrigida.
Vira porta-helicopteros???
Basta ires na net e verás lá os F-35B nos Porta-Aviões, 48 estão já comprados, agora pode ter que adiar mais compras ou não.
Os CVF Britânicos, se seguissem o que aqui escrevem, não tinham começado a ser construídos, depois seriam muito menores, depois tinham vendido o segundo, mal tivesse pronto, depois já seriam vendidos os dois, depois não teriam caças, pois até o F-35B ia ser cancelado e por aí adiante.

Ricardo Araujo

Willber, com todo respeito,mas, vire essa boca para lá.

Heli

Lá vem o delírio da MB comprar esses Marea da RN. Visto que há 99,99% de chance da Casa Branca nao autorizar vender o F35 para nos, qual aeronave a MB colocaria neles? O Esquilo ou o Tucano….
Nos ultimos 40 anos a MB mal conseguiu operar meia duzia de fragatas e corvetas e 4 submarinos, imagina entao um porta-avioes de 65 mil toneladas

Fernando "Nunão" De Martini

O comentarista ao qual você respondeu não está falando de navios-aeródromos nem de F-35, e sim de navios de apoio logístico classe Wave.

Leandro Costa

Ele confundiu com o Price of Waves…. que onda…

Fernando "Nunão" De Martini

Hehehe
Esse tal de Price of Waves surfa nas ondas inflacionárias.

Gustavo

Se for para torcer, torça para o CDG vir para nós.

Sensato

Se ele fosse uma fragata, um navio de patrulha oceânico ou tecnologia pra terminar o subnuc, aí eu torceria. O CDG para o Brasil, seria um desastre

Moriah

O barbeiro está com a navalha afiada no Reino Unido. POr isso, aquilo que o Felipe Salles já falou e acredito também, que se a MB decidisse por evitar a falta de frota dem 2028, o UK venderia 4 das 5 Type 31 com radares de assistência da Omnisys, Bofors e MBDA Sea Ceaptor

rui mendes

Não, o Brasil vai comprar as novas Indianas, uma pena para o Reino-Unido que perde um potencial cliente para suas 5 Type 31.

Sensato

É possível mas ainda não está fechado

BraZil

Deus nos livre…

BraZil

Dos CVF, não dos Wave…

JHF

Estamos chegando no momento em que a metade dos compradores do F35 entendem que o preço não baixa, a maioria dos problemas de manutenção continuam e a conta fica impagável. Fora as economias do G20, não tem como manter o avião nas condições atuais que a LM prática no momento. Lembro do nosso primeiro servidor de cálculo. Uma geladeira Altix da então “suprema” Silicon Grafics. Máquina maravilhosas por 6 meses até que uma oscilação de energia pifou a placa de Raid dos discos. O serviço de manutenção da Silicon radicava em SP e estávamos em Campinas. O técnicoogana o timer… Read more »

Willber Rodrigues

O problema da RN nem é tanto o F-35 em sí. Esse é um problema que só existe por causa dos dois Queen Elizabeth e sua configuração voltado APENAS pra aeronaves VTOL. Se os ingleses tivessem feito igual os franceses e seu Charles De Gaulle, no “pior” dos casos, eles poderiam comprar SH, Rafale M ou F-35 C. Mas a configuração de ambos os NaE’s não permite isso. Estão “amarrados” no único tipo de aeronave que pode operar neles, e terão que pagar o que for necessário por causa disso. Ou isso, ou transforma ambos os QE nos porta-helicópteros mais… Read more »

Cristiano ciclope

A Inglaterra não opera catobar a décadas, na verdade eles inventaram o Vtol, alem do quê, a rasão de existir do F-35B são as operações Vtol.
Não só a Inglaterra opera assim, tem Espanha, Itália, os EUA e agora o Japão.
Todos esses países entraram no programa F-35 mais por causa do F-35B do que por qualquer outra versão dele, pois e a única opção para manter um PA para eles

rui mendes

Eles pelo menos 48 F-35B já compraram, o que pode acontecer é adiar mais compras por agora, mas quem dera a maioria dos países ter 48 F-35B.
Ser um dos pouquíssimos países do mundo, a operar um caça de 5G, a partir de porta-aviões, virou problema, também quero esse problema.
Queiram ou não, o F-35 é o melhor caça do mundo, junto com o F-22.

