Contrato de apoio logístico dos motores Rolls Royce Spey MK-807, assinado com a GE Avio em 2019, recebeu mais um aditivo – vigência inicialmente prorrogada para janeiro agora se estenderá a julho de 2025

No final de junho o Poder Aéreo publicou matéria sobre a prorrogação da vigência de contrato de suporte logístico dos motores Rolls Royce Spey MK-807 que equipam os jatos A-1M da Força Aérea Brasileira (FAB). Na ocasião, informamos que o contrato que expiraria em 10 de julho deste ano foi prorrogado para 10 de janeiro do ano que vem. Agora, um novo aditivo foi assinado para o contrato original de 44,488 milhões de euros, e a vigência passou a ser 10 de julho de 2025, ao menos para um dos objetos do contrato.

O aditivo nº 3/2024, cujo extrato foi publicado no Diário Oficial da União em 18 de julho (3 semanas atrás) informa que um “objeto contratual”, que tinha como término 10 de julho de 2024, foi prorrogado por seis meses, com encerramento em 10 de janeiro de 2025, totalizando sessenta e seis meses de vigência total. Até aí, aparentemente nada mudou de forma geral em relação ao aditivo número 2, sobre o qual publicamos matéria no final de junho.

Porém, também informa sobre prorrogação, por 12 meses, de objeto contratual com término em 10/07/2024, que agora se encerrará em 10/07/2025, totalizando setenta e dois de vigência. As prorrogações estão amparadas em pareceres técnicos, conforme a publicação no DOU.

Acréscimos de valores ao contrato, compensados por supressões

O extrato também informa acréscimo de valores para alguns itens / lotes do contrato. No item Revisão Geral e Reparo do Motor, foram acrescidos € 700.000,00 (setecentos mil euros); em Revisão Geral e Reparo de Acessórios,  € 100.000,00 (cem mil euros); em Suporte de Engenharia, € 20.000,00 (vinte mil euros); no lote denominado “On Call Support”, foram acrescentados € 100.00,00 (cem mil euros); o item Suporte da Empresa Projetista – OEM teve acréscimo de de € 360.000,00 (trezentos e sessenta mil euros) e, por fim, ao Acordo de Licença e Royalties junto à OEM foram acrescentados € 137.829,25 (cento e trinta e sete mil, oitocentos e vinte e nove euros, e vinte e cinco centavos).

O total acrescentado em valor ao contrato original de 44,488 milhões de euros resultou, somando todos os itens / lotes, em € 1.417.829,25 (um milhão, quatrocentos e dezessete mil, oitocentos e vinte e nove euros, e vinte e cinco centavos).

Esse acréscimo foi compensado por diversas supressões: € 91.074,12 (noventa e um mil, setenta e quatro euros, e doze centavos) em Emissão e Atualização de Publicações Técnicas; € 82.519,69 (oitenta e dois mil, quinhentos e dezenove euros, e sessenta e nove centavos) em Investigação Técnica em Acessórios do Motor; € 68.543,62 (sessenta e oito mil, quinhentos e quarenta e três euros, e sessenta e dois centavos) em Capacitação ML2 de Pessoal FAB; € 1.138.347,52 (um milhão, cento e trinta e oito mil, trezentos e quarenta e sete euros, e cinquenta e dois centavos) em FUR – Desmontagem de Motores para Reaproveitamento de Peças; € 6.984,77 (seis mil, novecentos e oitenta e quatro euros, e setenta e sete centavos) em Atualização do Life Management Plan; e € 30.359,53 (trinta mil, trezentos e cinquenta e nove euros, e cinquenta e três centavos) em Calibração do Banco de Provas.

Somadas, as supressões de valores alcançam exatamente o total de acréscimos: € 1.417.829,25. Assim, o contrato foi mantido no valor original de 44,488 milhões de euros (mais precisamente € 44.488.172,76).

Relembre a cronologia do contrato com a GE Avio e os aditivos (incluindo o mais recente):

O contrato original foi assinado em 10 de julho de 2019, no valor de EUR 44.488.172,76 com a empresa GE Avio SRL, conforme extrato de contrato publicado em 5 de agosto daquele ano no Diário Oficial da União (DOU). A vigência do contrato terminaria em 10 de julho de 2024, praticamente um mês atrás.

