Saab Press Trip 2024: Missões ar-ar e ar-solo com o caça Gripen E
Por Alexandre Galante*
No dia 20 de maio, a Saab fez apresentações de atualização de seus programas aos jornalistas participantes da Press Trip de 2024.
Na apresentação sobre as capacidades do Gripen E, o Consultor de Operações do Domínio Aéreo da Saab Aeronautics, Jussi ’Miyagi’ Halmetoja, comentou dois slides sobre uma simulação realizada em que 5 caças Gripen E foram colocados em uma missão de defesa aérea contra 4 caças-bombardeiros russos Su-34 orientados por A-50 AEW&C.
Jussi foi piloto de Viggen, Fighter Weapons Instructor, piloto de teste de Gripen da FMV, gerente de requerimentos do Meteor Integrated Joint Programme Office (IJPO) e chefe dos programas de mísseis ar-ar e dos requisitos do Gripen E na FMV. Tem mais de 2.300h de voo em comando de diferentes aeronaves e experiência tática também com os caças F-16, F-18, Rafale e EF-2000.
Na simulação, os Su-34 estavam em uma missão de ataque com os radares desligados, recebendo informações do A-50 AEW (ver gráfico abaixo).
No início do engajamento, os Gripen E bloqueiam o radar do A-50 AEW, o que faz com que os Su-34 sejam obrigados a ligar seus próprios radares.
Ao fazer isso, o sistema de Guerra Eletrônica (EW) do Gripen E detecta as emissões e a posição dos Su-34 é localizada.
Em seguida, dois Gripen E atacam os Su-34 com mísseis Meteor e batem em retirada enquanto outros Gripen orientam os mísseis até os alvos.
Os Su-34 também lançam seus mísseis ar-ar, que são devidamente bloqueados pelo sistema de guerra eletrônica dos Gripen E da missão.
Wide Area Display em missão ar-solo
Jussi apresentou também slides do WAD do Gripen E durante uma missão ar-solo. Ele destacou que as missões ocorrem sem chamadas de rádio entre os Gripen E, toda a informação é apresentada de forma visual e cada piloto sabe exatamente o que fazer. Através da fusão de dados, os alvos são identificados pelo sistema automaticamente e compartilhados pelo data-link.
Se um Gripen E perde o rastreio de um alvo devido a um bloqueio eletrônico, por exemplo, os outros Gripen E da formação voltam seus sensores para o alvo para recuperar as informações do rastreio automaticamente.
Como mostra o slide abaixo, no WAD o piloto recebe informações de outros Gripen E e também sobre os alvos, a qualidade do rastreio do alvo etc.
No segundo slide (abaixo), após 8 minutos de missão, aparecem os alvos em vermelho, incluindo a defesa antiaérea SA-17 (Buk-M2). O bloqueio eletrônico dos alvos é feito automaticamente com todos os aviões participantes da missão. Os alvos são engajados com mísseis Spear-EW de Supressão de Defesa Aérea Inimiga (SEAD).
* O editor viajou à Suécia a convite da Saab.
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Muito interessante mas me pergunto como o Gripen NG consegue manter a orientação dos mísseis Meteor se está batendo em retirada, ou seja, de costas para o inimigo. Isso é possível? Imagino que não… . Eu assisto aos vídeos de usuários de DCS como Growling Sidewinder e outros e durante esses “embates”, sempre que você muda completamente a direção do nariz da aeronave, que é onde está o radar, perde-se automaticamente o “lock” com o míssil, o que quer dizer que este não sabe mais onde está o alvo e consequentemente se torna inútil, ou pelo menos até ligar seu… Read more »
A resposta está clara no texto:
“Em seguida, dois Gripen E atacam os Su-34 com mísseis Meteor e batem em retirada enquanto outros Gripen orientam os mísseis até os alvos.”
E com os mísseis modenos como o Meteor eles tem radar próprio e podem continuar indo para o alvo mesmo que o caça tenha sido abatido. Claro que se tiver um caça iluminando o alvo é melhor para os mísseis, mas eles podem se orientar com o radar interno.
