Programa Gripen em gráficos: a diferença entre as necessidades e os desembolsos

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Gráficos publicados no mais recente Relatório de Gestão da FAB mostram que, ao longo dos últimos 9 anos, o Brasil utilizou menos do que o necessário do empréstimo contratado para custear o programa dos caças Gripen – e no ano que vem acaba a carência para o chamado ‘repagamento’ do empréstimo

Por Fernando “Nunão” De Martini

Há duas semanas, em 15 de julho, o Poder Aéreo publicou o artigo “Financiamento do Gripen: após quase 9 anos de carência, hoje só faltam 9 meses para começar a pagar” (acesse clicando no link para conteúdo detalhado). Faltando um dia para os ministérios da Fazenda e do Planejamento informarem o quanto cada pasta será atingida pelo congelamento de cerca de 15 bilhões de reais no orçamento deste ano, vale a pena rever alguns trechos da matéria e entender, agora com o auxílio de gráficos, o quanto o programa dos caças F-39 Gripen da FAB tem sido sub-financiado ao longo dos últimos anos, o que levanta algumas questões.

Será que a parcela da Defesa nos bloqueios e contingenciamentos terá impacto na utilização do empréstimo neste ano? Ou será que afetará outros programas? É provável que o programa do Gripen seja poupado? E, mesmo poupado, continuará com recursos aquém do necessário, já que seria preciso aumentar os desembolsos nos próximos anos fiscais? Vamos rever os pontos principais da matéria do dia 15, acrescidos de gráficos que apresentamos em recente “live” no Canal Forças de Defesa, e assim tentaremos chegar a algumas respostas.

Após quase 10 anos de carência, Brasil começará em 2025 o “repagamento” das parcelas do empréstimo

No ano que vem, em 15 de abril de 2025, ocorrerá o chamado “First Repayment Date”, ou “Data do Primeiro Repagamento” do contrato financeiro para aquisição dos 36 caças Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB), celebrado entre a República Federativa do Brasil (como tomadora do empréstimo) e o AB Svensk Exportkredit (como credor).  A informação consta do contrato de financiamento original que localizamos no site Tesouro Transparente, do Governo Federal, na seção de Dados Abertos e, dentro dela, na de Contratos Dívida.

Como não encontramos qualquer aditivo publicado no Tesouro Transparente ou mencionado nos relatórios anuais de gestão da FAB (os quais trazem os resumos de diversos aditivos assinados para os contratos de despesa, que regem as execuções financeiras e físicas do programa), o contrato financeiro continua valendo como no dia em que foi assinado, em 25 de agosto de 2015. Ou seja, quando chegar a data do primeiro repagamento, o empréstimo terá completado quase 10 anos de carência.

O empréstimo cobre todas as despesas relacionadas ao contrato de aquisição dos caças Gripen, e foi contraído junto ao AB Svensk Exportkredit, banco público sueco que financia exportações, no valor de 39,8 bilhões de coroas suecas (SEK 39.882.335.471,65), com juros anuais de 2,19%. Esse montante custeia as principais obrigações do programa, como as aeronaves em si, desenvolvimento conjunto, apoio logístico, transferência de tecnologia etc. Para a aquisição de armamentos, o mesmo banco emprestou 245,3 milhões de dólares (USD 245.325.000), com juros anuais de 3,56%. Aos juros em coroas e dólares é somada a comissão (ou “fee”) de 0,85% ao ano da agência governamental sueca EKN, a “Exportkreditnämden”, instituição garantidora de 100% do contrato, que funciona como uma “seguradora” para o empréstimo.

Uma dívida de 22 bilhões de reais para honrar nos próximos 15 anos

Somando os valores em coroas suecas e dólares, e convertendo para reais ao câmbio de hoje, a dívida total alcança 22 bilhões de reais, arredondando. É esse valor que precisará ser “repago” a partir de abril do ano que vem. O chamado “repagamento” é a devolução para o banco do valor que foi emprestado. É diferente de “pagamento”, que define as retiradas, ou seja, o uso / desembolso dos valores emprestados. No caso do contrato de financiamento do Gripen, o repagamento começará em 15 de abril de 2025, como já mencionado, e deverá se estender por praticamente 15 anos. Serão 30 parcelas semestrais, com vencimentos nos dias 15 de abril e 15 de outubro de cada ano, entre 2025 e 2039.

Dividindo o valor arredondado de 22 bilhões de reais por 30 parcelas semestrais, chegamos a 733 milhões de reais por parcela. Se pensarmos anualmente (duas parcelas semestrais somadas), o Brasil terá que prever em seus orçamentos anuais, em cada um dos próximos 15 anos, o valor de 1,466 bilhão para “repagar” o empréstimo ao banco sueco, sem falar nos juros e na comissão / garantia (estes vêm sendo pagos desde o início do contrato).

No cronograma original, o Brasil deveria ter utilizado quase todo o empréstimo, mas só desembolsou 2/3

O “Relatório dos Principais Projetos da FAB”, publicado em 19 de abril de 2024 em complementação ao Relatório de Gestão 2023 da Força Aérea Brasileira, traz os dados consolidados desde o início do contrato. Já fizemos uma análise detalhada das informações desse relatório (clique aqui para acessar). Até 2023, foram desembolsados cerca de 23,4 bilhões de coroas suecas, aproximadamente 60% do total do contrato de financiamento naquela moeda. O mesmo relatório informa que o avanço físico esperado até o fim deste ano (2024) é de 56,6%, quando se planeja que o cronograma financeiro chegue a 66,7% de execução – isso é cerca de 2/3 do total.

