Segundo o Wall Street Journal, Embraer planeja novo jato para concorrer com o Boeing 737

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De acordo com matéria do Wall Street Journal, a fabricante brasileira de aeronaves Embraer está explorando a possibilidade de desenvolver um novo jato de porte semelhante ao Boeing 737 para competir no mercado dominado por Boeing e Airbus há quase três décadas.

Apesar de ainda estar nos estágios iniciais e sem uma decisão final tomada, a Embraer está avaliando as possíveis especificações de carga e alcance do jato. A empresa também consultou possíveis parceiros financeiros e industriais, incluindo o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e empresas de manufatura na Turquia, Índia e Coreia do Sul.

Um porta-voz da Embraer afirmou que, embora a empresa tenha capacidade para desenvolver um novo jato de corredor único, atualmente não há planos para um novo projeto de grande escala, e o foco permanece na venda de seus modelos existentes. As ambições da Embraer foram reforçadas recentemente devido às dificuldades enfrentadas pela Boeing após um incidente com um jato 737 MAX da Alaska Airlines, que perdeu um painel de fuselagem durante o voo.

Desde o aterramento de seus 737 MAX em 2019, a Boeing vem perdendo participação de mercado para a Airbus. O CEO da Boeing, David Calhoun, que anunciou sua renúncia no final do ano, previu anteriormente que a Boeing tentaria recuperar algumas dessas perdas com um novo avião, mas admitiu que a decisão caberia a um futuro CEO da Boeing.

Os novos programas de aeronaves exigem longos períodos de desenvolvimento, preparação de cadeias de suprimentos e aprovação regulatória. Calhoun mencionou que a empresa precisaria de cerca de 50 bilhões de dólares para desenvolver um sucessor para o 737 MAX, uma quantia que a Boeing, atualmente endividada, não possui.

Um novo modelo também representaria uma doce revanche para a Embraer após a Boeing ter desistido unilateralmente de um acordo de 4 bilhões de dólares para adquirir o negócio de jatos comerciais da empresa brasileira há quatro anos. A Embraer ainda aguarda os resultados de uma arbitragem que iniciou na Câmara de Comércio Internacional após a Boeing abandonar o acordo.

Vale ressaltar que muitos programas de novas aeronaves não têm sucesso. Por exemplo, a Mitsubishi Heavy Industries desistiu em 2023 de um projeto de 16 anos para desenvolver um novo jato regional. Em 2017, a Bombardier foi forçada a transferir seu programa de aeronaves C Series, que estava dando prejuízo, para a Airbus por 1 dólar após a Boeing ter solicitado ao Departamento de Comércio dos EUA a imposição de pesadas tarifas de importação sobre o novo modelo.

A Embraer atualmente não fabrica uma aeronave que corresponda ao tamanho e alcance dos populares jatos de corredor único da Boeing ou da Airbus. Seu maior modelo, o jato regional E2-195, que entrou em serviço em 2018, tem capacidade máxima para 146 passageiros, em comparação com os 172 assentos do menor jato de corredor único da Boeing, o 737 MAX 7. No entanto, a empresa brasileira poderia utilizar aspectos do design e da tecnologia do E2 como base para o novo avião, ajudando a subsidiar alguns dos bilhões de dólares em custos caso prosseguisse com um design totalmente novo.

Embraer rebate reportagem sobre novo jato e diz que não há grande plano de investimentos

Segundo reportagem da Reuters, a fabricante de aviões brasileira Embraer na quarta-feira minimizou uma notícia de que esteja planejando desenvolver um novo jato para competir diretamente com os modelos mais vendidos da Boeing e da Airbus, dizendo que não tem planos para um grande ciclo de gastos.

“A Embraer certamente tem capacidade para desenvolver uma nova aeronave de fuselagem estreita. No entanto, temos um portfólio jovem e de muito sucesso de produtos desenvolvidos nos últimos anos, e estamos realmente focados em vender esses produtos e tornar a Embraer maior e mais forte”, disse um porta-voz da Embraer.

“Não temos nenhum plano para um ciclo considerável de investimentos neste momento”, acrescentou o porta-voz.

