Entregas da Embraer têm alta de 13% em 2023 e backlog atinge US$18,7 bilhões, um crescimento de US$1,2 bilhão

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  • Aviação Executiva apresentou o maior volume de entregas em 7 anos
  • C-390 foi selecionado pela Coreia do Sul, reforçando bom momento de vendas
  • Entregas do E2 mais que dobraram, chegando a 39 jatos em 2023
  • Aviação Executiva e Comercial apresentaram book-to-bill acima de 1:1
  • Serviços & Suporte com backlog recorde, de US$3,1 bilhões

São José dos Campos – SP, 30 de janeiro de 2024 – A Embraer (NYSE: ERJ; B3: EMBR3) entregou 75 jatos no quarto trimestre de 2023, sendo 49 executivos (30 leves e 19 médios), 25 comerciais e uma aeronave militar C-390. Em 2023, a Embraer somou 181 aeronaves entregues, uma alta de 13% na comparação com 2022, quando a companhia entregou 160. A Embraer continua enfrentando desafios em sua cadeia de suprimentos, com atrasos que impactaram as entregas de 2023.

A carteira de pedidos firmes cresceu US$1,2 bilhão na comparação anual, atingindo um total de US$18,7 bilhões em 2023 – o maior volume registrado desde o 1T2018.

A Aviação Executiva manteve o forte desempenho de vendas com alta demanda por todo o seu portfólio e grande aceitação tanto por parte de clientes privados como operadores de frotas. A unidade de negócios fechou o ano com um book-to-bill acima de 1,3:1 e um backlog de US$4,3 bilhões, um crescimento de US$400 milhões na comparação anual. As 74 entregas de jatos leves em 2023 foram 12% superiores em relação a 2022 e o maior volume em 7 anos. Além disso, as 41 entregas de jatos médios também representaram uma alta de 2 dígitos no ano, de 14%.

Em Defesa & Segurança, o principal destaque veio da Coreia do Sul, com a vitória do C-390 Millennium no programa Large Transport Aircraft (LTA) II, processo de licitação pública para fornecimento de novas aeronaves de transporte militar ao país. A Coreia do Sul é o primeiro cliente do C-390 Millennium na Ásia. Além disso, no final do ano passado, o primeiro KC-390 Millenium na configuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entrou em serviço para a Força Aérea Portuguesa.

A aeronave também foi selecionada pela Áustria e pela República Tcheca em 2023 e pela Holanda em 2022. As negociações envolvendo as 11 aeronaves ainda não foram incorporadas ao backlog da Embraer Defesa & Segurança e apresentam um potencial de alta significativa para os próximos trimestres. No 4T23, o backlog da unidade de negócios foi de US$2,5 bilhões, uma alta de US$100 milhões na comparação anual.

Na Aviação Comercial, as entregas da família E-Jets aumentaram 12% na comparação anual, subindo de 57 jatos em 2022 para 64 em 2023, apoiadas por um book-to-bill acima de 1,1:1. As entregas do E2 mais que dobraram e foram o destaque do ano, passando de 19 aeronaves entregues em 2022 para 39 em 2023. O backlog da unidade de negócios chegou a 298 aviões no 4T23 em um total de US$8,8 bilhões, uma alta de US$200 milhões na comparação anual.

A Porter Airlines exerceu seus direitos de compra para fazer um novo pedido firme de 25 jatos E195-E2, que se somam aos 50 já encomendados. A companhia aérea canadense passa a ter um total de 46 pedidos firmes a serem entregues, com 25 direitos de compra remanescentes. Além disso, o backlog inclui agora 4 jatos E175 anteriormente adquiridos pela American Airlines e mais 2 pedidos em dezembro.

Serviços & Suporte fechou 2023 com um backlog de US$3,1 bilhões, um aumento de US$400 milhões na base anual – o maior nível já registrado na história da unidade de negócios. O backlog inclui contratos renovados de serviços integrados de apoio logístico e programas abrangentes de manutenção de fuselagem, como o Programa Pool para a Aviação Comercial e o Embraer Executive Care para a Aviação Executiva. Esses contratos de longo prazo no backlog incluem principalmente contratos de pool e outros serviços como peças de reposição, reparo, manutenção e serviços técnicos.