Podemos fazer uma média anual do valor desembolsado nos últimos 9 anos. Convertendo em reais os SEK 23,4 utilizados até o momento, chegamos a cerca de R$ 12 bilhões, e se somarmos o que foi desembolsado em dólares para o armamento (sendo que parte desses desembolsos foram reescalonados para que a entrega das armas correspondesse à chegada da maior parte das aeronaves, pois armamentos têm validade), o total sobe para aproximadamente 12,6 bilhões de reais. Dividindo por 9 anos, a média anual foi de 1,4 bilhão de reais em desembolsos.

Isso corresponde, coincidência ou não, ao valor incluído na Lei Orçamentária deste ano. Porém, o cronograma original previa que, por volta da metade dos 9 anos que se passaram, os desembolsos crescessem bastante para aumentar o ritmo de entregas. Mas não foi isso que ocorreu, como se pode ver pelo gráfico abaixo, publicado no último Relatório de Gestão:

Para facilitar, estamos usando só o gráfico dos desembolsos em coroas suecas, que é o maior montante (você pode acessar o relatório original para ver os demais gráficos). Para ter uma ideia dos valores em reais, podemos raciocinar com uma razão próxima de 2 para 1 (2 bilhões de coroas suecas equivalem a cerca de 1,04 bilhão de reais ao câmbio de hoje). Percebe-se que, para o cumprimento do cronograma original que previa a entrega de todas as aeronaves por volta de 2024, ou seja, antes de terminar a carência para o início do “repagamento” do empréstimo, a utilização do empréstimo se iniciaria próxima a 2,8 bilhões de coroas suecas, o que está marcado no gráfico com a cor azul. Isso equivale a pouco mais de 1,4 bilhão de reais (justamente a média do que foi efetivamente desembolsado a cada ano até hoje).

Logo essa utilização passaria para a faixa entre 3 e 4 bilhões de coroas suecas, ou seja, perto de 2 bilhões de reais ao ano por uns 5 anos. Só então os desembolsos passariam para uma faixa superior, próxima a 5 bilhões de coroas suecas (perto de 2,5 bilhões de reais) até cair em 2024 para 2 bilhões de coroas / 1 bi de reais, com algum pequeno saldo para os dois anos seguintes.

Porém, acompanhando a linha laranja, que mostra o que foi efetivamente desembolsado ano a ano, percebe-se muita variação até 2019, quando enfim a execução anual ficou pouco abaixo de 2 bilhões de coroas (cerca de R$ 1 bi). Levando em conta essa utilização do empréstimo abaixo do necessário, assim como questões técnicas e de fornecimento de componentes devido à Pandemia de Covid 19 que afetou as cadeias globais de fabricação (conforme relatado pela própria FAB), não é de se estranhar as sucessivas renegociações do contrato de despesas com a Saab para esticar as entregas, que tiveram como objetivo ajustar o cronograma físico-financeiro às restrições orçamentárias de cada ano. Essas foram as principais justificativas para os aditivos modificando o contrato com a Saab (não confundir com o contrato do empréstimo, feito com banco sueco, que não teve aditivos).

É por isso que hoje ainda faltam 28 aviões para entregar, havendo apenas 7 caças Gripen no Esquadrão Jaguar e um avião de testes voando no Brasil (este ainda não é propriedade da FAB, e só deverá ser transferido a um esquadrão ao final das entregas). Justamente num momento em que os desembolsos precisam ser ampliados para “pagar” uma quantidade crescente de aviões que sairão das linhas de montagem na Suécia e no Brasil, eles continuam na média de 1,4 bilhão de reais ao ano.

Podemos acompanhar essa dinâmica, já após a revisão do cronograma original, no gráfico abaixo:

A linha azul é semelhante à do gráfico anterior, mostrando o cronograma original de desembolsos anuais para executar o programa em cerca de 10 anos, e a laranja é a linha resultante de sucessivas renegociações em aditivos contratuais, o que começou por volta de 3 anos após o início do contrato,”esticando” essa utilização do empréstimo (valores em coroas suecas). É fácil perceber que, numa metáfora geográfica comum às interpretações de gráficos, após um “vale” nos anos de 2020-21 buscou-se ampliar gradativamente a utilização anual para que neste ano fosse superior a 3,1 bilhões de coroas suecas (1,6 bilhão de reais), subindo ainda mais a “montanha” nos próximos 3 anos.

Vale relembrar, mais uma vez, que estamos mostrando gráficos específicos dos dispêndios em coroas suecas – se somarmos os desembolsos necessários em dólares para armamentos, a conta vai para a casa dos 2 bilhões de reais necessários anualmente, ou mais, conforme o ano. E, já em 2027, seria preciso desembolsar quase 4,5 bilhões de coroas (perto de 2,4 bilhões de reais), bem acima da média de utilização anual do empréstimo, de R$ 1,4 bi.

Por que o Brasil não foi capaz de utilizar o empréstimo conforme o cronograma original, antes dos 10 anos de carência?

O país precisa obedecer a limites orçamentários, que também incluem o uso de recursos com origem em empréstimo externo, em cada Lei Orçamentária Anual (LOA). O problema é que os 9 anos que se passaram desde a contratação do empréstimo, em 2015, foram de sucessivas crises. Já em 2015-16, o país acumulou 8% de queda do PIB, e nos anos seguintes tanto o país quanto o mundo vivenciaram outras crises que impactam orçamentos, preços, cadeias de fornecedores e a economia como um todo, como a Pandemia de Covid 19 e as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Por um lado, houve restrições orçamentárias e, por outro, pressões por gastos emergenciais, além de vários momentos de forte desvalorização do real.

