Farnborough, Reino Unido, 21 de julho de 2024 – As três nações do Global Combat Air Programme (GCAP) – Reino Unido, Itália e Japão – revelaram um novo modelo conceitual de sua aeronave de combate de próxima geração no Farnborough International Airshow.

Exibindo juntos no show pela primeira vez, os três parceiros governamentais do GCAP e seus principais parceiros industriais BAE Systems (Reino Unido), Leonardo (Itália) e Mitsubishi Heavy Industries (Japão) vão mostrar os avanços significativos que estão fazendo para progredir na entrega de uma aeronave de combate verdadeiramente de próxima geração.

O novo modelo conceitual em exibição no Hall 5 apresenta um design muito mais evoluído, com uma envergadura maior do que os conceitos anteriores para melhorar a aerodinâmica da futura aeronave de combate.

Engenheiros de toda a BAE Systems, Leonardo e Mitsubishi Heavy Industries estão trabalhando juntos sob um acordo de colaboração no design e desenvolvimento da futura aeronave de combate, utilizando uma gama de ferramentas e técnicas digitais inovadoras, incluindo modelagem baseada em computador e realidade virtual para evoluir o design da aeronave durante sua fase de concepção.

Herman Claesen, Diretor Executivo de Sistemas de Combate Aéreo do Futuro da BAE Systems, disse:

“Nos 18 meses desde o lançamento do Global Combat Air Programme, temos trabalhado de perto com nossos parceiros industriais na Itália e no Japão sob o acordo de colaboração, e também com os três governos, para entender e alinhar os requisitos para uma aeronave de combate de próxima geração.

“O novo modelo, revelado no Farnborough International Airshow, mostra um progresso notável no design e concepção deste futuro caça. Continuaremos a testar e evoluir o design à medida que avançamos para a próxima fase do programa.”

Guglielmo Maviglia, Diretor Chefe do Global Combat Air Programme da Leonardo, disse:

“O ritmo do programa é extraordinário, construído sobre uma base sólida e um legado industrial em cada país e parceria liderada pelo governo. Desde que o tratado foi assinado em dezembro de 2023, o programa tem visto um forte compromisso de cada parceiro. Cada um traz qualidades e requisitos diferentes, mas complementares. Estamos agora trabalhando juntos para trocar conhecimentos, enfrentar desafios comuns e alcançar objetivos comuns. O programa é imensamente importante para a Itália, para a Leonardo, incluindo nossos negócios baseados no Reino Unido, e para a indústria italiana em geral. O GCAP representa o futuro do combate aéreo em uma perspectiva de Sistema de Sistemas para as nossas gerações futuras.”

Hitoshi Shiraishi, Pesquisador Sênior do GCAP da Mitsubishi Heavy Industries, Ltd, disse:

“A MHI considera qualquer projeto uma oportunidade valiosa para aprofundar nosso conhecimento. Em particular, como o GCAP é um programa de desenvolvimento conjunto de três países – Japão, Reino Unido e Itália – esperamos obter melhores resultados e conhecimentos mais profundos do que nunca, combinando as diferentes culturas, experiências e conhecimentos das três indústrias envolvidas.

“Também espero que este programa GCAP, com a ampla participação das empresas de defesa do Japão, promova a inovação no setor industrial do país, como a transformação digital, bem como o desenvolvimento de recursos humanos no campo da ciência e tecnologia.”

A aeronave de combate, que deve entrar em serviço em 2035, será um dos caças mais avançados, interoperáveis, adaptáveis e conectados em serviço, contando com um sistema de armas inteligente, um cockpit interativo baseado em software, sensores integrados e um poderoso radar de próxima geração capaz de fornecer 10.000 vezes mais dados do que os sistemas atuais, dando-lhe uma vantagem decisiva em combate.

O GCAP é uma parceria estrategicamente importante, reunindo os governos do Reino Unido, Itália e Japão, e suas respectivas indústrias, para colaborar em objetivos militares e industriais compartilhados na entrega de uma capacidade de combate aéreo de próxima geração.

O programa é de enorme importância para a segurança, prosperidade política e econômica de cada nação e, através da transferência efetiva de conhecimento e tecnologia, ajudará a evoluir e entregar uma importante capacidade soberana de combate aéreo em cada nação, para as gerações futuras.

O GCAP deve empregar dezenas de milhares de pessoas qualificadas no Reino Unido, Itália e Japão, desenvolvendo habilidades industriais e tecnologias para o futuro.

DIVULGAÇÃO: BAE Systems

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Ozawa

“A aeronave de combate, que deve entrar em serviço em 2035, será um dos caças mais avançados, interoperáveis, adaptáveis e conectados em serviço…”

E também um dos mais feios, sem estilo e sem graça.

Ou, para alguns, na esteira do debate estético do post anterior, apenas com uma beleza furtiva…

Iran

Parece um caça genérico de jogos de guerra futurista. Mas o conceito é guerra em estado da arte, isso não tem como negar.

Marcelo

Pode esquecer esse projeto,o F-35 serviu para mostrar que precisou de varios países financiando o desenvolvimento do F-35 para no final o preço unitário depois de 500 unidades vendidas ser um preço fora da realidade de varios paises de primeiro mundo .
Voce imagina cada país comprar so 60 unidades cada 60 ×3=180 unidade.
O valor unitarios sera inviável.