“sempre que você muda completamente a direção do nariz da aeronave, que é onde está o radar, perde-se”
Gripen E atacam os Su-34….. batem em retirada enquanto outros Gripen orientam os mísseis até os alvos.
Complementando a resposta, mesmo que fossem os mesmos caças ainda haveria a possibilidade de se afastarem do alvo (ainda que não fosse dar as costas): o radar AESA do Gripen E possui uma antena em ângulo que é direcionável (do tipo swashplate, em que ela rotaciona), permitindo acompanhar um alvo em ângulo até superior a 90°, ou seja, com o caça se evadindo em diagonal.
Sempre define o Gripen E como um mosquito Aedes Aegypti, um pequeno notável e mortal, como tal, sendo pequeno pois quando e se perceber já foi atingido rsrsrs
Nunão, a Saab alega que o sistema ESM do Gripen E é preciso o suficiente para guiar mísseis sem a necessidade de ligar o radar. Como a cobertura é total ao redor da aeronave, então teoricamente ele seria capaz de guiar um míssil mesmo se estivesse de costas para o alvo, contanto é claro que esse alvo esteja com seu radar permanentemente ligado.
O Meteor tem radar próprio, a chamada tecnologia de dispare e esqueça.
Na vdd ele vira para o lado se distânciando da aérea de lançamento, o “plate onde tá o radar do Gripen se move como se fosse uma varredura mecânica, assim mesmo de lado para o Alvo o Gripen ainda pode ver o Alvo, e o Meteor possui radar proprio. assim o Gripen não precisa iluminar o alvo o tempo todo.
Obrigado a todos pelas respostas!
Fábio, com a recente inclusão do F-4E no DCS eu andei vendo alguns videos no youtube para ver como ele está e topei com alguns do Growling Sidewinder. Ele não me parece ter lido sobre como combater no F-4 hehehehehe. Ele parece estar sempre ‘trapaceando.’ O que eu quero dizer com isso não é que ele use ‘cheat’ nem nada. O cara voa bem, mas todos os videos que eu vi com ele combatendo com F-4E’s, ele sempre estava armado com AIM-9L que é ‘all aspect’ e não é exatamente o que o F-4E usou durante a maior parte da… Read more »
Bom dia Caro Leandro.
.
De fato, alguns vídeos do Grownling Sidewinder parecem “fáceis demais”, e isso é perceptível quando ele enfrenta adversários humanos ao invés da IA do DCS. Além disso, os vídeos dele são monetizados e ele ainda ganha dinheiro com Merchandising de alguns produtos, então é necessário do ponto de vista comercial que ele vença os combates muito mais do que perca, Rssss
Faltou só combinar com os russos.
Não tem que combinar nada…são cenários adotados para propaganda dos sistemas e da aeronave. Que viagem.
combinar com quem nem sabe que tem um míssil vindo?
qual a logica e pra que?
meu caro, já está combinado. é assim ó: Vamos bater em retirada pra moscou voando …e bem rápido
A galera pelo visto não conhece a famosa frase do Garrincha. Durante a preleção para um jogo Brasil x URSS o técnico brasileiro expôs no quadro negro para a Seleção a sua tática, mostrando por onde os jogadores deveriam avançar, como tocar a bola e onde os soviéticos estariam. Garrincha vendo aquilo fez a famosa pergunta “Professor, só falta combinar com os russos né?” Eu inclusive acho essa piadinha pertinente aqui. Tudo nesse cenário aconteceu de forma muito ideal para os Gripen, eles jamearam tudo dos russos e os russos não fizeram nada ou fizeram o que os suecos queriam… Read more »
Os suecos deram uma previsão para que as capacidades de ataque ao solo estejam operacionais no Gripen E?
Ainda não estão? O avião não foi certificado?
Segundo o que noticiaram, a aeronave ainda não alcançou FOC, estando em IOC. Estando nesse estágio, ela está capacitado a realizar missões ar-superfície e reconhecimento? Ou o IOC abrange apenas as missões ar-ar?