Os limites para utilização decorrem do fato de que cada valor efetivamente liquidado (após ter sido autorizado para gasto na LOA, e depois empenhado pela FAB) resulta em dívida assumida pela União junto ao banco credor, ampliando o total da dívida externa brasileira. Isso impacta nas contas do governo e no resultado primário da União, pois os pagamentos de despesas, mesmo quando provém de financiamento externo, necessitam de previsão orçamentária, pois o objeto contratual (execução física) é recebido e a despesa é realizada num determinado exercício.

Assim, mesmo tendo como fonte um empréstimo externo, a utilização dos recursos sofre restrições de empenho tal qual outros gastos da União. Desta forma chegamos à situação atual, mostrada no cronograma acima (divulgado no ano passado pela FAB), com entregas de aeronaves se estendendo para 2027, e com grande concentração nos últimos dois anos.

Dadas as restrições anuais a ampliar os desembolsos para a faixa superior à média de 1,4 bilhão de reais por ano efetivamente mantida desde 2015, temos dúvidas sobre a capacidade financeira para atingir esse desempenho. Tecnicamente, o cronograma até seria factível nas linhas de produção, com aumento do ritmo e uso de mais um turno de trabalho (discutimos isso em matéria especial que você pode acessar aqui) mas, financeiramente falando, as restrições orçamentárias deverão continuar nos próximos anos. Por isso é bem possível que o cronograma atual avance ao início da próxima década, com cerca de 4 aviões entregues anualmente.

Valores de desembolsos que seriam necessários para os próximos anos

A Diretriz de Planejamento Institucional 2024 da FAB, aprovada em 23 de novembro do ano passado, traz as projeções de recursos para três programas entre os mais importantes da Força Aérea: F-X2 (Gripen), KC-390 e Conversão de Aeronaves A330-200 em aviões reabastecedores, todos sob o guarda-chuva do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, que a princípio serviria para garantir a execução orçamentária. Veja na tabela abaixo:

Há um evidente déficit neste ano de 2024: o valor necessário seria de quase 2,7 bilhões de reais, praticamente o dobro do 1,4 bilhão projetado / reservado no orçamento. Para 2025 e 2026, as necessidades ficariam na mesma faixa de 2,7 bilhões de reais, subindo para 3,2 bi em 2027. Podemos comparar com o gráfico mais acima, em coroas suecas (câmbio de mais ou menos 2 para 1 em relação ao real) e perceber que tanto a tabela quanto o gráfico indicam o mesmo problema: além de evitar cortes / bloqueios / contingenciamentos que reduzissem os desembolsos deste e do próximo ano em relação à média anual de 1,4 bilhão de reais, seria necessário garantir um limite maior para utilização do empréstimo. Em anos de cortes, é um tanto ilusório esperar por ampliação de despesas.

O Brasil aproveitou mal um empréstimo com quase 10 anos de carência. E agora?

O contrato com o AB Svensk Exportkredit, assinado em agosto de 2015, buscou facilitar a aquisição dos caças pelo Brasil, com praticamente 10 anos de carência para o início do repagamento da dívida, período no qual o cronograma físico e financeiro seria executado até a entrega de todas as 36 aeronaves. Como o programa dos caças Gripen (F-X2) foi pensado para ir além da compra de aviões, incorporando transferência de tecnologia ao explorar oportunidades de desenvolvimento conjunto, algum atraso poderia ocorrer. Isso é comum em diversos programas pelo mundo, porém houve impactos imprevisíveis nas cadeias de fornecimento, devido à Pandemia de Covid-19 e à Guerra na Ucrânia.

Mas os gráficos mostram que o principal problema não foi técnico ou de desenvolvimento (ainda que estes existam). A questão principal foi financeira: os limites de utilização anual do empréstimo dados pelas restrições das contas públicas.  O Brasil levou 9 anos para executar algo próximo a 2/3 do montante previsto, e dificilmente conseguirá utilizar o restante (1/3) nos próximos 3 anos, o que provavelmente vai esticar outra vez o cronograma de entregas. E pode haver o complicador extra, a ser levado em consideração nas contas públicas, de iniciar no ano que vem o repagamento desse empréstimo. Espera-se desafios contábeis à frente, para o bem ou para o mal.

Mas fiquemos com as dificuldades deste ano, que já estão de bom tamanho, para finalizar esta análise: veremos nos próximos dias quanto será preciso bloquear no orçamento da Defesa para atender aos 15 bilhões que o Governo precisa congelar do orçamento de 2024. É esperado que programas em andamento sejam minimamente preservados. Assim, cortes poderiam afetar, por exemplo, o projeto de conversão completa de aeronaves A330-200 em MRTT (cargueiros e reabastecedores), já que os trabalhos não foram iniciados.

Podem também ser afetadas possíveis iniciativas de aquisição de caças usados ou jatos de menor custo para preencher lacunas operacionais.  Ou será que soluções paliativas teriam prioridade frente ao programa do Gripen, em andamento? Veja os gráficos, pondere as possibilidades e deixe a sua opinião nos comentários.

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Dudu

Se houver um segundo lote, só vai ser de 2040 pra lá quando o primeiro estiver pago.

