Aeronaves Beriev A-50 de Alerta Aéreo Antecipado no campo de aviação Severny em Ivanovo, Rússia. Os aviões são usados como peças de reposição para outros A-50 ativos.

No total, cerca de 40 aeronaves AEW foram produzidas na URSS, sendo 3 vendidas para a Índia. Com as perdas de aeronaves deste tipo na Guerra da Ucrânia, a Rússia será obrigada a reativar células estocadas.

O Beriev A-50 AEW (Alerta Aéreo Antecipado) é um dos ativos de comando e controle aéreo mais significativos da Força Aérea Russa. Baseado no design do avião de transporte Ilyushin Il-76, o A-50 foi desenvolvido para substituir o mais antigo Tupolev Tu-126 Moss. A sua principal função é a de fornecer detecção antecipada de aeronaves, navios e veículos terrestres inimigos, além de comando e controle para aeronaves amigas, desempenhando um papel crucial na gestão do espaço aéreo em operações de combate.

Introduzido na década de 1980, o Beriev A-50 é facilmente reconhecível pelo seu grande radome rotativo acima da fuselagem, que abriga o radar Shmel (nome da OTAN: Mainstay). Este radar avançado permite ao A-50 detectar alvos aéreos a centenas de quilômetros de distância, fornecendo uma visão abrangente do espaço aéreo em tempo real para os comandantes. Além de suas capacidades de detecção, o A-50 pode rastrear múltiplos alvos simultaneamente, dirigindo aeronaves de caça e de ataque a seus alvos eficientemente.

Interior de um A-50 antigo

Ao longo dos anos, o A-50 passou por várias atualizações para melhorar sua capacidade operacional. Isso inclui a modernização de seus sistemas de radar e aviação, bem como melhorias em seus sistemas de comunicação e guerra eletrônica. Essas atualizações garantiram que o A-50 permanecesse uma plataforma relevante e poderosa no campo de batalha aéreo moderno.

Uma versão mais avançada, conhecida como A-50U, foi introduzida para melhorar ainda mais o desempenho e a eficácia operacional do avião. Essas melhorias incluem avançados sistemas de processamento de dados, permitindo uma análise mais rápida e precisa das informações coletadas, e uma maior autonomia de voo, aumentando assim a durabilidade e a área de operação da aeronave.

O A-50 e suas variantes têm sido peças-chave nas operações de defesa aérea e vigilância da Rússia, participando de exercícios militares e operações em áreas de interesse estratégico. Sua capacidade de fornecer uma imagem detalhada do espaço aéreo e de comandar forças amigas em resposta a ameaças potenciais o torna um componente vital na doutrina de defesa aérea da Rússia.

Além de seu papel primário em missões de alerta aéreo antecipado e controle, o A-50 também pode desempenhar funções de comando e controle em missões de busca e resgate, vigilância marítima e monitoramento ambiental, demonstrando sua versatilidade como uma plataforma de vigilância aérea.

O desenvolvimento e a operação contínua do Beriev A-50 AEW destacam o compromisso da Rússia em manter uma capacidade robusta de comando e controle aéreo, essencial para a eficácia de suas forças armadas em um ambiente de segurança global cada vez mais complexo.

Beriev A-50U Mainstay-B— 41 Vermelho, voa perto das disputadas ilhas chamadas Takeshima no Japão e Dokdo na Coreia do Sul, nesta foto divulgada pela Força Aérea de Autodefesa do Japão e divulgada pelo Escritório Conjunto do Ministério da Defesa do Japão em 23 de julho 2019
Interior do A-50U modernizado
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Luís Henrique

Os russos estão preocupados com esta perda. Eles possuem poucos A-50. O A-100 está em estágio final de testes mas custa entre 20 e 30 bi de rublos, ou seja, entre U$ 210 a U$ 316 mi. É muito caro e complexo. Portanto vai demorar até a Rússia conseguir aumentar a frota. Em sites russos eles debatem sobre alternativas, uso de aeronaves menores e mais baratas, uso de drones, etc. A frota de Il-20 e Il-22 é de cerca de 35 unidades. Mas são aeronaves de reconhecimento e não AWAC. A frota de Tu-214R é de apenas 2 unidades e… Read more »

Diego

Interessante e que quase nao vejo noticias do tu-214 no teatro de operações

Plinio Jr
  • Vale ressaltar que os A-50s que aparecerem nesta reportagem são fontes de peças para a frota atual, ou seja, dificilmente vão conseguir colocá-los em operação… é uma aeronave cara e complexa para colocar novos equipamentos, motores etc…. são A-50 abatidos e 01 danificado… e um país continental como é a Rússia com suas demandas , colocar outro vetor na região, mas distante da linha de frente para evitar perdas, isto vai comprometer operacionalmente as ações russas na linha de frente.
Underground

Cadê as fotos da tripulação de reposição?

