Os programas de caças J-10 da China e LCA Tejas da Índia representam os esforços de ambos os países para desenvolver aeronaves de combate modernas e autossuficientes, com capacidades comparáveis às de caças ocidentais. A seguir, uma comparação resumida entre esses dois programas:

Chengdu J-10 (China)

Protótipo do J-10
  1. Desenvolvimento e Primeiro Voo:
    • O desenvolvimento do Chengdu J-10 começou na década de 1980 com o objetivo de criar um caça multifuncional capaz de substituir os caças J-7 e Q-5 da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF).
    • O primeiro voo do J-10 ocorreu em 23 de março de 1998.
  2. Design e Capacidades:
    • O J-10 é um caça monomotor com uma configuração de asa delta e canard, o que proporciona alta manobrabilidade.
    • É equipado com sistemas avançados de aviônicos e pode transportar uma variedade de armamentos, incluindo mísseis ar-ar, ar-solo e bombas guiadas.
    • As versões mais recentes, como o J-10B e J-10C, incluem melhorias como radar AESA (Active Electronically Scanned Array).
    • Tem um comprimento de aproximadamente 16,9 metros, uma envergadura de cerca de 9,75 metros e uma altura de aproximadamente 5,7 metros. O peso vazio é de cerca de 9.750 kg, e o peso máximo de decolagem é de 19.227 kg.
    • O alcance da aeronave é de aproximadamente 1.850 km sem tanques externos, e o teto de serviço é de cerca de 18.000 metros (59.000 pés) e a velocidade máxima de Mach 1.8. A capacidade de carga bélica é de até 6.000 kg, distribuída em 11 pontos duros (seis sob as asas e cinco sob a fuselagem). É equipado com motores turbofan, Shenyang WS-10A ou Saturn AL-31FN, que fornecem um empuxo de aproximadamente 123 kN com pós-combustor, variando conforme a versão do motor.
  3. Produção e Operação:
    • Estima-se que mais de 600 unidades do J-10 tenham sido produzidas desde sua introdução no serviço ativo em 2005.
    • O J-10 é operado pela Força Aérea e pela Marinha da China e foi exportado para o Paquistão.

HAL Tejas (Índia)

  1. Desenvolvimento e Primeiro Voo:
    • O programa Light Combat Aircraft (LCA) Tejas foi iniciado na década de 1980 pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL) para substituir os caças MiG-21 da Força Aérea Indiana.
    • O primeiro voo do Tejas ocorreu em 4 de janeiro de 2001.
  2. Design e Capacidades:
    • O Tejas é um caça leve, monomotor, com uma configuração de asa delta, projetado para ser altamente manobrável.
    • É equipado com sistemas de aviônicos modernos, incluindo um radar multimodo, sistemas de controle de voo fly-by-wire, e pode transportar mísseis ar-ar, ar-solo, bombas e outros armamentos.
    • A versão atual, Tejas Mk1, está sendo melhorada para a variante Tejas Mk1A, que inclui atualizações como radar AESA, capacidade de reabastecimento em voo e sistemas de guerra eletrônica.
    • Tem um comprimento de 13,2 metros, uma envergadura de cerca de 8,2 metros e uma altura de aproximadamente 4,4 metros. O peso vazio é de cerca de 6.560 kg, e o peso máximo de decolagem é de 13.500 kg. A velocidade máxima do Tejas é de Mach 1.8.
    • O alcance da aeronave é de aproximadamente 750 km sem tanques externos, e o teto de serviço é de cerca de 15.200 metros (50.000 pés). A capacidade de carga bélica  é de até 4.500 kg, distribuída em 8 pontos duros (seis sob as asas e dois sob a fuselagem). É equipado com motor turbofan General Electric F404-GE-IN20 que fornece um empuxo de aproximadamente 84 kN com pós-combustor.
  3. Produção e Operação:
    • Até agora, cerca de 50 unidades do Tejas foram entregues à Força Aérea Indiana, com planos de aumentar esse número significativamente nos próximos anos.
    • O Tejas entrou oficialmente em serviço com a Força Aérea Indiana em 2016, e esforços estão em andamento para aumentar a produção e atender às necessidades de defesa do país.

