Farnborough, Reino Unido, 23 de julho de 2024 – A Embraer apresentou hoje no Farnborough Airshow atualizações e melhorias de desempenho dos jatos comerciais E195-E2, E190-E2 e E175, envolvendo consumo de combustível, alcance, aviônicos e cabine de passageiros. Ao aumentar a eficiência operacional essas modificações também proporcionam uma redução de custo para as companhias aéreas na ordem de de US$ 6 milhões ao valor de momento por aeronave ao longo de 15 anos.

“A Embraer busca aprimorar continuamente suas aeronaves, e as atualizações anunciadas hoje voltadas para redução de consumo de combustível e emissões, aumento do alcance, melhorias para experiência do passageiro e novas tecnologias para pilotagem e conectividade são excelentes notícias para nossos clientes e seus passageiros”, diz Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “Estamos comprometidos com segurança, eficiência, conforto e menores custos aos operadores.”

Melhorias no E175 – adicionando recursos de última geração do E2

  • Compartimentos superiores maiores e iluminação ambiente
  • Conectividade via satélite multibanda
  • Assentos Recaro
  • Aviônicos meteorológicos e de dados de última geração

O E175 também está recebendo um conjunto de melhorias após sua última atualização em 2016, que aumentou eficiência do consumo de combustível em 6%. As melhorias, disponíveis aos clientes sob demanda, concentram-se na cabine e na experiência do passageiro, além de atualizar alguns aviônicos para ficarem mais alinhados com os avançados E2.

  • A capacidade do bagageiro interno do E175 dobrará de tamanho de forma similar ao já existente no E2, comportando agora uma mala maior por cliente. Iluminação ambiente da cabine, como do E2, estará igualmente disponível, bem como os novos assentos Recaro.
  • A conectividade via satélite estará disponível pela primeira vez no E175 permitindo com que os passageiros de negócios ou lazer permaneçam sempre conectados. Banda Ku e Ka estarão disponíveis para modernização até o final de 2026.
  • Além disso, as soluções de transferência de dados e o radar meteorológico serão atualizados para corresponder às capacidades do E2. Isto permitirá a transformação digital e a recuperação sem fio de dados de voo a partir do quarto trimestre de 2024. O radar meteorológico de última geração fornece detecção e alerta de turbulência, detecção preditiva de vento e varredura volumétrica 3D estará disponível a partir do segundo trimestre de 2026.

Melhorias do E2

  • Consumo de combustível
  • Aumento de alcance
  • Melhoria do tempo de asa do motor GTF
  • Sistema de decolagem avançada
  • Otimização de cabine
  • Consumo de combustível – redução de 2,5%

O jato E195-E2 está agora 12,5% mais eficiente em termos de consumo de combustível, quando comparado com aeronave concorrente. Até então, a diferença era de 10%.

O consumo de combustível nos E2 foi aprimorado em 2,5%, tornando-o 12,5% mais econômico em termos de combustível do que a aeronave concorrente mais próxima. Ao entrar em serviço, o E2 era notavelmente mais eficiente em termos de combustível do que o anunciado. Essas melhores taxas de consumo que as companhias aéreas comprovaram nas operações foram ratificadas. Isso também é auxiliado por uma melhoria no sistema de gerenciamento que extrai menos ar, exigindo menos do motor e, portanto, economizando combustível. É esperado que essa redução gere uma economia de US$ 1 milhão por aeronave e reforça a posição do E2 como aeronave de corredor único mais sustentável.

Alcance ampliado – de 2.600 para 3.000 milhas náuticas

  • O alcance do E195-E2 foi aumentado para 3.000 milhas náuticas. O novo Peso Máximo de Decolagem de 62.500kg foi recentemente certificado, o que proporciona essa melhoria de alcance.

Tempo em Asa do GTF – aumento de 10%

  • Melhorias nos motores E2 GTF aumentaram o tempo em asa (manutenção) em 10%. Isso é alcançado otimizando o empuxo de subida, que exige menos propulsão, reduzindo assim a degradação do motor e aumentando o tempo em asa. É esperado que isso economize aos operadores US$ 500 mil por aeronave ao longo de 15 anos.