Os planos de crescimento da unidade de negócios ganharam força com o anúncio de um acordo que dobrou sua capacidade de atendimento em serviços para jatos executivos nos Estados Unidos. A ampliação dará apoio ao crescimento contínuo da base de clientes de jatos executivos com mais 3 centros de MRO para Aviação Executiva em Dallas Love Field (Texas), Cleveland (Ohio) e Sanford (Flórida).

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Sergio Machado

Noves fora uma empresa estratégica para o país, ainda queriam entregar para a Boeing de barbada. Alguém ia ganhar “ jóia de presente” .
Deveriam estar presos por crime de lesa pátria.

Underground

Pare de usar palavras de ordem.
Primeiro: estratégico é algo que se usa para atingir um objetivo.
Segundo: crime se lesa pátria e roubar o país.
Terceiro: grande parte da população vive de sonhos. O resultado tá aí: um país sem rumo.

Allan Lemos

Segundo: crime se lesa pátria e roubar o país.

Depende da semântica que você atribuir ao termo lesar, você pode lesar um país de várias formas diferentes.

Por exemplo, vários acordos que o Brasil assinou foram crimes de lesa-pátria, mesmo sem o viés patrimonial.

A venda da Embraer também seria, mas de uma forma diferente. E ela é a terceira maior fabricante de aeronaves do planeta, como isso não é estratégico?

Rinaldo Nery

A compra da refinaria de Pasadena foi um crime de lesa pátria.

Underground

Se a WEG for vendida, vão querer impedir?

Camargoer.

Que tiver uma golden share pode.

Camargoer.

Olá Sérgio. Lembro de um sujeito defender a venda da Embraer porque a empresa era uma grande importador… mostrei que o valor exportado pela Embraer era maior que o importado, mas não bastou. Outro afirmou que a venda para a Boeing aumentaria a produção de aeronaves… perguntei sobre qual base ele afirmava isso, mas nada…. Outro afirmou que a venda não impactaria o setor de defesa, mas então lembrei que o setor de defesa depende do setor comercial para custear o P&D, como mostram os números de aeronaves E195/195/175 e o número de Kc390 entregues ano passado… nem isso. Disse… Read more »

Last edited 9 meses atrás by Camargoer.
Bille

O F-18, como avião, tem um desempenho melhor sim, além de uma cadeia mais longa de suprimentos. E é provado em combate. Dito isso, tinha a hora mais cara, um controle de exportação dos EUA muito maior, não ia produzir nem um parafuso aqui (porque o americano tá c@gando pra OFFSET), não ia agregar qualquer tecnologia brasileira no projeto, e ia cobrar um CLS os olhos da cara. O problema do F39 é ter pouco operador no mundo – o F35 ta deixando de ser problema porque mais operadores estão entrando para custear o projeto, e não porque o projeto… Read more »

Last edited 9 meses atrás by Bille
Rinaldo Nery

Seu raciocínio está correto. Mas piloto há, para 120 aviões.

gordo

Falando especificamente da boeing, ela caiu nas graças da bolsa de valores. Agradar o pessoal que vive de especulação e trabalho alheio custa a alma. Deu no que deu. E não é só essa empresa que entrou nessa vibe lá nos EUA, toda uma cadeia produtiva e isso explica muito dos problemas socioeconômicos pelo qual eles vem passando. A China agradece Wall Street.

Willber Rodrigues

“Outro afirmou que a venda não impactaria o setor de defesa, mas então lembrei que o setor de defesa depende do setor comercial para custear o P&D, como mostram os números de aeronaves E195/195/175 e o número de Kc390 entregues ano passado… nem isso.”

Não tenho nem termos minimamente educados pra definir um “cidadão” que fala uma m….. dessas….

Tire a ala comercial da Embraer, que seu setor de Defesa vira uma FAdeA 2.0 rapidamente.
Os caras queriam tirar o setor mais lucrativo da empresa, e acham que isso não iria “dar em nada”?

Camargoer.

Pois é…. e esta tudo registrado.. riso. Provavelmente, o pessoal mudou de apelido. riso.

