O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia não possui planos contra nenhum país da OTAN, incluindo a Polônia, os Estados Bálticos e a República Tcheca, e negou qualquer intenção de ataque. Essas declarações surgiram em um contexto de tensões crescentes, após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, a qual representou a mais grave crise nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba. Putin ressaltou a expansão militar da aliança liderada pelos EUA em direção à Rússia desde o colapso da União Soviética, mas enfatizou que Moscou não visa agredir nenhum Estado membro da OTAN.

Durante um encontro com pilotos da Força Aérea russa, Putin expressou que a ideia de a Rússia atacar outros países é “um completo absurdo” e “apenas uma bobagem”. Essas afirmações visam apaziguar os temores de agressão russa entre os países da OTAN próximos à sua fronteira. Além disso, ele criticou os Estados Unidos por, segundo ele, lutarem contra a Rússia por meio do apoio à Ucrânia, fornecendo assistência financeira, armamentos e inteligência, o que deteriorou significativamente as relações entre Washington e Moscou.

A respeito da decisão do Ocidente de fornecer caças F-16 à Ucrânia, Putin minimizou o impacto que tal medida teria no conflito, argumentando que a adição dessas aeronaves ao arsenal ucraniano não alteraria o curso dos eventos no campo de batalha. Ele advertiu, no entanto, que qualquer F-16 fornecido à Ucrânia seria um alvo para as forças russas, prometendo que tais aeronaves seriam destruídas da mesma forma que outros equipamentos militares fornecidos ao país.

Além disso, Putin destacou a capacidade dos F-16 de carregar armas nucleares, declarando que, se estes fossem utilizados a partir de bases aéreas em países terceiros, tais locais se tornariam alvos legítimos para a Rússia. Essa ameaça sublinha a gravidade com que a Rússia encara o envolvimento ocidental no conflito ucraniano e o potencial escalonamento que o fornecimento de tais aeronaves poderia representar.

FONTE: Reuters

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