Chris

No momento, ja me contentaria em saber se esse dinheiro não foi desviado…

Mário Antoneli

Vocês realmente acreditam que receberemos 36 Gripens do primeiro lote?

Volpi

Claro que não !

FERNANDO

heheheh, nem eu

Willber Rodrigues

Tenho dificuldades até em imaginar esse lote vindo no n° de aeronaves originais, imagine pensar em segundo lote…

Ivan herrera

Não irá passar de 18 aeronaves gripens, e com complemento de f16 usados.

Heinz

É uma vergonha de dimensões colossais não poder pagar por míseros 36 caças. Tem país mais pobre que numa compra só compra o dobro e recebe.

Dudu

Eu acredito. Agora quando, não dá pra saber.

Chris

Imagine um segundo lote…

Conversa de torcida é uma coisa… A realidade é sempre outra !

Leandro Costa

É um panorama deprimente.

Felipe

O cronograma será extendido para até 2029 ou 2030. Mas os 36 virão. O que me preocupa é a ausência de um segundo lote ou aditivo. Se não vier vamos depender de F-16 usados e o choro é livre.

Last edited 1 mês atrás by Felipe
Leandro Costa

Otimista você, achar que vai ter grana para os 36 Gripens e F-16 usados.

Os políticos vão dar uma olhada nos vizinhos, vão dizer que não precisamos de mais do que 36 aviões e deve ficar por isso mesmo.

Dudu

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acertou na mosca!

Felipe

Não.

Felipe

Contrato é contrato. Vejo gente com comentários ridículos por aqui. Cancelar os 36 é ter de pagar multa e perder credibilidade. Não vai acontecer .

Leandro Costa

Eu também acredito que os 36 contratados virão. Mas tenho sérias dúvidas (para não falar em total falta de esperança) em mais Gripens ou qualquer outra aeronave.

Rafael Cordeiro

Credibilidade e governo brasileiros são antônimos, logo, eu mesmo não duvido de nada. Como algum colega já postou, os políticos olham para os vizinhos e dizem: – “somos um país pacífico e sem inimigos, não precisamos desse tipo de equipamento.”

Matheus R

O argumento principal para o impedimento dos cortes tem que ser a conservação das fábricas e seus empregos, e não a defesa do país (estão nem aí pra isso).

Last edited 1 mês atrás by Matheus R
Eduardo

Vão comprar mais 4, para dizer que teve 2º lote, a serem produzidos localmente para manter a linha de montagem, numa cadência de 1 por ano…

Lastimável.

Dudu

Na melhor das hipoteses, até 2040, o que pode acontecer é esse aditivo de 15 Gripens E ou 12 Gripens F, ambos US $ 1 bilhão. Eu sou a favor desse aditivo e o destino dele ja teria nome : Base Aérea de Santa Cruz. Deixa 12 lá, cobrindo o pre-sal e a ICN, claro. Os outros 3 Gripens E’s do possível aditivo, junta com outros 3 E’s e cria uma esquadrilha e deixa em Manaus.

Andiere

É desanimador ser brasiliano e amante da aviação militar ao mesmo tempo.

Mcruel

É desanimador ser brasileiro e amante do progresso sustentável da economia..

Greyjoy

É desanimador ser brasileiro.

Willber Rodrigues

“Assim, cortes poderiam afetar, por exemplo, o projeto de conversão completa de aeronaves A330-200 em MRTT (cargueiros e reabastecedores), já que os trabalhos não foram iniciados.”

Pombas, sério que não fizeram isso ainda?

“Ou será que soluções paliativas teriam prioridade frente ao programa do Gripen, em andamento?”

Continuo tentando imaginar em como dar andamento ao programa “genérico”, se nem o principal está nos trilhos….

Enfim, agradeço ao editor pela qualidade da matéria e das informações, mas é do tipo de matéria que eu me arrependo de ter lido…

É triste…

Last edited 1 mês atrás by Willber Rodrigues
Rafael Cordeiro

Eu ainda acredito que o aval para compra desses A330 só veio por conta do transporte de “autoridades”, foi uma compra para não dar tão na cara que estavam comprando uma aeronave para o GTE, acho bem difícil essa conversão para MRTT acontecer e gostaria muito de estar errado quanto a isso. Imagina se com todo o caos econômico em que estamos anunciassem a compra de uma aeronave dessas para o Lula e cumpanheiros!

Renato

“Enfim, agradeço ao editor pela qualidade da matéria e das informações, mas é do tipo de matéria que eu me arrependo de ter lido…”

Exatamente, eu ia comentar isso também.

Kornet

A melhor solução é transformar as FAs em guardas,como queria um presidente demoniocrata.
Pelo que deu para entender o banco emprestou o dinheiro e esse não foi gasto,e ao longo do contrato acumulou uma dívida de 22 bilhões,ajuda aí produção;pois o programa Gripen passou de uma novela mexicana para um pesadelo venezuelano.

Charle

Ou privatizá-las.

Vitor Botafogo

Nunão, esse grafico representa apenas as despesas em KR Suecas. Temos também defasagem nos pagamentos em USD e Libras que também estão atrasados. O Buraco é muito maior. O que vamos ver é promessas que se um sujeito for reeleito, ele vai adquirir um novo lote. Até lá se arrastarão falsas promessas e essa novela a gente ja viu. O FX e o própio FX-2. Uma aquisição feita via FMS é essencial a exemplo da aquisição dos Blackhawks para suprir demanda emergencial da FAB para repor o A-1 e parte dos F-5. Infelizmente vamos ter que seguir esse caminho. No… Read more »

EduardoSP

Não existe isso de acordo governo a governo fora da Lei Orçamentária Anual.
Aliás, o GF vai gastar quase US$ 1 bilhão com 12 Blackhawks básicos, de transporte. Pagando quase US$ 80 milhões por aparelho, parece que a coisa não está tão apertada assim.