Sensato

Exatamente. O problema raiz dos britânicos foi a configuração de NAe que escolheram. Limita tanto as aeronaves de combate quanto as de reabastecimento e até mesmo as de alerta antecipado!

André Macedo

O próprio governo americano já admitiu que o preço dessa bomba não baixa, mesmo com a produção em massa iniciada, mesmo com os 395438 comprados pelo mundo… O plano agora é voar menos com ele kkkkkkkk e pensar que uns anos atrás essa jaca iria supostamente substituir o A-10, F-16, F-15…
Esses dias a riquíssima POLÔNIA recebeu sua primeira unidade, o bom é que a piada já tá pronta pra daqui uns anos.

Last edited 17 dias atrás by André Macedo
J R

E eles ainda fizeram a opção pela versão mais cara do F-35, será que pelo tamanho a classe Queen Elizabeth não comportaria o F-35C? Acho que focaram na versão errada quando foram projetar esses PA, agora é tarde…

Camargoer.

Creio que o F35C demanda uma catapulta, por isso que os ingleses escolheram o F35B de pouso vertical e decolagem curta. A ideia era economizar nas catapultas e investir no avião.

Acho que o problema dos ingleses é o orçamento curto… independente do modelo do F35..

André Macedo

No final levaram tudo em promoção, metade do triplo

Cristiano ciclope

Sabe aquele cara que era rico, e não aceita que agora e classe média, quer continuar morando na cobertura da zona sul, e não paga condomínio, etc? A Inglaterra está nesse nível. Arrogância inglesa os derruba, saíram da união europeia mas esquecem que economia e feita de números, porquê vou investir numa ilha de 10 milhões de consumidores quando posso investir no continente europeu com 200 milhões de consumidores? O quê a Inglaterra tem a oferecer que a união europeia não ofereça mais. E essa lógica serve para todos os países, o quê a união europeia e os EUA tem… Read more »

Sensato

Economizaram na única coisa que não deviam. Um NAe desse tipo limita as aeronaves de reabastecimento de combustível, as de alerta antecipado, as de reabastecimento geral do navio, enfim. Todas.

Henrique A

Eles quiseram economizar em não colocar catapulta mas aí vão ter que pagar mais caro do que se podessem escolher outro avião… uma economia meio duvidosa…

Chris

Sem falar que a versão B, por conta do aparato todo pra pousar na vertical… É menos eficiente !

Dagor Dagorath

O primeiro projeto do Queen Elizabeth previa catapultas e aparelhos de parada. Mas optaram pela configuração VTOL para economizar na construção dos navios e, como o Willber bem pontuou acima, acabaram afunilando a sua operação apenas para o F-35B e helicópteros, sacrificando até uma capacidade de operar aeronaves AEW de asa fixa.

No final, acabou provando-se uma economia burra dos britânicos.

juggerbr

O problema deles é continuar gastando como se fosse um Império…
Não são mais, agora é apenas uma ilha, e isolada da Europa por iniciativa própria…
Ter SBN, porta aviões, F-35 e ogivas nucleares é coisa pra super potência, e isso não são mais há décadas.

Mercenário

Toda vez que muda o governo por lá e há uma revisão estratégica de defesa, a mídia por lá fica fazendo suposições de que esse ou aquele programa será cortado ou reduzido, no caso do F-35B.

A tendência é de que a aquisição dos 48 já contratados seja pelo menos complementada com mais 27, para chegar aos 74 (um perdido) e ter três esquadrões, além de aeronaves de testes e em manutenção.