Quão monumental é o desafio da China de construir o seu próprio motor tubofan para o avião C919?
- A Aero Engine Corporation of China (AECC), com sede em Xangai, está desenvolvendo o motor a jato turbofan CJ-1000 de alto bypass para ser usado no avião de passageiros C919
- O primeiro jato de passageiros de fuselagem estreita desenvolvido internamente na China usa um motor Leap importado desde que entrou em serviço comercial em maio de 2023
Uma revisão do primeiro motor turbofan comercial da China para o jato de passageiros C919 de fabricação nacional deverá receber prioridade do regulador de aviação chinês este ano, enquanto a segunda maior economia do mundo se esforça para se tornar autossuficiente na aviação em meio às crescentes restrições à exportação de tecnologia avançada dos Estados Unidos.
A Administração de Aviação Civil da China (CAAC) delineou as suas principais tarefas para promover o “Made in China” este ano, incluindo a certificação do C919 de fuselagem estreita na Europa este ano, bem como priorizar a revisão do motor CJ-1000.
Como é o motor CJ-1000?
O CJ-1000 é um motor a jato turbofan de alto bypass desenvolvido pela Aero Engine Corporation of China (AECC) em sua base em Xangai, que também abriga o C919.
A abreviatura CJ vem de Chang Jiang, o nome chinês para o rio Yangtze.
O motor foi projetado para substituir o motor Leap importado produzido pela CFM International – uma joint venture entre a empresa americana GE Aerospace e a francesa Safran Aircraft Engines – que atualmente equipa o C919.
O C919, o primeiro jato de passageiros de fuselagem estreita desenvolvido internamente na China, está em serviço comercial desde maio de 2023, após 15 anos em desenvolvimento.
De acordo com Liu Daxiang, vice-diretor do comitê de ciência e tecnologia da Aviation Industry Corporation of China (AVIC), a China carecia de experiência em pesquisa e desenvolvimento de um motor para aviação comercial.
Mas depois que a China decidiu construir o C919 em 2008, o governo chinês criou uma empresa para desenvolver peças e um motor para o jato de passageiros de fuselagem estreita projetado para competir com o 737 da Boeing e o A320 da Airbus.
A AECC foi formalmente estabelecida em 2016, com a empresa de defesa chinesa Avic e a Commercial Aircraft Corporation of China (Comac) – o fabricante do C919 – entre as suas partes interessadas.
Quais são os principais desafios do CJ-1000?
Embora a China tenha feito progressos significativos no desenvolvimento de motores nos últimos anos, o design e a produção de um motor a jato comercial ainda está atrasado em relação aos principais fabricantes do mundo.
Liu, da AVIC, descreveu a capacidade de fabricar motores turbofan de alto bypass como crucial para o sucesso da China na fabricação aeroespacial.
Mas depois de ter iniciado tardiamente a sua investigação e desenvolvimento, Liu reconheceu que a China teve de acompanhar a tecnologia que já existe há algumas décadas.
“É como saltar da primeira para a quinta geração [de uma só vez]”, disse Liu em Xangai em 2017.
As falhas mecânicas estão entre os problemas mais comuns observados em motores a jato fabricados na China, de acordo com uma pesquisa divulgada em 2022 pela plataforma de integração civil-militar de serviço público de Hunan, um provedor de informações do Comitê de Desenvolvimento da Integração Militar-Civil do governo provincial de Hunan.
Design deficiente, baixo nível de fabricação e falta de experiência em testes e montagem também são problemas comuns, segundo a pesquisa.
Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Banco de Construção da China também sugeriu que a fraqueza na concepção de motores turbofan poderia retardar o progresso da China na produção de produtos competitivos em comparação com os seus homólogos ocidentais.
“A indústria de motores aeroespaciais da China, representada pela AECC, tem basicamente capacidade de desenvolvimento e produção para vários tipos de motores aeroespaciais, mas ainda há uma certa lacuna em comparação com [aqueles produzidos por] países ocidentais avançados”, disse o banco estatal.
Quais são as perspectivas para o desenvolvimento de motores na China?
De acordo com relatos da mídia chinesa, a AECC disse que espera que o motor CJ-1000 seja certificado entre 2022 e 2025.
