Centro de Lançamento de Alcântara

Na ocasião, a empresa INNOSPACE indicou a intenção de uso de três dos quatro períodos então disponibilizados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial para operações privadas

No dia 28/06, foi realizada a Reunião Anual de Distribuição de Períodos para lançamentos espaciais no Complexo Espacial Brasileiro (CEBRA) para o ano de 2025. O evento, previsto em ato normativo do Comando da Aeronáutica (COMAER), foi conduzido pela Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE) e contou com a presença de representantes do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e da empresa INNOSPACE, Operadora de Lançamento privada, que possui contrato assinado junto ao COMAER, que entregou todos os documentos necessários para a emissão da Autorização de Lançamento à Agência Espacial Brasileira (AEB).

Nessa reunião, a empresa INNOSPACE indicou a intenção de uso de três dos quatro períodos então disponibilizados pelo DCTA para operações privadas. A partir de agora, serão iniciadas as tratativas para elaborar o Acordo Operacional entre o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e o Operador de Lançamento, documento que descreve a distribuição de competências e o planejamento das atividades de cooperação entre as partes, para que o primeiro lançamento orbital de um satélite brasileiro a partir do território nacional seja realizado.

“A garantia de um Período de Operação é de extrema importância para as empresas poderem planejar e negociar os seus serviços para potenciais clientes. Da mesma forma, é importante para a organização das atividades pelas equipes do DCTA envolvidas. Ademais, vale ressaltar que ainda temos a expectativa de distribuir mais períodos para 2025, em uma próxima reunião no segundo semestre de 2024”, divulgou o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

A Força Aérea Brasileira (FAB) tem fomentado as atividades de preparo e lançamento de veículos espaciais privados, maximizando processos para a prestação de serviços e utilização dos bens disponíveis no CEBRA, tornando as atividades espaciais menos dependentes do orçamento da União, além de melhoria na capacitação dos recursos humanos.

“As iniciativas de disponibilização de bens e serviços para lançamentos de veículos espaciais privados a partir do território nacional buscam atender às necessidades de Acesso ao Espaço, previstas no Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). Por meio dos contratos firmados, estamos aprimorando a capacidade operacional do Centro de Lançamento de Alcântara e implantando novas infraestruturas e novos equipamentos de ponta, fornecidos pelas empresas como forma de benefícios à União”, explicou o Presidente Interino da CCISE, Coronel Aviador Erivando Pereira Souza.

Além disso, o Coronel Erivando destacou que, mesmo sendo de interesse estratégico para a Defesa, a característica dual deste Programa possibilita o fomento de diversos fornecedores nacionais, tanto para a implantação de infraestrutura espacial quanto para a cadeia logística de suprimentos, gerando recursos para o Estado do Maranhão e para o país, que excedem em várias vezes o custo do lançamento.

FONTE: Força Aérea Brasileira

Subscribe
Notify of
guest

44 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Fabio

Tem que aproveitar enquanto não cobram taxa por lançamento kkkk

Tomcat

AEB é aquela estatal composta por sete funcionários, onde um é datilógrafo? 😆

Last edited 1 mês atrás by Tomcat
Abner

Tem um grande potencial, pena que não é aproveitado e utilizado em seu pleno potencial.

Rodolfo

O potencial morreu no dia que a SpaceX conseguiu pousar o primeiro estagio do Falcon9. Nao existe mais vantagem economica nenhuma lançar proximo do equador. A ESA vai manter os lançamentos da Guiana e o desenvolvimento do Arianne 6 por soberania, mas as proprias empresas privadas europeias estao contratando a SpaceX pois o custo de lançamento é muito menor. Esse ano a Spacex vai bater em 140 lançamentos.