Posteriormente, foram assinados dois  termos aditivos que o Poder Aéreo localizou no DOU à época da publicação da última matéria a respeito.

O primeiro, assinado e publicado em dezembro de 2021, alterou quantidades em lotes específicos, sem alteração no valor. Mais recentemente, em março deste ano (com publicação apenas em abril), foi assinado um segundo termo aditivo, prorrogando o prazo original em 6 meses.

Algumas semanas após a publicação da última matéria sobre o tema, foi publicado o terceiro termo aditivo, que localizamos agora. Confira abaixo os extratos do contrato original de 2019 e dos três aditivos, o primeiro em 2021 e os demais em 2024, conforme publicados no DOU:

Publicado em: 05/08/2019 | Edição: 149 | Seção: 3 | Página: 10
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Aeronáutica/Comando-Geral de Apoio/Centro Logístico

EXTRATO DE CONTRATO Nº 4/CABE-CELOG/2019

ESPÉCIE: Termo de Contrato. CONTRATANTE: CENTRO LOGÍSTICO DA AERONÁUTICA (CELOG). CONTRATADA: GE AVIO SRL. Nº DO CONTRATO: 004/CABE-CELOG/2019. AMPARO LEGAL: Caput do Inciso I do Art. 25, da Lei 8.666. Inexigibilidade nº 005/CABE-CELOG/2019. OBJETO: Contratação de Suporte Logístico para o motor SPEY MK-807. VALOR:EUR 44.488.172,76. PROGRAMA/NATUREZA DE DESPESA RESUMIDO: 2058/ 339039. NOTA DE EMPENHO: 19E000518-001/09/07/2019. DATA DE ASSINATURA: 10/07/2019. VIGÊNCIA: 10/07/2019 a 10/07/2024

……………………………………..

Publicado em: 23/12/2021 | Edição: 241 | Seção: 3 | Página: 29
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Aeronáutica/Comando-Geral de Apoio/Centro Logístico/Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa

EXTRATO DO TERMO ADITIVO Nº 1 CONTRATO Nº 4/CABE-CELOG/2019

ESPÉCIE: Termo de Contrato. Nº PROCESSO: 67103.190231/2019-37. INEXIGIBILIDADE Nº: 005/CABE-CELOG/2019. CONTRATANTE: PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DO GALEÃO (PAMA GL) – CNPJ Nº 00.394.429/0072-02. CONTRATADA: GENERAL ELETRIC AVIO SRL. OBJETO: Alteração de quantidaddes em lotes específicos de serviços, sem alteração do valor global contratado, conforme Parecer Técnico nº 01/RECABI/2021. Nº DO TERMO ADITIVO E DO CONTRATO: Nº 1 do Contrato 004/CABE-CELOG/2019. AMPARO LEGAL: Art 65, Inciso I, alínea b, da Lei 8.666/93. VALOR: EUR 0,00. DATA DE ASSINATURA: 20/12/2021.

……………………………………..

Publicado em: 19/04/2024 | Edição: 76 | Seção: 3 | Página: 10
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Aeronáutica/Comando-Geral de Apoio/Centro Logístico/Divisão de Obtenção


EXTRATO DE TERMO ADITIVO Nº 2

ESPÉCIE: Termo aDITIVO. Nº PROCESSO: 67103.190231/2019-37. INEXIGIBILIDADE Nº: 005/CABE-CELOG/2019. CONTRATANTE: PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DO GALEÃO (PAMA GL) – CNPJ Nº 00.394.429/0072-02. CONTRATADA: GENERAL ELETRIC AVIO SRL. OBJETO: Prorrogação do prazo de vigência por 6 meses, conforme Parecer Técnico nº 01/RECABI/2023. Nº DO TERMO ADITIVO E DO CONTRATO: Nº 2 do Contrato 004/CABE-CELOG/2019. AMPARO LEGAL: art. 57, §1°, da Lei 8.666/93. VALOR: EUR 0,00. DATA DE ASSINATURA: 17/03/2024.

……………………………………..