Melhorias de Alcance/Carga Útil em Aeroportos Desafiadores

  • A Embraer também revelou pela primeira vez o seu Sistema E2 de Decolagem Aprimorada. Este sistema automático de decolagem produz um momento de rotação e uma trajetória de voo mais precisos e eficientes, reduzindo o comprimento de pista necessário e a carga de trabalho do piloto. Isso significa mais carga útil e mais alcance em aeroportos com maiores restrições operacionais. Isso confere ao E2 o melhor desempenho da categoria em aeroportos como London City, Florença e Santos Dumont. Com um ganho de alcance de 350 milhas náuticas partindo de Londres, por exemplo.

Otimização de cabine – reduzindo espaços, adicionando uma fileira, assentos Recaro

  • A otimização de cabine no E195-E2 permitiu que a Embraer acomodasse uma fileira extra de quatro assentos na maioria das configurações. Por exemplo, uma aeronave configurada para 136 passageiros, agora poderá acomodar 140 pessoas. A capacidade máxima permanece em 146. Os assentos Recaro agora também estarão disponíveis como opção. A estimativa é que uma fileira extra de assentos renda às companhias aéreas uma receita adicional de US$ 4,5 milhões por aeronave em um período de 15 anos.

Sobre a Embraer

A Embraer é uma empresa aeroespacial global com sede no Brasil. Fabrica aeronaves para clientes da aviação comercial e executiva, defesa e segurança e agrícola. A empresa também fornece serviços pós-venda e suporte por meio de uma rede mundial de entidades de propriedade integral e agentes autorizados.

Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8.000 aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola em algum lugar do mundo, transportando mais de 145 milhões de passageiros por ano.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de distribuição de serviços e peças nas Américas, África, Ásia e Europa. A sede da APAC da Embraer está localizada em Singapura e a sede na China está em Pequim.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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Nilo

Em saber que em determinado momento por foi criado e divulgado na grande rede de comunicação do Brasil que a Embraer deveria ser vendida por não ter capacidade de competir no mercado mundial. Quando de forma errônea acussase os acionista da Embraer de estar por trás desta macabra destruição de um patrimônio tecnológico industrial.
Sucesso Embraer.

Last edited 1 mês atrás by Nilo
Gabriel

Eu quase caí nessa mentira, até conversar com gente da área e entender o que de fato ia rolar. Graças a Deus que os acionistas e outros envolvidos perceberam a fraude que a Boeing queria aplicar e disseram NÃO.

Desde então, uma só subiu e outra só caiu (matando centenas no processo). O mundo dá voltas….

EduardoSP

Quem desistiu da compra foi a Boeing.
A Embraer inclusive está processando a Boeing pelos gastos envolvidos na compra que não foi efetivada.
Se informe antes de opinar.

Nilo

A Boeing desistiu por ter sido denunciada junto a órgão europeu de fiscalização, órgãos de fiscalização brasileira se mobilizaram colocando vasta documentação a disposição dos europeus, tal o nível de dilapidação do patrimônio tecnológico industrial, ao perceber que os europeus não aceitariam formação do negócio a Boeing desistiu do negócio. O diretor de relações com investidores da Embraer, Nelson Krahenbuhl Salgado, aceitou pagar R$ 400 mil dentro de processo aberto por indícios de irregularidades na comunicação do acordo de compra do controle da divisão comercial da fabricante brasileira de aviões pela Boeing informação da Comissão de Valores Mobiliário. Vc Sr.,… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Nilo
Gabriel

matéria do Defesanet (um dos principais portais do Brasil) a respeito
no fim da reportagem, tem link para o dossiê completo

O que a Boeing realmente queria fazer era criminoso, típico de quem vive de lobby e corrupção…

https://www.defesanet.com.br/demb/como-a-embraer-foi-salva-da-destruicao/

Ozires

Matéria cheia de achismos e falácias do Sr Valporto… Muita coisa do que está lá não era bem assim…

Mas de uma forma ou de outra, se ajudou a melar o negócio, ótimo!!!

