Do futuro do Gripen ao caça do futuro: para onde aponta a ToT ao Brasil
Que resultados esperar da Transferência de Tecnologia, a famosa ‘ToT’, que faz parte do programa do Gripen para o país? A capacidade de projetar um caça de nova geração é uma das possibilidades. O assunto esteve na pauta da visita de jornalistas à linha de montagem do caça em Gavião Peixoto, assim como as perspectivas de vendas do Gripen para outros países da região.
Por Fernando “Nunão” De Martini*
A linha de montagem brasileira do caça Saab Gripen E completou um ano desde sua inaguração, em maio de 2023. Em nossa visita às instalações de Gavião Peixoto para conferir a evolução da linha no período (clique aqui para acessar matéria publicada na última sexta-feira), assistimos inicialmente a duas apresentações de executivos da Saab sobre o estágio atual do programa, seguidas de uma seção de perguntas e respostas. Algumas das informações já foram mencionadas em matérias anteriores, mas agora vamos detalhar um pouco mais o que foi falado e respondido sobre o chamado “ecossistema” do Gripen no Brasil e o programa de transferência de tecnologia (também conhecido como ToT, da sigla em inglês Transfer of Technology).
Luiz Hernandez, diretor de cooperação industrial da Saab no Brasil, falou principalmente sobre os programas de transferência de tecnologia. Ainda em andamento, o processo envolveu o envio de cerca de 350 brasileiros na Suécia, fase praticamente finalizada, totalizando mais de 600 mil horas, como já informamos em matéria anterior. O executivo afirmou que esta foi a maior transferência de tecnologia já realizada pela Saab, com mais de 60 projetos de desenvolvimento, e alguns deles chamaram particularmente a atenção durante a apresentação do diretor. Caso dos que são vistos na projeção abaixo, cuja tela reproduzimos mais à frente.
O processo de transferência do conhecimento se dá de forma bastante ativa, pois ultrapassa o treinamento teórico, focando em boa parte na fase “on the job” (com a mão na massa) do aprendizado dos técnicos e engenheiros. Pode-se interpretar que é um tripé que envolve desenvolvimento no país, produção e manutenção.
As fases de testes de voo estão incluídas nesse programa de transferência e o processo alcança o estágio de também “treinar os futuros treinadores”, de modo a garantir a transmissão do conhecimento e a capacidade de gerar novos desenvolvimentos.
A transferência de tecnologia no programa Gripen visa principalmente as indústrias, segundo Luiz Hernandez. Isso se dá, conforme o diretor de cooperação industrial, porque é nelas que se concentram duas capacidades fundamentais. Uma é a de manter o Gripen, garantindo o suporte do caça para a FAB (Força Aérea Brasileira, que encomendou 36 exemplares da aeronave). A outra é de gerar os chamados spin-offs, que são novas aplicações da tecnologia em novos projetos e programas (nas mais diversas áreas). Futuramente essas empresas, com o emprego das capacitações do programa de cooperação industrial, poderão tanto adicionar novas capacidades ao caça como participar de projetos mais avançados.
Caça de nova geração: pesquisas em redução de assinatura e desenhos de entradas de ar
A apresentação menciona, como vimos, mais de 60 projetos relacionados à transferência de tecnologia do programa, e alguns foram destacados: integração de sistemas, projeto aerodinâmico e estrutural, simuladores, organização da manutenção (pensando no ciclo de vida completo da aeronave, o que inclui a indústria brasileira), integração de armamentos e um que chamou bastante a atenção dos presentes por apontar para além do Gripen: o futuro caça (último item da tela abaixo).
Luiz afirmou que, dentro da transferência, há os projetos que abordam tecnologias mais avançadas, as quais são importantes para o desenvolvimento de aeronaves, por sua vez, também mais avançadas. Nesse caso, a transferência e o desenvolvimento conjunto vai além das indústrias, envolvendo também organizações da Força Aérea Brasileira como o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
Isso ocorre porque a própria FAB colocou a capacidade de desenvolver caças de nova geração entre suas metas, no programa de transferência de tecnologia, desde a época da disputa dos concorrentes do programa F-X2, o que foi explicitado nas audiências com o Congresso a respeito da escolha do caça Gripen (clique no link para acessar matéria da época). Veja abaixo duas das telas de apresentação feita pela FAB na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, em fevereiro de 2014, mencionando capacitação para aeronave de 5ª geração e as contrapartidas buscadas:
Segundo Hernandez, há tecnologias que são fundamentais para iniciar o projeto de um caça de nova geração, a partir das tecnologias do Gripen, e isso ocorre dentro dos chamados Programas R&T (Research and Technology – pesquisa e tecnologia). Ele mencionou que os principais itens buscados são a redução de assinatura (RCS – Radar Cross Section / seção reta radar), desenhos das entradas de ar para os motores, entre outros. Questionado mais à frente, na parte dedicada a perguntas e respostas, o executivo respondeu que seis dos projetos envolvem tecnologias ligadas ao caça do futuro, citando especificamente estes dois. Vale lembrar que o formato das entradas de ar, assim como a capacidade de “esconder” as pás dos compressores do motor, estão entre os itens que contribuem para reduzir a assinatura de um caça.
O diretor de cooperação industrial deixou claro, porém, que não há um projeto específico de caça do futuro em andamento. O que existe hoje é uma preparação para quando for decidido iniciar o projeto. Em outras palavras, trata-se de uma base para que isso possa ser feito.
A capacitação atual da Embraer e de outras empresas (Luiz mencionou, por exemplo, a Akaer, que teve grande participação no início do programa, hoje menor por este se encontrar na fase de produção e não mais de projeto) está no momento focada em outra prioridade: suprir as necessidades da FAB e do Gripen. Isso inclui a própria evolução do caça e as demais integrações a serem feitas durante o ciclo de vida.
Luiz lembrou, porém, que fora do contrato atual há um memorando de entendimento assinado entre Saab e Embraer para desenvolvimento de novas tecnologias. No anúncio desse memorando, em abril do ano passado, entre os itens destacados estavam “estudos técnicos para futuros caças, fortalecendo a transferência de tecnologia realizada pela Saab para a Base Industrial de Defesa do Brasil, no âmbito do programa Gripen para a Força Aérea Brasileira (FAB).”
