EUA ‘mal preparados’ para lidar com escalada nuclear com a China: especialistas

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Especialistas alertam que os Estados Unidos estão “mal preparados” para gerenciar cenários de escalada nuclear com a China no Indo-Pacífico, tanto no ambiente de segurança atual quanto em um potencial conflito futuro. Um novo relatório, escrito por Andrew Metrick, Philip Sheers e Stacie Pettyjohn, do Center for a New American Study, e financiado pela Agência de Redução de Ameaças de Defesa do Pentágono, destaca a vulnerabilidade das capacidades e conceitos dos EUA para lidar com esses riscos na região.

A rápida expansão do arsenal nuclear da China e suas ameaças de tomar Taiwan pela força intensificam as tensões na região. Em caso de conflito prolongado, os autores alertam que o uso de armas nucleares não estratégicas pela China poderia ser atraente, enquanto os EUA enfrentariam dificuldades para gerenciar essa situação.

Os especialistas sugerem que, para manter a dissuasão, os EUA devem demonstrar um forte compromisso através de ações visíveis, como a implantação eficaz de ativos nucleares. Isso envolve trabalhar com a Força Aérea para posicionar as plataformas certas com capacidades adequadas em locais estratégicos, mas a complexidade regional, incluindo a presença de armas nucleares na Coreia do Norte, dificulta a sinalização nuclear eficaz.

Justin Anderson, da National Defense University, destaca que os esforços de sinalização nuclear frequentemente falham em comunicar a mensagem pretendida, o que é motivo de preocupação. Apesar das movimentações do Pentágono para sinalizar dissuasão no Indo-Pacífico, como a rotação de aeronaves de combate para o Japão e o aumento da cooperação com aliados regionais, Anderson argumenta que mais precisa ser feito.

A falta de uma linha direta de comunicação nuclear entre Washington e Pequim, semelhante à linha Moscou-Washington da Guerra Fria, agrava os riscos de mal-entendidos que poderiam levar a conflitos nucleares. Recentemente, houve sinais de discussões em desenvolvimento com a China, mas Pequim suspendeu as negociações em retaliação às vendas de armas dos EUA a Taiwan, aumentando as tensões.

Além disso, a suspensão das discussões sobre a renovação do tratado New START por parte da Rússia aumenta a incerteza global em relação ao controle de armas nucleares. O acordo atual com Moscou expira em fevereiro de 2026, e especialistas como Anderson acreditam que os próprios russos ainda não compreendem totalmente as implicações de longo prazo dessa decisão.

A situação global incerta reforça a necessidade de novas negociações de controle de armas. Anderson sugere que, em vários momentos da história, grandes potências reconheceram os benefícios mútuos do controle de armas, e isso poderia levá-las de volta à mesa de negociações no futuro. No entanto, atualmente, o cenário é preocupante, e as relações entre as grandes potências estão em um estado crítico.

FONTE: Air & Space Forces Magazine

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