Mas os EUA, que detém a liderança na tecnologia da aviação, intensificaram os seus controles de exportação de tecnologias que apoiam a produção de semicondutores avançados e motores de turbina a gás que, segundo eles, são críticos para a sua segurança nacional nos últimos dois anos.
E estas medidas podem restringir o acesso das empresas chinesas à utilização dessa tecnologia.
Várias subsidiárias da AECC foram designadas como utilizadores finais militares pelo Bureau of Industry and Security dos EUA, à medida que Washington se torna cauteloso relativamente às ambições de produção aeroespacial da China e ao seu impulso para uma estratégia de fusão civil-militar.
Os exportadores de tecnologia dos EUA precisam de uma licença para vender a empresas classificadas como utilizadores finais militares.
A longo prazo, a concorrência entre a China e os EUA em tecnologia avançada deverá desempenhar um papel significativo na busca de Pequim para alcançar a autossuficiência aeroespacial.
A administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, considerou bloquear a venda do motor Leap para a Comac, de acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal em 2020, citando fontes não identificadas, representando um grande risco para o C919.
E o think tank com sede em Berlim, o Instituto Mercator para Estudos da China (Merics), acredita que os “esforços mais fortes da China para deslocar entidades estrangeiras centram-se no desenvolvimento de motores” para mitigar os riscos de sanções estrangeiras.
A cadeia de abastecimento da aviação tem dependido de uma divisão internacional do trabalho, argumentou Merics em Outubro, e como resultado, seria um “desafio monumental para a China dominar todas as tecnologias, bem como processos de produção e construir um avião economicamente eficiente”.
“Devido a essas características da indústria, a Comac é cautelosa ao mudar para fornecedores nacionais muito cedo para evitar danos à reputação, já que os padrões de segurança são muito mais rigorosos e os riscos são maiores para a indústria de aeronaves comerciais.”
FOTO: South China Morning Post
Na China é tudo uma questão de tempo. No tempo construíram:
Uma marinha de guerra.
Um exército.
Uma força aérea.
Caça de 5ª geração.
Se tornaram um dos maiores construtores de navios de transporte.
Motor aéreo, assim como o naval, será também uma questão de tempo;
Para um país que até os anos 80 do século passado tinha apenas a bicicleta como meio de transporte é um passo e tanto. Hoje além disso tudo ela ainda explora o espaço, nada mau camaradas.
Control C Control V. Copiaram muito, roubaram muitos projetos dos países do Ocidente e com certeza da Rússia.
Inveja é muito feio.
Nada muito diferente do que a maioria das super potências fizeram ao longo da história. Usar isso como argumento, mostra mais ignorância sobre assuntos históricos, do que qualquer tipo de esperteza.
Exatamente
Ao final na segunda guerra mundial EUA, URSS, Inglaterra, França, Itália… levaram até os engenheiros alemães não bastasse todos os projetos…
Nesse quesito, até Argentina 🇦🇷 na época foi mais ágil do que o Brasil 🇧🇷
Se retroceder mais ainda, tem mais exemplos, civilizações antigas que não sabiam usar cavalos, carros de combate, uma infinidade de armas, tudo em algum momento é copiado e aperfeiçoado.
Mas sofreu sanções e teve de cortar os cientistas ex nazi e jogar o protótipo do Puqui no lixo.
Houve até ameaças de ataque militar.
Infelizmente é verdade…
Se não tivesse baixo a guarda talvez hoje seria um player no mercado aeronáutico
Quem roubou quem ao final da segunda guerra mundial?
Ganhar uma guerra é uma coisa, saquear o país vencido é outra coisa…
Não existe “santo” neste mundo…
Mas existe um certo país da América do Sul, do que eu tenho muito orgulho de sua agricultura e pecuária por exemplo, da sua indústria de aviação civil, das suas praias…
Mas que fraquejou muitas vezes quando se trata de tecnologias de ponta!
Compraram a tecnologia que podiam comparar, roubaram a que não puderam comprar e desenvolveram a que não puderam comprar ou roubar. Mas fizeram o que se propuseram a fazer, desenvolver o pais com o máximo de indepedencia possível.
Ao contrário de nossa elite econômica e política, que quer o progresso como fornecedores de matéria prima ou industrial básica com equipamentos importados. Desenvolvido que nos condena a ficar dependentes de quem compra o osso básico e de quem nos vende o sofisticado, e assim vai ser até as nossas comodites acabarem.