Santamariense

Leia melhor o artigo da compra dos Black Hawk do EB. São 451 milhões de dólares por 12 aeronaves, 10 motores extras, miniguns, peças sobressalentes, treinamento, etc. Isso dá 37,6 milhões de dólares por unidade…e lembrando que não são apenas os helicópteros, tem mais coisas como eu coloquei.

EduardoSP

Não estou discutindo ou questionando a composição da despesa com os Blackhawks.
O que quer que esteja incluído custará cerca de US$ 1 bilhão, que terá de ser pago. E esse valor corresponde a US$ 80 milhões por unidade.
Como o assunto é orçamento, isso é que é relevante, pois oitenta milhões é quase o valor de um Gripen.

EduardoSP

Não havia visto esse post. Só o anterior sobre a compra

EduardoSP

Demorei para editar a resposta e acabei perdendo a sequência do texto. Sim, havia visto somente o post sobre o DSCA Mas a questão orçamentária permanece, pois esse valor sairá do orçamento do MD, reduzindo o espaço disponível para o Gripen. Então, não há orçamento suficiente para o Gripen mas há para manter outras aquisições em andamento, já iniciados ou a iniciar (KC-390, Guaicurus, Atmos, Centauro, Álvaro Alberto, Blackhawks, etc.). Nunca há dinheiro para tudo. Por isso é necessário dimensionar as forças armadas para o tamanho que o orçamento consegue custear. Além disso seria importante organizar as aquisições de forma… Read more »

Santamariense

Você não leu as informações sobre a compra dos BH do EB. São 451 milhões de dólares, o que dá 37 milhões de dólares por unidade. Os 950 milhões de dólares, no total, seriam se o pacote extra de equipamentos for contratado…e isso não é mandatório.

Marcos Silva

Porque eu não estou nem um.pouco surpreso com isso????

cipinha

Bem complicada essa situação, bem que poderiam tentar um acordo para jogar esse repagamento 2 anos para a frente usando como justificativa a pandemia e o fato o empréstimo nesse período ter sido usado aquém do planejado inclusive por limitações físicas e técnicas decorrente da COVID.

Rosi

O negócio será rolar a dívida,pegar outro empréstimo com outro banco, ,zera a primeira e divide e divide para 15 anos usando os 1.5 Bi por ano mais os juros …
Um banco nacional poderia comprar está divida, colocando como garantia alguma commodity , Minério já que parte da Vale pertence ao Estado, petróleo sendo a Petrobrás uma Estatal…
Coloca na mão da Egepron,eles administra isto aí…

Last edited 1 mês atrás by Rosi
Rafael Oliveira

Não é porque tem ações de uma empresa que pode ir lá pegar o produto dela, né? O acionista tem direito aos dividendos, apenas.

Esse comentário parece aquele povo que comprava uma ação da Petrobrás e depois ia no posto BR achando que podia abastecer o carro sem pagar.

Vitor Botafogo

Quem vai cair nessa laia? Faltou sugerir usar fundo de previdência como foi no passado e matar de vez a possibilidade de quem contribuiu se aposentar.
Divida é divida, não é brincadeira.
Só quem consegue renegociar divida é quem tem credito na praça e parece que estamos ficando sem…

Charle

Não sei não, mas acho que o Brasil ficará apenas com seis aviões mesmo. E o sétimo? O avião de testes terá que ser devolvido. E caso seja devolvido arranhado ou sujo será cobrada uma taxa de milhões em Euros. Era para existir um caça totalmente projetado no Brasil. Nem que fosse um protótipo totalmente baseado no F-5. Algo como um F-5 versão 2.0 totalmente adequado às dimensões continentais brasileiras e ao clima daqui. Preferiu-se dar bilhões e bilhões para europeus por meia dúzia de caças à investir em um modelo nacional. O pior é que toda a sociedade terá… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Charle
Felipe

Que comentário triste, não dá pra ter uma discussão séria? Como é que vamos ficar só nestes 7 se já tem outros 5 em diferentes fases de montagem destinado ao Brasil? Contrato é contrato e os 36 virão mesmo que atrase.

Charle

Triste é a sua interpretação acerca de meu comentário. Esse tipo de situação só diminui ainda mais o Brasil aos olhos do mundo.
Mas o mais triste ainda é ter que trabalhar para bancar esse fiasco.

Last edited 1 mês atrás by Charle
Leandro Costa

Você já trabalha para bancar inúmeros outros fiascos, ainda piores do que esse. Infinitamente piores do que esse.

O que mais me irrita é que a FAB fez tudo certo, procurou um excelente negócio que beneficiasse tanto a força, quanto a indústria, quanto a academia, com boas facilidades de pagamento, negociou com o governo da época que autorizou o negócio, já que se enquadrava nas diretrizes do governo sobre offsets, ToT, etc., e nem assim conseguimos prosseguir com os cronogramas.

Explicação simples. Não existe um único político sério e decente neste país.

Esteves

Não se fala mal do cavalo.