A Embraer compete no mercado de jatos regionais com sua família E2 para 90 a 120 passageiros, colocada abaixo do mercado de mais de 150 assentos dominado pelo duopólio transatlântico de jatos MAX e A320neo e no qual a China entrou recentemente com seu C919.

Seu principal concorrente é o A220 de 110 a 130 assentos, que a Airbus comprou da Bombardier em 2018, depois que a fabricante canadense abandonou os planos de competir no segmento inferior do mercado de jatos.

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Andre Prates

Pra cima deles Embraer!!! BRASIL!!!!

JOAO

Agora sim!!! Tem total capacidade e eficiência para abocanhar parte desse mercado. Ainda daria o troco pelas sacanagens da Boeing.

Chris

Eu realmente acho que a Embraer deveria entrar nesse segmento…

Pois ele é gigante… Mesmo que so abocanhe 10% do mercado… Ja seriam números consideráveis !

Nada como o CEO da American Airlines… Dizer que AIRBUS e BOEING… Deveriam se espelhar na Embraer !

Last edited 4 meses atrás by Chris
Jagdverband#44

Kkkkkk

KarlBonfim

Quem Kkkkkk por último, Kkk melhor!

José de Souza

kkkk

CRISTIANO DE AQUINO CAMPOS

Só não abusa para os EUA não nós verem como inimigos como vêem a China hoje.

KarlBonfim

Não diria inimigo, mas adversário.

Rodolfo

Os avioes da embraer estao recheado de componente americano incluindo as turbinas, fora que a Embraer tem uma fabrica de Phenom na Florida.

Chris

Pode acontecer… Mas a história diz que eles so realmente boicotam… Qdo ha muita disparidade nos preços.

E o Brasil passa longe de ter custos baratos !

KarlBonfim

Capacitada tem, mas e os chineses com C919?

Chris

Ha muita desconfiança e política… Na compra de aviões chineses por empresas ocidentais..

Esse problema não afeta a Embraer ! Que vende bem seus jatos, ate EUA e Japão.

O mercado do C919 deve se limitar aos países “vermelhinhos” !

Last edited 4 meses atrás by Chris
Nemo

Apenas o mercado chinês, o de maior potencial do mundo, garante o sucesso do C919. Nos últimos meses obteve duas encomendas de 100 aviões (empresas aéreas estatais chinesas). Mesmo assim haverá espaço para novas encomendas da Airbus e Boing.

Bispo

Seria a vingança suprema .. servida ainda “quentinha” nas asas do 737 MAX 😈…sugiro a cuvée Vieilles Vignes Françaises(champagne) geladíssima para acompanhar..rs

Last edited 4 meses atrás by Bispo
JOAO

Anota! Não duvido muito que daqui a 10 anos veremos á Embraer adquirindo a setor de aviões comerciais da Boeing.

Carlos Pietro

Amém.

KarlBonfim

Isso é utopia…

Maurício Veiga

Não, isso é um surto psicótico!!!

Bispo

Vamos lança uma uruka ..rs , que a Embraer compre a Boeing.

Maurício Veiga

Isso nunca ocorrerá, a Boeing é a “Menina dos Olhos” do governo Americano, nem mesmo a Airbus teria esse poder de comprar!!!

KarlBonfim

“Usar da vingança com o mais forte é loucura, com o igual é perigo, e com o inferior é vilania”. .
Pietro Metastásio

Bispo

Ok … vou reconstruir para o .. quase politicamente correto…rs

Seria uma oportunidade, um nicho de mercado , aberto por falha operacional de um grande fabricante e aproveitado de forma vingativa…🙃

Clésio Luiz

Um hipotético “E-200” teria que na verdade ser maior que o 737, adotando uma fuselagem semelhante a da família A320 da Airbus. Uma dos fatores que tem grande influência nas empresas é comunalidade da frota, então quanto mais em comum de manutenção e principalmente treinamento, mas vantajoso é. Daí uma das razões da família A320 ter superado o 737, pois é possível um piloto passar de um modelo de 120 a um de 220 passageiros com pouco treinamento adicional, tornando o quadro de pilotos da empresa mais versátil e menos custoso. Se a Embraer conseguir algo semelhante ou mesmo expandir… Read more »

Rinaldo Nery

Esse treinamento “menos custoso” depende da ANAC, e não da EMBRAER. É a ANAC quem define o treinamento necessário. Ela não aceitou a “comunalidade de licenças ” entre o A330 e o A350, no Brasil. Considera avião novo.