Se você estudar a fundo o período da Revolução Industrial verá que Alemanha, França e até os EUA fizeram o mesmo copiando e roubando blueprints da Inglaterra. O Japão mandou milhares de cientistas para as universidades americanas. Todos os vencedores da WW2 se valeram de pesquisas da Alemanha em metalurgia, motores a jato, etc… A NSA e a CIA ajudaram a indústria automobilística dos EUA contra as japonesas nos anos 80. Enfim, é o jogo.
Errado.
Estão colhendo os frutos referente a reforma educacional iniciada nos anos 80, redirecionando seu ensino para disciplinas estratégicas como ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Investimentos anuais na faixa de US$ 100 bilhões apenas em educação.
Mantém um controle rígido com metas de qualidade para docentes e avaliação constante de competências.
O desenvolvimento desse motor a jato turbofan é exemplo do resultado.
Poucos países detém essa tecnologia.
Concordo! Porém, contudo, etc, o principal problema da China é o mesmo da extinta União Soviética, o centralismo nas decisões econômicas. Embora tenham criado um liberalismo empresarial, que permitiu que a China seja o que é hoje, persistem as decisões sobre alocações de recursos. A exemplo: milhares de quilômetros de estradas de ferro que não levam a lugar nenhum, cidades fantasmas, gigantescos estoques carros, por aí vai. Mas, sem dúvida, farão não só o motor como outras coisas. Em relação ao motor, coisas que são segredos: composição dos materiais, processo de agregação desses materiais, fabricação das peças, algumas coisas vão… Read more »
correto, as ligas metálicas desses motores são metalurgia de ponta, até a usinagem das pás tem um caqueado diferente, o Japão só em 2018 conseguiu fazer um motor militar comparável ao F22, e colocando eles no nível dos Europeus, só que em termos de energia ele é melhor do que o do F22, nos novos motores para os 5.5G 6G, o motor além de potência precisam produzir muita energia para uma capacidade EW superior.
O Japão correu atrás do desenvolvimento de vidros óticos de ponta durante cinquenta anos. Não que tenham desistido, mas passaram a usar vidro ótico alemão.
Exatamente. Questão de tempo.
Questão de tempo para esse CJ-1000 abocanhar boa parte do mercado de aeronaves atualmente servido pelo B737
Depois das sanções das empresas de aviação domestica russa a China já percebeu a importancia do motor nacional para sua aviação regional e não ter problema de sanções caso entre em guerra contra Taiwan.
Se eu te entregar o projeto do F22 pra Embraer ela vai produzir???óbvio que não. Ela levaria 100 anos e talvez nem conseguisse. Vc não sabe absolutamente de construção. Não basta ter projeto. Precisa saber como construir.
Me lembro da china importado do Brasil os carros na década de 80, e de exportadores a importadores de carros chineses. Nós regredimos, e muito.
Isso so mostra como e mais facil pegar atalhos. E o que a China faz; rouba tecnologias ja existentes.
Construir um motor aeronautico é muito difícil, vc tem que ter engenheiro especializados em vibrações.A China ta fazendo isso muito bem, é necessário o Brasil seguir a mesma linha!
O Brasil poderia tentar primeiro atrair uma empresa como a GE ou Rolls Royce para fabricar motores e formar pessoal. Ou talvez um acordo pra produzir sob licença a F414, que os suecos e coreanos estão fazendo. Produzir turbinas a jato para futuros UAVs também seria um começo.
Uma empresa nacional privada novata dificilmente teria condições de entrar numa empreitada pra competir com as grandes em motores para avioes de passageiros.
A IAS ha pouco tempo estava com planos de fazer um motor dele próprio por conta da expertise com manutenção de motores Russos que eles sabem fazer melhor que os fabricantes kkkk
Rodolfo,
Os suecos (Volvo) produziram sob licença o F404, não o F414.
Sim, é a segunda vez que você me corrige e eu havia esquecido.
A volvo RM12 é a F404 produzida sob licença para as versões anteriores.
A F414 será produzida na Índia para o Tejas e está sendo produzida na Coreia do Sul pra o KF21.
Mas a GE ao menos monta motores aeronáuticos no Brasil. A GE Celma em Petrópolis inaugurou a linha de montagem dos CF-34 para equipar os E-jets da Embraer sendo a única linha de montagem de motores da GE fora dos EUA.