Não há diferença de missões nesses estágios. O avião lançou bombas lá na Suécia e foi certificado pra isso. Aliás, pra tudo.
A capacidade de realizar missões, em caso de necessidade, existem. Mas, capacidade plena e com todas exigências do operador (FAB) cumpridas, pelo que foi noticiado, inclusive aqui no Aéreo, ainda não existe.
https://www.aereo.jor.br/2019/09/21/primeiros-gripen-e-serao-configurados-apenas-para-missoes-ar-ar/
Tem outras matérias que também citam isso.
Acho que não me expressei corretamente: a FAB não precisa lançar nenhuma bomba pra dizer que o F-39 é capaz de lançar bomba. E acertar o alvo. A FAB querer empregar o avião, inicialmente, em Defesa Aérea não tem nada a ver com as capacidades do mesmo.
Então, poderia me explicar por que a aeronave ainda está em IOC? O que falta para ter declarada sua FOC? Pergunto de forma sincera, sem provocação, pois agora fiquei com essa dúvida.
Definitivamente não existe sistema de armas equivalente na AL, e mesmo no sul global. Contudo, não é dessas regiões que – eventualmente – poderia surgir uma ameaça concreta ao Brasil, não é ?
Então, “pressing the obvious button”, falta uma maior quantidade de F-39 e um bom sistema antiaéreo de longa ou média distância que ajude a negar a aproximação.
Saudações.
Meu caro, o sul global é um conceito geopolítico , ao qual pertence o Egito, por exemplo, que possui Rafales em sua frota de aeronaves.
Então, há caças tão bons ou talvez melhores que os Gripens sendo operados pelo sul global.
Meu prezado, agradeço a interação cordial e respeitosa. Mas qdo fiz referência ao sul global eu não dei ao termo qualquer conotação geografica como o seu comentário sugere. Pois se assim o fizesse eu estaria ignorando que a Austrália, que possui F-35 e F-18 SH. Qto aos rafales, e demais aeronaves 4++, não duvido que individualmente sejam até melhores que o gripen E. Contudo, não foi esse o ponto colocado; mas sim que o gripen E nao é somente um caça, mas sim um sistema de armas criado para tentar (e faço um reforço no tentar) reduzir/eliminar as ameaças de… Read more »
se tu desconsiderar a Australia como sul global por ser parte da rede AngloSaxa, então é vdd
Sim. Mas minha afirmação não foi no sentido geografico,. E no sentido geopolitico, desconheço que exista outra aeronave criada para funcionar nos moldes que o gripen E funciona.
Contudo, faço um mea culpa pois utilizei o termo regiões (“…não é dessas regiões que…”) e isso, certamente, motivou tudo.
Mas no momento em que escrevia não vislumbrei melhor termo.
Saudações
O pessoal só está comentando porque o termo voltou a ser utilizado com relativa frequência devido as últimas mudanças políticas.
Sinceramente, na minha opinião, é irrelevante e não reflete realidade ou equivalência política e econômica alguma.
Muito menos similaridades de culturas.
Pelo menos, não nessa época em que vivemos.
É mais um discurso para fomentar “nós e eles” (em ganhar engajamento) do que em resolver os próprios problemas (o famoso “cuidar do próprio rabo”).
Aproveitando a oportunidade, Nunão (ou que quiser ou puder responder) quais os possíveis critérios que definem qdo a defesa aérea deve empregar caças ou mísseis?
Consigo pensar em três: distância, grau de efetividade e local do possível alvo.
Saudações.
Já respondeu.
Saudações Nery.
Considerando o que vemos na Ucrania e vimos na presença russa na Síria, essa simulação esqueceu de convidar a realidade.
Será que realmente as pessoas acreditam que é assim que as coisas funcionam?
Você poderia colaborar com o debate e explicar, na sua ótica, “como as coisas funcionam”, já que criticou a simulação e tratou com ironia a reportagem.
Agora falta complementar sua afirmação com argumentos concretos.