Marcos Silva

Que maldade…

Fabio Araujo

Quantos estão operacionais? Pela condição desses vai demorar para colocar um operacional, mas se tem armazenados pode demorar e custar caro, mas vão conseguir colocar algum em operação.

Luís Henrique

Os russos tinham 12 A-50 operacionais, com as 2 perdas agora possuem 10, sendo 3 A-50 e 7 A-50U.

Rafael Coimbra

Uma foto mais atual da mesma área mostra que tem 4 células a menos exposta no pátio… devem ter ido p modernização e volta ao serviço..

Fernando Vidal

Pensa que a indústria militar Russa está trabalhando a pleno para suprir as suas necessidades de reposição no conflito. E está indústria foi planejada desde os tempos da URSS para enfrentar o ocidente e a OTAN. Não duvido da capacidade de mobilização dos russos e de darem respostas dentro de um contexto adverso.

Fabio Araujo

E os A-100 que vão substituir os A-50? Dois protótipos foram feitos e já fizeram os primeiros voos, mas entre os primeiros voos dos protótipos até os aviões estarem operacionais tem um período muito longo. Em que pé está esse projeto?

Nilton L Junior

Até onde busquei informação só existe 1 exemplar em teste.

Luís Henrique

Tiveram atrasos, agora a previsão é que o primeiro A-100 seja recebido na força aeroespacial russa este ano em 2024.

Nilton L Junior

Em 15 de Maio de 2023 A escassez de aeronaves AWACS e, em geral, de grandes aeronaves de reconhecimento com equipamentos modernos nas Forças Aeroespaciais Russas há muito se tornou o assunto da cidade. Ao mesmo tempo, em geral, ainda não há solução para o problema – a frota de A-50U é extremamente pequena, os A-50 “nativos” que não passaram por modernização estão, em sua esmagadora maioria, aguardando reparos e não realizar tarefas de acordo com seu perfil, o promissor A-50 100 continua promissor, agora é impossível repetir o Tu-214R com seu excelente, mas praticamente de forma alguma equipamento substituído… Read more »

Zorann

Se são somente 3 A-50 “nativos” em serviço, o que seria essa esmagadora maioria aguardando reparos que citou? 3 unidades?

Adorei esta.

Nilton L Junior

A postagem é de 05/2023 mas na live ontem a noite do GeoSmartNews o número de A-50 em atividade é de 43 e o A-100 4.

Kornet

Algum avião AEW já foi abatido(Vietnã,Irã-Iraque,árabes-israelenses,Índia-Paquistão e etc),essas aeronaves têm que voar alto e longe.
Estão dizendo que foi fogo amigo,se foi, ,trágico ,e se não foi, extrema incompetência dos russos.

Underground

Segundo os russos, houve disparo de míssil ucraniano contra a aeronave. Foi então que os russos dispararam um míssil para abater o míssil ucraniano. Porém, contudo, o míssil russo acompanhou a trajetória do ucraniano, até ambos impactaram a aeronave. É isso!!!
Quem quiser pode escolher quem abateu quem.
Minha opinião é que todos foram eficientes.

Franz A. Neeracher

O A-50 Mainstay não dispara míssel algum…..e sim “flares”.

Se é isso que vc quis dizer com “russos dispararam um míssel”.

Mas “flares” só funcionam contra mísseis guiados por infra-vermelho, contra mísseis guiados por radar, os “flares” são inúteis.

Last edited 8 meses atrás by Franz A. Neeracher
Underground

Não foi isso o que eu escrevi.
Os russos dispararam um míssil de solo contra o míssil ucraniano que tinha como alvo a aeronave. O míssil russo acompanho o ucraniano até ambos impactarem a aeronave.

Franz A. Neeracher

Agora está mais claro.

Quando vc só escreve “Foi então que os russos dispararam um míssil para abater o míssil ucraniano.”