Ainda vai aparecer muito comentário justificando que era um bom negócio para o Brasil.., vai vendo. riso

Last edited 9 meses atrás by Camargoer.
Willber Rodrigues

Ah, mas eu lembro muito bem dessa galerinha que não pensaria 2X em vender nossa principal empresa pra gringaiada, a troco de bala 7belo….
O fato disso não ter se concretizado quase me faz acreditar que Deus é brasileiro mesmo….

Underground

Não adianta nada querer “defender” empresas de defesa, quando na hora do H a preferência são por outras empresas. Exemplos? Uma certa empreiteira que virou “fabricante” de submarinos sem ter qualquer expertise, e que por muito pouco não virou “fabricante” de caças após assinar um acordo coma Eads.

Underground

Saab não tem setor comercial.

Sergio Machado

Também não se pode esquecer que o então governo de plantão também queria “vender” o golden share. Ou seja, zero influência nos rumos da maior empresa de tecnologia do país.
Lesa pátria é pouco, beira à traição.

Palpiteiro

Somente lembrando. A Embraer não iria ser vendida. Somente a aviação comercial. Aviação executiva, defesa e Eve não seria. Do ponto de vista do acionista seria ótimo. Sairia do negócio com menor margem (um negócio de 100 anos) e teria caixa disponível para investir pesado em algo novo como evtol. E de quebra iria receber uma bolada de dividendos. Duas outras observações, não é somente gente rica que investe em ações, no passado, a base de investidores da empresa eram fundos de previdência. A outra é que o BNDES é um grande acionista da Embraer.

André

Daqui a pouco é a Embraer que compra a Boieng rsrs Sem exagero, taí uma empresa (Embraer) que admiro

Camargoer.

Riso… eu até sugiro o nome para a empresa “The Embraer-America Commercial”.

Last edited 9 meses atrás by Camargoer.
Angelo

Sugestão de nome mais curto: ” Embramerica “.
Só não concordo com aquela intenção nojenta de colocar a letra X no final ex: Petrobras para petrobrax. Nojento e anti democrático.

Camargoer.

RapaX… tinha eXquecido da PerobraX….

“EmbraeX”… riso.

A tal agência de propaganda ganhou um dinheirão para trocar o “S” pelo “X”… foi mais ou menos na mesma época que afundou a P36.

Coisa do Reichstul.

Rinaldo Nery

Não entendi o ¨antidemocrático¨. Não foi votado?

A C

Quem sabe o proximo passo da EMB seria comprar uma empresa jah existente nos EUA e renomear para “Business Oriented Embraer Investments of New Generation”.

André Sávio Craveiro Bueno

Boa!

Underground

Todos os assuentos das aeronaves da Embraer são fabricados dos EUA através de uma empresa americana de sua propriedade.

Underground

Na verdade a Embraer tentou comprar a Saab.

Allan Lemos

Ninguém iria “entregar” a Embraer, o governo não é mais dono da empresa, só tinha a questão do Golden Share, que aparentemente não iria usar.

Entregada foi a refinaria que deram à Bolívia.

Agora, o que deveria ser feito, é uma lei proibindo a venda de empresas de defesa sem a aprovação do Congresso.

João

A Embraer tem que partir para cima e entrar na luta pelo mercado do 737 MAX. Capacidade técnica tem de sobra. Tem capacidade para isso.. Só falta a coragem para brigar com a Boeing e Airbus.

EduardoSP

Está cheio de vídeo no youtube mostrando o que acontece quando um Gnu toma coragem e resolve partir para a briga com uma matilha de cães selvagens africanos.
São despedaçados vivos.

André Sávio Craveiro Bueno

Eu adoraria ver a Embraer entrar nesse mercado de aviões médios mas há dois custos enormes: o de projeto e certificação de uma nova aeronave e o geopolítico [política/influência de países e financeiro, considerando os financiamentos de venda]. Lembrando que a Embraer está voltada para a família Energy ou algo que o valha.

