De Canoas ao interior: C-95 Bandeirante e C-97 Brasília na Operação Taquari 2
Esquadrão Pégaso atua em ponte aérea do bem no RS – As tripulações realizam diariamente missões de transporte aéreo logístico até cidades do interior gaúcho
Sediado na Base Aérea de Canoas (BACO), o Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo (5º ETA) – Esquadrão Pégaso, da Força Aérea Brasileira (FAB), tem atuado em uma verdadeira ponte aérea ligando a região metropolitana e cidades do interior para o recebimento de donativos e insumos hospitalares.
Operando aeronaves C-95 Bandeirante e C-97 Brasília, as tripulações realizam diariamente missões de transporte aéreo logístico até cidades da serra gaúcha, como Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul*, além de Santa Maria, na região central, e Pelotas, na região sul do estado. Somente pelo 5º ETA, são transportadas uma média de cinco toneladas de mantimentos por dia.
“Realizamos a entrega de doações, como cestas básicas e água potável, mas também itens importantes para a área da saúde, como bolsas de sangue, insumos para tratamentos de doenças crônicas, vacinas e equipamentos especiais para equipes de resgate”, conta o Tenente Aviador Gabriel dos Santos Vernec, um dos pilotos do Esquadrão.
Uma vez que cada região possui demandas específicas, a aeronave não retorna vazia para Canoas. A Universidade de Caxias do Sul (UCS), por exemplo, tem realizado o trabalho de arrecadação, organização e preparo de lanches rápidos, como pães e frutas, para que sejam distribuídos aos desabrigados na região metropolitana da capital gaúcha. Ao todo, em uma semana foram transportados no trecho Caxias do Sul-Canoas mais de 42 mil lanches e 2,5 toneladas de frutas, além de leite, fórmula infantil e biscoitos.
Durante os voos, também acontece o transporte de profissionais de saúde, voluntários e militares que estão atuando nos diversos pontos atingidos. Em média, são transportados 20 passageiros por dia.
As tripulações de voo revezam-se a cada etapa para que o apoio logístico ocorra de maneira eficiente e no menor tempo possível. Além das coordenações logísticas, o 5º ETA mantém uma equipe de operações aéreas funcionando em tempo integral no planejamento desses voos regionais. Essa equipe atua por meio das demandas do Comando Conjunto da Operação Taquari 2 e busca atender às necessidades de cada ponto do Estado.
FONTE / FOTOS: FAB
*Provável erro de edição de texto da nota divulgada pela FAB, pois Santa Cruz do Sul fica na região central do RS.
C-30 > KC-390 > C-105 > C-97 > C-95 > C-98
Muito bom, mostrando que a FAB é capaz de atingir aeroportos menores.
Acredito que o bandeirante já deve estar caminhando para o fim da sua vida útil na FAB, já estão pensando num substituto ou vão focar nas aeronaves maiores?
Já estão pensando
Seria o Cessna 408 SkyCourier que apareceu em apresentações da FAB? Ou a FAB busca uma aeronave com capacidade similar a do Bandeirante?
O SkyCourier tem capacidades muito similares ao C-95. Por exemplo, a capacidade de carga, de 2700 kg no primeiro e 2500 kg no segundo.
Obrigado pela correção. Não sei de onde tirei que o Bandeirante era maior.
Ha uns 2 anos se falou de um embraer turboélice elétrico, se não me engano. Quem sabe né… Seria bom que fosse novamente um projeto nacional.
Estão pensando em substituto, faz parte dos projetos estratégicos da FAB recentemente apresentados na CREDN.
Caro Nunão, acho que ele apresentou na reunião anterior, mas não me lembro de ele ter apresentado na mais recente. Conferi, e aparentemente ele parou a apresentação na parte de espaço, certo? (Não tive tempo para rever toda a reunião) Aí eu acho que encontrei algo interessante… Baixei a apresentação completa no site da Câmara, e tem mais do que ele apresentou. (Péssima qualidade de imagem, mas fazer o quê…) https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/credn/apresentacoes-em-eventos/apresentacoes-de-convidados-em-eventos-de-2024/reuniao-de-comparecimento-do-ministro-da-defesa-e-comandantes-das-forcas-armadas Mas encontrei essa joia aqui. Tem o Cessna Skycourier, que pra mim já está escolhido e só estão esperando a grana. Contudo, e peço desculpas por desviar do tema,… Read more »
Sim, embora eu entenda que a ilustração seja apenas isso: ilustrativa.
Em outro slide é mencionado como projeto futuro o CL-X4. Os anteriores CL-X foram aquisições de C-295, nas versões C-105 e SC-105. Como desconheço intenção de mais um lote de C-295, talvez o CL-X4 seja o programa de substituto do Bandeirante. Mas não perguntei oficialmente isso a ninguém da FAB ainda.
Caro Nunão, quanto ao CL-X4, meu chute é que seja o Skycourier mesmo. Tá sendo bem recorrente o uso dele nas apresentações, por isso imagino que esteja decidido. Se o Stout fosse renascer, creio que já saberíamos ou estaríamos próximos de saber, mas, sinceramente, não acredito numa solução híbrida para essa função na FAB por enquanto, devido a maior complexidade. Tem que ser robusto como o Bandeirante. Quem sabe possamos cogitar uma produção local sob licença, seria a melhor opção em minha opinião. A única menção sobre o projeto que encontrei foi no SisLAer, que mostra que tá bem recente… Read more »
Nunão,
E o ATL-100 da DESAER? Alguma chance de sair do papel? Seria um concorrente direto do Cessna SkyCourier, certo?