737-800RJ

Mas essa comunalidade existe no 737 NG, por exemplo, com o 737-700, o 737-800 e o 737-900. Com a família Max foi além, pois há o 737-7, o 737-8, o 737-9 e o novo 737-10, tendo uma capacidade de 130 assentos na menor versão até 230 na maior, dependendo da configuração adotada pela companhia aérea. A cabine de comando é a mesma.

EduardoSP

Lembrando que o A220 não tem nada a ver com o A320. Um foi desenvolvido pela Bombardier o outro pela Airbus.
Não há comunalidade entre essas duas famílias de aeronaves.

Maurício Veiga

Não é tão simples assim, a Boeing teve problemas e acidentes relacionados a isso, avião até parece mas não é tudo igual…

A C

Onde hah fumaca, hah fogo.

O desenvolvimento de um novo produto, seja um novo projeto ou a complexa ampliacao de um produto existente exige muitos recursos financeiros.
A EMB tem capacidade tecnica, conhecimento e reconhecimento no mercado para tal empreitada.
Tambem, a EMB parece ter uma equipe de inteligencia competitiva extremamente competente que estah sempre acompanhando profundamente o mercado e suas tendencias.

Uma teoria inocente: a informacao acima escapou “sem querer querendo” para medir a temperatura do mercado enquanto conversas reservadas com atuais clientes, potenciais futuros clientes e investidores acontecem velozmente em salas fechadas.

Last edited 4 meses atrás by A C
Cohengold

EDITADO:
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Bitten

Excelente avaliação parceiro. Eu acrescentaria q a Embraer tem sobre a Boeing a vantagem de ter mns interferência governamental. As indústrias dos EUA acostumaram-se ao motel “muito grande para quebrar” e parece q agora o governo lá já não tem condições plenas de salvar indústrias falidas, como aconteceu nos anos 1970-1980, qdo aconteceu a última onda de grandes fusões na indústria da 3ª geração. Aqui o q vemos é diferente, com uma única grande empresa q, após a privatização, adaptou-de a um ambiente de baixo investimento e projetos mais longos, que têm a vantagem de ir sendo adaptados conforme se… Read more »

Robson Rocha

Seria um baita desafio com muitos riscos mercadológicos. A Boeing praticamente faliu a Bombardier ao usar meios jurídicos para fechar o mercado americano para o avião canadense, forçando uma reserva de mercado para seu produto (um claro recado para quem acredita em livre mercado e livre concorrência). Não seria difícil prever que a Airbus fizesse manobra semelhante para dificultar a entrada do produto brasileiro no mercado europeu. Além disso, as companhias aéreas adotam um único fabricante de aviões de vários tamanhos e capacidades para diminuir custos de manutenção e treinamento. Um avião da Embraer na categoria dos 737 seria mais… Read more »

Luis

A alternativa poderia ser montar essa nova linha de aviões na Flórida, expandindo o complexo de Melbourne. Ou quem sabe aprofundar os laços de amizade com a Sierra Nevada Corporation em Nevada. Para se aproveitar do lobby dessa empresa e se proteger de futuras investidas comerciais da Boeing e da Airbus através de barreiras protecionistas em seus respectivos mercados. É um jogo de xadrez. Se errar a tacada pode ser a última. Mas se acertar..

BLACKRIVER

Se não tem as manhãs, não entra sem a ajuda de um profissional!!!