Charle

O problema não é nem falar mal do cavalo de vez em quando, pior é sempre esquecerem do quão ruim, inepto, grosseiro e tosco o cavaleiro é.

Marcos Silva

Bom negócio seria,desde sempre digo isso,ter comprado as aeronaves prontas,com algumas modificações que a FAB especificasse. Esse tal TOT foi o maior erro.

Charle

Pois é, mas um erro não se corrige com outro erro.

Leandro Costa

De que erro você está falando, Charle?

Charle

Leandro, posso estar enganado mas acredito que a escolha do Grippen foi um erro. Antes o F-18 tivesse sido o caça escolhido. Até mesmo para fazer uma verdadeira política de boa vizinhança com os EUA.
Além do fato de os F-18 terem sido pensados em suas capacidades para atender um país de dimensões continentais como o Brasil.

Leandro Costa

Charle, esse pensamento é doidera. Não existe qualquer problema com o raio de ação dos Gripen. A única vantagem do F/A-18E/F no tocante ao FX2 é apenas o fato de já estar pronto. Não sabemos o que ocorreu nos bastidores, mas poderiam ter existido um sem número de condicionantes para sua adoção pela FAB dentro dos parâmetros estabelecidos no programa, inclusive acesso à totalidade do código fonte dos radares (algo muito importante), bem como uma linha de produção local. No final das contas, acabaria acontecendo a mesma coisa. O problema não foi o Gripen. O problema foram os sucessivos governos… Read more »

George

Pode escolher o caça que quiser. O problema é a (falta de) grana.

Luís Henrique

O custo para se desenvolver um caça moderno fica na casa dos bilhões de dólares. Isso, usando produtos e tecnologias de outros países, ou seja, continuaríamos pagando bilhões para países estrangeiros. Se for para desenvolver um caça 100% nacional, com radar nacional, motores nacionais, etc ai o custo ficaria muito maior e levaria anos e anos.
Para no final a FAB adquirir 36 unidades?

Essa sugestão é uma piada.

Marcos Silva

É por esse tipo de pensamento que não vamos à lugar algum…

Charle

Então é por vários tipos de pensamento que não se chega lá. Visto que foi exatamente o pensamento de quem têm o poder de decidir aquele que nos levou à esse lugar algum.

JHF

” Era para existir um caça totalmente projetado no Brasil. Nem que fosse um protótipo totalmente baseado no F-5. Algo como um F-5 versão 2.0 totalmente adequado às dimensões continentais brasileiras e ao clima daqui” o Ira fez isso e fizeram chacota infinita deles na hora que saiu a matéria por aqui. Agora o país está no fio da chantagem da grana emprestada e não usada por motivos de planilha, além de desperdiçar a capacidade própria de desenvolver o programa por aqui. Temos a linha com capacidade infinitamente pequena da Embraer e a impossibilidade de fazer a versão F. E… Read more »

Charle

Finalmente alguém entendeu o que quis dizer.

Eu gosto até certo ponto da FAB na medida em que gostaria de vê-la voar em caças que não fossem as migalhas de tecnologia estrangeira.

E demora por demora para desenvolver um caça, quanto tempo demorou para escolher esse tal de “grippen” através do programa FX?

Last edited 1 mês atrás by Charle
Rinaldo Nery

A lei brasileira diz que os pagamentos devem obedecer ao teto orçamentário, mesmo que haja verba disponível pelo empréstimo. É assim que funciona. A SEFA tentou mas não conseguiu autorização. Não foi possível o desembolso. A culpa nunca foi da FAB. E o SEFA era da minha turma.

Rinaldo Nery

Quanta bobagem postada. Cansativo.

EduardoSP

É Cel., opinião sem leitura e sem conhecimento é só m…
E fica repetitivo, porque não se consegue avançar. Cansativo mesmo.

Charle

Pois é… aqui há tanta leitura e conhecimento, mas no final somos a piada planetária.
Mas os suecos aprenderam muito com o Brasil. Principalmente como ganhar dinheiro.

Leandro Costa

Os Suecos podiam dar aulas e mais aulas sobre como ganhar dinheiro ao Brasil. Principalmente em como evitar desperdício ao pagar as contas em dia e evitar juros.

Santamariense

Quem se surpreende com toda essa novela é porque tem memória curta ou não é brasileiro. Eu já esperava isso, como falei em vários comentários há tempos. Isso não é surpresa alguma pra mim.

Esteves

Explica teu comentário. Por favor.

Marcos Silva

É piada? Vc realmente não entendeu o comentário do colega? Isso é Brasil! Desde quando alguma coisa é levada à sério nesse país? Nenhum programa importante de defesa é terminado conforme planejado.
Cita um aí que pode-se dizer com orgulho:
“isso nós fizemos!”

Santamariense

Esteves, eu acompanho, leio e estudo assuntos de defesa desde 1987. Nesses 37 anos, vi inúmeros programas das 3 Forças serem criados, gestados, contratados, cortados, diminuídos, cancelados, suspensos…raras exceções são de programas que começaram e terminaram nas quantidade e prazo determinados. O caso do Gripen é apenas mais um…e desde que começou a atrasar as entregas e o cronograma começou a ser espichado, eu percebi que a tradição de autofagia se repetiria.

Esteves

É verdade. O problema é a nossa esperança de dias melhores.

Santamariense

Pois é…dizem que brasileiro não desiste nunca…mas, é muito complicado. O histórico não é nada animador. E os problemas se repetem. O Brasil, enquanto nação, não aprende com seus próprios erros.