Marcelo

Quem possui o conhecimento e tecnologia de foguete básico vai continuar lançando seus satélites mesmo com um custo maior.
Soberania não tem preço,tem vários países que usa tecnologia da década de 60 e 70 em seus foguetes ate hoje e nao irão abrir mão dela so por causa da modernidade se a tecnologia antiga dominada pelo pais atinge o objetivo que é colocar o satelite em orbita ou levar a ogiva nuclear ao espaço para a reentrada.

Rodolfo

Eu concordo, soberania é o mais importante fator para ter um programa espacial de estado.
Até Israel que pode contar com lançamentos nos EUA tem o seu lançador Shavit que a cada alguns anos lança um novo satelite espiao no espaço.
Agora quanto a Alcantara ainda ter potencial eu discordo, o atraso no acordo de salvaguarda que era pra ter sido assinado nos anos 90 e o surgimento da SpaceX matou as chances economicas de alcantara.

Demolidor

Discordo de vc, a base de Alcântara devido a economia de combustível é uma ótima opção, se a Space X lançasse seus foguetes de Alcântara eles conseguiram uma redução maior ainda em seu custo.

Rodolfo

Vamos la A spacex monta o Falcon 9 na california Este é transportado de carreta ate Cape Canaveral cruzando o país por terra. Cada foguete custa 50 milhoes de dolares e 200 mil pra abastecer, o que é feito com combustível refrigerado minutos antes do lançamento… o que é mais complexo e requer uma estrutura especial ja pronta na Florida. O primeiro estagio retorna e é reprocessado em pela SpaceX numa facility em Cape Canaveral ate ser aposentado depois do 10o e ultimo voo. Se fosse lançado de Alcantara, o foguete seria transportado de barco da California, passaria pelo Panama… Read more »

Rodolfo

Fora que a SpaceX tendo como seu maior cliente o governo americano jamais seria autorizada a lançar foguete com tecnologia reutilizavel fora do territorio americano.

Rodolfo

https://youtu.be/esANf1V_-T8?si=Ce4XZaS8wfflpIue

Falcon 9 sendo transpirtado de carreta.

So o frete do Navio California Maranhao deve ser muito mais caro que qualquer economia de combustível .

Demolidor

Discordo de vc novamente, a Base de Alcântara é extremamente atrativa pela economia de combustível, tanto que a Innospace é da Coreia e traz seus foguetes até o Brasil para lançar aqui.

Last edited 1 mês atrás by Demolidor
Rodolfo

E a Innospace tambem ja esta assinando contratos com sites na Europa e Australia. O lançador deles é pequeno e realmente para eles a ajuda da vel de rotacao maior ajuda. Mas na verdade nao existe economia de combustivel, vc precisa entender isso. Nao se poe meio tanque de combustivel no foguete so pq se consome menos pra se chegar em orbita. A vantagem do menor consumo permitiria uma carga maior, essa é a real vantagem, e no caso de um foguete maior ratear o custo entre mais de um cliente. Isso fazia muita diferença quando o foguete era descartavel… Read more »

Demolidor

Um foguete pode ter um custo reduzido mesmo sem ser reutilizável, o Ariane 6 não será reutilizável e o custo por lançamento dele será menor que o Ariane 5.
A ideia da Space X de construir um foguete reutilizável foi bom para a realidade norte americana e também pela localização das base de lançamentos deles, mas outras empresas e países já estão desenvolvendo foguetes com custos menores que Falcon 9 e que não são reutilizáveis.

Rodolfo

O custo do Ariane 6 por lancamento vai ser de 80 milhoes de dolares por lançamento, metade do Ariane 5, mas ainda precisariam cortar muito pra competir com o Falcon 9.
As empresas como Rocket Lab e Innospace vao ter que correr com seus foguetes pois a cadencia de lançamentos da SpaceX só cresce, 100 ano passado, 140 esse ano, daqui menos de uma decada lançamento diario.