Cohengold

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Dudu

Não. A alternativa seria uma aliança geopolítica com a India: caso o KC 390, ganhe a competição para ser o novo transportador tático do exército indiano, com incentivos fiscais e locacionais do governo indiano, credito do Banco dos Brics, a Embraer instalaria no País mais populoso do mundo, uma fábrica de avioes comerciais de grande porte para atender as demandas dos mercados da Ásia e da Oceania; enquanto as fábricas brasileiras ficariam responsáveis pelos mercados americano, europeu e africano. Ninguém no Ocidente quer problemas com a Índia pelo fato dele ser o único País capaz de conter convencional e nuclearmente… Read more »

BLACKRIVER

É um desafio de vida ou morte…
A concorrência vai jogar com todas as ferramentas disponíveis sejam elas lícitas ou ilícitas…

Rodolfo

O problema da Boeing é que a imagem foi pro ralo e ela se queimou com as empresas americanas que dependem de aviões Boeing 737max. Tem muito cliente preferindo viajar de Airbus e a Southwestern Airlines por exemplo vem sofrendo. So que mesmo que essas companhias hoje decidissem comprar o A320, vao ter que esperar 5 anos pelos menos ate as primeiras entregas. Entao esse seria o momento, ainda sim arriscado, para uma oportunidade para a Embraer. O grande risco pode ser que se a Boeing conseguir desenvolver uma nova família de jatos pra substituir o 737 e reconquistar a… Read more »

Fernando Vieira

Se eu quero um A320 novo eu tenho que esperar cinco anos. Se eu quiser o suposto Embraer concorrente terei que esperar pelo menos 10 porque é um avião que teoricamente estaria em início de desenvolvimento e eu seria o cliente lançador. Quem talvez, e bota talvez aí, consiga pegar essa janela seriam os chineses. Também tem o outro lado da moeda: A Embraer é a terceira fabricante de aviões do mundo. Ela já é cachorro grande. Chega uma hora que a aviação regional não permite mais crescimento e o desenvolvimento natural seria entrar no mercado da Boeing e da… Read more »

BLACKRIVER

Fato é que o 737 já passou do ápice do seu ciclo, embora ainda vá continuar voado por algumas décadas, é fato que o mesmo precisa de um substituto há altura. Não tenho dúvidas que a EMBRAER é capaz de projetar montar e voar um avião há altura do que o mercado exige. Por outro lado a concorrência Europeia, Chinesa e até mesmo Russa será pesada nesse nicho de mercado. Nao tenho dúvidas que a a Boeing vai responder há altura e nesse quesito o governo USA não vai medir esforços para ajudar a Boeing. Por fim e não menos… Read more »

Willber Rodrigues

Curiosamente, acredito que o 390 faz parte dessa estratégia:

Acredito que, nas conversações de compra do 390 com os compradores e prováveis compradores dessa aeronave ( Arábia Saudita, Índia, Turquia, etc. ) a Embraer aproveite e explore essa possibilidade com eles.
Os 3 países que citei avima tem indústrias de Defesa avançadas e uma razoável indústria aeronáutica. Sozinhas, elas não teriam chance de colocar um concorrente ao 737, mas juntas, com a Embraer, quem sabe…

737-800RJ

Excelente!
A gente que gosta de avião e da aviação de modo geral sabe que qualidade sobra na Embraer.
Tem que partir pra cima mesmo!

LucianoSR71

É preciso fazer uma análise fria da situação, não deixando nos levar pelo que gostaríamos que fosse. O porte da Embraer é muito menor que os da Boeing e Airbus, não tem suporte financeiro nem político delas, então partir p/ uma empreitada dessa somente dentro um quadro novo, c/ parceiros fortes como por exemplo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul e Índia. Todos esses possíveis parceiros já têm algum grau de relacionamento c/ a Embraer, tem muitos recursos financeiros e vontade política de alavancar suas indústrias aeroespaciais, no caso dos 2 últimos também possuem uma boa base tecnológica.… Read more »

Flamenguista

A Embraer deveria se consolidar ainda mais no que ela sabe fazer bem. O concorrente da empresa não é a Boeing mas a Airbus, com o C Séries. Não acredito que ela fará esse movimento.
SRN.

Carlos Campos

Olha que eu saiba os E2 ainda precisam vender mais, se EMBRAER entrar na luta contra a Boeing e AIRBUS ela precisa de toda ajuda possível, pois o desenvolvimento vai ser caríssimo, os países europeus e os americanos vão tentar até Dumping se for necessário, o que colocaria muita pressão no rpograma, até como consequencia a falencia da EMBRAER

Nilton L Junior

Creio que se a EMBRAER decidir fazer com certeza será mas um produto de sucesso.