Números

J-10CE do Paquistão
LCA Tejas MK1
  • Datas de Primeiro Voo:
    • J-10: 23 de março de 1998
    • Tejas: 4 de janeiro de 2001
  • Número de Unidades Produzidas:
    • J-10: Mais de 500 unidades
    • Tejas: Cerca de 50 unidades, com planos de expansão
  • Design e Capacidades:
    • Ambos os caças possuem configuração de asa delta, sendo altamente manobráveis e equipados com sistemas modernos de aviônicos.
    • O J-10 tem versões mais avançadas como o J-10B e J-10C, enquanto o Tejas está evoluindo para a variante Mk1A.
  • Operação e Exportação:
    • O J-10 é amplamente operado pela China e oferecido para exportação, enquanto o Tejas é atualmente operado apenas pela Índia, com planos de exportação futuros.
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Victor

Ambos são bons aviões, mas o J-10 está um passo a frente

Nativo

“mas o J-10 está um passo a frente” ,mas o como já disseram por aí : ” UM POUCO MAIS”

Diego Lima

O J-10 equivale ao Rafale, Gripen e Typhoon, já o Tejas equivale ao FA-50

Gustavo

O Tejas já pode se sentir vitorioso na tentativa de compará-lo com o J-10.
J-10 está anos luz na frente do Tejas.

Dudu

O J-10 é um Lavi aumentado com entrada de ar redesenhada, inspirada no Eurofigther. O Tejas é um mini Mirage 2000 com as erradas de redesenhadas, inspiradas no Hornet.

Maurício.

E por sua vez, o Lavi é um F-16 delta canard!

Antunes 1980

Conforme negociações do EB com a Norinco para MBT, sistemas antiaéreos e IFV, poderíamos expandir e cotar o J-10 pode substituir o F-16 que a FAB está avaliando adquirir.

Renato

Não dá para ser o J-20 logo? rs

Dudu

Kkkkkkkkkkkkk

J-20

Banido para exportação

Demolidor

Também eu li que o Brasil esta negociando o sistema antiaéreo Chinês Sky Dragon 50 para o Exército Brasileiro.(Mas acho mais provável o EB adotar o sistema indiano Akash o governo federal quer fazer uma negociação do Akash pelo Kc-390)

Romão

J-10 para “substituir” os F-16 ?
Amigo, o J-10 B é pra bater de frente com Rafale e Gripen… Os F-16 que a FAB sondou são block 30/40, seriam equivalentes aos nossos antigos Mirage 2000 que foram desativados.

Plinio Jr

Ou seja , a FAB não vai comprar algo que se rivaliza direto com o F-39…

Os F-16C Block 30/40 são superiores em equipamentos e armas em relação aos nossos antigos Mirage 2000C/B .

Plinio Jr

Não creio que nossas FA´s venham comprar SAM´s ou caças chineses, já blindados é uma boa possibilidade….

Underground

Banania se arrastando para pegar carona no caça sueco, mas não consegue nem se autofinanciar para comprar 36 aeronaves.

Romão

O Brasil (como um todo) sempre tomará as piores decisões: é cultural.
Inconscientemente temos o desejo de ser colônia de alguém porque é cômodo delegar responsabilidades e culpar o azar. Toda a América Latina é assim.

Gabriel BR

Eu gosto dos dois , mas o J-10 deriva do projeto Lavi israelense e me parece estar um passo a frente na função de interceptor.

Matheus

Simples. Um já está plenamente desenvolvido, em plena produção com centenas voando na China e atualmente sendo exportado para o Pakistão onde já estreou em combate.

Outro está em “desenvolvimento” há 30 anos e não chega nem perto das capacidades do outro. Tanto que preferiram comprar Rafales ao invés de investir mais no projeto nacional.

É amigos, não é só aqui que tem essas besteiras.