Esteves

Só tem úm jeito de ter resultado nessas empreitadas: fazer. Nisso os norte-americanos são bons.

Faz e aprende com os próprios erros.

Equilibrium

Se considerar que não seria necessário desembolsar nada, já que a proposta da SAAB pra quem lembra da época era começar o pagamento após a última unidade ser entregue… Puro marketing isso ai, a empresa sabe que atrasou em muita coisa também.

Leandro Costa

Você não entendeu absolutamente nada de todas as matérias sobre o assunto, né? Sugiro reler todas, e com atenção.

Esteves

Difícil. Dá um trabalhão danado produzir material técnico de alta qualidade incluindo sugestões, vide F16. Coloca gráfico e desenho.

E a turma não perdoa.

Schimidtmiranda

Teto de gastos,  cortes em orçamentos,  redução de programas,  sempre ocorreram no Brasil e isso não é de hoje e nem de ontem;  vem de muito tempo e não se limita apenas a área militar. Temos que parar de conjecturar soluções impossíveis,  sonhos demagogos e resultados inalcançáveis. Concordo que o choro é livre,  mas em momentos assim, é necessário usarmos a nossa inteligência  e eu realmente acredito na inteligência da Força Aérea Brasileira.  Mitigar a discrepância da condução do financiamento no programa Gripen é potencialmente prejudicial a longo prazo, porém, aumentar o orçamento de defesa sem uma reforma estrutural na… Read more »

Esteves

Nós não temos gastos militares significativos. As maiores pressões financeiras e orçamentárias são dívida pública interna (rolagem) e previdências, incluindo o INSS.

O Brasil precisa crescer.

Esteves

Estava faltando compreender. Agora o Poder Aéreo equiparou a si com as matérias do Prosub e Tamandaré. Parabéns aos editores. Internamente seguimos em crise fiscal com as despesas pressionadas por demandas sociais maiores que as receitas. Cortar despesas significa perder apoio político no regime presidencialista de coabitação. Vimos isso no governo da Senhora responsável por fazer crescer a dívida interna criando fôlego para outras despesas como o PAC, basicamente construções. Investimentos em tecnologia são raros. Tem governo que empurra. Tem governo que banca. O impacto cai em certo período fiscal como 2023/24 e até isso é mostrado como fato eleitoreiro:… Read more »

Diego Tarses Cardoso

Nossa governança política é um crime contra a humanidade, estão jogando nosso dinheiro no bolso deles.

Charle

Mas só a política?

Bachini

Como se irá gerar alguma riquesa no Brasil com mais de 50% da população sendo funcionarios públicos ou escorados em beneficios sociais… impossível..

Carlos

“Riqueza” e não “riquesa”.

Por isso tem raiva de concursados…

50%???

Rinaldo Nery

Como foi postado anteriormente, cansativo…

Allan Lemos

O ponto dele está correto, em alguns estados o número de pessoas que recebem benefícios sociais já ultrapassa o da PEA.

Excluindo-se crianças, aposentados(que já contribuíram) e funcionários públicos(que nāo contribuem), no Brasil, há mais pessoas parasitando do Estado do que produzindo riquezas.

De fato, é um sistema insustentável, o que é refletido em décadas perdidas e eventuais voos de galinha.

Carlos

E este nem é o problema. Podemos discutir a eficiência, evidentemente há carências. Tem país desenvolvido com mais funcionários públicos que o Brasil. O problema é gestão.

Abymael

É que você usou os dados públicos e científicos das instituições de pesquisa e estatística social. Eles usam os dados recebidos pelo “feicebuk”, pelo zap zap, no grupo das tias, etc. Aí essas bob4gens de “50% da população sendo funcionarios públicos ou escorados em beneficios sociais” circulam diariamente, se repetem e se tornam verdades absolutas. E mesmo depois de você confrontar com os dados verdadeiros, que são bem diferentes, ainda vem um ou dois que tentam defender as “pós-verdades” (traduzindo: ment1ras) que circulam nessas pr4g4s de redes sociais e app’s, tentando distorcer os números até que eles confirmem o que… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Abymael
Felipe

Na verdade são 10%

Felipe

Funcionários públicos são 10% na verdade, e uma grande parte não ganha tanto quanto voce pensa não, principalmente em órgãos do executivo. Mas concordo que temos uma máquina inchada e ineficiente.

Gabriel Oliveira Batista

A gente não paga o programa em dia e depois tem gente reclamando dos suecos.

Rinaldo Nery

Você leu meu comentário lá em cima?

Felipe

Tira 5 aviões dos 10 previstos para 2026 e joga para 2028, e tira outros 5 aviões dos 11 previstos para 2027 e joga para 2029, renegocia o prazo de 9 anos de carência para 12 anos, ao mesmo tempo faz um aditivo para mais 14 aviões com entregas a partir de 2030 até 2032 com pagamento a iniciar anos para frente. Assim teríamos 50 F-39E/F pelo menos.