Esse motor acabou não indo tão bem com alto consumo e desempenho abaixo do esperado. Mas já é alguma coisa.
Parece que nesse quesito eles não tiveram muito êxito na tão propalada espionagem industrial chinesa. Não que eu duvide da atuação chinesa nesse sentido, mas tudo leva a crer que estão buscando/seguindo um caminho ortodoxo, ainda que queimem etapas. Mudando um pouco rumo da prosa, mas ainda assim dentro do assunto motor de aviação, por que os motores russos de caça parecem produzir uma chama/queima azulada, enquanto os aviões ocidentais produzem uma chama/queima amarelo avermelhada ? Seria por conta do combustível ? E outra, motor militar usa combustível diferente do civil, certo ? E cada país produz o motor adequado… Read more »
Motores civis e militares usam o mesmo querosene. A diferença, quando há, é o ponto de congelamento. O F-5, por exemplo usa prist pra evitar o congelamento.
Grato pelo esclarecimento cel. Nery.
A OTAN tem um combustível padrão para uso tanto em veículos diesel quanto aeronaves com turbina a gás, o F-34 (mais conhecido como JP-8 que é o nome do padrão nos EUA). No caso do bloco oriental eu não faço ideia de como funciona.
Bruno, valeu pela informação.
Off-Topic:
Alguém leu a entrevista de hoje do Brig. Damasceno n’O Globo, replicada em outros portais de defesa, onde ele dá a entender que a FAB pode buscar uma solução além do Gripen para a aviação de caça de FAB?
De fato, o comandante menciona o acréscimo de até 25% do atual contrato e cita um segundo lote, que poderia conter unidade de Gripen e de outra aeronave. E nada mais sobre isso. Talvez o novo caça sul coreano?
Qual sentido haveria nisso?
Se for para comprar outro caça de 4.5º geração, então é melhor comprar mais Gripens para economizar.
A única escolha lógica seria comprar algumas unidades do F-35, coisa que não irá acontecer devido à situação econômica do país e da provável troca de governo nos EUA.
Acho que poderiam no máximo comprar outro avião de treinamento, mas duvido que haja até mesmo um “segundo lote” do Gripen.
Não sei. Apenas especulei sobre a afirmação do Comandante. Quem deveria responder é ele. Até por conta dessa afirmação ser um fato novo.
O Gripen E é um caça de ponta, mas a maioria das grandes forças aereas tem mais de um vetor, a França mesmo nao aposentou seus Mirage 2000 e provavelmente irá operar o Rafale por decadas depois do FCAS entrar em serviço. O Brasil ainda tem AMX, F5 e super tucanos que uma hora ou outra terao que dizer adeus. Nao necessariamente a FAB vai precisar de um outro vetor de superioridade, mas talvez tenha que adquirir algum outro pra outras tarefas especialmente se terminar com apenas 50 unidades do Gripen E que pra dimensão do país é muito pouco.… Read more »
Ate o começo da proxima decada 89 AMX e F5 serão desativados. O contrato do Gripen inicial era 36, até onde li mais 4 adicionais e nada alem disso ate o momento. Sobra um gap de 49 caças que precisaria ser reposto até o começo dos anos 2030 ou a defesa aerea ficaria ainda mais fragilizada.
Rodolfo,
Não existem 89 jatos A-1M (AMX) e F-5M em serviço.
E nada foi assinado para 4 caças Gripen adicionais. A negociação atual é para 12 a 15 adicionais, mas também nada está assinado até o momento.
Sem desmerecer as suas fontes de informação, mas acho que você precisa se atualizar lendo mais matérias dos últimos meses (e anos) do Poder Aéreo.
Ele diz claramente que pode vir um segundo lote de gripens ou outra aeronave…
Fala do comandante da FAB, sem tirar nem por:
“Os 36 caças são um número que não nos atende. Trabalhamos na possibilidade de ampliação do lote porque o contrato permite ampliação de 25% ou redução na mesma proporção. Estamos trabalhando nisso e acreditando muito que a Suécia deva comprar algumas unidades de KC-390 (cargueiro da Embraer desenvolvido com a FAB). Parte pode ser um segundo lote de Gripen e parte uma outra aeronave.”