Nilo

Os EJets 2 tem demonstrado qualidades competitivas em mercados exigentes, se aproveitando do conhecimento já adquirido pode projetar uma família de aviões oucapaz de brigar no mercado, entrando em um momento propício, encurtando o tempo de desenvolvimento e aproveitando a janela que pode se fechar, ademais para americanos seria interessante já que o apelo anti China, olhando o lançamento do novo avião chinês e sua capacidade de inovação e abrir novos mercado é mais uma vantagem a computar a Embraer.

Nilo

Interresante que o paises citados artigo Arábia Saudita e India são fortes possiveis compradores do KC390, a Coreia do Sul já adquiriu 3, com possibilidade de adquirir mais e Turquia a tempos foi sondada na parceria quando ainda o KC390. era projeto e empresas de manufatura na Turquia, Índia e Coreia do Sul, sendo que A. Saudita e India fazem parte do BRICS (disposições geopolíticas que só tem a agregar).

RenanZ

Ue, mas a propria Embraer negou esse boato!

Capacidade ela tem, de sobra,

mas o risco de se jogar nesse mercado a afugenta

Underground

Um novo avião (ou nova familia), nesse porte, investimento de us$ 10 bilhões no desenvolvimento.

Cohengold

EDITADO:
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Dod

Existe algum projeto em andamento no Brasil em fabricar o proprio motor de avião?

Bruno Vinícius

Se nem Rússia e China, que produzem motores a reação há décadas (e investem muito dinheiro nisso) conseguem produzir um produto competitivo para o mercado da aviação comercial, não será o Brasil que conseguirá.

Andre Prates

—— EDITADO —— achar que nao podemos , somente porque alguns paises nao o fazem! Temos a terceira maior fabricante de avioes comerciais. Nos podemos!!

Rodolfo

A Embraer assim como a Boeing e Airbus nao produz turbinas de aviões, é uma outra indústria inteira. Teria que criar uma empresa do zero no Brasil. O ideal seria licenciar um modelo antigo CFM56? e produzir no país. Mas algo moderno é muito dificil. So o orçamento da GE em aviação é 1bi dolares/ano. Essa indústria hoje é dominada por CFM (GE/Snecma) e Rolls Royce. Talvez os chineses daqui 20-30 anos alcancem.

Nemo

Simplificando, a Embraer é uma montadora, igual a Volks. Ela compra as peças de vários fornecedores. Motores são produzidos por outras empresas.

Fernando "Nunão" De Martini

Nemo, não é tão simples assim. A VW e outras marcas de automóveis não só recebem inúmeros itens de fornecedores de autopeças, mas também produzem suas próprias peças, em fábricas próprias, desde motores (a principal unidade produtora de motores da marca, no Brasil, fica em São Carlos / SP) a partes estampadas da carroceria. Da mesma forma, a Embraer produz partes da fuselagem, asas etc de seus aviões, recebendo de fornecedores diversos os demais itens e integrando tudo. Mas no caso de motores, diferentemente de VW, a Embraer não os produz (assim como Boeing e Airbus não produzem). Montadora é… Read more »

Comte. Nogueira

A excelência da Embraer está em integrar sistemas. Pega um motor americano, aviônica americana, componentes ingleses, franceses, portugueses e talvez de outros países, com outros componentes fabricados no Brasil, cada um com seu software próprio (fadec dos motores, por ex.). E a Embraer cria um software que faz todos eles conversarem entre si, com redundância.
Essa é por si só uma capacidade nada desprezível.

Bruno Vinícius

A Embraer pode até ter capacidade técnica para algo assim, mas não tem capacidade financeira. O risco associado à um projeto como esse seria enorme.

Underground

A Embrare já divulgou que a informação não procede.