Não é isso. Mas vamos lá, na onda do super-trunfo. 4 Su-34 em uma missão de ataque (Solo? Navios? Aeroportos?) Transportando que tipo de armamento ar-solo? Misseis/bombas), em uma situação de “ataque” vetorados por um A-50 (também seriam vetorados por estações de terra já que os radares russos estão ali do lado), seriam escoltados por caças Su-35 e mesmo os Su-57 que fariam a proteção e a “limpeza” de aeronaves como o Gripen que no momento em que decolam do aeroporto ou das estradas todos os radares russos (terra/ar/mar) sabem aonde eles estão. Essas aeronaves de limpeza (su-35 ou Su-57… Read more »
O cenário é exemplificativo, lógico que não estão considerando 100% das variáveis, inclusive várias delas não estão sendo levadas em conta para o lado russo. Do lado sueco, por exemplo, também não há a presença de radares em terra, do GlobalEye ou do Patriot. Sequer está sendo considerado que para chegar onde estão no mapa, as aeronaves russas teriam que voar em um corredor de poucos quilômetros de largura entre dois membros da OTAN.
Na onda do super trunfo….já parei de ler ai.Na onda do super trunfo até 14 Bis pode vencer um F-22 ! rsrsrs
A missão de “limpeza” se chama sweep, ou varredura.
Eita Galante acho que esse cenarios o proposto péla Suecia e o proposto por nosso amigo o Toro valeria uma simulação o que vc acha ?????
Vocês estão confundindo um cenário bolado de forma única e exclusivamente para ser simples e fácil de entender ao demonstrar uma capacidade da aeronave para um bando de repórteres com um cenário complexo para treinamento.
Esse cenário fica implícito que os Gripens estão na defensiva e os Russos no ataque! Isso faz com que a geografia estabeleça condicionantes pro cenário! Inclusive sobres os meios de ataques utilizados pelos SU-34 que poderiam permitir ataques antes de entrarem na zona de não escape dos meios utilizados pelos Gripens!
A Rússia não tem um míssil que permita um ataque tão longe quanto o Meteor Permite, além de que o SU34 não tem uma capacidade de guerra eletrônica tão potente quanto o Gripen, só o SU57 é capaz de enfrentar ele e ter maior probabilidade de sucesso.
explica aí então
e cadê a aviação Rússia na ucrânia? eu to vendo só avião russo sobrevoar a território da Rússia (que não é o roubado da Ucrânia) e jogar a bombas e voltar pra base.. cadê as incursões em reis em território hostil? kkkk
O WAD tecnologia brasileira que seria só do Gripen E/ F brasileiro já que os suecos planejavam usar os displays dos Gripens C/ D mais ficaram tão impressionados que incorporaram o nosdo WAD nos Gripens E deles!
O WAD é da Elbit que vai ser fabricado aqui por sua filial a AEL não é exatamente tecnologia BR.
“WAD é da Elbit que vai ser fabricado aqui por sua filial a AEL”
banho de agua fria numa galerinha que pede pra cortar kkkkk
É, porque foram os engenheiros brasileiros que o desenvolveram. Um companheiro de turma (piloto de prova) era o Gerente de Negócios lá, e auxiliou no desenvolvimento. Depois foi pros Emirados trabalhar no Calidus.
Saber que o Gripen tem energia suficiente para interferir no radar do A50 foi impressionate, não esperava isso, quanto a interferir no SU34 eu já sabia que era possível, não existe hj caça na Rússia que seja páreo para o Gripen E, só algumas unidade SU57, o Gripen perde se o Piloto dele não souber usar tudo que tem disponível. O sistema de guerra em rede é sempre fabuloso, um avião é sensor do outro. E espero que o post de hj sirva pra um cara que disse que não existe isso de voar com radar desligado, radar ligado atualmente… Read more »
Ainda que um único Gripen não tenha energia suficiente para bloquear o radar de um A-50, a Saab desenvolveu para o sistema EW do Gripen E uma capacidades de ataque eletrônico cooperativo, onde várias aeronaves conectadas via datalink direcionam a energia dos transmissores contra o mesmo alvo para maximizar os efeitos.
