Força Aérea Portuguesa recebe meios aéreos para combate a incêndios
A Força Aérea Portuguesa passou a contar com quatro novos helicópteros que vão estar dedicados à missão de combate aos incêndios rurais.
Numa cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, António Costa, que decorreu esta manhã no Aeródromo de Manobra N.º 1 (AM1), em Ovar, foram apresentados dois helicópteros AW119 Koala e dois UH-60 Black Hawk, meios aéreos adquiridos através de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência.
Os dois helicópteros AW119 Koala juntam-se à frota já existente da Esquadra 552 – “Zangões”, sendo que estes dois ficarão permanentemente dedicados à missão de combate aos incêndios rurais, através da vigilância e de projeção de forças no terreno.
Quanto aos UH-60 Black Hawk, estes destinam-se ao combate aéreo e à projeção de forças no terreno, sendo que ficarão sediados no AM1, brevemente transformado em Base Aérea N.º 8. Estes dois helicópteros são os primeiros de um total de seis, prevendo-se que a frota fique completa até 2026.
Tratando-se de uma missão que exige uma experiência extrema, até 2026 as tripulações da Força Aérea responsáveis por operar o UH-60 Black Hawk passarão por uma fase muito rigorosa de treino por forma a que seja edificada a capacidade com todas as condições de segurança.
No decorrer da cerimónia de apresentação das duas aeronaves, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, destacou o momento como de enorme importância para a Força Aérea e para o país por marcar “o início da construção da capacidade própria do Estado naquele que era um desígnio nacional sufragado pelos portugueses no domínio do combate aéreo aos incêndios rurais”.
Recorde-se que em 2018, o Governo Português transferiu para a gestão da Força Aérea os meios próprios do Estado para a missão de combate a incêndios. Estes quatro helicópteros são os primeiros de 11 a serem operados pela Força Aérea, nomeadamente dois AW119 Koala, seis UH-60 Black Hawk e mais três que serão objeto de concurso de aquisição a ser lançado brevemente.
O UH-60 Black Hawk é um helicóptero utilitário bimotor de médio porte. A sua tripulação básica é composta por dois pilotos, transporta até 12 passageiros na cabine e tem capacidade de largada de 2950L de água. Com autonomia de voo de 2h30, tem um alcance de 555 km e atinge uma velocidade máxima de 314 km/h.
Por sua vez, o AW119 Koala (da italiana Leonardo) é um helicóptero monomotor extremamente versátil, cumprindo um leque bastante alargado de missões, como sejam: patrulhamento e observação no apoio ao combate aos incêndios rurais, instrução básica e avançada de voo, busca e salvamento e evacuações sanitárias. Tem capacidade de transportar até sete passageiros (além do piloto), uma maca e cinco passageiros, ou ainda 1400 Kg em carga suspensa.
Mais informações, conteúdos vídeo e fotografias das duas aeronaves disponíveis aqui.
FONTE: Força Aérea Portuguesa
Portugal ganhou muito em mobilidade com a chegada do KC-390. Black Hawk atravessou o atlântico a bordo do primeiro E390 da FAP.
O contrário também é verdade. Duvido que houvesse muitos a prever que os portugueses iam pegar logo no primeiro e numa questão de semanas, andar a voar para todo o lado.
O parceiro, agora também cliente, que era criticado por tudo o que era fórum, afinal, até é bom cliente…. participa, compra, paga e opera sem medo.
Ora pois.
Se tem uma coisa que português não tem medo é de cruzar o Atlântico.
E outra coisa o KC-390 pode ser equipado com um kit de combate a incêndios se houver necessidade, e pode ser que tenha pois Portugal sofre muito com incêndios florestais.
Não me lembro de Portugal ter divulgado a compra do sistema de combate a incêndios (MAFFS II) para o KC-390.
Creio que é uma necessidade para o país, pois complementa e muito o trabalho dos helicópteros da matéria.
Tinha esse sistema para os C-130 e não resultou.
O melhor complemento para os helis são os aviões anfíbios.
Eles usaram o MAFFS por cerca de 20 anos.
Pararam de usar porque resolveram terceirizar o combate a incêndios e não porque não funcionava.
Qual avião anfíbio é melhor que o KC-390 para essa função e por quê?