Akhinos

O Brasil é a Suiça perto da industria militar indiana. Os kras tem uns programas que desafiam a lógica humana em termos de incompetência. É sempre aquela coisa, as pessoas olham o fato de que a Índia tem vários caças e o escambau e pensam que eles são altamente competentes. Qdo a vdd é que lá reina um nivel de picaretagem, incompetência e burrice que é dificil de replicar. Eu aconselho vocês olharem o regaço que foi o desenvolvimento daquele tanque deles o tal Arjun. Meu Deus, eu nunca vi tanta burrice num programa só. Por isso eu fico de… Read more »

Marcos Silva

Deixaram de investir no Tejas??? Tem certeza?
Lembre-se,a India tem um projeto nacional.
E nós? Temos o quê?

Matheus

Absoluta.
Desde quando o Tejas começou a ser desenvolvido eles compraram:

Su-30MKI
Mig-29K
Rafale ambas versões convencional e naval
Modernização do Mig-21

Quatro programas diferentes, enquanto o projeto nacional fica penando até hoje.
Não adianta de b*sta nenhuma ter um projeto nacional, se não investe e vai pra frente. Voce como Brasileiro já deveria saber disso, mas aparentemente quer se fazer de besta.

Machado

Eu creio que haja muito desvio de dinheiro nas forças armadas indianas. Por isso todos esses programas militares sem lógica. Uma bagunça. Alguns anos atrás li em um artigo que pessoas foram presas por isso.

Matheus

Com certeza, pessoal acha que nossas FFAA’s são incompetentes, não viram nada nos processos de aquisição da India.
É cada bizzarice que meu deus.

Marcos Silva

Dar certo ou não,qualquer projeto faz parte. Não ter projeto algum é inadmissível.
Falta competência técnica aos indianos? Talvez!
E nós,brasileiro,falta vergonha na cara e um pouco de comprometimento com todas,TODAS,as coisas,não somente com a defesa.
Criticar os outros é mais fácil que tentar fazer algo parecido.
Mas se vc prefere se fazer de besta,
vai lá,divirta-se.

Fabio Mayer

O Tejas ao menos é mais bonito. Mas penso que o J10 está num estágio mais avançado e mais consolidado com aeronave que ainda terá mercado por uns bons 20 anos. Claro que o Tejas também terá mercado, mas numa concorrência direta com o J10 terá que evoluir mais rápido se quiser encontrar clientes nas próximas décadas. Eu sempre imaginei que seria uma boa parceria HAL-Embraer em produzir o Tejas para uso no Brasil, como aeronave de segunda linha. Veio o FX-2 e decidiu que o Gripen seria o único tipo, então tudo bem, vamos de Gripen… mas parece que… Read more »

Antônio

A versão naval do Tejas poderia ser uma opção de substituição em algum momento dos AF-1 da Marinha. Sei que vão falar que a Marinha precisa de navios, mas se o VF-1 se manter um dia irão ter de substituir os skyhawks.

Marcos Silva

Penso o mesmo. Caberia uma troca aí,KC-390 pra India e uns Tejas pra MB.
Mesmo limitado é zero quilometro e mais eficiente que os nossos surrados Skyhawks.

Neto

Como contrapartida de uma venda enorme de KC390, acho muito válido.

Felipe M.

nenhum outro caça é opção para as FAs brasileiras nos próximos 20 anos.

Principalmente para a MB, que teria que operar esses caças em terra, já que, se Deus quiser, por muito tempo, continuaremos sem nenhuma ideia mirabolante de aquisição de outro PA.

Navio combatente, patrulha, submarino etc etc.
As prioridades são muitas para ao menos se pensar nisso.

Diego

A FAB não mudou de ideia, o programa Gripen continua, o problema é grana para fazer os aviões chegarem aqui, se tivéssemos grana a FAB compraria o segundo lote e apressaria a entrega. Por favor entendam isso de uma vez por todas. A ideia de comprar caças usados é desespero pois, o AMX vai ser desativado, e podemos perder o ÚNICO esquadrão especializado de ataque ao solo que temos.

Rinaldo Nery

Isso não é problema. Ataque ao solo é o “feijão com arroz” pra qualquer caçador.

Romão

O Tejas ao menos é mais bonito”.
.
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J-20

Tejas bonito? Sério mesmo?