Nilo

Motivo de piada, o Programa Espacial Brasileiro sofre retrocesso a 21 anos a ser completado em agosto deste Ano quando, infelizmente 21 entre técnicos e especialistas morreram, governo a direita, a esquerda todos fazem questão de esquecer, nada de prestar homenagem, em país sério seriam heróis.
Hoje o M. Da defesa comemora a possibilidade de estar fora de cortes orçamentários, quando quando 2014 orçamento médio discricionária era 17 bi (reais) hoje 11 bi (reais).
https://www1.folha.uol.com.br/blogs/brasilia-hoje/2024/07/estou-otimista-defesa-nao-aguenta-mais-corte-diz-mucio-apos-reuniao-com-haddad.shtml

Last edited 1 mês atrás by Nilo
Nilton L Junior

Voto com o relator.

Rodolfo

Tem estudante nas escolas de engenharia hoje que nasceram depois desse acidente, um estado interessado em recuperar as perdas humanas já teria mais que tempo pra ter formado uma geraçao nova de engenheiros aerospaciais competentes na area de propulsão.

francisco

O presidemente à época prometeu que até o fim de seu governo lançaria um satélite. Já fazem 20 anos e nada.

Iran

Vi um colega comentando aqui que a venda de 49% da Avibrás para a Norinco poderia fomentar o desenvolvimento de foguetes espaciais para o programa espacial brasileiro, alguém poderia dizer se isso tem alguma base?

Seria ótimo se fosse real

Nilo

Meu caro faço uma pergunta, a China virou remédio para as moléstias do Brasil?, só que ausente de uma politica de Estado, o voo é de galinha, é tão passageiro como os governos que se acham eternos.

Last edited 1 mês atrás by Nilo
Rodolfo

Dificil acreditar nessa, tecnologia espacial nao é compartilhada assim facilmente, a nao ser por um preço muito alto.

Marcelo

Deixamos de comprar o míssil scud e fazer engenharia reversa e produzir localmente o míssil nacionalizado por pressão americana e perdemos o pulo do gato igual vários paises fizeram.
Ainda está a tempo de adquiri o missil no mercado negro em vez de gastar milhões para reinventar a roda.
https://br.rbth.com/ciencia/2014/07/21/scud_um_missil_destinado_a_clonagem_universal_26511

Aroldo@gmail.com

O q vai nos impulsionar é produçao em serie do S50 e o seu carregamento com produtos desenvolvidos e fabricados no Brasil. Resina e percloratos brasileiros. Independencia Já!

Marcelo
Aroldo@gmail.com

Nao precisa. Produto desenvolvido. Só haver investidor brasileiro competente.

Emmanuel

Próximo lançamento será o do orçamento da defesa com destino ao espaço sideral. O dinheirinho dos militares deverá entrar, novamente, na próxima tesourada do governo federal.

O último que sair apague a luz.

Snake
Fabio

Foi só uma reunião

“…Não perguntei ao Haddad se vamos ser cortados ou não [neste ano], mas fiz questão de mostrar a ele nossa realidade para sermos merecedores de julgamento justo. Estou otimista”

Tenho certeza de que conseguiu comover nosso ministro Taxad que cortou sem dó educação e saúde kkkkk

Emmanuel

Deixa ele, coitado.
Eu até ia responder mas depois percebi que a postagem é da foice de São Paulo.
E como você disse, se nem saúde e educação estão se salvando, imagina defesa.
Kkkkkkkkk

Sulamericano

Nisso o ministro Mucio tem razão, o orçamento das FFAA não aguenta mais um corte.

Até porque, mais de 80% do orçamento é destinado pra pagar salários e pensões.

Mais um corte no orçamento e vamos ter uma FFAA que só vai servir pra desfilar no 7 de setembro.

