Casulo de guerra eletrônica que será instalado na ponta da asa do Eurofighter EK é idêntico ao do Saab Gripen E

Munique, 29 de novembro de 2023 – Agora é oficial: o Eurofighter EK (Combate Eletrônico) está chegando. Após a recente aprovação parlamentar pelo comitê orçamental alemão, a Airbus irá equipar 15 Eurofighters alemães para combate eletrônico – e equipá-los com um sistema de localização de transmissores e autoproteção da Saab, bem como mísseis antirradar “AARGM” da empresa americana Northrop Grumman. O Eurofighter EK deverá ser certificado pela OTAN até 2030 e substituirá então o Tornado na função SEAD (Supressão da Defesa Aérea Inimiga).

“A guerra eletrônica e o reconhecimento são requisitos importantes da OTAN: os conflitos atuais e a atual situação de segurança mostram quão importantes são as duas capacidades”, afirma o CEO da Airbus Defence and Space, Michael Schöllhorn. “A este respeito, a decisão do governo alemão de incluir uma capacidade tão importante como a guerra eletrônica no portfólio de capacidades do Eurofighter é uma medida importante. O EK irá adicionar esta importante capacidade ao já amplo espectro operacional do Eurofighter, ao mesmo tempo que fortalecerá a soberania e autonomia europeias. ”

Com a aprovação parlamentar da Comissão Orçamental, o Eurofighter é agora oficialmente definido como o sucessor do Tornado ECR (Combate/Reconhecimento Electrônico). A Airbus aguarda agora a ordem oficial para integrar as soluções técnicas selecionadas no Eurofighter. O contrato correspondente entre a Eurofighter GmbH, como contratante principal, e a NETMA (Agência de Gestão de Eurofighter e Tornado da OTAN) deverá ser assinado antes do final do ano.

Com o sistema de localização de transmissores da Saab e o Míssil Guiado Antirradiação (AARGM) da Northrop Grumman, o Eurofighter EK será capaz de detectar, localizar e desativar radares antiaéreos. Além disso, a solução Saab possui bloqueadores que melhoram a autoproteção do Eurofighter. O Eurofighter EK também possui tecnologias a bordo que foram desenvolvidas por pequenas e médias empresas e por uma start-up. Isso inclui uma solução de IA que permite analisar dados de radar a bordo e determinar rapidamente medidas precisas de autoproteção.

A Airbus está atualmente trabalhando com o escritório de compras BAAINBw, a Força Aérea Alemã e o Escritório de Aviação da Bundeswehr em um cronograma detalhado para a implementação das soluções EK selecionadas em 15 Eurofighters.

FONTE: Airbus

Subscribe
Notify of
guest

24 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Angelo

Tinha uma conversa antiga sobre uma versão de guerra eletrônica ainda mais elaborada do que o Gripen já é, não sei se seria a versão F do Gripen ou uma versão especializada, mas parece que o assunto esfriou, pelo menos não vi mais.

Angelo

Se o Gripen F comandasse hordas de drones acho que seria um grande diferencial no mercado pois os projetos que tenho visto de caças com essa função são geralmente de quinta geração pra cima, ou seja, muito mais caro de adquirir, seria uma opção bem mais barata.

Rafael Coimbra

E não era? Um caça “vendido” como o ápice da tecnologia europeia etc… Esse papo de caça multifuncional é balela… é caça bi-funcional… AR/AR e AR/TERRA … quem sabe AR/MAR… Caças europeus em sua maioria sempre tem esses pega ratão… o Tornado F3 quase se aposentou sem um radar apropriado… O EF2000 precisa trocar radar e software a cada 2 anos… Parece que sempre vendem pela metade… Já viu um su-27, 30, 35 etc… que chega sem ter todos os sensores funcionando? Só de A-1 tivemos 3 configurações…

Bardini

Não, não era…
.
A função de guerra eletrônica era executada pelo Tornado.
.
O que eles estão fazendo com o Typhoon, é basicamente o que americanos fizeram com o Growler, derivado de um Super Hornet e que substituiu assim o Prowler na função.

Last edited 11 meses atrás by Bardini
Santamariense

“Já viu um su-27, 30, 35 etc… que chega sem ter todos os sensores funcionando?”