Motores turbofan são extremamente dificeis de se fazer, e quanto maior pior, por exemplo no Brasil só temos a Turbomachine que faz turbofan pequenos, o maior será quando ela fizer o Tupan 3000 para a Tupan International dos EAU
Se o Brasil eventualmente comprasse mais Gripens, talvez um acordo pra essa empresa produzir a F414 sob licença como
os Suecos e Coreanos estão fazendo talvez ajudasse a aumentar o know how dela.
om toda certeza, até as versões antigas, se a patente expirou, poderíamos tentar copiar tudo, seria o melhor? nao, mas seria bom o suficiente
Seria interessantíssimo para o Brasil a concretização desse cenário
Vão ter que espionar bastante…rsss!
Copiar não é exclusividade coisa dos chineses.
Os americanos não teriam ido à Lua se não tivessem copiado dos alemães.
A pólvora, uma das maiores revoluções no campo de batalha, é invenção chinesa.
Os foguetes Saturno não são descendentes lineares das V2. Robert H. Goddard, físico da Clarck University, já trabalhava com foguetes no início dos anos 30 e patenteou muita coisa. Von Braun teria dito que ele estava à frente. Goddard faleceu precocemente e foi ridicularizado pela imprensa.
O programa espacial americano só decolou depois de von Braun assumir a direção científica.
Isso é história.
Tudo se copia, seria uma atitude estúpida não copiar o que está pronto e reinventar.
Copiar e espionar pula etapas e ganha tempo.
Todos os países fazem isso e estão certos.
Azar de quem não protegeu sua informação.
Conheço muito bem a história. Nos EUA haviam três programas de misseis, um de cada Força. A marinha tinha prioridade, com seus Vanguard, mas a série de insucessos era grande. Depois de algum tempo a equipe de Von Braun, do exército, no Arsenal Redstone, teve permissão para tentar orbitar o primeiro satélite americano, o Explorer 1. O veículo de lançamento foi um Júpiter C. Von Braun e muitos de sua equipe foram recrutados no esteio da Operação Paperclip, que visava recrutar pessoal capacitado para traboara os EUA. Já nos EUA, seu chefe foi o general Holger Toftoy. Em tempo, com… Read more »
Pois é. Mas o brasileiro geralmente tem a cultura da inveja, sempre tenta achar defeitos nas conquistas dos outros.
Desmerecem à China com essa história de cópias, o que é verdade, como se outros países não fizessem o mesmo.
Aliás, até para copiar o país precisa ser competente já que ninguém dá tecnologia à ninguém de mão beijada.
Ninguém estava à frente dos alemães. Isso é um fato já que a V2 era um foguete funcional. É óbvio que os Saturn eram um milhão de vezes mais complexos do que as V2, mas estas foram o embrião. Se não precisassem dessa tecnologia não teriam levado os esquemas dos alemães e o próprio Von Braun para os EUA. Os americanos ficaram de boca aberta com essa tecnologia.
Então, sim, os americanos copiaram dos alemães, assim como os soviéticos copiaram a bomba atômica dos americanos, isso não é demérito para ninguém.
A base da NASA e do complexo aeronáutico estadunidense pós-guerra foi a Operação Paperclip…
No fim da Segunda Guerra Mundial os foguetes dos EUA era primitivos… Assim como seu caça a jato Bell P-59 Airacomet tinha performance pífia… O Lockheed P-80 Shooting Star, um pouco melhor que o P-59, também era inferior ao Me 262…
A NASA surgiu apenas em 1959. Eu citei a operação Paperclip mais acima. Conheço um pouco da parte espacial, astronáutica. Do desenvolvimento aeronáutico nada posdo acrescentar. Mas é difícil imaginar que algumas dúzias de alemães tenham carregado apenas sobre seus ombros todo o mérito. Que há mérito dessas pessoas, não há dúvida. E não é pouco. Incluam, além de Werner Von Braun, outro nome: Herman Oberth.
Problema talvez nem seria fazer, mas convencer o mercado a comprar o produto.
A menos que a China planeje entubar o motor nas nacionais, o que seria pior que tentar vender e não conseguir. Além de todos os problemas que um motor novo traz naturalmente (a400m ai pra confirmar kkkk)
o A400 foi pq quiseram inventar demais na hora da produção, devia ter sido só da Safran ou RR, mas cada um quer um pedacinho, saiu uma geringonça que custou caríssimo de se consertar.