Desculpe mas de onde tirou essa informação? E são todos melhores, exceto talvez o Beriev e semelhantes, com muitas limitações no seu uso. E não é ser melhor do que o kc-390, é ser melhor do que qualquer avião que tem de aterrar numa pista para reabastecer de água ou retardante… Posso falar por experiência própria onde num incêndio próximo de uma albufeira, a 1 ou 2 km’s, tinham 3 Canadair e 2 AirBoss constantemente a largarem água. Deviam demorar 5 min ou pouco mais a fazer este circuito e foi assim durante uma ou duas horas. Agora compare se… Read more »
Qual delas? Do uso do MAFFS por 20 anos?
O KC-390 pode demorar mais para reabastecer, mas leva o dobro de água de cada vez. Dependendo do tamanho
do incêndio só eficiente o combate com muita água caindo de uma vez.
Fora a parte que o KC-390 serve para diversas missões enquanto o Canandian não.
Pode levar o dobro mas faz menos de metade das largadas. A questão não é o volume de água mas o número de descargas o que compensa e em várias vezes o volume. Mas é algo que varia conforme a distância de um ponto de recolha (rio, albufeira, etc…) ou a distância a uma pista, ou seja a diferença entre ser anfíbio, ou não. E é muito mais comum ter pontos de recolha do que uma pista nas proximidades de um incêndio. E até o melhor não me parece que seja o Cl-415 mas sim o FireBoss com um terço… Read more »
Não sou bombeiro, mas, pela lógica, acho que dependendo da intensidade do incêndio vale a pena um despejo de água maior do que mais despejos menores. E vice-versa. Um Fireboss leva só 3.000 litros de água. Num incêndio como o de Pedrógão Grande em 2017 não faria nem cócegas nas chamas (a água evaporaria antes de tocar o solo). Claro que não são aeronaves inúteis, só acho que não substituem um avião grande. São complementares. Não sei dizer se nas regiões de Portugal em que ocorrem incêndios florestais há mais pistas de pouso ou lagos e represas. Ademais, não me… Read more »
Um incêndio florestal de grandes dimensões não se apaga, controla-se o combustível. Nestes casos a prioridade é a proteção das pessoas e património. E tens várias frentes de combate, muito dinâmicas que podem mudar muito rapidamente. O que faz com que o tempo que leva a descarregar água seja essencial, no volume adequado e em vários locais. Incêndios em zonas remotas/desabitadas, as prioridades são outras e a rapidez e frequência no ataque não é tão relevante. E posso garantir que existem muitos mais locais para o abastecimento de aviões anfíbios do que pistas. Tem de ter sempre aviões reservados e… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=kZ-oXz6v-QM são aviões portugueses atuando na Suécia e pela eficácia demonstrada, os suecos adquiriram 4 aeronaves Air Tractor (Fireboss), mil metros num curso de água e o deposito fica cheio e enquanto tiver combustível, está sempre a trabalhar
Alguns aviões anfíbios, não sei se todos tem essa facilidade, passam voando na linha d’água num lago ou rio que tenham o tamanho certo para essa operação e com o uso de bombas reabastecem os tanques de água sem precisar pousar ganhando tempo para retornar ao combate ao incêndio fazendo isso várias vezes durante a operação.
Que fim levaram as aeronaves russas, ainda mais nesse novo contexto geopolítico?
armazenadas e talvez sejam entregues à Ucrânia…
Alguns helicópteros russos foram doados por Portugal para a Ucrânia devido a dificuldade em conseguir peças para a manutenção.
Acho que ainda não foram…
O estado atual é: Parados em Portugal, oferecidos à Ucrânia, esperando indicação de autoridades de Kiev.
Não só isso. A FAP até os ia reativar, visto que foram repassados da proteção civil para ela, no entanto, a sua operação tornou-se mesmo impossível com a guerra, visto serem de procedência russa. Sempre deram problemas, e as empresas encarregues da sua manutenção quando ao serviço da Proteção Civil eram uma palhaçada, na ausência de vontade para melhor explicar e falar do assunto. Os Kamov foram de facto oferecidos à Ucrânia e, isto é uma decisão até ao momento definitiva. Ocorre que a Ucrânia ainda não deu indicação de como os quer receber, apesar de ter aceitado e agradecido… Read more »