A gente fica sem entender se vc está se referindo a um míssel terra-ar, um míssel ar-ar disparado por um caça russo e etc…

Kornet

Se foi isso,então foi muito pior.
Gostaria que o cel.Neri dissesse se um AEW para se proteger tem que voar o mais alto e longe e se são capazes de identificar as emissões de radar em terra dos sistemas de mísseis ou não?

Rinaldo Nery

A altitude depende do desempenho do radar. Cada radar tem uma altitude ótima de operação. Te garanto que nenhum AWACS voa abaixo de 10.000 ft.

Clésio Luiz

Atualmente. Consta que os Lockheed EC-121 operaram voando bem baixo, tentando detectar MiGs que voavam rasante e que estava tendo sucesso atacando as formações da USAF no Vietnã do Norte.

Como os EC-121 não tinham radar de efeito Doppler, o jeito era voar baixo em altitude semelhante ao dos caças norte vietnamitas.

Rinaldo Nery

Acho que a pergunta dele referia-se a “atualmente”. O Sérgio Santana escreveu um excelente livro sobre AWACS, “Beyond The Horizon”. Fala sobre os primeiros AWACS, os EC-121, mas não comenta isso. Ganhei o livro dele.

Leandro Costa

Clésio, não era uma questão de voar na mesma altitude dos MiG, mas as tripulações dos EC-121 tinha bolado uma técnica de rebater o sinal de radar na água e conseguir um pouco mais de alcance útil. Não funcionava sempre e havia sempre uma aeronave em uma órbita mais alta.

Lá por 1967 quando os QRC-248 entraram em operação, isso não era mais necessário porque mesmo com reflexo do solo, os transponder dos MiG se sobressaíam com nitidez.

Renato B.

Esse era o combat tree? Realmente foi uma ideia genial da USAF de fazer os IFF dos Mig´s gritarem para dar dados de sua posição.

Leandro Costa

Ele mesmo, mas acho que era chamado de Combat Tree apenas quando instalados nos F-4D. De qualquer maneira eles ainda tinham uma limitação, mas não uma limitação técnica. Durante um bom tempo (não lembro exatamente quanto, mas acho que foi mais de um ano) após a implantação deles nos EC-121, as aeronaves eram proibidas de interrogar os contatos com o QRC-248. Eles tinham que esperar que os Vietnamitas fizessem isso para captar os sinais. O motivo era segurança operacional. Não queriam que os vietnamitas descobrissem que os EUA conseguiam ler os transponder dos MiG. Só depois que eles foram autorizados… Read more »

Renato B.

Muito legal Leandro, imagino como devia ser complicado para os vietnamitas voar sem transponder num ambiente repleto de armas antiaéreas de suas próprias forças. O risco de fogo amigo devia ser alto. Imagino que isso devia limitar as operações aéreas, o que atendia os interesses da USAF. Seria interessante saber qual foi o impacto dele no planejamento da defesa aérea.

BLACKRIVER

E esses pátios e pistas russos feitos com blocos de concreto?

Não sou engenheiro civil, mas fico me perguntando a respeito das infiltrações?
Por outro lado tem o inverno russo que exige certa flexibilidade de materiais devido a dilatação e compreensão…

Não resta dúvidas que funciona, só é diferente do que estamos acostumados a ver por aqui.

Ciclope

Não É não amigo, depende do solo, clima e função da area. Aqui no Brasil tem muito pátio de manobra com essas placas de concreto, em solosuito moles e com grande incidência de chuva. Ele tem outra vantagem,e caso de danos a área,e só trocar as placas que devem ser premontadas.

BLACKRIVER

Obrigado pela explicação.

Zorann

Os pisos de concreto são mais resistentes, e completando o que o Ciclope postou, tem uma vida útil maior. São mais caros de serem construídos, mas a sua durabilidade, sua facilidade de manutenção (onde vc só troca o trecho do pavimento danificado – ao contrário do asfalto) valem a pena. No Brasil são poucas as rodovias que usam pistas em concreto (lembrando aqui agora: só da Castelo Branco na pista local). Pistas de concreto são muito caras e como as obras aqui devem durar somente o período de um governo ( o próximo governo que reforme), escolhem o asfalto. Mas… Read more »

Jadson Cabral

É que rodovias de concreto podem durar mais de 100 anos, com pouca manutenção. Se fizéssemos assim, como teria empreiteiras ganhando rios de dinheiro pelo país a fora consertando buraco o tempo inteiro? Até o pavimento asfáltico eles fazem com a qualidade mais baixa possível pra precisar consertar todo mês…

Underground

Ucrania destruiu mais um SU-34.
Agora perdi a conta!