Publicado em: 18/07/2024 | Edição: 137 | Seção: 3 | Página: 12
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Aeronáutica/Comando-Geral de Apoio/Centro Logístico/Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa

EXTRATO DE TERMO ADITIVO Nº 3/2024

UASG 120071

Número do Contrato: 004/CABE-CELOG/2019

Nº Processo: 67103.190231/2019-37. Contratante: COMANDO DA AERONAUTICA. Contratado: GE AVIO SRL. Objeto: Contratação de Suporte Logístico para o motor SPEY MK-807.

PRORROGAR o prazo de execução do objeto contratual com término em 10/07/2024 por mais 6 (seis) meses, encerrando-se em 10/01/2025, totalizando 66 (sessenta e seis) meses, conforme Parecer Técnico nº 001/RECABI/2024 subitem 11.2 com fundamento no Art. 57, inciso II do §1° da Lei n.º 8.666, de 1993.

PRORROGAR o prazo de vigência do objeto contratual com término em 10/07/2024 por mais 12 (doze) meses, encerrando-se em 10/07/2025, totalizando 72 (setenta e dois) meses conforme Parecer Técnico nº 001/RECABI/2024 subitem 11.1 com fundamento no Art. 57, §4 da Lei n.º 8.666, de 1993.

ACRESCENTAR ao quantitativo do Lote 1 (Revisão Geral e Reparo do Motor) o valor de € 700.00,00 (setecentos mil euros) com fundamento na Art. 65, inciso I-b, da Lei 8.666/93.

ACRESCENTAR ao quantitativo do Lote 2 (Revisão Geral e Reparo de Acessórios) o valor de € 100.00,00 (cem mil euros).

ACRESCENTAR ao quantitativo do Lote 3 (Suporte de Engenharia) € 20.000,00 (vinte mil euros). ACRESCENTAR ao quantitativo do Lote 5 (On Call Support) o valor de € 100.00,00 (cem mil euros).

ACRESCENTAR ao quantitativo do Lote 6 (Suporte da Empresa Projetista – OEM) o valor de € 360.00,00 (trezentos e sessenta mil euros).

ACRESCENTAR ao quantitativo do Lote 14 (Acordo de Licença e Royalties junto à OEM) o valor de € 137.829,25 (cento e trinta e sete mil, oitocentos e vinte e nove euros, e vinte e cinco centavos).

SUPRIMIR o quantitativo previsto para o Lote 4 (Emissão e Atualização de Publicações Técnicas) em € 91.074,12 (noventa e um mil, setenta e quatro euros, e doze centavos) com fundamento na Art. 65, inciso I-b, da Lei 8.666/93.

SUPRIMIR o quantitativo previsto para o Lote 8 (Investigação Técnica em Acessórios do Motor) em € 82.519,69 (oitenta e dois mil, quinhentos e dezenove euros, e sessenta e nove centavos).

SUPRIMIR o quantitativo previsto para o Lote 9 (Capacitação ML2 de Pessoal FAB) em € 68.543,62 (sessenta e oito mil, quinhentos e quarenta e três euros, e sessenta e dois centavos).

SUPRIMIR o quantitativo previsto para o Lote 11 (FUR – Desmontagem de Motores para Reaproveitamento de Peças) em € 1.138.347,52 (um milhão, cento e trinta e oito mil, trezentos e quarenta e sete euros, e cinquenta e dois centavos).

SUPRIMIR o quantitativo previsto para o Lote 12 (Atualização do Life Management Plan) em € 6.984,77 (seis mil, novecentos e oitenta e quatro euros, e setenta e sete centavos).

SUPRIMIR o quantitativo previsto para o Lote 13 (Calibração do Banco de Provas) em € 30.359,53 (trinta mil, trezentos e cinquenta e nove euros, e cinquenta e três centavos).

Vigência: 10/07/2019 a 10/01/2025. Data de Assinatura: 05/07/2024.

A-1M na reta final da vida operativa

Os jatos de ataque A-1M remanescentes da FAB (atualmente cerca de 10 aeronaves) são compartilhados por dois esquadrões baseados em Santa Maria (RS), o 1º/10° GAV, Esquadrão Poker, que emprega a aeronave principalmente em missões de Reconhecimento Tático, e o 3º/10° GAV, Esquadrão Centauro, voltado a missões ar-solo. As informações de que dispomos são de que a FAB pretende desativar os jatos A-1M até o final de 2025.