Emmanuel

Mas é isso que o grupo que está no poder quer.

eliton

Se me permitem fazer um copia e cola, segue um pequeno texto escrito pelo Pedro Pallota do canal space orbit, um dos maiores divulgadores da exploração espacial no pais. “Agora para você ter uma empresa na área espacial será necessário obter uma licença de operador (o que é totalmente diferente de uma licença para um lançamento, por exemplo). As autoridades terão acesso livre as instalações das empresas e poderão, a qualquer momento, cancelar ou alterar as licenças em caso de descumprimento de obrigações, ameaça a segurança nacional ou violação de compromissos internacionais. Leia-se: Se alguma empresa fizer algo que não… Read more »

Rodolfo

Essa estatal pode ate abrir, nao vai dar nenhum dinheiro. Se a Innospace falir basicamente nao tem nenhuma outra empresa interessada.

Nilo

Quem diria, os militares, com dificuldade de alugar o Brasil, digo, Alcântara.

eliton

Ai que esta, eles não estão preocupados se vai dar dinheiro ou não, o que os funcionários públicos de farda querem é mamatinha, acredito que se nenhuma empresa estiver interessada é ate melhor, o deles vai continuar caindo na conta e não vão se estressar com nada.

Rinaldo Nery

Bem canalha esse seu comentário.

Tallguiese

Como diz Sérgio Sérgio sacani, #esquece Alcântara!

Dudu

” descreve a distribuição de competências e o planejamento das atividades de cooperação entre as partes, para que o primeiro lançamento orbital de um satélite brasileiro a partir do território nacional seja realizado.” Isso não me cheira bem. Por que é que é os sul-coreanos vem de tão longe para lancar satélites aqui? Durante a década de 1990, o governo de um certo País aí propôs que o Brasil lançasse satélites a partir de foguetes transportados de avioes e nos convidou para fazer parte de uma estação espacial Internacional, da qual contribuiriamos com um módulo. O real interesse dessas cortesias,… Read more »

Rui Mendes

Então quem haveria de pagar, para o módulo Brasileiro???

Rodolfo

Nos anos 90 o orçamento da ISRA era 10 vezes maior que a AEB, hoje entao nem se compara ja que o indiano só sobe e o da AEB o contrário.
A culpa é no fim doméstica. Quem tem interesse consegue, até o Irã sob sanções conseguiu.

Renato

Fizeram tanta algazarra…uiii base de Alcântara é nooosaaa, uiiii o bicho papão dos EUA querem tomar a base de Alcântaraaaa!!!…E Como está hoje?! Abandonada!!!! Votaram lei para flexibilizar uso estrangeiro…quem se interessou?! Ninguém!!! Virou a bela mulher que se fez de muito difícil e ficou coroa velha… agora não interessa a mais ninguém!!!

Rodolfo

Se o acordo de salvaguardas tivesse sido assinado nos fim dos anos 90, talvez a ULA tivesse tido interesse em lançar de Alcantara. Naquela época quando o Arianne 5 da Guiana estava rapidamente tomando o mercado faria sentido. O lançamento proximo do equador permitiria lançar mais satelites por cada foguete visto a menor necessidade de combustível por Kg de carga para se chegar em orbita. Isso acabou, os satelites sao menores, os foguetes tem capacidade de sobra e o primeiro estagio do Falcon 9 que custa ~ 50 milhoes de dolares retorna e pode ser usado umas 10 vezes antes… Read more »

Diego Tarses Cardoso

Três é pouco mas é melhor que nada. Pena que não temos lançamentos este ano.

Aéreo

Para quem tem mais interesse em saber como as coisas funcionam em Alcântara e no Programa Espacial Brasileiro, recomendo o blog do professor Dr. Waldemar Castro Leite Filho, pesquisador reconhecimento internacionalmente e servidor aposentado recentemente pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), onde atuava como gerente do Projeto SIA (Sistemas Inerciais para Aplicação Aeroespacial).
Foi o Prof. Waldemar que foi até a Rússia em meados da década de 1990 buscar o INS do VLS. 
  
Dois posts do blog que eu particularmente acho interessante.

https://memo-pesquisador.blogspot.com/2023/07/homem-de-confianca.html
https://memo-pesquisador.blogspot.com/2023/10/nero.html