A informação é bem interessante. O radar Erieye, dos nossos E-99, é muito resistente à interferência. Inclusive, ao ser interferido, mostra de onde vem essa interferência. Seria um exercício interessante treinar com os nossos F-39 essa situação e validar o resultado. Missão pro pessoal do IAOp.
O radares das versões do A-50, a primeira versão e a versão atualizada são mais antigos e por isso os russos estão desenvolvendo o A-100 com as tecnologias mais recentes, já o radar Erieye é mais modernos e por isso mais resistente a interferência.
O radar phased array é mais resistente.
Algum jornalista lembrou de perguntar se os Gripen E neste cenário são os suecos ou os brasileiros?
Pergunto pois já foi divulgado que os suecos possuem EW mais robusta que os nossos.
Seria interessante saber se a capacidade de bloqueio eletrônico é semelhante no “nosso” Gripen também.
Perguntei, mas disseram que a pergunta deve ser feita à FAB 🙂
Obrigado Galante. Para mim, essa resposta já responde a questão. Nossos Gripen não poderiam fazer o mesmo. Seria fácil responder caso as capacidades de EW fossem iguais, ele simplesmente teria dito: Claro, os Gripen E brasileiros são igualmente capazes. Mas como não são, ele foge da resposta e “coloca a culpa na FAB”, mais ou menos: vá reclamar com a FAB.
Luis, sua leitura pode não estar correta.
Há obrigações contratuais sobre o que cada parte pode falar.
Acho que você está chegando a conclusões demais com informações de menos.
Pode ser Nunão. Mas acho que as informações que temos deixam bem claro que os nossos Gripen E são inferiores aos suecos justamente em EW.
Acho que em uma apresentação exaltando as capacidades do caça, sem entrar em detalhes mais sigilosos, não teria problema nenhum em consentir que os Gripen brasileiros possuem as mesmas capacidades. Ele não estaria divulgando nenhum segredo da FAB e também nenhum detalhe adicional de capacidades do Gripen, apenas consentindo que o brasileiro tem as mesmas capacidades que o sueco…
….. ou, sob outra ótica, eles podem fazer e é uma informação confidencial, o que eu pessoalmente considero que deve mesmo ficar bem guardada não?
Se fosse algo confidencial que deveria ser mantido em segredo, eles não teriam divulgado. Se divulgaram que o Gripen E possui estas capacidades e quando questionado se os Gripen E brasileiros possuem as mesmas, ele poderia apenas consentir, não estaria divulgando nenhuma informação adicional e nenhum segredo “fabiano”.
Agora, sabendo que os nossos Gripen E não possuem estas mesmas capacidades, ai sim caso ele respondesse, poderia estar colocando a FAB em saia justa e/ou passando informações sigilosas.
Faz muito sentido.
Para quem está achando esse cenário muito fantasioso, trago este relato feito por Justin Bronk, que é consultor da RUSI e instrutor da Força Aérea Norueguesa. “O Gripen é um tanto desconhecido em relação às máquinas modernas de superioridade aérea porque adota uma abordagem fundamentalmente diferente para a capacidade de sobrevivência. Embora nos exercícios DACT tradicionais, os pilotos do Typhoon frequentemente se referissem ao Gripen como ‘bucha de canhão’ devido à sua relação impulso-peso inferior, velocidade, agilidade e armamento, nos poucos casos em que o Gripen ‘veio para jogar’ com todas as suas capacidades de guerra electrónica, deu choques muito… Read more »
Para quem quiser conferir, a entrevista com Justin Bronk onde ele fala sobre o Gripen: https://hushkit.net/2016/03/17/su-35-versus-typhoon-analysis-from-rusis-justin-bronk/
Isso é tudo verdade, mas já que se fala em informações dadas pelos Britânicos, também convém dizer, que eles dizem que o Typhoon na função ar/ar além alcance visual, é o melhor caça, tirando os 5G, e eles reforçam, dizendo”sem dúvidas”.