Pacotes de trabalho de desenvolvimento
Como já mencionamos em matéria anterior, outro executivo a fazer apresentação que antecedeu a visita à linha de montagem foi Hans Sjöblom, gerente geral da Saab em Gavião Peixoto. Ele apresentou o chamado “ecossistema” do Gripen na Embraer, que vai além da linha de produção, incluindo o GDDN (Gripen Design and Development Network – Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen) e o GFTC (Gripen Flight Test Centre – Centro de Ensaios em Voo do Gripen).
Em próximas matérias vamos detalhar as visitas que fizemos a esses dois centros, onde mais questões foram respondidas. Nesta, o foco é falar sobre as relações destes centros com o programa de transferência de tecnologia, onde se sobressai o papel do GDDN, considerado o “hub” que permitiu desenvolver simultaneamente Gripen E e Gripen F com a Suécia. Desde 2016, quando foi inaugurado o GDDN, o sistema de trabalho segue essa ordem, sempre com conexão direta e segura com Linköping, segundo Hans: o trabalho é feito aqui, validado na Suécia, volta, e então é revalidado aqui.
Tudo isso é feito em “pacotes de trabalho de desenvolvimento”. Sjöblom apresentou 18 exemplos desses pacotes (veja tela acima), que em nossa interpretação dialogam com os 60 projetos relacionados à transferência de tecnologia do programa, apresentados pouco antes por Luiz Henriquez.
Entre esses pacotes, desenvolvidos por engenheiros da Embraer, estão aviônica, integração de armas, sistema de suporte de missão, controles ambientais e seção reta radar, já mencionada acima – desenvolvimento que desde o início fez parte dos planos da FAB, como vimos.
Sobre o GFTC, que funciona desde 2020, Hans focou sua apresentação no exemplo mais recente de testesem Belém, relacionados a ambientes de alto calor e umidade. Entre os pacotes de trabalho relacionados, estavam os testes climáticos (WWC – World Wide Climate) e o do sistema de desembaçamento (Defog system), acionado quando o caça passa por rápidas mudanças de altitude, passando por ambiente externo muito frio para muito quente, o que pode afetar não apenas seus sistemas quanto a própria visibilidade a partir da cabine. Segundo o executivo, os testes foram bem-sucedidos.
Falaremos mais sobre o GFTC em próxima matéria, mas vale destacar um dos sistemas que fazem parte dos pacotes de trabalho do centro: o de guerra eletrônica. Tivemos oportunidade de conversar um pouco sobre o tema durante a agenda de visita da imprensa, então aguarde as próximas partes desta série, nos próximos dias.
Expansão da linha brasileira, visando Colômbia e outros países
Segundo Hans Sjöblom, a linha de produção em Gavião Peixoto tem capacidade de se expandir para atender a mais encomendas do Brasil e da América Latina. Como já mencionado em matéria anterior, essa expansão não envolveria necessariamente a instalação de mais plataformas de trabalho, gabaritos e ferramental, e sim a ampliação de turnos de trabalho.
Perguntado se a linha poderia atender a ajudar a Saab a atender encomendas de outras partes do mundo, como da Europa, Hans afirmou que não vê possibilidade de aeronaves destinadas a clientes europeus serem produzidas no Brasil. Porém, ele vê muita chance disso ser realizado para a América Latina. Segundo o executivo sueco, assim como Walter Pinto Junior, vice-presidente de programas de Defesa da Embraer que se juntou à fase de perguntas e respostas no auditório, a Embraer apoia a Saab nas negociações com a Colômbia. Nesse caso, a capacidade produtiva pode aumentar, se necessário.
Mais de um jornalista buscou detalhes adicionais a respeito, sobre haver alguma restrição para que o Brasil atendesse a outros mercados fora da América Latina. Hans e Walter, dentro do que estão autorizados a dizer em concorrências internacionais, disseram que se trata de um acordo da Embraer com a Saab para delimitar os mercados de cada empresa para novos clientes do Gripen.
Perguntamos também sobre o andamento da competição pelo novo caça da Colômbia. Foi respondido que a campanha do Gripen na região vai além da disputa colombiana, na qual as empresas participam. Outros países latino-americanos estão entre os interessados na aeronave.
Uma das últimas questões, feitas ainda no auditório, teve provável conexão com temas que surgem nas guerras de informações em qualquer disputa bilionária de caças supersônicos. Frequentemente se diz que o Gripen, uma aeronave desenvolvida por um país nórdico, teria dificuldades de se adaptar a climas quentes, assunto que literalmente esquentou nas discussões (principalmente em redes sociais) sobre a competição colombiana.
Perguntado se o Gripen precisaria de modificações para atender a requisitos de países de clima tropical, Hans respondeu que qualquer caça pode precisar de mudanças para se adaptar a esta ou aquela exigência de clientes, e que isso depende de cada edital. Porém, especificamente sobre a capacidade de operar em países de clima tropical e equatorial, ele afirmou que as especificações do Brasil já exigiam isso. Assim, o caça foi desenvolvido para atender a essas exigências, o que foi comprovado nos recentes testes em Belém (Pará).
Por que o Gripen F não está na linha de produção brasileira?
Diversas outras questões foram respondidas pelos executivos durante as visitas à linha de montagem, ao GDDN e GFTC, assim como por gerentes e funcionários da Embraer e Saab que acompanharam os jornalistas. Várias delas já foram mencionadas na matéria sobre a linha, e outras serão apresentadas nas matérias sobre o GDDN e GFTC. Uma das questões levantadas tanto por mim quanto por outros representantes da imprensa, na visita à linha de montagem, eu optei por mencionar aqui e não na matéria já publicada da visita à linha, por estar mais relacionada ao tema da transferência de tecnologia. No caso, o desenvolvimento do Gripen F, versão de dois lugares do Gripen E.
Enquanto andávamos para cima e para baixo das estações de trabalho / plataformas de montagem do Gripen, Hans foi perguntado sobre os motivos da decisão de não montar o Gripen F na linha brasileira. Afinal, foram as oportunidades de desenvolvimento dessa versão que envolveram boa parte do trabalho conjunto e treinamento de engenheiros brasileiros, colocando a “mão na massa” na fase de projeto, mas esse “on the job training” não prosseguiria na linha de produção em si.