Ficaremos atentos para a publicação (ou não) de mais algum aditivo a este contrato cuja vigência terminará (ao menos para um dos objetos do contrato) daqui a quase um ano.

Aproveitamos para relembrar notícias recentes que indicam uma opção em estudo pela FAB para substituir essas aeronaves, sem causar uma grave lacuna operacional e doutrinária: a aquisição de caças usados, em especial de modelos F-16. Confira parte delas abaixo, assim como publicações anteriores sobre a manutenção dos motores Spey e outros que equipam caças da FAB, e também um extenso artigo com a história do AMX / A-1 / A-1M:

Um país com linhas de produção de Gripen e Super Tucano não deveria recorrer a caças usados

Segundo portal Janes, FAB pode decidir sobre compra de F-16 usados até o final do ano

F-16 como ‘tampão’? As lições que o Mirage 2000 deixou para a FAB

Resposta da Força Aérea Brasileira sobre a possibilidade de aquisição de caças F-16 Fighting Falcon

Motor Spey do A-1M: contrato de apoio logístico acabará em seis meses e meio

E o nosso ‘mini Tornado’? Daqui a quantos anos ele deveria ser desativado?

PAMA-SP: uma visita aos bancos de ensaios de motores

O motor do Gripen pode ser testado no PAMA-SP? A FAB quer saber

AMX anabolizado!

Avio Aero recebe contrato para apoiar motores dos jatos A-1 da FAB

Avio do Brasil inaugura a linha de manutenção da turbina aeronáutica Spey MK.807

Programa AMX: da concepção à modernização

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Alex Faulhaber

Pelo menos mais um 22 de abril garantido, eu acho…

Neto

Importante. . Se há conhecimento, profissionais e material deve-se observar a possibilidade de extensão do contrato ou elaboração de mais outro. . Ainda que seja caro, e é, é mais barato que a formação de novos profissionais e estruturação para um tampão temporário. Importante indicar que todo $$ extra deve ser alocado em mais Gripens. . Torço que a pontuação do Nunão sobre a alocação de A29s em canoas e a transferencia de um dos grupos de aviações para Anápolis resolve em uma direção de mais Gripens. Esse compromisso tem que vir vir deputados e senadores. Hora de cobrar os… Read more »

Rinaldo Nery

Só 26 deputados foram eleitos diretamente. O resto foi pelo voto proporcional. Não há mais spares. Se precisar de uma vane de compressor, um rolamento ou uma oring não tem mais.

Last edited 1 mês atrás by Rinaldo Nery
Rafael Oliveira

Eu também sou a favor do voto distrital para deputados, mas acredito que isso seria ainda pior para questões nacionais, pois os deputados estariam mais focados em questões relativas ao seu distrito, que é onde consegue seus votos.

O que é lamentável é termos um senador que era da FAB e que sequer propõe algo em benefício desta.

Camargoer.

Rinaldo.. todos os deputados são eleitos pelo voto proporcional, ao contrário dos senadores que são eleitos pelo voto majoritário Primeiro, é preciso determinar quantas cadeiras cada partido irá ocupar.. para isso é contado os votos que cada partido recebeu. Lembre que a votação para deputado por ser feita na legenda.. Depois disso, os candidatos mais votados de cada partido vão preenchendo as cadeiras. Todos os deputados são eleitos deste modo. Não existe um sistema misto para a eleição da Câmara. Creio que este modelo é usado desde o Império. Pode parecer contra intuitivo, mas é o modelo mais democrático que… Read more »

Rinaldo Nery

Camargo, eu sei disso tudo. Não sou tão burro assim. E o voto proporcional NUNCA será mais representativo.

Last edited 1 mês atrás by Rinaldo Nery
Camargoer.

Olá Rinaldo. Tenho certeza que vocẽ sabe. A gente já debateu bastante. Contudo, imagino colegas que estão começando a participar agora da trilogia e não participaram das discussões anteriores. Como tenho, neste caso, um ponto de vista distinto do seu, achei razoável comentar… seria estranho eu abrir outra linha de discussão. Parece-me apropriado dar sequência á esta linha aberta pelo Neto, na qual você incluiu a observação sobre a composição da Cãmara. Eu considero que o maior problema da representação legislativa federal são os Suplentes de Senadores. Como a eleição é majoritária, os senadores apresentam uma chapa do candidato e… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Camargoer.
Volpi

Obrigado

Santamariense

Exato. Já desmontaram, e estão desmontando os últimos, das várias dezenas de motores Spey Mk807 dessas aeronaves, tirando tudo que pode ser reaproveitado naqueles motores que equipam as aeronaves ainda operacionais. Na hora que acabar, acabou. Aí, é mandar as aeronaves para o museu ou para sucata.

