Caça F-16 Fighting Falcon completa 50 anos
Celebrando meio século desde seu primeiro voo, o caça F-16 Fighting Falcon é um dos jatos militares mais icônicos e bem-sucedidos da história da aviação. Projetado originalmente pela General Dynamics nos Estados Unidos e agora produzido pela Lockheed Martin, o F-16 fez seu voo inaugural em 20 de janeiro de 1974, marcando o início de uma era de inovação tecnológica na aviação de combate.
O F-16 foi projetado sem um sistema de controle de voo mecânico tradicional que conectasse fisicamente o piloto às superfícies de controle do avião. Em vez disso, o manche e os pedais estavam ligados a um conjunto de computadores quadruplamente redundantes, que interpretavam e transmitiam as instruções do piloto para os elevadores, ailerons e leme.
Essa configuração tinha várias vantagens sobre os sistemas anteriores. Ela permitia uma reação mais ágil, com correções automáticas para turbulências e correntes térmicas sem intervenção do piloto. Além disso, o sistema podia ser ajustado para compensar deficiências aerodinâmicas, permitindo que a aeronave operasse de maneira otimizada. O benefício mais significativo, contudo, era que essa tecnologia facilitava o voo seguro de aeronaves com design de instabilidade intencional.
O assento do piloto do F-16 foi reclinado 30 graus, permitindo aos pilotos suportar 9Gs. Adicionalmente, o tradicional manche central foi substituído por um lateral.
Outra inovação foi o design “blended body”, com a asa gradualmente engrossando na raiz e fundindo-se com a fuselagem, sem a junção visível usual. Essa solução criou mais espaço para combustível.
A visão do piloto também foi muito melhorada, com o canopy em bolha dando uma visão 360 graus, sem arcos no hemisfério frontal.
Inicialmente o F-16 não levava mísseis guiados por radar, só mísseis guiados por calor de alcance visual. Seu pequeno tamanho e espaço limitavam o alcance do seu radar. Entretanto, foi equipado com um pequeno radar avançado, com excelente capacidade “look-down”, integrado para o combate visual, projetando um ícone no HUD (Head-Up Display) mostrando exatamente onde estava localizado o alvo.
Ao longo dos anos, mais de 4.600 F-16 foram produzidos, atendendo a mais de 25 operadores em todo o mundo, um testamento da sua versatilidade e confiabilidade. A aeronave não é apenas um caça de superioridade aérea, mas também capaz de executar missões de ataque terrestre e naval, reconhecimento e supressão de defesas. A adaptabilidade do F-16 é evidente em suas inúmeras variantes, cada uma projetada para atender às necessidades específicas de seus operadores nacionais.
Em termos de experiência de combate, o F-16 provou ser uma plataforma de combate formidável. Participou em numerosos conflitos desde o final dos anos 70, incluindo operações no Oriente Médio, nos Bálcãs e no Afeganistão. Ganhou uma reputação de ser uma aeronave letal em combate aéreo e eficaz em ataque ao solo, servindo como a espinha dorsal de várias forças aéreas na OTAN e em todo o mundo.
Ainda hoje, apesar de ter sido substituído ou complementado por aeronaves de quinta geração em algumas forças aéreas, o F-16 continua a ser atualizado com novas tecnologias, como radares AESA, sistemas de guerra eletrônica e armas avançadas, garantindo que permaneça relevante no campo de batalha contemporâneo. Seus 50 anos de serviço são um testemunho da engenharia excepcional e da visão de futuro que o trouxe à vida, e ele continua a ser uma força a ser reconhecida nos céus de todo o mundo.
Um pouco da história do caça F-16 em imagens
SAIBA MAIS:
John Boyd, o piloto de caça que mudou a arte do combate aéreo
John Boyd, o piloto de caça que mudou a arte do combate aéreo – parte 2
John Boyd, o piloto de caça que mudou a arte do combate aéreo – parte 3
Esse caça ainda tem uns 30 anos de lenha pra queimar, no mínimo.
Ele e o B-52 em formação enquanto o F-35 se aposenta.
Tá mais fácil aposentar o F-35 e o F-16 continuar voando por aí, até a sétima geração.
Vai voar em muita força aerea por aí, daqui uns 30 anos os Eslovakos repassam seus Block70 pra alguma força aerea menos favorecida. Os airframes dos ultimos Block70 tem uma vida util de 12 mil horas, vao durar varias decadas.
É o martelo de guerra americano.
F14, F15 e F16 foram a era de ouro de aviação de caça americana.
Deixa eu colocar gasolina na fogueira para deixar as coisas interessantes: esse foi o vencedor da concorrência do ADF, o Boeing model 908-909, mas misteriosamente ele foi escanteado e colocaram a General Dynamics na frente da Boeing. Detalhe: o projetista chefe do YF-16 (Harry Hillaker) era amigo de Boyd e Sprey quando esses estavam no Pentágono na época do ADF:
Curiosamente, a mesma Boeing foi “colocada pra escanteio” , em favor do projeto da LM, na concorrência que deu origem ao F-22….