A última notícia que eu vi sobre a construção da fábrica da Desaer, em Araxá, infelizmente não é boa.
https://diariodocomercio.com.br/economia/fabrica-avioes-desaer-araxa-nao-sai-papel/#gref
Decisão lógica.
Imagina o trabalho que é receber e catalogar as doações e, de outro lado, receber a demandas do interior, fazer o “matching” entre o que ofertado e o que é demandado e organizar os vôos para fazer a distribuição.
Correto, abrir um centro de triagem, fazer com que as doações cheguem ao local classificados o máximo possível facilitando a logística, indo o material certo para onde realmente é necessário e solicitado, leve ainda em consideração que a percepção da urgência e a ausência de controle leva a alguns espertos se livrarem de estoques inúteis e depois solicitar redução de imposto por doações, isso é um grande desafio, como disse um comentarista aqui, Será uma curva de aprendizado gigantescas as FFAA.
Foi matéria no JN ontem, vale procurar online.
Alguém assiste esse lixo ainda?
O bom e velho C-95 Bandeirante. Aí nega serviço não, viu.
9 aeronaves.
Todos que estão operacionais no esquadrão. Provavelmente ficaram algumas que estejam passando por manutenção.
Na BASM tem espaço de sobra. Só de hangaretes, aqui são 23, enquanto em Canoas são 10.
Com a inundação do aeroporto de Porto Alegre e a continuidade de operação dos vôos de ajuda em.canoas e com a necessidade de diminuir as logistica da FAB e quantidade de bases aéreas pergunto:
Valeria a pena trans formar a base aérea de Canoas em aeroporto internacional? Nesse sentido, as operações da base aérea de Canoas seri em maior parte transferida para Santa Maria.
Não seria viável…..um aeroporto internacional precisa de guichês de check-in, alfândega, controle de passaporte, catering, controle de saúde, uma quantidade absurda de querosene de aviação, triagem de bagagens e milhões de outros detalhes…..seria impossível transferir tudo isso do Salgado Filho para Canoas.
E Canoas já está muito ocupada com a situação atual….o melhor mesmo é esperar que a situação volte ao normal…..além disso já está faltando espaço físico em Canoas; por isso a FAB transferiu os F-5 para Santa Maria….e para piorar a água já está chegando perto da cabeceira 13.
“(…) um aeroporto internacional precisa de guichês de check-in, alfândega, controle de passaporte (…)
Por aí… Tem de ter toda uma estrutura da Polícia Federal, da Receita Federal, fora a própria estrutura aeroportuária para vôos comerciais em si… Check in, esteiras, fingers, carrinhos de manobra, bagagem, passageiros.
Em ritmo normal seriam alguns meses para essa transferência. Em ritmo Brasil, o La Niña já terá chegado e os problemas serão outros.
Creio que não. Eu sei que Floripa essa longe mas neste caso, o mais adequado seria cobrir os voos comerciais. Não sei se existe outro aeroporto grande mais perto
O Aeroporto de Sendai ficou meses fechado após o grande terremoto de 2011 no Japão….
O aeroporto de Jaguaruna é novo, opera A320/B737 (não sei se com capacidade full) e fica uns 180km mais próximo de POA do que o de Floripa, além de ser subutilizado. Daria pra incrementar as operações.
O problema é que a infraestrutura ainda é limitada.
Legal…
Operam com capacidade full. Já operei lá.
Estão redirecionando os voos comerciais para Florianópolis e Caxias do Sul.
E parabéns à FAB pelo trabalho que vem realizando.
Apenas uma pequena correção na reportagem: Santa Cruz do Sul não fica na serra gaúcha.
Obrigado pelo aviso. Colocaremos uma nota, deve ter sido erro de edição final do texto da FAB.
Exato. Fica a meio caminho entre Porto Alegre e Santa Maria.
Florianópolis já opera no novo terminal faz alguns anos. Sim, tem condições.
Digo, não hoje, mas num futuro próximo.
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A tendencia parece ser de reincidência das inundações, talvez até mais fortes
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Obrigado a todos pelas pontuações.
Ahhh ok, desculpe….pensei que vc estava se referindo a transferência de vôos domésticos e internacionais para Canoas devido as inundaçôes.
Bom, não creio que a FAB irá fechar Canoas….mesme que feche, não seria o ideal.
O Salgado Filho atende bem as necessidades da região…..várias modificações foram feitas como ampliação da pista….a situaçâo atual é algo realmente extraordinário.
Se no futuro o atual aeroporto ficar “pequeno”, seria melhor construir um novo aeroporto….um pouco mais longe da cidade e longe de rios ou barragens!
Aqui na BASM também estão operando um Bell 212 da Força Aérea Uruguaia e um DHC-6 Twin Otter da Força Aérea chilena.
Fico imaginando o quão útil seria se nossas FFAA tivesse alguns Mil Mi-26 . . . com aquela capacidade de carga e decolagem e pouso vertical seria uma excelente ferramenta em situações como essa.
Embraer Bandeirante, um excelente avião que com certeza vale a pena ser modernizado para durar por mais 20 anos…