O tema tem sido objeto de muitos debates na Internet desde pouco mais de 2 anos, quando foi informado pelo então comandante da FAB, brigadeiro Baptista Jr, que o Gripen F seria produzido apenas na linha sueca, e não mais na brasileira (na ocasião, ele também falou do planejamento de aquisição de um novo lote, para alcançar um total de 66 caças).
O gerente geral da Saab em Gavião Peixoto respondeu que as razões para produzir o Gripen F na linha sueca foram principalmente econômicas, pela necessidade de otimizar custos do programa brasileiro, mas também de gerar ganhos de escala com a experiência crescente da mão de obra na linha de Gavião Peixoto, com o Gripen E (monoposto).
Por um lado, já foi agregado muito conhecimento aos engenheiros e técnicos brasileiros com a transferência de tecnologia no desenvolvimento conjunto do biposto, porém a montagem final do Gripen F, em si, agrega menos do que já está sendo absorvido, na área de produção especificamente, com a montagem do Gripen E.
A produção do biposto, segundo Hans, acaba gerando complexidade extra na montagem final. Afinal, são mais cabos e tubulações para instalar, por exemplo, devido ao segundo assento e à realocação de componentes eletrônicos e de seus sistemas de arrefecimento. Com isso, aumentam os custos e o tempo de montagem.
IMAGENS: Saab (exceto as fotos do palco das apresentações, feitas pelo autor)
*O editor viajou a Gavião Peixoto a convite da Saab.
FAB e a Embraer devem iniciar o projeto de um caça de 6ª geração nacional visando 2035-2040 desde já, não há tempo a perder.
Sempre foi a meta do Brasil com o programa FX-2.
O país atingiu maturidade política em temas de estado, de resto existem competências de sobra, e o grande peso geopolítico do país justifica esse projeto.
É hora do país voar cada vez mais alto.
O futuro desse projeto também depende da decisão que a própria Suécia enquanto estado nacional e financiador indireto vai tomar sobre o assunto.
Vale a pena investir?
O futuro dirá…
… maturidade política…kkkkkkkk
Nem política, nem econômica…
Subindo impostos para poder “crescer”…
Eu acho que perdemos toda a maturidade de vez.. heheh
Eu acho que ele quis dizer em temas de compras militares e nisso ele tem razão. Os principais programas de aquisição militares do Brasil, KC-390, PROSUB, FCT, Gripen e Guarani vieram de um governo, passaram por outros de diversos espectros ideológicos voltando ao espectro original da concepção deles sem terem sido cortados. Pelo contrário, os outros governos deram contribuições a eles, a mais marcante que me lembro aqui foi a capitalização da Engepron para garantir as FCTs. No futuro teremos governos de outros espectros ideológicos e não acho que irão mexer nesses programas. Fora dessa alçada eu acho que a… Read more »
Em 500 anos esse país jamais levou temas de defesa a sério e não há dinheiro para se aventurar em um projeto desses, isso é coisa de gente grande. Os planos para um submarino nuclear são da década de 70, há quase 20 anos o país não consegue terminar de fazer um mero míssil de cruzeiro, o míssil anticarro que estamos fazendo é obsoleto em todos os sentidos e você acha mesmo que teríamos condições de juntar centenas de empresas, universidades e centros de pesquisa para desenvolver um caça de 6º geração sendo que não conseguimos fazer nem mesmo um… Read more »
Allan,
Onde a matéria fala explicitamente de 6ª geração? Eu sinceramente não me lembro de nenhum executivo da Embraer e Saab mencionarem explicitamente a geração futura para a qual aplicar a capacitação. Posso não ter ouvido e alguma outra mídia ouviu e colocou a geração, o que é possível. Mas nessa matéria isso não foi colocado, deixo claro.
Nunão, eu me referia especificamente ao comentário do colega Minuteman, que mencionou a 6º geração(não sei se ele quis dizer 5º), mas de todo modo o mesmo se aplica a um de 5º.
Não acho que alimentar esse tipo de ideias ufanistas e megalomaníacas de projeto de caça nacional, seja no âmbito do estado ou em meras discussões feitas por entusiastas, seja algo positivo, já que esconde os problemas da nossa realidade e inviabiliza a busca por soluções factíveis.
Melhor manter os pés no chão.
Allan, eu entendo seu ponto. O cenário não é animador. Mas também me pergunto se é o mesmo que pensaram sobre a Embraer quando ela desenvolveu os primeiros E-Jets.
Na minha opinião, há uma diferença importante, a Embraer é uma empresa privada, e como tal vai tomar decisões de negócios e desenvolver os produtos civis que acha interessante desenvolver contando que há muitos clientes em potencial. Mas essa premissa não se aplica a produtos militares, que basicamente tem apenas um cliente, que é o próprio Estado. Com dinheiro ilimitado e interesse político, a Embraer coloca um homem na lua. A questão é, há interesse sério do Brasil em ter um caça nacional? Se sim, há dinheiro? Se sim, há capacidade, seriedade e determinação para reunir centenas de empresas, centros… Read more »
Não penso que o problema seja a Embraer. Ela já provou que sabe e pode projetar aeronaves complexas. O eterno problema é a própria fab. Não conseguiu nem manter o programa original do KC-390, cortou quase pela metade a encomenda. Tá pedalando com o Gripen,uma aeronave praticamente pronta!
Então a resposta para: “é possível um caça nacional projetado pela Embraer e pelo
Estado brasileiro é realizável?”
Tal resposta é um sonoro não.
Sobre os E-Jets são as empresas cívis que garantem as vendas. Empresas estrangeiras diga-se.
O que acontece… É que a outra opção… Sentar no berço explendido e chorar…
Ai é que não nos dará uma capacidade de desenvolvimento mesmo !
Veja… O motor é o do F-18, não teremos problemas. Mas o Gripen não é um caça onde futuramente poderemos achar peças baratas e facilmente. Teve vendas fracas e a ate SAAB ja desenvolve outro modelo completamente novo…
So a capacidade de nós mesmos… Podermos fazer todos os reparos e upgrades (Como descrito na matéria) ja vale o investimento extra.
Eu tbem era cético… Mudei de ideia com a reportagem.
6a geração nem existe ainda…
Mas ja vi em reportagens no exterior.. Que o SU-57 é (tbem) baseado no SU-27 !
Se pudermos fazer algo parecido… Os custos de desenvolvimento cairiam pra menos da metade.