Nilo

Jornal europeu, aprofundamento de investigação sobre forte suspeitas referente joint venture Embraer Boeing, artigo de 04/10/2019, “….. O acordo já foi aprovado também pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos e aguarda a palavra final dos europeus….”.
Entrou mosca europeia na sopa brasileira.

Ozires

Nilo, não foi isso que impediu o negócio… e sim a desistência da Boeing.

Nilo

O que motivou a desistência da Boeing?
Afinal a órgão de fiscalização europeia não iria aprovar a fusão, não iriam vender aeronaves resultante do negócio na Europa teriam o mercado fechado.
O valor de compra era troco de boteco para Boeing.
Se tivesse comprado seria mais um caso de envolvimento em negócio escuso, para quem já sabia do que estava ocorrendo nas linhas de produção da Boeing, certificações de produto sendo relegado a segundo plano.

Last edited 1 mês atrás by Nilo
Underground

Suposição: os aportes recebidos pela Boeing poderiam impedir novas aquisições.
Sob sigilo: a Boeing alega que a Embraer na cumpriu com o pré acordo.
Minha Suposição: os aportes impediram e muita gente por aqui criou dificuldades.

Underground

Mais uma coisa: a Embraer divulgou fatos relevantes de que o processo que eĺa move contra a Boeing pode dar em nada, ou pior, pode envolver indenização à Boeing. As causas, justificativas, etc, seguem em sigilo.

Gerson Carvalho

A Boeing só desistiu da compra porque os militares forçaram o governo anterior a não autorizar a venda da parte militar, super tucano e kc-390 seriam produzidos por uma nova empresa a ser constituida.

fulcrum

Cara de pau. Cortou os assentos e diz que melhorou o avião. Cortou na carne pra ficar mais leve. Que roubada.

Nilo

Certamente colocou assentos de cortiça na troca rsrsrsr.

FernandoEMB

Onde está escrito isso??

GFC_RJ

Não está.
Os caras nem leram a matéria.

Nilo

Eu li, GFC_RJ, só que minha fonte de informação é a mesma do fulcrum, um Jornal das Organizações Tabajara rsrs

Nilo

Fulcrum onde está a fonte rsrsr

Caerthal

Acho que você não entendeu nem fez muita questão de entender.

fulcrum

Me expressei errado. Não é cortou. É colocou bancos mais enxutos. Dá na mesma pra quem já entendeu. Tá na noticia sim. Vai lá ler. Na aviação não existe almoço gratis tão fácil.

Last edited 1 mês atrás by fulcrum
Fernando EMB

Na notícia não fala nada sobre isso ter a ver com a melhora no desempenho.
Esta melhora veio do aumento do MTOW e do consumo melhor do que o previsto, fruto dos dados de operação.
Cara de pau tem você de desqualificar trabalho sério de engenharia.
E este sistema automático de decolagem é algo inédito e o E2 é o primeiro aviso no mundo a possuir.

Fernando Vieira

O E-2 é certificado para o Santos Dumont? Então a Azul não opera com ele ali porque não quer

Rinaldo Nery

Não opera lá? Não sabia.

Underground

Sim, é certificado. O que a .ateria diz é que a performance para decolagem foi melhorada, permitindo maior alcance.

Rinaldo Nery

Perguntei no grupo da Azul, e responderam que ainda não opera no SDU. Não sei a razão.

Underground

Em 11.04.23, um E2 prefixo PJN efetuou o primeiro voo comercial no Santos Dumont.

Franz A. Neeracher

A AD ainda não certificou o E2 para operar no SDU.

Mas a idéia é retirar o A320 e introduzir o E2 em breve.

Rinaldo Nery

Operei muito no SDU com o 320.

Underground
Franz A. Neeracher

Foi um vôo de “apresentação” da aeronave!

Caerthal

É perto da minha casa e vejo muito o 195E1. Acho que eles por enquanto estão reservando os E2 para distâncias maiores, onde ele é muito eficiente. Irão fazer a transição assim que receberem mais E2.

Fabio

O E2 consegue fazer rotas transoceânicas, da América para a Europa, ou só o A220 pra cima são certificados para essas rotas ?