Machado

Não é. Kkkkkkkkkkkkk Aquela asa parece uma saia de uma evangélica. Kkkkkkkkkkkkk

Aéreo

A Índia é bastante complementar ao brasil em um aspecto curioso. No Brasil temos uma grande cultura aeronáutica, com uma indústria aeronáutica de classe mundial altamente competitiva nos segmentos que se propõe a atuar. Em compensação somos ausentes de uma cultura espacial. O programa espacial brasileiro em mais de 50 anos é uma piada. A Índia possui uma cultura espacial de alto nível com realizações notáveis de seu programa espacial ao longo das últimas décadas. Já no campo aeronáutico a Índia é pouco expressiva, com projetos fracos e com atrasos constantes. Como se cria cultura em determinada área do conhecimento?… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Aéreo
Rinaldo Nery

Elite política nunca tivemos.

Aéreo

Concordo. E acrescento, nossa “elite” intelectual normalmente é venal.

Iran

Já tivemos, mas faz décadas

Luís Henrique

Eu acho que o JF-17 está um passo à frente do Tejas.
O J-10 está vários passos à frente.

Romão

Depende muito da versão. A primeira versão do TEJAS não tem radar AESA e nem capacidade de reabastecimento em voo.
O JF-17 acho que tem duas versões: creio que as duas tem radar PESA… Enfim…
Se for resumir tudo à supertrunfo o TEJAS ganha do JF-17 mas nem se compara ao J-10.
Acho que o objetivo do post é comprar os dois projetos, em relação à importância que ambos tem para seus respectivos países.

Luís Henrique

Minhas afirmações se referem à comparação como projeto ou programa. Claro que também em performance o Tejas é mais comparável ao JF-17 do que ao J-10 que é maior, mais pesado, mais potente e mais capaz. Como programa o JF-17 já tem 3 versões, o Block 1, Block 2 e Block 3, este último com radar AESA. Possui 5 países que encomendaram a aeronave e vários outros interessados e já entregaram mais de 170 caças. O Tejas possui apenas a Índia como operador, ainda não foi exportado. Apenas a primeira versão a Mark 1 está operacional, a Mark 1A esta… Read more »

Iran

JF-17 Block 3 é superior ao Tejas em tudo, vejamos como será o Mk.2

Neto

Não tenho certeza, me parece que a MK2 do Teias será bimotor.

Demolidor

O J-10 eu ouvi falar que foi projetado com assistência Israelense ele foi baseado no caça Israelense Lavi.

Romão

É por aí.
Quanto ao Lavi em si, os israelenses pensaram num projeto que bebesse na fonte dos F-16 Barak mas que fosse delta canard, porque já tinham experiência com os Kfir e Nasher.
.
É visível que as asas do J-10 bebem na fonte dos J-7 e as asas do Lavi bebem na fonte dos Kfir.
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Last edited 1 mês atrás by Romão
Romão

O TEJAS parece uma mistura de Mirage 2000 com M-346.

gabriel

Apesar de eu não gostar de equipamento chinês, por diversos fatores técnicos, vejo o J-10 muito a frente do Tejas. O projeto do J-10 já está consolidado e maturado, com versões mais avançadas e que, ao meu ver, já começam a ficar pau a pau com os do ocidente. Nos últimos anos os equipamentos chineses tiveram grande evolução tecnológica. Isso só foi possível porque eles não pararam de investir. Começaram fazendo cópias, equipamentos extremamente ruins, porém tudo é um aprendizado, pois ninguém nasce sabendo andar. As vezes você tem a receita técnica do bolo em suas mãos, e mesmo assim… Read more »

Romão

“Apesar de eu não gostar de equipamento chinês, por diversos fatores técnicos”.
.
Quais fatores técnicos ?

Groosp

O Tejas é muito pequeno, parece um LIFT de alto desempenho como o T-50, T-7 ou L-15 mas, ao contrário destes, foi concebido inicialmente como um caça e não como um treinador que depois se tornou um caça como o FA-50 coreano. O J-10 parece mais com um F-16 ou Mirage 2000.
Acho que o HAL TEDBF ou Tejas MK2 seriam mais próximos do J-10. Só resta saber se vão sair do papel ou vão pular direto para o HAL AMCA, o que faria mais sentido.

Luciano

Um sonho de projeto de Estado seria o Brasil ter essa meta de criar um caça próprio.