Iran

Bulgarian Military soltou uma matéria dizendo que o Reino Unido quer repensar o projeto, ou até mesmo adia-lo porque chegaram na conclusão que cada unidade do GCAP irá custar entre 200-300 milhões de dólares, se os britânicos não conseguem sustentar algo assim imagine os italianos.

Rodolfo

Bem, o NGAD americano (pelo menos o componente tripulado) também ja subiu o telhado.
Existe o rumor de que as forças armadas ocidentais estao se preparando para uma guerra nos proximos anos com China e Russia, investir em caça de 6a geraçao que vai ficar pronto daqui 10-15 anos fica menos prioritario nesse ambiente.

Rodolfo

O custo do NGAD projetado seria esse também, ao redor se 300 milhoes por aviao, e sabendo como o Pentagono erra pra baixo suas estimativas poderia terminar ainda mais caro.
Se realmente esses avioes nao forem pra frente mas as opções nao tripuladas seguirem o desenvolvimento, pode ser realmente o começo do fim da aviaçao de caça tripulada.

Regis

Humm, confirmando esses altos custos, melhor esquecer esta história de caça 6G e investir em drones supersônicos furtivos.

Cerberosph

E a esse custo vão fabricar 1 caça, supostamente ótimo, enquanto a China vai fazer 10 caças realisticamente bom. Melhor esquecer a ideia.

Iran

Levando em conta que o projeto do GCAP terá 2/3 dele sendo capitaniado por países da Europa Ocidental, o maior objetivo estratégico dele é manter superioridade tecnológica contra a Rússia, e sendo sincero, o F-35 já dá essa capacidade mesmo pensando num futuro de 10-20 anos. Eu penso que seria mais interessante para o Japão o NGAD dos EUA, que terá como foco um enfrentamento contra a China.

Rodolfo

Tomara que esse programa avance e dentro do orçamento. Seria bom uma alternativa stealth ao F35 no ocidente que possa ser exportada. Confio mais nesse programa que no Franco-Alemao.
Se a Suecia nao tivesse pulado fora, talvez o Brasil tambem poderia ter entrado como parceiro.

LIJ

Pois é, gostaria de ver a Embraer junto à um projeto de 6° geração, Boeing e Airbus estão e esse é só mais um ponto em que ela fica atrás.

Iran

Não temos dinheiro nem para entrar num projeto de quinta geração

Daniel

Talvez ainda possa. A questão é o dinheiro para investir. Se a FAB não tem dinheiro nem para comprar Gripens, imagine se teria dinheiro para investir em um projeto desses.

Rodolfo

Deve ser muito caro, só pra desenvolver deve ser uns 20 bi de dolares, uma fatia menor no projeto nao sairia por menos que 10%.

C G

Parece um 5g++, é obvio que computadores e eletronicos em geral daqui a decadas serão muito mais poderosos!

Bispo de Guerra
Last edited 3 meses atrás by Bispo de Guerra
Carlos Campos

Bem feinho, mas enorme, pelo visto o avião vai ter dois motores, um europeu e outro japonês, bom para manter o conhecimento de ponta, ruim para o custo, pois fica com pouca escala,

Dudu

Cientes do fracasso que foi o Eurofigther, Alemanha e Espanha pularam fora dessa canoa furada e aderiram ao SCAF. Eu no lugar da França, delegaria aos alemães o fornecimento de parafusos e aos espanhóis, o fornecimento das porcas do SCAF. O resto continuaria fazendo tudo só. Assim o financiamento do desenvolvimento seria tripartido e os sócios, assumiram o compromisso de comprar uma quantidade mínima ( 200) de avioes por cada um.

Last edited 3 meses atrás by Dudu
Carlos Campos

Da pra ver que você um grande estrategista empresarial

AVISO DOS EDITORES: DEBATA OS ARGUMENTOS SEM PROVOCAÇÕES PESSOAIS.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Dudu

Parece um mini Vulcan de 5° geração.

Leonardo Bastos

Kkkkkk…

Marcelo M

A guerra da Ucrânia tem mostrado a relevância do custo do material bélico, especialmente em uma situação de combate prolongado. Dispositivos improvisados e de baixo custo, ainda que menos efetivos, têm se mostrado mais efetivos pela facilidade de produção e pela natureza limitada dos recursos disponíveis por ambos os lados. Caças furtivos cada vez mais caros seguem uma tendência totalmente oposta. Não poderão ser combatidos por centenas ou milhares de drones baratos, em enxame, e orientados por inteligência artificial?

Luis H

quase certamente, de série, talvez venha a ser opcional neste modelo no futuro

Groosp

Acho estranho os 6ª gen serem monopostos já que a idéia é eles serem em pequeno número e controlarem pelo menos 4 drones de combate. Treinamento com simuladores mostraram que é possível um F-22 controlar drones de forma efetiva mas parece contra intuitivo. Pode ser um outro tripulante acrescente mais pontos negativos. Talvez seja por causa da falta de candidatos a pilotos e WSO.

Fernando "Nunão" De Martini

Biposto aumenta a taxa de indiscrição por conta da cabine maior.