Competências?? O Brasil mal conseguiu o TOT de um caça 4+ e vc quer que a Embraer se aventure na 6° geração?? Nosso país não têm capacidades manufatureiras para se arriscar em um projeto desses, fora a escala limitada. Sabe o que vai acontecer?? A FAB entrar em um desses projetos europeus e só (ou usar o gripen tanto tempo qto o F-5). Vc e muita gente tem uma visão errada das capacidades brasileiras.
Parece que estamos em 2009 quando lançaram o projeto KC390. Exatamente os mesmos argumentos sem fundamentos para criticar esses avanços.
EDITADO:
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.
Com qual escala amigo? Pra comprar míseros 50 caças ???
è o Cenário ideal, mas não é prioridade politica nem do ministro da Economia que ja esta cheio de pepino nas mãos.
Infelizmente faltou combinar entre gregos e troianos.
Como é bom ver a Trilogia e o Caiafa juntos! Jornalismo de defesa sério é isso aí
Espero que assinem logo mais lotes e abram caminho para novos produtos em conjunto. Brasil e Suécia só tem a ganhar com essa parceria
Esse país tem jeito sim, a prova está voando pelos nossos céus
Juntos uma ova!!!
Na última foto contei três pessoas entre eu e o Caiafa!
Brincadeirinha. Conversamos bastante no jantar que precedeu o evento e no almoço que sucedeu.
Caça de 6ª geração projetado e produzido no BR?? Fala sério….
Caro Gui, no lançamento do projeto KC390, muitos também expressaram: “fala sério…”
Hoje estão todos em silêncio.
Bah amigo, entendo tua posição, mas nunca achei isso do KC 390, pelo contrário, sou fã do programa, e nunca achei que a Embraer ou o Br não tivessem essa capacidade. Agora, quanto a caça de 6ª geração, temos que admitir que a coisa é beem mais embaixo: custos, política etc, muito embora eu creio que existe a capacidade técnica. Mas tem gente que acha que realidade é complexo de vira lata, fazer o que??? Abraço!
Sem querer desmerecer o excelente trabalho da Embraer, mas fazer um cargueiro é relativamente simples, não há espaço para inovação. O avião só tem que levar a carga X do ponto A ao ponto B e é isso. Aliás, muitas tecnologias do avião nem mesmo são brasileiras. Sem falar que a Embraer embarcou no projeto porque era interessante comercialmente.
Não dá para comparar isso ao desenvolvimento de um caça.
O Brasil está recém absorvendo a capacidade projetar e construir fuselagens e superfícies de comando para aeronaves supersônicas! Está aprendendo isso com o Gripen. Os EUA fazem isso desde 1947! Há 77 anos!! E tu tens fé que o Brasil será capaz de projetar e construir aeronaves de 6ª geração???
Só um aparte, pois seu comentário pode gerar interpretações que talvez não sejam sua intenção:
A capacidade de “projetar e construir fuselagens e superfícies de comando para aeronaves supersônicas” de 77 anos atrás é muito diferente dessa capacidade hoje. Tudo evoluiu: ferramentas de projetos, conhecimento aerodinâmico, estruturas, materiais etc.
Senão fica parecendo que só hoje se está aprendendo a tecnologia existente 77 anos atrás.
Concordo, mas tudo é um fluxo contínuo. E o Brasil nunca investiu nisso. E a Embraer, mesmo com toda sua expertise e capacidade de projetar e construir excelentes aeronaves comerciais, e também algumas militares, está aprendendo agora a construir aeronaves com projeto supersônico atual. Mas, mesmo antes, não investiu em desenvolver projetos supersônicos, mesmo que antiquados quando comparados aos de hoje. Eu quis dizer que o mundo tem a capacidade de projetar e construir aeronaves supersônicas há 77 anos…e o Brasil, ainda não…talvez, tenha daqui alguns anos.
Compreendo.
Mas preciso fazer mais um aparte:
“Eu quis dizer que o mundo tem a capacidade de projetar e construir aeronaves supersônicas há 77 anos…”
O mundo não. Uma dúzia de países e olhe lá.
Eu quis dizer o ser humano…mas, que seja, pois o ponto fundamental é que o Brasil não faz parte, ainda, desse pequeno grupo.
Complexo de vira latas. Tá aí um bom exemplo.
AVISO DOS EDITORES A TODOS: FOQUEM NOS TEMAS DA MATÉRIA E NÃO EM BRIGAS PESSOAIS.
LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Nelson Rodrigues tinha razão !!!!
Enéas também….
Abraços
Enéas despejaria rios de dinheiro neste projeto (que eu concordo…hehehe) mas não é a realidade atual. Simples assim.
Boa noite!!!!
Com ele, nosso BRASIL, seria muito diferente.
Muitos acham que não precisamos investir em defesa, já que não temos inimigo…
Mas tenho certeza, que em educação e defesa estaríamos em um patamar muito mais elevado.
Abraços
Gui, não quis te ofender, apenas lembrei de um dos maiores escritores e novelistas que o BRASIL teve e com Enéas que passei a admirar depois de tê-lo entendido.
Abraços
Capaz amigo! Entendi perfeitamente. Abraço!
Ola Saldanha… eu também gosto muito de Nelson Rodrigues… aliás, as adaptações de sua obra para o cinema e Tv são sempre sensacionais….
“beijo no asfalto”, “engraçadinha” e “boca de ouro” são ótimos. Jesse Valadão está ótimo em “boca de ouro”…. Lucélia Santos está perfeita em “engraçadinha”. Até Francismo Cuoco está sensacional em “beijo no asfalto”.. acho muito legal como os atores conseguem ir fundo nos personagens de Nelson Rodrigues….
Com Enéas, provavelmente teríamos a bomba atômica, a única arma de dissuasão de verdade.
Perdemos a oportunidade..
Olá Renato… provavelmente não. A construção de uma bomba atômica demanda muito mais que uma decisão política, a qual depende de muitas instâncias além da cabeça do presidente em exercício.