Santamariense

E essa ginástica financeira toda, no papel, vai ter algum resultado positivo, na prática? Veja que são previstas 21 aeronaves entre 2026 e 2027. Você propõe entregar 11 no mesmo período, jogando as outras 10 mais para frente. Só que com as entregas previstas para entrega agora, que são menores, não se consegue manter o pagamento dos juros e taxas. Lá em 2026/27, além desses pagamentos de juros e taxas, já estará em andamento o repagamento , ou o pagamento da dívida em si. Ou seja, se não conseguimos pagar hoje, quando os desembolsos são muito menores, de 2025 em… Read more »

Abymael

É nessas horas que sempre me vem a dúvida: por que ainda insistimos nessas coisas? Já sabemos o final de sempre, de todas elas. Eu duvido que virão os 36.Segundo lote eu nem penso, porque nem estarei vivo quando (e se) vier. Fico me perguntando se não seria melhor evitar tudo isso e ficar numa espécie de feijão com arroz. Ao invés de sonhar em “comprar um caça de última geração e pagar para que seja construído aqui” já sabendo que, ao final, depois de anos de desculpas das mais variadas, não vamos conseguir terminar o que começamos e nem… Read more »

Esteves

A Gurgel dependia de plataforma, motor, câmbio VW. A Troller usou MWM, depois motor e câmbio Ford.

As duas fábricas eram obsoletas.

Esteves

Faz sentido. As Tamandares foram anunciadas como plataformas moderníssimas. Os Riachuelos como submarinos no “estado da arte”. Até os EPIs nas plantas de corte são alienígenas.

Mas, teríamos que rever o ego.

Do KC390 o que produzimos? Ok…indústria aeronáutica é colcha de retalhos com dezenas de fornecedores. Mas…mas…se a Embraer não Tivesse sido privatizada ela seguiria vendendo Defesa com margem zero?

Felipe Fritsch

O programa vai acabar cancelado em nome da responsabilidade fiscal e bolsa banqueiro, depois vamos gastar 3x mais pra comprar F-16 velho, usado e superfaturado sem transferência tecnológica. Já acontece com o abandono da Avibras enquanto o Brasil compra sucata israelense. Está acontecendo agora com Blackhawks.

Santamariense

Que sucata israelense??

Bardini

Bom, como já disse: a chave da questão seria fazer uma dívida 25% maior, em um prazo maior, só que com parcelas menores, buscando dissolver aquele pico irrealizável no final do atual cronograma de pagamentos. . Para renegociar o F-X2, expandir o contrato em 25% pode ser a forma de alinhar o negócio entre as partes, tornando-o favorável a todos os envolvidos. . Dentro do novo negócio, seria necessário reduzir o número de aeronaves entregues por ano, para gerar uma parcela menor e um cronograma estável de trabalhos, onde a linha de produção local entregaria na faixa de 3 Gripen… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Bardini
Augusto

A sugestão de extensão do prazo do contrato, com redução das parcelas, mas aquisição de Gripens adicionais, seria um cenário profícuo e realmente interessante, porque atenderia a todas as partes, em que pese as entregas permanecerem a conta-gotas.

Já a parte do F-16… torço para que não ocorra e todos os esforços sejam direcionados ao Gripen, prioritariamente com foco na linha de produção brasileira.

Esteves

Se os futuros aviões ou as entregas futuras garantirem o recebimento de aeronaves evoluídas faz sentido. Receber aviões da década de 20 na década de 40 obrigará a FAB a modernizações/atualizações?

Augusto

É viável pensar que Gripens E/F novos sempre sairão da linha de montagem em sua última versão, como ocorre agora.

Esteves

Sendo certo isso, também é viável pensar em alongar o contrato estabelecendo quantidades mínimas de entrega ainda que reféns do orçamento, e buscar 50 aviões. Talvez mais.

Vitor Botafogo

Perfeito! Sou completamente alinhado a esse pensamento.
Obs: O Governo Federal cortou R$ 675 Milhões da Defesa. Achei que seria maior.

Esteves

Um cenário de alavancagem. Existe uma dívida com parcelas ou repagamentos que não cabem no orçamento atual. Renegociar valores, prazos, entregas vai encarecer o contrato atual mas garante alguma coisa como seguir a atividade do negócio: receber avião.

Depende mais dos suecos que nesse momento estão bem amarradinhos em Gavião Peixoto.

Last edited 1 mês atrás by Esteves
Macgaren

Foram confiar no brasil deu nisso

Bryan

Às vezes, quando leio notícias acerca da compra do Gripen pelo Brasil, fico com a impressão de que temos um elefante branco nas mãos. Talvez, à FAB, os caças foram um grande avanço e uma realização enorme do ponto de vista operacional, aprendizado, etc., mas à mentalidade brasileira (num sentido amplo) um grande retrocesso no sentido de não saber utilizar, ou explorar, todo o potencial do negócio, sobretudo, do contrato. Sempre alguma coisa fica para trás. Alguma boa oportunidade se perde. Qual? Não sei, mas a notícia deixa essa impressão.

Last edited 1 mês atrás by Bryan
Jorgemateus77

Custa sonhar em 72 Gripens e 24 F-35 e 28 KC-390 ??

Maurício.

Custar não custa, mas tu vai viver iludido.

Marcos Silva

F-35? Nem Gripens podemos ter direito…

Santamariense

Cuidado pra não cair da cama…

Marcelo Tatsch

F-35 para América do Sul?
Como dizia aquele padre famoso: – Isso non eczisteeeeeee!!!!!!

Last edited 1 mês atrás by Marcelo Tatsch
Marcelo Tatsch

Cortes e cortes. Se já ficamos preocupados aqui no Brasil com a nossa realidade, imagina o que sobra para os nossos vizinhos do bairro sul americano.

Last edited 1 mês atrás by Marcelo Tatsch
Felipe

Caso a Suécia comprasse o KC390 tenho certeza que já tinham comprado mais Gripen , davam um jeitinho…