Curiosamente, esse mock up é feio pra chuchu 😛
A proposta da Boeing pro programa que deu origem ao F-22 da LM era mais feio ainda….
Eu nunca vi, mas também não duvido.
Pesquise Boeing X-32, e veja toda a beleza e esplendor da criança…
A baleia? Esse era do programa JSF. Esse eu conheço. Não conheço o da Boeing para o ATF.
A Boeing fazia parte do programa do YF22 da Lockheed. O rival do YF22 no ATF era apenas o YF23 da Northrop.
A Boeing e outras empresas enviaram propostas, mas não acho que chegaram à fazer mockups antes de serem canceladas.
In July 1986, proposals were provided by Boeing, General Dynamics, Lockheed, Northrop, and McDonnell Douglas.[1] Two contractors, Lockheed and Northrop were selected in October 1986 to undertake a 50-month demonstration/validation phase, culminating in the flight test of two technology demonstrator prototypes, the YF-22 and the YF-23. Under terms of agreements between Lockheed, General Dynamics, and Boeing, the companies agreed to participate in the development jointly if only one company’s design was selected. Northrop and McDonnell Douglas had a similar agreement.[10]
Sim, você está correto.
YF-23
X-32 era JSF…
Horroroso…kkkkkk
o X32 da Boeing participou da competição pelo JSF contra o X35 da Lockheed. O programa que deu origem ao F22 foi o ATF e o competidor do YF22 da Lockheed foi o YF23 da Northrop.
Exato.
E também o TFX,com o modelo 818,concorrente do futuro F-111.
Que coisa feia, aidna bem que não foi pra frente … Graças a uma “amizadezinha” …
Daí você percebe como é sem-noção a crítica de alguns pelo fato de o Brasil ter ido de Gripen, ao argumento de que quando o último Gripen for entregue, ele já estará obsoleto. A USAF tem 2 caças de 5a geração, mas não abre mão de seu carregador de piano de 50 anos de bons serviços prestados.
O que é curioso, já que a IAF tem F-35, mas quem carrega o piano diariamente é o F-16.
Na verdade, são os caças 4++ que fazem o trabalho diário em praticamente todas as Forças Aéreas.
Se o bom e velho RT-82S faz o serviço, deixa a Beretta 92FS dormindo para o caso da situação esquentar de verdade.
Só acho muito estranho pilotar com um side stick. Se eu fosse piloto acho que ia demorar pra me acostumar. O manche central é mais fácil de a mente se situar. Mas o caça é excelente, é claro.
Você acostuma. Pensei o mesmo quando fui pro A320.
No caso do A320 deve ser duplamente estranho para o comandante, que pilota com a “canhota”
Eu acho o do Cirrus Sr.22 ainda mais bizarro.
Exato. Eu sou destro. Agora estou voando um Eclipse, com sidestick também.
Legal!!
Esta na Executiva. Bons Voos!
A carga de trabalho é maior?
Curiosidade, já ouvi dizer que é maior.
Sim. Bem mais encheção de saco.
“Ponto ápice, mais alto grau da aviação de caça.
Simplesmente fenomenal.”
O F-14? Eu concordo.
Tinha um design muito bonito.
Cinquenta anos, continua lindo e letal!!
E umas fotos dos F-16s de Portugal…
https://www.aereo.jor.br/2023/05/19/kuleba-pede-para-que-portugal-participe-do-programa-de-treinamento-de-pilotos-ucranianos-em-cacas-f-16/
https://www.aereo.jor.br/2021/05/08/operacoes-noturnas-pela-primeira-vez-no-nato-tiger-meet-2021/
Em breve na FAA. Agora vai,Argentina?
Outro pequeno detalhe:
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Notaram que NÃO aparece nenhuma força aérea da EUROPA entre as Top 10 em tamanho?
(Rússia não conta, pois tem um pé na Europa e outro na Ásia.)
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Pois é!
Sinal dos tempos.
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Claro, devemos considerar a combinação de nações europeias lutando sob a mesma bandeira da OTAN.
Mas, tem sempre um mas, suas forças aéreas tem diferentes níveis de apronto operacional e até mesmo diferentes níveis de atualização nas suas aeronaves, isso quando operaram aeronaves similares.
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Saudações,
Ivan, no detalhe. 😉
Ops!!!
Comentário na matéria errada.
Erro grosseiro de minha parte.
O interessante deste 1º voo do F-16 é que não era para ter ocorrido… foi acidental , Era apenas para ser feito um teste de corrida em solo, Mais o avisão “quis decolar por conta própria” e o piloto de testes decidiu por segurança fazer a vontade do “bichão” e decolou deu a volta na base e aterrissou em segurança, Tem video no youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=qAp4RtGKbHE&t=59s
No segundo parágrafo, “elevadores” seria a tradução de “elevators”?
Sugiro traduzir como “profundores”, que é a palavra mais empregada.