Sei nao Henrique, entubar nas nacionais seria arriscar vidas de cidadãos chineses.
O mercado chinês é tão grande, que o motor seria um sucesso se vendesse apenas para empresas chinesas. 1/4 da população mundial vive lá, é a segunda ou primeira economia do mundo e suas aeronaves voam no mundo inteiro e operam em aeroportos de todos os continentes. E se for imposto para empresas chinesas, ainda assim será um sucesso, porque quanto mais usado for, mais confiável e mais fácil de ser desenvolvido e melhorado. É a vantagem de um regime centralizado (ditadura), quando você não tem mercado, produz um na marra! Não que eu defenda ditaduras, mas o fato é… Read more »
Eu gostaria que o país investisse mais nesse quesito, que pudesse desenvolver aqui ao menos motores para aviões de menor porte como executivos e de comerciais até 100 passageiros. O momento histórico é oportuno, da transição para a aviação á hidrogênio/ híbrida. Infelizmente não há ninguém olhando nessa direção, nem mesmo a Embraer ou a Turbomachine que deveriamou poderiam ser a maiores interessadas e desenvolvedoras.
A Embraer nao iria entrar nessa, assim como Boeing e Airbus não fazem isso. A Embraer precisa vender aviões que o mercado queira e vai colocar a turbina que achar mais capacitada.
Pra uma empresa nacional decolar nessa area, teria que começar com uma parceria externa, talvez produzir turbinas para Gripens ou avioes comerciais de uma geração anterior sob licença (teria que ter governo federal nessa).
Só a divisão aerospacial da GE investe 1.5 bi de dolares anuais and pesquisa e desenvolvimento. No mercado brasileiro não tem como competir com isso.
Não sei se vc sabe mas ela já está projetando essas aeronaves, bem como a Airbus também. A Embraer planeja o turbo prop de próxima geração e a família Energia como híbridos ou inteiramente a hidrogênio. A diferença nesse fato comparado ao meu comentário é que inexoravelmente serão com motores do exterior, justamente pelo ponto que vc salientou, a competição com as grandes. Mas creio que motores menores, ao menos para os aviões executivos, teriamos capacidade de construir e ser competitivos.
Filipe Prestes, acredito que o novo ITA irá focar nesse novo nicho. Bom, ao menos acredito ter lido isso na matéria aqui na Trilogia.
Para a China, não é algo assim tão monumental, não. A China não é Brasil
O C919 é só o começo; o primeiro para preencher o nicho mais numeroso da aviação comercial.
A longo prazo produzirão toda gama da aviação comercial.
Brasil é o país que exporta café e importa café moído por 10x o preço.
fulcrum,
O assunto não tem nada a ver com a matéria mas, ainda assim, segue uma sugestão pra você se atualizar sobre a indústria cafeeira:
https://estatisticas.abic.com.br/estatisticas/indicadores-da-industria/indicadores-da-industria-de-cafe-2023/
Concordo. O Brasil deveria exportar café torrado, moído e empacotado.Não deveríamos exportar minérios, chapas de aço.
O Brasil exporta aço faz tempo.
E qual o desafio que os chineses não superarão? Ao longo dos anos os chineses vem superando todas, inclusive em várias áreas já estão a frente dos americanos a anos.
Tomara que consigam. E vão conseguir.
Sem a menor dúvida.
Mas toda vez que leio matérias como essa aqui na trilogia meu coração aperta de doer ao pensar na Embraer.
Basta um ” deslize” por aqui para que um embargo bem chinfrim a faça fechar as portas.
Como sair dessa sinuca de bico?
Achei que a MICHELIN era da França. Na ilustração diz que é do EUA.
Por que o governo Brasileiro não investe na Turbomachine? um pessoal muito bom trabalha naquela empresa……
E depois tem caras que metem o pau dizendo que a EMBRAER nao fabrica avioes… vendo a participacao de grandes grupos Europeus e Americanos nesse aviao da para perceber que a toda poderosa China ainda depende de algumas importantes traquitanas ocidentais… Pode isso Arnaldo??? Como aceitar isso dessa Hiper Potencia??? Depois dos Lada/Fiat agora temos que conviver com um aviao mais ocidental do que Chines.
Claro que vão conseguir, afinal eles são experts em roubar seguedos industriais.