Bom, o Su-27 é basicamente ar-ar, Su-30 é uma evolução em direção à multifuncionalidade e o Su-35 é o mais completo dos três. Mas, concordo que o Typhoon parece estar sempre “por ser terminado”.

rui mendes

O Typhoon, Rafale e Grippen não mudam radares de dois em dois anos, mudaram agora para incorporar novos radares aesa, já os Russos como tu dizes, não mudam, vem logo tudo de inicio, o problema é esse, não mudam porque continuam a não ter radar aesa, mesmo o SU-35, não têm radar aesa. Mudar de sensores, é bom sinal, pois diz que estão actualizando sempre que têm melhores tecnologias e vamos ver isso por anos e anos, pois conforme os programas do Scaf e do Tempest Global forem precisando de testar sensores, vai ser nos actuais caças que vão testar,… Read more »

Vendéen

Olá Rui Mendes, As capacidades de interferência aérea são essenciais, mesmo que não sejam discretas. É óbvio que a arma aérea é um elo essencial na cadeia C4ISR (múltiplas capacidades SEAD) porque no momento e a menos que eu esteja enganado, é o único meio (reconhecidamente limitado no tempo) de perturbar/bloquear a longo prazo. de radares terrestres de (muito) alta potência. Obviamente os alemães compreenderam a grande importância de ter estas capacidades. Sobre o Rafale: O Rafale possui capacidades de guerra eletrônica (reconhecidamente muito eficientes) exclusivamente dedicadas à sua capacidade de sobrevivência durante um combate aéreo. Com o sistema Spectra… Read more »

Bardini

Casulo de guerra eletrônica que será instalado na ponta da asa do Eurofighter EK é idêntico ao do Saab Gripen E”
.
Era de se esperar, já que selecionaram a suíte de guerra eletrônica Arexis, da SAAB.

rui mendes

Vai ter também pods de guerra electrónica, como o Super-Hornet Growler, mas não serão tantos como o Growler, penso que será, um por cada asa, já o Growler tem dois ou três por asa.

Last edited 11 meses atrás by rui mendes
Bjj

O sistema selecionado para criar uma versão especializada do Typhoon em guerra eletrônica é o sistema padrão do Gripen E. Isso mostra o tamanho do foco que o Gripen tem em EW.

Nilo

Pois é rsrsrs a SAAB tem o foco, agora precisamos é do foco da FAB aumentando investimentos e parceria com os suecos para a próxima geração.

Maurício.

Antes de se pensar em próxima geração, o ideal é que o Gripen E da FAB tivesse o mesmo sistema de EW do Gripen E sueco, sem aquele papo-furado de que não temos as mesmas ameaças, como Su-35, Su-57 e S-400.

bjj

Maurício, o Gripen brasileiro deverá ter a mesma capacidade de lidar com SU-57, SU-35 e S-400 que o Gripen sueco, simplesmente porque os radares de todos esses sistemas operam na banda X, que é a banda mais básica de todas para qualquer RWR. Todos os radares de caças operam na banda X, se o sistema EW do nosso Gripen não puder detectar emissões do radar de um SU-35, não poderá detectar as emissões de nenhum caça do mundo. A diferença – e aqui é uma suposição minha – deverá ser na cobertura da frequência ultra alta, acima de 18 GHz,… Read more »

rui mendes

O Typhoon também veio com suíte de guerra electrónica, mas a que tinha na ponta das asas, vai ser substituída, pela da Saab, que é mais actual, visto o Grippen E, ter sido construído agora.

Renan

Com tantas aeronaves novas seguindo um padrão, seja stealth ou com defesas eletrônicas.. Poderíamos estar vendo a volta de dogfights?

H.Saito

Inevitavelmente aviões que não possam fazer uso de seu radares uns contra os outros terão que realizar combate de curta distância.

Magalhaes

Desculpem a pergunta de um curioso, mas a versão de guerra eletrônica não seria melhor aproveitada no modelo biposto ? Diminuiria a carga de trabalho do piloto e afins…

H.Saito

O eurofighter possui uma versão biplace.
Mas dependendo da capacidade e eficiência de automação do equipamento, talvez apenas um piloto possa dar conta, talvez.

Magalhaes

Sim, sei que possui. Perguntei se esso modelo biplace não seria melhor aproveitada para EW ? A depender realmente da automação, talvez o monoplace possa fazer o serviço.

OBS: Negativar um comentário simples como meu e a resposta do amigo Saito com uma pergunta só pode ser coisa de gente de mal com a vida.

H.Saito

Biplace é sempre melhor pois divide a carga de trabalho com o segundo tripulante.
Ajuda a diminuir o stresse do piloto.

Carlos Campos

Isso é pra esfregar na cara de quem diz que o Gripen é ruim, Typhoon recebendo tecnologia desenvolvida para o Gripen, acho que o único que é do mesmo nivel na Europa é o Rafale, mesmoa assim o Gripen é superior por ter antenas mais modernas,

Alecs

A Itália também possui Tornados ECR? Se sim essa versão do Eurofighter também pode ser usada pela AMI.

Bardini

O substituto do Tornado ECR já foi definido: F-35.

Alecs

Obrigado, Bardini!