Henrique

“Com as perdas de aeronaves deste tipo na Guerra da Ucrânia, a Rússia será obrigada a reativar células estocadas”

implicando que a Russia fez a armazenagem da célula de forma correta e seguiu todos os procedimentos de armazenagem a longo do tempo de forma correta… 

e considerando a Rússia…. já da pra ver que a corrupção venceu

Recruta Zero

mesmo celulas estocadas podem ate ser uteis mas vão prescisar de grandes revisões e troca de equipamentos eletronicos que provavelmente vão demorar o mesmo tempo de construção de uma aeronave nova.

Macgaren

Fora que ele tem um radar monstruoso, então deve ter alguma vantagem em detectar ameaças se aproximando.

Satyricon

“Com as perdas de aeronaves deste tipo na Guerra da Ucrânia, a Rússia será obrigada a reativar células estocadas”

Então vejamos:
1) os componentes originais fabricados em épocas soviéticas provavelmente estão descontinuados, víde a canibalização mencionada;
2) a versão atualizada “U” com certeza utiliza componentes modernos, cuja aquisição em tempos de sanções deve ser um martírio;

É, não tá fácil pra ninguém

Manus Ferrum

Aviões do tipo do A-50M tornam a guerra aérea moderna possível.

Dixon

Imagino que a dificuldade de se abater um avião destes de da a suas medidas de defesa, escolta, etc. Uma vez engajado até o canhão rasga ele ao meio.

Orivaldo

Esse avião é bom para abater mísseis

James chaves da silva

Sugestão aos administradores: uma matéria sobre as variáveis disponíveis de aviões radar/alerta antecipado. No BR temos 2 modelos. Equivaleriam a quais capacidades operativas dos de outras nações? É um tema interessante mas de pouca divulgação.

Rinaldo Nery

Sérgio Santana escreveu um excelente livro sobre o tema, “Beyond The Horizon”. Tem pra comprar.

James Chaves da Silva

Muito obrigado pela dica, vou procurar!

Jadson Cabral

Ele esteve em live no canal Base Militar Video Magazine, do Felipe Salles esses dias. Não o conhecia.

Abner

Uma pergunta por que a Ucrânia não lança um ataque nesse local onde está armazenado esses aviões?

Rinaldo Nery

A distância permite? Com que meios?

Abner

Não poderia ser feito por equipes de sabotagem ou grupos especiais?

Renato B.

Tudo depende do local, pode estar fora do alcance dar armas disponíveis. Também pode ser que aconteça algo assim num futuro próximo com drones pequenos e forças especiais.

Last edited 8 meses atrás by Renato B.
Abner

Foi isso que pensei, já que mísseis de longo alcance não chega. Equipe de sabotagem ou especiais.

Henrique

Ataque teria que passar pro moscou pq o local de armazenagem fica depois da cidade (Ivanovo Severny), se a quantidade de recurso ta limitada vale mais apena destruir alvos mais relevantes do que avião sucateado

comment image

Renato B.

É verdade, porém os russos tem reabilitado sucata, com impactos favoráveis no campo de batalha.

Henrique

não esse tipo de sucata ai

also: t34 ta revolucionando  com impactos favoráveis no campo de batalha.………

Jadson Cabral

Se a Ucrânia tivesse essa capacidade, acredito que teria alvos de muito mais valor onde ela poderia empregar tais meios

Jadson Cabral

Não é porque é grande que é um tanque. É uma aeronave, precisa ser leve. Logo, suas chapas de alumínio ou qualquer outro metal não são espessas assim como você pensa não. Qualquer míssil o derrubaria.

Marcos Silva

Depósito de lixo…

Bigliazzi

Diante dessa patetica situação exposta (as fotos das sucatas russas são vexaminosas, nem estocar direito esses caras sabem) fico apenas a pensar se a Ucrania tivesse a superioridade aerea nesse conflito… seria um “massacre da serra eletrica” contra esse exercito de Brancaleone da russia.