André Sávio Craveiro Bueno

Começando agora, a empresa levaria uns 5 ou 6 anos para certificar uma aeronave desse porte. “Há, mas é só aumentar a largura da fuselagem dos E Jets”. Rsss…

Angelo

Então o governo não pode subsidiar aeronaves civis da Embraer por causa de uma lei internacional, minha sugestão era o governo através da FAB encomendar um avião do porte e função do P8 Poseidon, bancaria o projeto e a certificação , depois era só fazer uma versão civil. Mas muitos já criticaram essa ideia antes, governo está com o orçamento apertado, mas aposto que se fosse a China ou Coreia do Sul no nosso lugar fariam.

Angelo

É verdade que a concorrência com a Boeing e a Airbus é muito pesada, mas estamos hoje num momento em que a Boeing está com dificuldades pontuais com seus produtos e a Airbus sobrecarregada com uma enorme carteira de pedidos, um avião da Embraer se estivesse disponível hoje teria o grande atrativo de entrega mais rápida, apesar que não tá fácil pra ninguém em relação a cadeia de suprimentos.

Last edited 9 meses atrás by Angelo
Camargoer.

Olá A. Existem leis de comércio exterior que proíbem o dumping, quando uma empresa pratica um preço de exportação diferente do preço para o mercado interno, lembrando que esta comparação deve ser sem os impostos. Produtos para exportação não pagam alguns impostos, como ICMS (agora IVA). A Bombardier uma vez tentou acionar a Embraer na OMC porque os juros dos financiamentos do BNDES eram inferiores aos juros dos bancos privados. O BNDES mostrou que de fato, as taxas cobradas pelo banco eram inferiores ao dos bancos privados, mas eram similares tanto para a exportação quanto para o financiamento para o… Read more »

Marcelo

o Japão fez isso, com o P-1 deles, a expertise aprendida foi usada no MRJ, que não deu certo, mas essa é outra estória.

Palpiteiro

Mais uma falha estratégia grande da Boeing. A primeira foi foi perder a credibilidade do seu maior produto. A Embraer poderia fazer parte da solução para o 737max hoje.

Vitor Botafogo

Acho a maior bobagem isso. A Embraer poderia estar fabricando mais aviões e gerando mais empregos no Brasil e mais impostos, gerando mais benefícios sociais.
Não era contra, nem a favor da fusão com a Boeing.

Mas o “SE” não entra pro livro da história.

Concordo com outros colegas, lesa pátria é corrupção e roubar o país e a festa está rolando novamente, com o apoio de uma minoria.

Last edited 9 meses atrás by Vitor Botafogo
Felipe Morais

Poderia mesmo? Tem certeza? Tem certeza que a Boeing, enfrentando os problemas que está enfrentando, se preocuparia em manter ou ampliar linhas de produção no Brasil?

Tá certo.

Camargoer.

A Boeing poderia estar reflorestando as terras degradadas no Brasil para compensar o carbono do combustível gasto em seus aviões…. poderia ter assinado um convênio com as universidade que têm cursos de engenharia aeronáutica… poderia ter implantado uma linha de helicópteros para competir com a Helibras (o Brasil é um dos maiores operadores de helicóteros do mundo)….. podia.. mas SE não entra no livro de história. Excelente frase. Concordo com ela…. minha verão é mais lúdica… se o quadros fosse redondo, o cubo mágico seria uma esfera. MInha filha me disse que “existe uma chave que fecha o passado e… Read more »

ODST

Petrolão e mensalão = Lesa pátria. Cadeia em todos

Claudio Moreno

Chora Boeing!

Sgtº Moreno

Fernando EMB

Discutir os resultados apresentados ninguém quer… O negócio é a velha ladainha de Boeing.
Vamos olhar para frente…

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é.
Em mais de 40 comentários, quase todos ficaram nesse rame-rame.

Claudio Moreno

Salve Nunão!

Chora Boeing. Não tem o que comentar no artigo. Está perfeito.
Bravo Zulu. Parabéns pela publicação!

Sgt Moreno

Claudio Moreno

Chora Boeing. Não tem o que comentar no artigo. Está perfeito.
Bravo Zulu. Parabéns pela publicação!

Sgt Moreno

Fernando EMB

Tem muito o que comentar sim. Muito. Mas preferem o rame-rame.

André Sávio Craveiro Bueno

Interessante o modo como a canadense Porter Airlines está usando seus 195-E2. Pode ser uma publicidade bem vinda para o produto.