Last edited 1 mês atrás by Santamariense
Douglas Targino

Ta um avião que eu acho lindo e TOP para o que ele foi feito! Fica imaginado se ele ainda seria viável na mesma plataforma sendo feito zerado e tecnologico! Acredito que seria uma baita avião se fosse feito ainda, assim como o F-16 é atualmente na sua versão melhor!

GuiBeck

Fico imaginando ele zerado, remotorizado com aquela EJ200 que propuseram lá atrás, eu até fabricaria mais desses. Eu acho o AMX um baita avião, e atualizado tecnologicamente ficaria bem em qualquer força aérea.

juggerbr

Vai parar de voar antes de ter um substituto, seja Gripen ou F-16… E não dá pra seguir estendendo contratos Ad Eternum, seja pelos custos, seja pelo desgaste das aeronaves.

Alecs

A célula aguentaria até 2030, 2035, mas o motor não tem mais peças sobressalentes.

Last edited 1 mês atrás by Alecs
Clésio Luiz

Desgaste eu diria que não, já que os A-1 são 20 anos mais novos que os F-5.

O problema do A-1 é mais ele ser uma plataforma dedicada a ataque, enquanto o F-5 pode atuar como caça e ataque, embora com menor capacidade. Então é preferível manter o aparelho da Northrop por mais tempo.

Clésio Luiz

Tem também a possibilidade de, devido ao perfil de voo do AMX ser baixo, “entre os morros”, o desgaste na estrutura ser maior que um F-5 que normalmente opera em médias altitudes.

Jefferson Henrique

Bom dia!
Isso já deve ter sido falado, mas é tanta informação que eu provavelmente me esqueci. Mas, com a baixa do AMX na Itália, não compensa tentar adquirir motores ou spare parts?

Abymael

Eu entendo perfeitamente a ideia da aposentadoria do A-1, mesmo tendo sido elevado ao padrão M.
A realidade e o futuro são o Gripen, temos que olhar para a frente. Os recursos são limitados, então concentremos eles naquilo que representa o nosso futuro. O motor Spey é antigo, tem essa circunstância de estar sumindo do mercado e trazendo dificuldades de manutenção.
Mas…mesmo assim dá uma dor no coração saber que, em breve, o A-1 vai pro museu.

ELeazar MouraJr

Acho que com uma boa conversa, já que são nações amigas (exceto na 2 Guerra rs), poderia pleitear junto à Itália, de forma gratuíta, motores, peças, sobressalentes etc, uma vez que lá já foram desativados mesmo.

Santamariense

Não tem mais lá também.

Marcos Silva

Não lembro de ter lido,em contexto algum,que a FEB combateu o exército italiano.

Sensato

E não obstante esse fato, todo ano a FEB é homenageada na Itália. É, aliás, muito mais reconhecida lá do que aqui.

Marcos Silva

Exatamente. O livro do Barone conta bem como é isso.

Marcos Silva

Fala Nunão! Lembrava desse episódio do Barbarigo. A Itália ainda era integrante do Eixo. Mas combate entre brasileiros e italianos,talvez após a rendição italiana? Contra a República de Salò,ainda aliada da Alemanha?

Leandro Costa

Sei que um piloto da FAB abatido quase foi executado por um camisa negra italiano, mas foi salvo por um soldado da Wehrmacht que o levou prisioneiro.

Marcos Silva

Sim,ouvi isso,não lembro se no Documentário Senta a Pua,ou numa reportagem sobre o 22 de abril na Revista Força Aérea.
Era oTen. Av. Marcos Eduardo Coelho Neto.
Esse episódio renderia um filme de primeiríssima qualidade

Ave cesar

Caro não é comprar. Caro é manter!!!
Isso aí fora combustível, aviônicos e outras peças!!!
Pessoal e treinamento.