Filipe Prestes

A Embraer já desmentiu mas nem era preciso que a própria tivesse que a vir a público desdizer essa pataquada do WSJ porque tem séculos que a fabricante é indagada sobre isso e sempre deu a mesma resposta: Apesar de tecnicamente viável, é financeiramente arriscado demais competir com a Boeing e Airbus nesse nicho. Penso que se a Embraer quer inovar, para além das já anunciadas família Energia e o possível novo turboprop, a empresa deveria mirar no jatos executivos de ultra longo alcance (>10.000 Km) e atacar a Bombardier, Gulstream, Dassault e Sukhoi. Acho que seria uma aposta mais… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Filipe Prestes
fewoz

Muito interessante seu ponto de vista, Filipe. Talvez seja o mais seguro mesmo. E custaria absurdamente menos. Comentário irretocável e pé no chão, condizente com as possibilidades da Embraer.

Airton

Compra essa também grupo Edge!

Heli

A parte eletrônica e de aviônica já existe, pois poderiam aproveitar a do KC390. Faltariam a parte estrutural: asas e fuselagem (e aqui vem a grande questão: iria usar ligas metálicas ou materiais compósitos?) e motores, e eu chutaria uma variante do Rolls Royce Ultrafan, ou os atuais Leap e PW1000. Porém, a grande questão seria: de onde viriam os fundos para um projeto dessa magnitude? Só lembrando que a Bombardier quase faliu com o projeto do C-Series e teve de vendê-lo para a gigantesca Airbus. Pra finalizar, a Embraer precisaria crescer bastante para poder entregar algo como 16 aeronaves… Read more »

André Sávio Craveiro Bueno

O projeto do KC-390 foi pago pela FAB, foi encomenda dela.

Dudu

A Embraer já tem a faca e o queijo para isso. Basta adicionar uma secção de 3 metros na fuselagem dianteira e outra na fuselagem traseira do KC 390 ( mesma avionica do Boeing 737, diametro 10cm menor e mesmo motor do A 320 ) retirar a carenagem do trem de pouso e integrar as asas com os motores e trem de pouso do E 195 E2 ( asas novas e maiores em envergadura e área, em relacao aos E jets da da primeira geração e os mesmos motores do A 321neo) . Depois tirar a empenagem “T” do KC… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Dudu
Overandout

“basta” kkkkkkkkkkkkkkkkkkk isso q vc descreveu seria um aviao completamente novo,e que provavelmente ficaria muito pior do que um feito do “zero”

Dudu

Seria um avião novo feito com componentes de avioes também novos, mas já testados e aprovados por seus operadores no mundo todo e elogiados pelas características clássicas dos avioes da Embraer: maior durabilidade, maior taxa de disponibilidade e manutenção prática.

A Embraer pensou os dois produtos para essa finalidade extra, além das suas originais.

Overandout

Amigo, nao eh assim que funciona o desenvolvimento de um aviao. Poderiam haver alguns cortes de custos sim, por ferramental etc (e isso tambem aconteceria com o desenvolvimento de uma aeronave “clean sheet”), mas por exemplo, simplesmente alterar a localizacao da asa requer a reengenharia completa da fuselagem, sistemas hidraulicos, eletricos, fly-by-wire, etc. Nao eh um lego. A prova disso eh que a propria Embraer desmentiu a noticia, nao faria qualquer sentido neste momento, a nao ser que fosse um produto totalmente disruptivo em comparacao aos seus concorrentes

André Sávio Craveiro Bueno

Concordo, se houver um projeto ele precisará oferecer algo novo e que se traduza em menores custos para todos – produção, compra, operação e manutenção.

Dudu

Essas alterações seriam feitas sem grandes problemas e o pessoal da Embraer desenvolveu os dois produtos para esse finalidade extra. Já pensaram nisso. O mais importante já possuem famílias de produtos de sucesso, em especial os E-jets, os E2 e o KC 390. Nome na praça e know how e componentes prontos, testados e aprovados para em no máximo 5 anos iniciar a produção em escala dessa nova família, que um especialista deixou escapar que seria chamada de E3. Foi para evitar isso que a Boeing encenou comprar a Embraer, para desencorajar a empresa brasileira de ir adiante com seus… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Dudu
Fernando EMB

Dudu… Você não tem a menor ideia do que fala.
Já que está afirmando estás coisas, prove. Coloque fontes!
Porque para mim só mostra que não entende nada nada você você não entende xongas de nada.
Isso dos aviões terem sido feitos para esse lego doido demonstra o que falo da sua desinformação.

