Novo governo do Reino Unido adia decisão sobre Programa de Caças GCAP para Revisão de Defesa
O novo governo trabalhista do Reino Unido decidiu não fazer um compromisso firme a longo prazo com o Programa Global de Caças de Combate de próxima geração (GCAP), citando preocupações sobre influenciar a recém-lançada Revisão Estratégica de Defesa (SDR). Durante a Conferência Global dos Chefes da Força Aérea, o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, Luke Pollard, enfatizou a importância do programa, mas destacou que não é apropriado antecipar as decisões da revisão estratégica.
A SDR, formalmente comissionada pelo líder trabalhista Keir Starmer, visa delinear as prioridades estratégicas do Reino Unido, mudanças de aquisição e reformas de contratação, com previsão de entrega na primeira metade de 2025. No entanto, a reticência trabalhista em discutir o GCAP contrasta com seu apoio público ao AUKUS, que desenvolverá submarinos nucleares para a Austrália.
A sustentabilidade econômica do GCAP tem sido questionada, especialmente após a Força Aérea dos EUA reconsiderar o futuro de seu próprio esforço de Dominância Aérea de Próxima Geração (NGAD). Alguns analistas e líderes europeus preveem uma possível guerra com a Rússia nos próximos três a cinco anos, o que poderia impactar significativamente o GCAP.
Justin Bronk, do Royal United Services Institute, afirmou que o GCAP seria impossível em caso de guerra na Europa nos próximos cinco anos devido ao colapso da economia global. Ele destacou que a Força Aérea dos EUA já enfrenta dificuldades financeiras com o NGAD, e isso deve ser um sinal de alerta para a Europa.
Outros analistas são menos céticos sobre o impacto potencial do cancelamento do NGAD no GCAP, observando que os dois projetos têm orçamentos muito diferentes. Pollard reforçou a necessidade de capacidades de ponta e a importância de trabalhar com parceiros internacionais para adquirir sistemas de alta tecnologia de maneira eficaz em termos de custo.
Um porta-voz sênior da RAF, que pediu anonimato, não se surpreendeu com a posição de Pollard devido ao grande investimento envolvido. Ele observou que o investimento no GCAP nos próximos 10 anos seria cerca de um quarto do plano de aquisição de equipamentos do Exército.
O governo conservador anterior havia comprometido £2 bilhões no GCAP até 2025 e um total de £12 bilhões. Ainda não está claro se os trabalhistas manterão esse nível de financiamento. A RAF precisa de uma substituição para o Eurofighter Typhoon antes de 2037 e, enquanto isso, priorizará sistemas autônomos, manufatura digital e tecnologias de ambiente sintético.
O GCAP, lançado em dezembro de 2022, visa substituir os Eurofighter Typhoons italianos e os F-2 japoneses. O projeto principal do GCAP será capaz de voar com plataformas tipo wingman leal ou adjunta, equipado com sensores avançados, armas de ponta e sistemas de dados inovadores, conforme o Ministério da Defesa do Reino Unido.
FONTE: Breaking Defense
Sempre os trabalhistas postergando projetos estratégicos de defesa.
Nunca muda.
E os britânicos os colocaram lá ao ponto de ocuparem 70% do parlamento. Talvez a população não queira esse gasto, e sim melhorar de vida, não é? Os caras tem Eurofighter, F35, armas nucleares, e o escambau.
Talvez o povo pense: “precisa mais? Enquanto nós pagamos 1800 libras para alugar um AP de 20 m2 no subúrbio de Londres? E nossa qualidade de vida piorou.”
Eu acho que eles vão seguir com projeto, mas com parcimônia, sem oba oba. É de pensar nisso, não é?
Poisé… mas, de acordo com esse raciocínio, se ficarem prestando atenção excessiva ao “wellfare state”, a guerra capaz de acabar com a sua civilização está batendo às portas.
A guerra que vai acabar com a civilização é nuclear, esse caça de 6a seria inutil. O melhor é nao fazer guerra nuclear. Sai mais barato e ninguem morre.
Sim, foi o governo trabalhista daqui que entregou a Embraer pra Boeing, cortou pedidos do KC-390…
Os “tories” gastaram rios de dinheiro no Bomba-35, dá um tempo, os britânicos querem outras prioridades no governo.
“Alguns analistas e líderes europeus preveem uma possível guerra com a Rússia nos próximos três a cinco anos, o que poderia impactar significativamente o GCAP.”
Vish, devem ser análises desses “professores” e “cientistas políticos”, especialistas em “geopolítica”, que se multiplicaram na internet, principalmente no YouTube.
Se vai ter guerra com a Rússia, melhor comprarem peças de artilharia (na guerra convencional) e nukes..
Nao, acho que realmente as forças americanas estao pensando no conflito com a China por Taiwan inevitável. O Xi quer reconquistar a regiao e ta no seu 3o mandato, uma hora ele vai querer avançar no territorio antes de se aposentar (ou ser forçado a se aposentar).
Cria de F22 com F35 com asa delta. É sempre uma cópia dos Lockheed mesmo.
Caça stealth de alta performance termina com o mesmo desenho, nao tem como reiventar a roda. KF21, KAAN, J20, programa de 6a franco alemao. So o NGAD sem estabilizador vertical talvez seja (fosse) diferente.
Em se tratando de UK, provavelmente irão comprar mais F-35 no curto médio/prazo e depois o NGAD da USAF (se for disponibilizado, F-22 não foi).
Os britanicos so operam F35B nos PA. Esse aviao substituiria o Eurofighter na defesa do territorio. E depois do fiasco que tem sido integrar os seus proprios misseis no F35B, acho que os Britanicos preferem nao depender da Lockheed e ter uma plataforma domestica com 100% de controle.
A logica é que o CGAP ainda nao é necessario, os Britanicos vao receber tranche 3 dos Eurofighters novos com um radar AESA feito pela Leonardo que é uma evolução do Raven do Gripen E.
Para quem vende a imagem de que são líderes do projeto, pular fora quando o projeto vai iniciar vai ficar bem feio…
Enquanto o governo do Reino Unido não abre a carteira, os japoneses já investiram mais de US$3 Biliões no projeto, e já tem vários contratos assinados com várias empresas para tocar o projeto com ou sem os ingleses.
Se os ingleses pularem fora, acho que os japoneses vão convidar os suecos ou alemaes.