Rommelqe

Considero o A29 o mais importante e influente avião de toda a história da fabricação aeronautica no BRASIL. Que ele possa descançar em paz RIP.

Rommelqe

Corrigindo: Considero o A-1M, junto com o A29, o mais importante….

Construtor

Em vez de resolver o problema, continuam empurrando com a barriga. Enquanto isso, os Gripens C/D sulafricanos continuam encaixotados em algum Hangar da Força Aérea Sulafricana pegando poeira. Falta de iniciativa brasileira é incrível.

juggerbr

Mas não seria um problema parecido a pegar os F-16? Não sei se valeria a pena. Tem muita diferença entre eles.

Camargoer.

Primeiro, tem que perguntar para os Sulafricanos.. os aviões são deles… depois tem que avaliar se vale a pena gastar dinheiro com aviões de segunda mão ou alugar aviões de outro país..

creio que o mais adequado é usar os recursos escassos no programa Fx2.

Sensato

Obviamente tem que existir uma boa conversa com eles. O que já mencionei anteriormente é que como a maior parte da frota deles está estocada por falta de manutenção, poderia ser negociado um acordo entre nós, eles e Suécia, em que a Suécia forneceria as peças e nós a mão de obra pra colocar uma parte da frota estocada deles de volta ao voo em troca da cessão, temporária ou permanente, de um número de células para nossa FAB. Em um acordo desse tipo, caso viável, todos se beneficiam de alguma forma e seria uma forma de não impactar demais,… Read more »

Rodolfo

O mais provável é que quando o A1 for aposentado nao tera nenhum substituto de imediato, seja Gripen C ou F16 Block 30 usados ou A29 novos.

RRN

O A29 tem capacidade, ou perfil, para realizar o tipo de missão que o A-1M executa?
Será que realmente há necessidade de comprarmos o F-16, já envelhecido, ao invés de adquirirmos modelos A29 novos?

Santamariense

Isso não é provável…é certo que vai acontecer.

Filipe Constante

Está na hora do Brasil ter uma empresa fabricante/fornecedora de motores para defesa.
Estrategicamente é muito ruim depender de terceiros.

Danieljr

Exceto uma meia dúzia de países, todo mundo depende de terceiros para motores aeronáuticos.

Suécia, Itália, Alemanha, Índia, China e Japão podem fabricar motores, mas dependem de autorizações ou apoio de engenharia de terceiros (para motores de primeira linha, modernos).

Fabricar por si só um motor de primeira linha do zero exige muita tecnologia.

Sensato

É verdade mas o caminho adotado por vários desses que citou poderia ser muito benéfico para a indústria nacional e a FAB, ou seja, fabricação sob licença, aqui no país.

juggerbr

Acho bem dificil de conseguir, a China, com muito mais vontade, capital e conhecimento técnico que a gente, rala muito pra ter motores defasados em relação ao Ocidente.
Aqui em Banânia a prioridade desde sempre é Big Brother e lacração…

Rodolfo

O WS10 teoricamente estaria no mesmo nivel da F135, talvez porque também conseguiram o desenho por espionagem.

Coreia do Sul e Índia vao fabricar a F414 sob licença da GE. A Volvo produziu a F404 pros Gripens A-C. No entanto, no Brasil nao existe empresa capacitada pra produzir essa turbina sob licença. A Turbomachine produz pequenos motores pra UAV e misseis, daí pular pra uma turbina de caça vai muito investimento que no fim nao renderia fruto ja que o GF nao tem dinheiro pra investir em defesa.

Charle

E antes do advento disso tudo que foi citado por você, por que não se fabricava motores? As condições não eram mais propicias? Qual era a desculpa?

Vitor Botafogo

Não existe escala. Mesmo que tivéssemos 100x F-39 não justifica desenvolver motor pra ele.

Aéreo

Não há condições na pratica disso existir. Mas poderíamos ter por exemplo capacidade de revisão local destes componentes, a exemplo do Paquistão, com a motorização dos seus F16, entre outros exemplos. Capacidade local de revisão e um bom estoque de suprimentos já seria um bom começo.

Leandro Costa

Acho que já temos isso. A CELMA fazia revisão dos motores, não sei se do A-1 ou dos Lynx da MB, e acho que até mais do que isso, mas não tenho certeza.