Eu acho que aproveitamos a oportunidade de ficar de fora desta maluquice que é ter uma bomba atômica. Os EUA e a URSS perderam esta oportunidade em uma conferência entre Reagan e Gorbachev;
Olá Camargoer, “A cabeça do presidente em exercício” é um primeiro passo para influenciar muitas instâncias em projetos nacionais. Vide a construção de Brasília por exemplo (em que pese a discussão de já existir esse projeto há anos etc, etc..) o pontapé inicial partiu de um presidente. Entre vários e vários outros exemplos que poderia citar aqui.. Em relação a sua opinião sobre o que considera “maluquice”, em um sentido mais amplo e filosófico sobre a não necessidade de armas em um mundo perfeito e ideal, aonde todas as pessoas fossem boas e desejassem apenas o bem umas as outras,… Read more »
Realismo, meu caro. Dá uma olhada nos custos de desenvolvimento de um caça de 6ª geração e ai me diz se existe alguma possibilidade disso acontecer no Br. Mal e mal se consegue comprar um segundo lote de Gripen, e tu me chama de complexo de vira lata? Soltem foguetes se o Br entrar no Tempest.
AVISO DOS EDITORES A TODOS: FOQUEM NOS TEMAS DA MATÉRIA E NÃO EM BRIGAS PESSOAIS.
LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Me desculpe, mas não tô brigando com ninguém, nem me senti ofendido. Tenho o maior apreço pelo Cel, que sempre acrescenta algo ao debate. Me reservo apenas o direito de pensar de outra forma. Segue o baile!
Tu acredita que o Brasil vai ser capaz, em todas as instâncias que precisam ser galgadas, de projetar, produzir e operar aeronaves de 6ª geração dentro de um intervalo temporal que signifique que essa tecnologia ainda seja relevante?
Finalmente o valor milionário gasto em Tot, tem a sua importância concretizada em uma projeção de caça BR de geração avançada. Que não desperdicemos a oportunidade e gastos….
Será concretizado se for usado, não adianta falar e não fazer nada porque não tem dinheiro pra investir.
ToT no Brasil é ilusão e megalomania, o país não tem capacidade para montar um projeto de Estado e usar o conhecimento adquirido para o desenvolvimento de um caça nacional, como já fizeram Índia e China.
Pagou-se caro por algo que será desperdiçado em sua maioria, teria sido melhor esquecer ToT e ter comprado mais unidades.
É incrível, o texto diz exatamente para onde está o investimento em ToT e cidadão me solta uma dessas?
Além disso esquece ou não conhece o que é o setor aeroespacial do Brasil com Embraer e outras empresas.
A Índia daria tudo para ter uma Embraer, não tem e nunca terá. Simples.
Só irá valer se for feito o caça de 5 geração com a Embraer tendo grande participação, se não pagamos caro apenas pra conseguir manter o caça de 4 geração, enquanto a maioria ocidental vai pra 5. Não adianta temos tecnologia se não tem investimento pra usá-la.
Amigo, sem ofensas mas pegue leve no ufanismo.
A Índia já colocou sonda para pousar na Lua e consegue fazer armas para destruir satélites, tem ideia de quantos países no mundo conseguem fazer isso? Você conta nos dedos de uma mão.
Multiplique a Embraer por 10 e o Brasil ainda não vai chegar nem perto do que a Índia tem em termos de tecnologia.
Pelo amor de Deus, você querer comparar o Brasil com a Índia em termos de tecnologia é o mesmo que comparar a Jojo Todinho com a Monica Bellucci.
Allan , em certa medida concordo com vocês , porem acho que não é tão preto no branco…
Me responde uma questão, Porque a Índia não conseguiu sozinha colocar o Tejas em Voo?
Qual avião de caça que a Índia produz?
Na resposta destas questões do Tejas podemos evidenciar que comparações de produção de tecnologias e equipamentos não 100% equivalentes.
O Brasil esta no caminho certo , é passo a passo.
Veja o quanto a Akaer absorveu de conhecimento e cresceu com a participação no projeto Gripen , esta participando do projeto de um caça Leve Turco.
Tbem somos um dos únicos países.. Que tem uma “Embraer”…
Entendo o que quer dizer… Mas esse argumento não é bom… Heheh
Allan.. o texto detalha quais são os temas e as empresas envolvidas… Suas críticas estão fora de contexto…
Você pode discordar e achar que era melhor comprar um caça pronto… Então defenda seus termos ao invés de negar o contrato de sua opinião…
Essa teoria da negação apenas enfraquece o seu ponto…
Camargoer, acho que o ponto ficou bastante claro, só acrescento que seria preciso um estudo aprofundado para saber se ToT recebida nesse programa valeu o preço pago por ela. O problema estar em achar que isso será o grande salto que fará do Brasil um país capaz de desenvolver um caça próprio de 5° geração, como imaginava até mesmo pessoas da FAB segundo relatos. Ora, como pode uma força que vive reclamando da falta de verba, inclusive cortando encomendas(como no caso do KC390) ter a audácia de falar em projeto de caça nacional? Isso é ufanismo e megalomania, não acontecerá,… Read more »
“como imaginava até mesmo pessoas da FAB segundo relatos.” Como assim, “imaginava” e “segundo relatos”? Esse tema não está no campo da imaginação e dos relatos. A capacitação de indústrias e de instituições da FAB no campo de projetos de caças de nova geração foi comunicada, oficialmente, como um dos objetivos da transferência de tecnologia (e está longe de ser o único, a maioria foi informada já na época como projetos ligados ao Gripen em si, à sua manutenção e evolução). O link para a primeira grande divulgação oficial dos objetivos, feita após a seleção da oferta sueca (há 10… Read more »
Não entendo como possa ser um exagero retórico quando a própria matéria da audiência comprova o que falei. A menos que eu esteja totalmente errado na minha interpretação, o plano da FAB era/é capacitar a indústria nacional através da ToT do projeto Gripen e usar essa capacitação para, no longo prazo, desenvolver um caça de 5° geração, que foi justamrnte o ponto que ataquei como sendo sem sentido. De fato, muita coisa será aprendida pela nossa indústria, e isso será útil, mas se o determinante para a exigência da ToT foi justamente um futuro possível projeto de caça geração, então… Read more »
“A menos que eu esteja totalmente errado na minha interpretação, o plano da FAB era/é capacitar a indústria nacional através da ToT do projeto Gripen e usar essa capacitação para, no longo prazo, desenvolver um caça de 5° geração, que foi justamrnte o ponto que ataquei como sendo sem sentido.” Agora você foi mais realista na interpretação ao falar de “longo prazo” e não de “grande salto”. “mas se o determinante para a exigência da ToT foi justamente um futuro possível projeto de caça geração” O determinante, na parte específica de transferência de tecnologia (porque houve outros fatores, como as… Read more »
Olá Allan. Eu concordo com vocẽ sobre a importância de avaliações periódicas do programa ToT do Fx2. Isso é fundamental tanto para o aprimoramento de futuros programas de ToT quando para ajustes do próprio Fx2. Os resultados mais expressivos serão alcançados a médio prazo. Perceba que por enquanto o foco é a produção e operacionalidade dos Gripen na FAB. Até aqui, parece que os objetivos estão sendo alcançados dentro do planejado. Os aviões estão sendo fabricados com peças estruturais feitas no Brasil, os aviões estão sendo feitos na Embraer, a versão F já está sendo produzida, os aviões estão sendo… Read more »
O nível de _____________é tão grande que o kra vem me citar em uma matéria de indústria aeronáutica a Índia. Tu realmente tá aqui comparando a indústria aeronáutica brasileira com a indiana, meu chapa? Tu tá chamando aquele arremedo de ferro velho do Tejas de projeto bem sucedido de avião de combate? Faz 40 anos só que a Índia está nesse projeto do Tejas e até agora só produziu incríveis 8 aeronaves operacionais, o Tejas é o avião de combate com a menor disponibilidade do mundo, menor que 5% e o avião é basicamente um Frankenstein de peças e avionicos… Read more »
Parabéns pela excelente matéria!