“Em seguida, dois Gripen E atacam os Su-34 com mísseis Meteor e batem em retirada enquanto outros Gripen orientam os mísseis até os alvos.”
Isso joga fora uma das capacidades diferenciais dos mísseis com radar ativo frente aos de radar semi-ativo. O Meteor precisa disso? Ele não pode ser lançado de seu alcance máximo e ter total Indenpendência do radar do avião lançador?
Sim, ele pode. Mas o míssil BVR é lançado na direção computada do ponto futuro do alvo, que pode eventualmente tentar manobras evasivas. Acompanhar o alvo no radar do caça permite que o míssil receba atualizações por datalink, aumentando as chances do míssil acionar seu próprio radar bem dentro da chamada no escape zone (NEZ). No cenário mostrado, essa atualização era taticamente possível (e foi feita por outros caças com evasão dos aviões que lançaram os mísseis). Se não fosse possível ou muito arriscada, não continuariam acompanhando os alvos e os mísseis seguiriam sem atualização para o ponto em que… Read more »
Ok, entendi. E a NEZ do Meteor é maior (inicia mais distante do alvo) do que um míssil como o AIM-120C, por exemplo? Penso que esse deve ser um dos diferenciais buscados por um míssil desse tipo, em relação aos concorrentes, não?
Se não me engano é.
Quem entende desses detalhes é o Bosco.
A questão da NEZ está relacionada com o alcance do míssil e sua capacidade de manter alta energia para realizar manobras de alto G sem perder energia. Próximo do seu alcance máximo, o míssil pode já estar com “motor desligado”, um alvo altamente manobrável como caças podem realizar manobras evasivas e o míssil não terá energia para continuar na perseguição. Dependendo da distância, o caça alvo pode manobrar e fugir em alta velocidade e o míssil pode não conseguir alcançá-lo. Então a NEZ geralmente é a distância em que nada disso funcionará, pois o míssil ainda tem muita energia para… Read more »
Obrigado, Luís. Então, é como eu pensava. A maior NEZ possível é o que se busca para o míssil ser mais efetivo e dar mais segurança ao avião lançador.
qual míssil hj tem radar AESA e é operado, que eu saiba só existem projetos, tu esqueceu outro ponto importante do AESA nos mísseis, ele serão mais resistentes a EW, e o do Japão vai ser AESA de GaN
Que eu saiba o Japonês AAM-4B com 120 km de alcance e o chinês PL-15 com 200 à 300 km de alcance. Ambos estão em operação e possuem radar AESA.
Sim, além do maior alcance e melhor capacidade de travar em alvos furtivos, também são/serão mais resistentes a jamming.
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COMENTÁRIO REPETIDO APAGADO.
MANTENHA O BLOG LIMPO.
Olá,
O sistema de guerra eletrônica dos gripens bloquearam o radar do A-50 e os misseis dos Su-34.Caraca,o sistema é efetivo assim?Pareceu tão simmples de fazer.👍
Se você conhecer, antecipadamente, as frequências, FRP, largura de pulso etc. é, de certa forma, simples. Essas informações devem constar da Ordem de Batalha Eletrônica (OBE) do inimigo, e são coletadas em tempo de paz. Isso é o mais difícil.
Quero saber é do Micla-BR ,isso sim!!
“No início do engajamento, os Gripen E bloqueiam o radar do A-50 AEW, o que faz com que os Su-34 sejam obrigados a ligar seus próprios radares.” Sorte que combinaram com os Russos! se eles adotassem outra tática ao ter o A-50 AEW neutralizado como, por exemplo, um só ligar o radar e ficar para traz vetorando os outros, o resultado poderia ser bem outro. Sorte que é só simulação e propaganda.
Essa estratégia teria sucesso contra um ataque de aviões de quinta geração como o F-35 ? Em tese o AWACS também seria bloqueado, obrigando eles a ligarem seus radares e atacados pelos Gripens, que disporiam de meteor, com alcance maior que o AIM-120.
Se não ligassem, teriam que entrar no alcance de mísseis de infravermelho.