Rinaldo Nery

Dos A-1.

Neto

O caminho é longo e pode ser trilhado. Mas deve ser pelas bordas. Motor a jato para misseis (ar-ar, ar-terra, ar-mar), motor para drones (preferencialmente tendo comunicabilidade entre estes), turbina para geração de energia. . Motor para helis que possam ser usado em aeronaves pequenas… . Entretanto à cada passo nessa direção, podemos levar restrições na própria industria. Exemplo se um motor nacional tiver como alvo os Lineage da Embraer, é possível que exista restrições de oferta de motores para outras aeronaves. . Idealmente é melhor proporcionar demanda para montagem de motores aqui para que técnicos e engenheiros brasileiros esteja… Read more »

Fflyer

Isso aí! Resistir sempre, se entregar jamais!!! rsrsr

Maurício.

Coitado do AMX, faz tempo que eu não vejo eles voando, devem ficar mais por SM mesmo, pelo menos vão participar de uma última Cruzex.

Augusto José de Souza

Então por isso o interesse no F-16 por parte da FAB,no caso uma versão só com bombas basta para suprir o AMX-A1?

Santamariense

Não existe isso de “uma versão só com bombas”. F-16 opera, em qualquer versão, com capacidades ar-ar e ar-solo.

Diego

Sim

RRN

Em julho de 2025 volta o desespero e nenhuma decisão tomada.
Segue o jogo.

Danieljr

Um clássico das FFAA.

Depois aparece um “plano estratégico de emergência” para fazer alguma coisa, comprar um stop-gap para manter a doutrina, uns quatro eventos com banda e coquetéis de inauguração. Aí todo mundo fica de boa até vencer o próximo prazo do outro programa que também não vai chegar ao lugar planejado.

Curiango

As F A do Brasil deve ser a que tem mais cerimônias. E a que mais reforma comemora velharia. Neto boa avião q avô isso na primeira linha

Rinaldo Nery

Que texto inteligível…

Rinaldo Nery

* ininteligível

Santamariense

Geração redes sociais + falta de leitura + ensino deficiente + desinteresse em escrever corretamente. Tudo somado, resulta nisso.

Caio Marcio

Minha nossa!
Não entendi nada e depois de “Neto” aí que piorou mesmo.

Welington S.

Acredito que até lá já teremos alguma matéria com burburinhos, citando as possíveis aquisições para a substituição dos A-1M e, acredito mais ainda que o novo Block 20 italiano será o escolhido.

Leandro Costa

Block 20 do quê?

Leandro Costa

Ah tá… O desperdício de dinheiro… Eu deveria ter imaginado.

Santamariense

Os A-1M tem voado menos que antes, obviamente, seja por restrições materiais ou por diminuição das células operacionais. Mas, sempre há em torno de 3 ou 4 na linha de voo e voam até que bastante. Diariamente se vê ou ouve eles voando.

Diego

Não daria para fazer um leasing de uns m346 master com a Itália, já que a Leonardo é Italiana, uns 6 só para ir adiantando as coisas, e comprar o m346 master? Parece a coisa mais viável a se fazer no momento.

Last edited 1 mês atrás by Diego
Carlos I
João Moita Jr

Pobres almas. Que descansem em paz. 😢

Juggerbr

Parafuso chato fatal, aí as teorias pros motivos só tornam a tragédia maior.

Tiago

Sempre achei o AMX subutilizado pela Fab.

João Moita Jr

Uma boa noticia para um meio que apesar de já antigo, ocupa uma lacuna importante na FAB. Só não consigo entender como é que o Brasil em pleno 2024 ainda não atingiu o patamar da produção de suas próprias turbinas.

Abs

Joao

EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Rússia e China sao os únicos. Não me recordo da Suécia.
Sendo q as turbinas da China e da Rússia tem características bem complicadas de manutenção.

Fernando Vieira

Esquecendo o custo, hipoteticamente, seria possível fabricar peças de reposição?

Santamariense

Se você não pensar em custo, pode-se fabricar praticamente qualquer coisa que se queira. Então, teoricamente, poderia-se fabricar todos os sobressalentes para manter o AMX voando por muito tempo ainda. Mas, “na vida real”, o custo é determinante. Assim, reativar a produção de uma enorme quantidade de itens já descontinuados demandaria muito dinheiro.