Rafael Cordeiro

Meu amigo… Tentei desenhar essas suas ideias na cabeça e só me apareceu a imagem de um ornitorrinco! kkk. Brincadeira a parte, são tantas alterações nessa sua ideia, que o melhor seria fazer um produto do zero. Eu, como projetista, prefiro mil vezes trabalhar em um novo projeto do que fazer alterações de grande porte em projetos já existentes, pois em alterações o trabalho costuma ser em dobro. Em se tratando de uma aeronave comercial, ainda há de se bater diversas métricas, pois senão o seu produto não terá vendas, apenas pelo fato de não ser competitivo. Se a EMBRAER… Read more »

Dudu

Meu, amigo dos dois, um: Você não entende ou você entende e fingi não entender. Os dois projetos foram pensados para após a conclusão, produção e aprovação de tais, se fundiram e darem origem a um avião comercial de grande porte. Um produto na mesma categoria dos produzidos pela Airbus e Boeing, para ser uma alternativa a tais e consolidar a Embraer como a 3° grande, no aspecto produtivo. Quais são as diferenças entre os E1 e os E2? Estes possuem asas, maiores em envergadura é área do que aqueles e tambem usam os mesmos motores do A 321neo. Qual… Read more »

Fernando EMB

—— EDITADO ——. Prove o que diz. Porque eu digo que você está errado. E participei do projeto de ambos os aviões.

EduardoSP

Dudu, vc é o Nonato?

Luiz Carlos

Será mesmo ? Cado seja, isso explicaria muita coisa.
Se for, será muito bem vindo !
Patrulha marítima, AWAC-C, SIGNT etc

Renato B.

E a terra plana não dá voltas, só capota.

Marcelo Andrade

Os amigos aqui so esqueceram da carteira de encomendas de 737 max !

RSmith

hum… será que vem ai o E-210? um Embraer para 210 passageiros?

A C

O desenvolvimento de um substitudo para o B737 eh extremamente caro. Nao eh apenas o design mas o emprego de novas tecnologias de materiais, sistemas, maquinario, capacitacao tecnica, testes, e muito mais. A ultima vez que a Boeing entrou nessa empreitada foi com o desenvolvimento da familia B787 e ainda nao quiz colocar a mao no bolso para desenvolver um substituto para o antigo projeto do B737 pois sabe muito bem das dores. Mas o Opalao nao aguenta mais retoques. Para ilustrar, uma limitacao critica do B737 eh a barriga muito baixa. Um novo projeto dura entre 5 a 10… Read more »

Last edited 4 meses atrás by A C
Rodolfo

Existe também o risco da tecnologia de turbinas open fan finalmente dar certo na proxima decada o que vai diminuir ainda mais o consumo de combustível… apostar num projeto agora e daqui 10 anos estar ja defasado tecnologicamente é um risco no momento.

Adiposo do Bitcoin

Osório da Embraer. Melhor não.

NBS

A Embraer já desmentiu inúmeras vezes. É possível imaginar outra empresa entrando nesse nicho, pois no mercado, se você não avançar, outras tomarão cada vez mais espaço no seu segmento. É necessário muito estudo e prudência

dretor

acho que ja e ora de subir o patamar, antes que os concorrentes chineses entre e aproveitando o Airbus 320 esta saturado de pedidos e o 737 estar queimado, o mundo ja confia e conhece a qualidade a Embraer, acho que seria um sucesso porem precisaria de um investidor e uma atuação do governo brasileiro em dar subsídios na regiao de são Jose dos campos pois hoje o custo de produção no brasil impede a Embraer de ter mais sucesso

André Sávio Craveiro Bueno

Há regras para subsídios. Se fizer da forma e proporção errada toma ferro na OMC. Vide o caso Embraer x Bombardier, creio que no final dos anos 90. Um reclamava do outro.

Fernando EMB

Outra alternativa… Pode ser notícia plantada pela Boeing para ver a reação do mercado e da própria Embraer.

Madmax

Essa matéria é fantasia. A Embraer está trabalhando para fazer um turboélice moderno. Está mirando noutros mercados.