Last edited 1 mês atrás by Fabio
Rinaldo Nery

Pra fazer rota transoceanica tem que ter certificação ETOPS. Acho que tem.

Franz A. Neeracher

O 190E2 e o 195E2 são certificados ETOPS-120.

O problema é que não é economicamente viável esse tipo de operação para os A220 como para os E2.

Filipe Prestes

A Breeze do Neelemann quer inaugurar uma rota de FLD – LHR. Dizem que é possível dado o alcance

Franz A. Neeracher

Vc quis dizer Fort Lauderdale??
O código é FLL….FLD é de um pequeno aeroporto no interior dos EUA.

A Breeze possui o Embraer E1.

Não tem capacidade para um vôo desse…..e nem seria rentável!

Vc teria um link dessa informação?

Rodolfo

O gap entre o alcance do E2 195 e o A220-100 diminuiu mas ainda é 450 milhas nauticas a favor do aviao da Airbus. Mas isso ja ajuda ainda mais com a diferença de preço se for mantida a mesma, mais operadoras irao preferir o 195e2 ao A220-100.

Nilo

E195-E2, pode acomoda até 144 assentos em alta densidade.
A220-100 – 110passageiros.
A220-300 – 135 passageiros.
Bom demais rsr

Rodolfo

O 220-100 pode ate 130 passageiros e o 300 ate 160.
O modelo 300 compete com o 319 neo e o Max7. Com os problemas da Boeing, a demanda por esse modelo vai continuar alta. Ainda é arriscado a Embraer pular nesse segmento pois será inevitável a Boeing partir pra um projeto novo pra substituir o Max.

Caerthal

Informação errada. O 220-100 leva menos passageiros, mais ou menos igual ao 195E1. Já o 300 pode levar um pouco mais que 150 na condição de alta densidade.

Rodolfo

Do site da Airbus:

As the smallest jetliner in Airbus’ commercial aircraft product line, the A220-100, was built from the ground up to serve the 100-135 seat market with unbeatable efficiency and comfort. With broad seats, plenty of overhead storage space and large windows, this is a single-aisle aircraft that feels like a widebody jet.

https://aircraft.airbus.com/en/aircraft/a220/a220-100

Caerthal

Para você ter uma ideia, de acordo com a configuração o 195E2 de 120 (3 classes) até 146 passageiros (classe única 28″).

Aéreo

Tem que comparar banana com banana. O A220-300 com a mesma distância entre assentos leva mais gente. Ele é um avião um pouco maior que o EJ-195E2. Não estou dizendo que é melhor ou pior, apenas que é maior.

Nilo

Correto

RenanZ

Vai depender do interesse do operador.

Uma empresa situada no meio da Europa tem milhares de destinos rentáveis por perto, portanto capacidade de assentos é o mais importante.

Se for uma empresa situada no meio do Pacífico por exemplo, a autonomia será fator decisivo

JuggerBR

E a solução achada pro E-175E2 é fazer um enxerto das tecnologias no E1 e seguir vendendo… Um E175E1,5

Rodolfo

A Embraer interrompeu o desenvolvimento do E170-175 E2.

Fabio

Sim, aparentemente não tem como baixar o peso dos motores novos do 175-E2 para se enquadrarem no mercado do 175-E1 que nada de braçada nos EUA nesse segmento, esse foi o problema desse novo produto, contavam com a flexibilidade da legislação do país e no final a regra de peso da aeronave para rotas curtas se manteve e o E2 é pouca coisa acima.

Last edited 1 mês atrás by Fabio
Marcelo Martins

E tem gente que até hoje critica a privatização da Embraer, que não aceita isso! Nunca que a Embraer teria o sucesso que tem hoje se tive continuado como estatal.

Marcelo Martins

*se tivesse continuado como estatal.

Fabio

Como estatal ela não iria ter foco comercial mais agressivo para se guiar, sobreviver e crescer, o foco seria cabides e mais cabides de emprego com estabilidade garantida sem ter que produzir muito.

Last edited 1 mês atrás by Fabio