Obrigado!
O objetivo de desenvolver um caça de 6ª geração pela FAB/Embraer é louvável. Uma aproximação com a SAAB parece ser o caminho mais lógico.
Contudo, antes de mais nada, é necessário encomendar um novo lote de Gripen E/F (pelo menos mais 36).
Não faz sentido, pelo menos para mim, um pais continental como o Brasil não ter recursos para operar mais que 36 (trinta e seis) caças e considerar que terá recursos para investir em um projeto de caça de 6ª geração.
Angus,
Acho que em lugar nenhum da matéria está escrito 6ª geração.
Estou até estranhando tanta gente, nos comentários, mencionar 6ª geração.
Posso não ter ouvido ou me distraído no momento específico, mas não me lembro dos executivos que fizeram as apresentações e acompanharam as visitas falarem explicitamente de 6ª geração.
Tá no subtítulo da matéria, e implícito no texto…. Então, galera especula kkk ab
No subtítulo não está escrito 6ª geração, e sim nova geração. Nova geração em relação ao Gripen pode ser 5ª, 6ª, 7ª, ou até mais. Não sei de onde está vindo essa fixação dos comentários em 6ª geração. Pode até ser o objetivo atual dos engenheiros envolvidos nesse item, mas até onde ouvi (como já escrevi, posso ter perdido isso especificamente) não foi falado “6ª geração” no evento. O texto fala de dois itens mencionados explicitamente no evento: redução de assinatura e desenho de tomada de ar. Se estão vendo nisso algo implícito de 6ª geração, aí já não é… Read more »
Sim, de fato interpretei “próxima geração” como 6ª geração. Mas “próxima geração”, no caso brasileiro, pode ser um quinta geração de fato, como o KF21 ou o Kaaan turco. Desculpa a confusão. Abraço.
Caro.. pode ser um projeto 5G, 6G ou 5,5G… Isso tem menos importância que definir as características necessárias para a FAB quando for substituir o Gripen
Nunão, primeiramente parabéns por mais uma excelente matéria. Sobre a especulação de caça de 6a geração, acho que a maioria se apegou a foto do slide que aparenta ser um caça ou drone furtivo de 6a geração e também ao fato dos outros fabricantes europeus terem “pulado” a 5a geração e estarem desenvolvendo sistemas considerados 6a geração. Como a SAAB decidiu ficar na 4,5 com o Gripen E para evitar os altos custos da 5a geração, pode ser provável, até pelo tempo que levará de desenvolvimento, que “pulem” também a 5a e partam para um caça de 6a geração, afinal… Read more »
Obrigado.
As hipóteses são plausíveis, mesmo porque esse contexto do “pulo de gerações” na Europa, além do planejamento sueco, foram bastante noticiados aqui.
Meu questionamento era mais sobre onde estavam vendo 6ª geração na matéria.
Está certo, o melhor seria “caça de nova geração” ao invés de “caça de 6ª geração”.
A citação à sexta geração está no primeiro comentário do tópico. Toda discussão se originou de respostas a ele.
Santamariense, Isso não veio só do primeiro comentário. Outros também iniciaram essa discussão de forma independente (e praticamente ao mesmo tempo, pelos horários de postagem dos comentários que os editores têm acesso). E, principalmente, essa menção a “6ª geração” também já vinha de comentários de outros dias desta semana. Eu descobri agora a possível origem dessa fixação: pelo menos uma mídia de defesa publicou “6ª geração” na chamada de uma matéria, dias atrás, a respeito desse assunto, tendo como fonte matéria de jornal da mídia geral cujo jornalista esteve no mesmo evento que o Poder Aéreo (a visita à linha… Read more »
“… Outros também iniciaram essa discussão de forma independente (e praticamente ao mesmo tempo, pelos horários de postagem dos comentários que os editores têm acesso).”
Ah, bom…isso eu não tenho acesso. De resto, te entendo e concordo.
Ainda acho que no futuro há espaço para a MB operar uma versão naval do Gripen baseada em terra, com tanques adicionais para permitir grande autonomia, equipado com armas ar-mar de longo alcance e possibilidade de ter links para enviar e receber dados de aeronaves ASW.
Seria outra oportunidade de usufruir da ToT…
Já uma versão “pura” operada a partir de um NAe me parece utopia.
Rafael, o alcance do Gripen E/F já está bom do jeito que está. Se precisar aumentar o alcance pode-se usar reabastecimento aéreo.
A possibilidade de links, tanto com aeronaves ASW, ASuW, navios, baterias de costa, entre outros, já existe e está sendo implementada na forma do Link BR2.
