O KC-390 Millennium iniciou sua missão de combate aos incêndios, neste domingo (25/08)

A Força Aérea Brasileira (FAB) desempenha um papel essencial no enfrentamento dos incêndios que afetam a região de Ribeirão Preto (SP). Por meio do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus – a FAB mobilizou a avançada aeronave KC-390 Millennium para apoiar o combate às chamas.

Neste domingo (25/08), o KC-390 Millennium iniciou sua missão de combate aos incêndios. No entanto, devido à visibilidade comprometida pela densa fumaça das queimadas, o lançamento de água não pôde ser realizado. A Força Aérea Brasileira está comprometida em retomar as operações assim que as condições meteorológicas permitirem. O primeiro lançamento está programado para ocorrer com um volume de 12 mil litros de água.

Embora o local da operação esteja em Ribeirão Preto, a atuação do KC-390 Millennium não se restringe apenas à cidade. A aeronave está preparada para operar também em áreas adjacentes e regiões próximas que necessitem de combate aos incêndios.

Para otimizar a eficácia das operações, um helicóptero do Exército Brasileiro realiza a percursão das áreas afetadas antes da decolagem do KC-390 Millennium. Este helicóptero identifica os focos de incêndio e transmite coordenadas precisas para o KC-390, permitindo que a aeronave vá diretamente aos pontos mais críticos para realizar o combate de forma mais eficiente. Assim, o KC-390 é direcionado às áreas de maior necessidade, maximizando o impacto das operações de combate.

A missão está sendo acompanhada por autoridades de destaque, incluindo o Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, o Comandante do Comando de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, o Comandante da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, General de Brigada Santiago César França Budó, e o Comandante da Academia da Força Aérea (AFA), Brigadeiro do Ar Marcello Lobão Schiavo, entre outros.

O Comandante do 1º GTT, Tenente-Coronel Aviador Bruno Américo Pereira, ressaltou o comprometimento da FAB com a situação emergencial. “O período de operação do KC-390 nos combates aos incêndios na região de Ribeirão Preto é indefinido. Podemos assegurar que a FAB está totalmente dedicada a minimizar os impactos dessa crise para a população.”

O Tenente-Coronel Bruno Américo também enfatizou a importância da colaboração entre os diferentes órgãos envolvidos na operação. “O trabalho de monitoramento e combate está sendo realizado de forma coordenada para reduzir os impactos sobre a população, especialmente em áreas residenciais, rodovias e outras zonas sensíveis. A coordenação entre os órgãos envolvidos se mostra significativamente mais eficaz do que ações isoladas. Todos os envolvidos estão trabalhando em conjunto para identificar e priorizar os principais focos de incêndio a serem combatidos”, informou.

KC-390 Millennium

Desenvolvido pela EMBRAER, o KC-390 Millennium é uma aeronave equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS), que confere à aeronave a capacidade de realizar operações de combate a incêndios em voo com alta eficácia e segurança.

Saiba como funciona o equipamento de combate a incêndios do KC-390.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Jaguar

Esquadrão Zeus sempre desempenhando um papel fantástico, a disponibilidade do KC390 é algo de se admirar, não só no Brasil mas tbm em Portugal. Parabéns !

Rafael Cordeiro

Alguém saberia informar quantos sistemas MAFFS foram adquiridos pela FAB para uso no KC-390?

Rinaldo Nery

Boa pergunta. Ouvi dizer dois.

LUIS

Uma pergunta aos especialistas: seria um exagero pensar na criação de um esquadrão na FAB destinado exclusivamente ao combate a incêndios, dotado de aeronaves e helicópteros, incluindo hidroaviões (mod. CL-215 por exemplo)?

BLACKRIVER

Não;
Não é exagero nenhum termos ao menos 10 ou 12 aeronaves CL215, e digo mais, deveria ser operada pela FAB com uma porcentagem do custo das horas de voo repassados aos estados onde os aviões são utilizados.
IBAMA, ICMBIO & Ministério da agricultura também poderiam ajudar a dividir a conta dos custos de operação.
É um avião versátil que pode ser usado pra outros fins em épocas de baixa temporada de queimadas.

Last edited 2 meses atrás by BLACKRIVER
Rinaldo Nery

É um exagero, sim. Aviões que só seriam utilizados 4 meses por ano. O combate ao incêndio é responsabilidade daqueles estados que têm esse problema recorrente.

Dragonfly

Entendo a preocupação, mas um esquadrão “destinado exclusivamente ao combate a incêndios” eu acho que poderia ser um pouco exagerado.
O período de estiagens é relativamente determinável no nosso país, o que ensejaria um “ócio” do esquadrão nas demais épocas do ano.
Mas um reforço na capacidade de combate a incêndios, junto aos esquadrões já existentes, acredito que seria importante.

No mais, resta a pergunta polêmica de sempre: será que isso seria mesmo atribuição das Forças Armadas?

Minha humilde opinião: as Forças Armadas podem (e até devem) ajudar, mas as outras agências, sobretudo estaduais, deveriam também fazer a sua parte.

Rinaldo Nery

Já postei sobre isso. Há um exagero nas missões subsidiárias. Já é tema de estudos na ESG. A velha crise existencial das FFAA na falta de conflitos.

Victor

Atualmente não, porém ao passo que anda a inegável degradação do meio ambiente e desmatamento da Amazônia, entre outros fatores…

Acredito que em 10 anos seria viável um estudo voltado para criação de um esquadrão dedicado ao combate a queimadas/grandes incêndios. Isso traria uma operacionalização mais especializada para esta finalidade, sem comprometer os demais esquadrões, como o ETA, GTT, Para-SAR, por exemplo.

Provavelmente 4 KC-390 e 6 asas rotativas seriam o bastante.

Fabio Araujo

Quantos kits de combate a incêndios temos para instalar nos KC-390? E outra coisa deveríamos ter uma frota de aviões anfíbios para combate a incêndios seja na FAB ou seja em outro ministério como o de Meio Ambiente. Imagino que uns 4 ou 5 kits para KC-390 mais o mesmo número de aviões anfíbios trabalhando com os helicópteros e com os aviões agrícolas feito o Ipanema já seria uma boa infraestrutura de combate a incêndios.