Vitor Botafogo

Esforço necessário para garantir sobrevida até uma aeronave substituta ser selecionada. Espero que a FAB consiga um caça que possa operar 15 anos e futuramente ser substituído pelo F-39. Infelizmente o programa F-39 vai sofrer atrasos e é melhor assegurar a cadeia produtiva alargando as entregas e adequando ao orçamento.

Tuxedo

Verdade. Enquanto os A-1M se aposentam ano q vem, a FAB deve continuar lutando para manter os caças F-5M em operação até completar o primeiro lote do F-39 Gripen.

Toro

Que venham o M346 ou o F-16. Esses esquadrões precisam de ajuda rápido. É claro que considerando os cortes orçamentários, isso é a mais pura ilusão minha !!

Tuxedo

É a prova viva de que a FAB deve investir no segundo lote de 40 caças F-39 Gripen ao invés de se preocupar em adquirir os F-16 como “caças tampão”.

80 Gripens, sendo 72 Gripen E e 08 Gripen F, aí já nos colocaria em um patamar muito melhor.

Em 2025 aposenta-se os A-1M, e em 2030 aposenta-se os F-5M (se o primeiro lote de 40 caças Gripen estiver concluso).

Danieljr

A FAB ainda vai ter que lidar com o pagamento do primeiro lote, que mal começou. Agora em 2025 chega a primeira parcela da trauletada de 22 bilhões de reais desses jatos. Acho que o segundo lote já era.

Tuxedo

Nossa, o cenário é bastante assustador mesmo. Somente 36 caças Gripen não resolve, agora, adquirir os F-16 é um tiro no pé pq são caças muito caros e com manutenção mais cara que os Gripen. Não faz sentido isso. Do jeito que vc está dizendo, a solução é manter os F-5M em operação além dos F-39 Gripen que já operam na FAB para que assim ela possa concluir a aquisição completa do primeiro lote. Pelo visto tão cedo os F-5M não serão aposentados, pois não adianta aposentá-los em 2030 por exemplo, e não adquirir o segundo lote. Salvo engano a… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Tuxedo
Sensato

A julgar pela tendência atual de se fazer dívidas como se não houvesse amanhã, talvez saia.

Tuxedo

O cenário é bastante triste. Infelizmente a FAB terá que manter os caças F-5M por muito mais tempo, pois só 36 caças Gripen é muito pouco para garantir a nossa defesa aérea.
Se não houver segundo lote de F-39 Gripen, a FAB tem que manter os caças F-5M em operação, melhor do que nada.

Last edited 1 mês atrás by Tuxedo
Leandro Costa

O problema é que os F-5 já estão chegando no limite da vida útill.

Tuxedo

Pois é, mas se a FAB não tiver recursos para investir no segundo lote, como fica? Só 36 caças Gripen é pouco para a defesa da nossa nação e do nosso espaço aéreo. É lidar com o que tem mantendo a manutenção dos F-5 em dia, mesmo já estando no limite, até a chegada do segundo lote de caças Gripen.

O cenário é assustador!!!

Eduardo Guedes

M-346F, pra ontem, chega de velharia.

Marcos Silva

Com que dinheiro criatura? Gasto por gasto,o único que se enquadra nas possibilidades é o F-16. Não temos como encomendar mais Gripens agora. Muitos falam do M346. Mas essa brincadeira não vai sair barato. Embora seja possível. Então temos 3 cenários: 1- ou compra o F-16 usado,que é o que dá pra fazer; 2- ou embarca em M346 novos,úteis,mas limitados; …ou o que tem a maior chance de ocorrer: 3- simplesmente aposenta o A-1 e não preenche a lacuna com nada. E aí assistiremos àquele filme novamente “A espera de um Milagre”. Enfim,isso é o modus operandi de nossas FA’s.… Read more »

Carvalho2008

Tem M346 usado? O amigo sabe quanto custa um zero km?

Este zero km será mais ou menos capa, que o F16 usado?

Marcelo Tatsch

A aviação de caça da FAB (primeira linha), parece estar virando a aviação de uma base aérea só e um ou dois esquadrões. No Brasil viu, não é no Uruguai ou Argentina.

Last edited 1 mês atrás by Marcelo Tatsch