Primeiramente, parabéns pela matéria. Sendo sincero, depois de ver os “exemplos” de TOT das FCN’s e IKL’s, é de se ficar receoso quando as FA’s BR mencionam ToT. Espero que, dessa vez, seja diferente. No mais, das tecnologias que a Embraer absorveriam com o Gripen, deixando de lado a questão do caça de 5° ou 6° geração ( e há de se perguntar tambem se a FAB tem estudos e planos pra isso), quais dessas tecnologias poderiam ser usadas em outros projetos da FAB como, por exemplo, aquele projeto do 14-X, ou do Data Link BR? A FAB tem algum… Read more »
Obrigado.
Não sei as respostas às suas perguntas.
Exato, não adianta pagar pelo ToT e não dar continuidade aos projetos, tanto o presente quanto o futuro.
Exatamente! Essas promessas tem que estar calcadas em um “roadmap”, ou ficamos com palavras bonitas, mas com zero recompensa real no fim das contas.
E Nunao, parabéns pela matéria. Essas matérias não são triviais e fácil de serem feitas.
Obrigado.
Sim, essas matérias dão bastante trabalho.
Eu estava comparando a matéria e comparando com a lista do benefícios que essa compra traria (em outra matéria recente), e tem muito “Know why”, mas tem determinadas áreas que seriam cruciais para qualquer “desenvolvimento de caças (sic)” aonde não existe o “Know how”. Por exemplo. Materiais compostos. Sim, mandamos gente para a SAAB aprender a colocar os pedaços do avião juntos e aferi-los, mas aonde está a produção de materiais compostos “Made in Brazil” por uma empresa Brasileira? A Saab “Estruturas” é uma empresa “da SAAB” e ela monta os pedaços que vem da Suécia. Aonde está o material… Read more »
Toro, temos empresas que trabalham materiais compostos, inclusive fornecendo para a Embraer, uma que eu me lembro agora, se chama Alltec. E pelo que lembro, a própria Embraer já trabalha com vários componentes em Composite. E olhando a apresentação, acho que o foco principal da ToT é a parte de integração eletrônica, e programação das varias funções de um caça. Com isto a FAB ou a Embraer tem condições de fornecer atualizações ao longo da vida útil do Gripen. Acho, só acho, que isto se deve ao quanto aprendemos e conhecemos profundamente o F5 em todos estes anos de trabalho,… Read more »
Toro, Montagem estrutural e final do Gripen F no Brasil não tem nada a ver com eventual produção de materiais compostos no Brasil. Tanto faz produzir os caixões de asas de Gripen E ou de Gripen F na SAM, em São Bernardo do Campo. Não há “estímulo” de um painel ou estrutura dessa peça ser fornecido no Brasil por alguma produtora brasileira de materiais compostos (que existe, diga-se de passagem) por conta do Gripen F ter ou não sua montagem final no Brasil, pois o número de células com montagem brasileira continua o mesmo: 15 exemplares, só que agora apenas… Read more »
Obrigado pela resposta e desculpe por quaisquer confusões. Vamos simplificar.
A parte de materiais compostos é uma das áreas criticas que poderiam ajudar na produção de uma aeronave futura. Então estou tentando entender o seu atual status para o Brasil.
O quanto de material composto do Gripen E está sendo produzido no momento no Brasil? Produzido, não montado. Quais são esses componentes produzidos no Brasil?
Toro, já respondi e isso também está em matéria sobre a SAM que eu já tinha lhe mandado o link em outra ocasião.
As placas de material composto vem de fora.
Sobre ser “produzido não montado”, é preciso levar em conta (não estou falando de você, mas de muitos comentários comuns por aí) que o processo de montagem de aeroestruturas está longe de ser simplesmente juntar partes e apertar parafusos.
Pessoal focando no “projeto do novo caça” (sic) e ninguém se atentou para um detalhe importantíssimo: a organização de manutenção.
Em relação a isso, passa mais tranquilidade sobre a operação do F-39 na FAB nas próximas décadas, visto a sua ainda pequena escala de produção.
Exato.
Sem contar que, além da manutenção “made in Brazil”, a gente poderia, em tese, “customizar” a aeronave, pra qualquer tipo de míssil, de qualquer fornecedor, que quisésse-mos.
Pagar o que pagamos pra só manter o caça? Se não for feito no futuro uma parceria Embraer-saab ou com outra empresa pro desenvolvimento de um caça, não valeu a pena pagar pelo tot.
No meu entendimento, todas as ToT anteriores tiveram como objetivo, exatamente esse : a manutenção dos meios por essas bandas. Os IKL’s exemplifica bem – pintamos e bordamos, fizemos até dos Argis. Na situação Gripen, incluiu-se parte do desenvolvimento, tanto é que o F, embora a montagem está sendo sueca, o escritório brazuca teve a incumbência e a participação da engenharia da Embraer . Houveram comentários que surpreendeu aos suecos a competência, principalmente no quesito desenvolvimento de software.
Depende de recursos, faltam receitas até pro gripen, o que dizer de um caça saindo do zero? Não tenho este otimismo com atual cenário político polarizado e um centrão que comanda parlamento.
Caro. Toda democracia tem um cenário político polarizado. De um lado há o governo… Do outro a oposição… O único regime político sem polarização é uma ditadura, no qual só existe um lado.
Achar que um dia a política democrática será unânime é um contrassenso. Por outro lado, alguns políticos despreparados buscam alguma notoriedade transitória… São políticos cometas. Aparecem, todo mundo vê e depois somem….
Por fim, é inexistente uma relação entre a disputa política e a disponibilidade orçamentária.
“ Por fim, é inexistente uma relação entre a disputa política e a disponibilidade orçamentária.”
Hehehehehe…que bobagem….parece que vive no fantástico mundo de Bob..
