Comandante da Aeronáutica diz que a FAB pode comprar um segundo lote de caças Gripen e também uma outra aeronave

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O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, em entrevista publicada pelo jornal O Globo no dia 11/2, afirmou que a Força Aérea Brasileira necessita de mais caças e que além de um segundo lote de Gripen, uma outra aeronave poderá ser adquirida.

Nas palavras do Comandante: “Os 36 caças são um número que não nos atende. Trabalhamos na possibilidade de ampliação do lote porque o contrato permite ampliação de 25% ou redução na mesma proporção. Estamos trabalhando nisso e acreditando muito que a Suécia deva comprar algumas unidades de KC-390 (cargueiro da Embraer desenvolvido com a FAB). Parte pode ser um segundo lote (de Gripen) e parte uma outra aeronave.”

A fala do Comandante sobre a segunda aeronave vem confirmar rumores e um slide de uma apresentação da FAB onde aparece um caça F-16 ao lado Gripen no contexto de novas aquisições.

Atente-se, porém, que a fala do comandante não descarta um novo lote de Gripen, pelo contrário: Damasceno disse que a necessidade de mais caças, para além do contrato atual de 36 unidades, pode ser contemplada em parte com um segundo lote de Gripen e (enfatizamos que utilizou e, não ou) em parte com outra aeronave.

Na época de divulgação do slide nas redes sociais, entramos em contato com a Assessoria de Imprensa do Comando da Aeronáutica, mas não tivemos resposta.

Foto: Fernando Valduga – www.cavok.com.br

Em 2014, o planejamento divulgado de novos caças para a FAB visava 108 unidades em 3 lotes de 36, número ideal para mobiliar todos os esquadrões de caça, substituindo os Mirage 2000, F-5M e A-1M.

Dez anos depois, com a entrega dos caças Gripen E/F do primeiro lote se estendendo até 2027, a desativação dos A-1M em 2025 e a desativação dos últimos F-5M em 2029, parece que FAB decidiu partir para um plano B.

Se a decisão for adquirir caças F-16 para complementar os Gripen, muito provavelmente seriam unidades usadas e modernizadas. Resta saber de onde viriam essas aeronaves.

Também comenta-se entre os profissionais da mídia de Defesa que a segunda aeronave poderia ser um LIFT (Lead-In Fighter Trainer), como o M-346, na versão de combate M-346FA.

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