Bom dia, a tres possibilidades entra em um projeto de um novo caça a semelhança da Suécia com o Projeto Nova Geração do Gripen ou entre em um futuro próximo com os suecos no projeto de uma aeronave 5° ou 6° geração, ou pode como os americanos com o F-18 Hornet, atualizações. A FAB não está em nenhum destes estágios. Se quiser manter o ToT de qualquer forma terá em algum momento da início, mas onde está a “prata”. Imagino centenas de técnicos e engenheiros após o trabalho do Gripen F, parados, ociosos ano após ano a espera de um… Read more »
Nilo, Nenhuma empresa séria deixa engenheiros ociosos sob pena de perdê-los. É, claro, empresas e instituições cometem erros, mas esse não me parece estar na lista de cascas de bananas para pisarem de propósito na calçada. Muitos desses engenheiros e técnicos deverão continuar ligados ao programa Gripen para a evolução do caça em capacidades, atualizações, integração de novos armamentos e sistemas. Parte vai se engajar em novos projetos, pois a Embraer não seria besta de deixar desmotivada uma mão de obra que se qualificou em tecnologias que ela ainda não dominava, num momento em que concorrentes buscam contratar gente de… Read more »
Certamente, meu caro, com relação a estes engenheiros em específico, a Embraer está em um bom momento, com n possibilidades de projetos na aérea civil, o que destaca a importância da parte da indústria civil da Embraer, quando ainda tem alguns especialistas que ainda mantém a opinião que seria benefico ter vendido a Boeing. Torço para que estes engenheiros se mantenham em foco com projeto de área militar, mas não vejo janela para isso (que eu saiba), já que acabou o projeto do Gripen F, não sei até que grau está facilidade de transição entre um projeto de um avião… Read more »
Pode, até, ocorrer esse projeto conjunto Embraer/Saab para uma futura aeronave de sexta geração. Mas, antes, ou em paralelo, a Embraer deve iniciar um projeto se aeronave que execute as funções do AMX e que ainda possa ser utilizada como treinador avançado. Algo parecido com o KAI T50. Ele é uma aeronave de custo relativamente baixo e que tem sido bem aceito.
Essa aeronave de treinamento/ataque leves poderia ser produzida unicamente pela Embraer, visando não só a FAB, mas ocupar o espaço em outras forças que está sendo ocupado pela KAI. Enfim,eu penso dessa maneira…
O Gripen E/F foi adquirido para substituir F-5 e AMX.
Daqui 25/30 anos os novos caças serão drones AI super sofisticados.
Focaria hoje em um “wingman” para o Gripen já pensando em sua evolução, visando a substituição do Gripen e seu piloto.
Um artigo bem escrito e elucidativo . Contudo para a Força Aérea imagino ser necessário para os dias imediatos que correm reforçar sua capacidade dissuasória com maior quantidade de caças F39 , com drones armados de grande porte capaz de ficar longas horas em voo … maior número de KC390 em diversos subtipos que poderão ser úteis já as necessidades de agora num mundo que se seja e caminha para conflitos de grande proporções . Quanto ao projeto de caça nacional de 6ª geração não vejo como a Embraer ser capaz de desenvolver se tiver a FAB como usuária primária… Read more »
Pois é justamente o que está no texto. Desenvolvimento conjunto.
Maravilha de Matéria ! Parabéns a todos envolvidos. Nunão , o que mais ele falou do novo lote? Esta quantidade de 66 caças é uma projeção da FAB ou é o que a SAAB pretende fechar em negociações com a FAB? Outra pergunta, Sobre os contratos e pagamentos da FAB , chegaram perguntar sobre este tema ? ( Eu li a excelente matéria que vc fez sobre este tema e todos os comentários mas não consegui reler para fazer uma analises de todos as planilias para ter uma uma noção mais detalhada dos pormenores, devido a tempo para dedicar… Read more »
Boa pergunta! Acrescento:
E chegando a um total de 66 com quanto tempo para entregar todas ?
A última chegaria em 2032?
Sem pedidos de outras nações e usando as Linhas da Embraer e SAAB entregando 8 por ano em 4 anos entrega todas .. o que eu acho né…chute
Para entregar 8 por ano em 4 anos, ou 4 por ano em 8 anos, ou qualquer cronograma que seja para mais caças, será preciso o essencial: negociar o contrato, o valor, e assinar um novo contrato financeiro, fazendo tudo isso caber nos próximos orçamentos.
Nunão minha pergunta foi fora de contexto?
Bueno, só vi suas perguntas agora, passaram batido no meio de tanto comentário de outras matérias. Que bom que gostou da matéria, obrigado. O número de 66 foi informado como estudo da FAB, há cerca de 2 anos, para o mínimo necessário de caças. Para a Saab, assim como para qualquer vendedor, o ideal seria a FAB fechar em muito mais do que isso, por óbvio. Sobre os pagamentos, nem perdi meu tempo perguntando porque raramente isso é respondido por alguém, até por motivos contratuais. Foquei minhas perguntas em diversos assuntos técnicos mais pertinentes à visita e ainda assim faltou… Read more »
Maravilha!
Obrigado
Falei COPAC mas o Correto deve ser o setor financeiro da FAB o SEFA que controla todas as finanças o FX2,
Conforme o organograma na pagina 40 do Relatório de Gestão COPAC_2024_2023 A estrutura organizacional para o atendimento das demandas do Projeto F-X2
Parabéns Muitas infomações na matéria e pontos a serem discutidos, Mas sendo simplista penso que a desisão de produção de um novo caça por aqui seria ainda fortemente condicionada a decisão da Suécia também ir por esse caminho; veja como teriamos demanda suficiente nas nossas forças para adquirir um número substancial para justificar o projeto… precisariamos de um número minimo de células e sabemos que infelizmente no Brasil não acontece isso. Mas tenho certeza que a Embraer a Akaer e tantas outras envolvidas (veja são mais de 60 projetos de transferencia de técnologia) no Gripen E teriam a capacidade de… Read more »
O ToT não faz sentido se não existe uma demanda futura significativa para a produção nacional de aeronaves de combate. Com a FAB comprando poucas dezenas de aenonaves, e sem a expectativa disso mudar nos próximos 50 anos, movimentar o parque industrial brasileiro para produzir localmente significa apenas pagar muito mais pelo mesmo produto. Mais eficiente seria empenhar o que gastamos a mais para garantir o ToT em pesquisa e inovação, projetos com ITA e Embraer e outras empresas. Até França e Suécia estão tendo dificuldades para produzir localmente. Custo muito alto para uma linha de produção pequena.
Saiu no Janes que o Brasil está negociando 24 unidade de F-16. Se for isso mesmo, eu desisto das FFAA e do Brasil.
Prezado Felipe Mendes, a matéria já está no ar.
Independência vêm se o Brasil projectar e fabricar uma Turbina para caças de 4ª/5ª/6ª Geração, o resto vai dar no mesmo… Poucas nações fabricam os seus próprio motores (EUA, Rússia, China, França, UK)… O Brasil não pode depender de uma potência externa para obter os motores para os seus caças.