Arrow 3 faz estreia em combate derrubando míssil balístico sobre o Mar Vermelho
O míssil Arrow 3 da Israel Aerospace Industries (IAI) fez sua estreia em combate em 31 de outubro, derrubando com sucesso um míssil balístico de longo alcance sobre o Mar Vermelho, disseram autoridades do governo israelense e da indústria.
As autoridades israelenses não confirmaram a origem do ataque com mísseis balísticos, mas a localização e a direção sugerem que pode ter vindo do Iêmen, controlado pelos Houthi.
Em Setembro, as forças Houthi exibiram um míssil de longo alcance que lembra os mísseis Ghadr do Irão e os mísseis Nodong da Coreia do Norte.
O Arrow 3 “demonstrou hoje que Israel possui a tecnologia mais avançada para defesa contra mísseis balísticos em vários alcances”, disse o CEO da IAI, Boaz Levy, que liderou o desenvolvimento do interceptador de mísseis balísticos.
As Forças de Defesa de Israel implantaram o Arrow 3 pela primeira vez em 2017 para defender Israel contra ataques de mísseis de longo alcance do Irã ou de seus representantes.
O interceptador Arrow 2 de baixa altitude havia sido utilizado uma década antes, mas derrubou um míssil terra-ar sírio em sua estreia em combate em 2017.
O governo israelense concordou em exportar o sistema Arrow 3 para a Alemanha.
A Força Aérea Israelense também abateu “objetos aéreos” na região do Mar Vermelho em 31 de outubro, disse o Ministério da Defesa israelense.
As interceptações ocorrem uma semana depois que o destróier USS Patrick Carney da Marinha dos EUA derrubou mais três mísseis de cruzeiro sobre o Mar Vermelho, que se acreditava estarem indo em direção a Israel a partir de uma área do Iêmen controlada pelos Houthi.
FONTE: Aviation Week
VEJA TAMBÉM:
Já mostram que são melhores que os russos nesse quesito.
Incrível é como ainda existe Scud no Iêmen, mais ainda a coragem deles de atacarem Israel, sabendo que ia ter uma resposta pesada depois, a Arabia Saudita ja disse que o cessar fogo acabou
Carlos,
Sem querer ser preciosista mas Scuds não teriam alcance para chegar do Iêmen à Israel.
Necessariamente foi um míssil de médio alcance (1000 a 3000 km) dada á distância mínima entre as fronteiras de ambos os países ser de 1600 km.
O alcance máximo dos ditos “Scuds” é de 800 km.
quando a intervenção é educada e educativa assim nunca há problemas mestre
E ainda digo mais, o único “dislike” que ambos receberam deve ter sido da mesma pessoa que, certamente, gosta de treta.
Israel e Rússia dizendo que abateram mísseis balísticos em poucos dias. Bom para propaganda.
Sem destroços dos mesmos ou dados de radar, fica difícil mesmo.
Destroços nesse caso não existem. Interceptação na fase intermediária (espacial) não deixaria destroços. Um míssil balístico de médio alcance obrigatoriamente tem que ter 3 partes que se separam: 2 estágios propulsores e um veículo de reentrada feito de material ablativo com a ogiva dentro. O primeiro estágio deve cair em algum lugar na Arábia Saudita ou mesmo no Iémen, sobrando pouco dele devido à grande velocidade do impacto. O segundo estágio reentra na atmosfera e deve se queimar , se fragmentando em muitos pedaços e se algum chega ao solo não dá pra muita coisa não. O veículo de reentrada… Read more »
Ai os russos leem uma noticia dessas ficam morrendo de inveja rsrsrsrsrsrs
Por que ficam morrendo de inveja? Já foi confirmado várias vezes abate de mísseis balísticos Tochka-U lançados pelos ucranianos.
Vinicius
Desculpe-me mas há uma diferença abissal entre interceptar um Tochka e um MRBM na fase intermediária (espaço).
Salvo engano e em se confirmando a informação essa foi a primeira vez que isso foi feito numa situação de combate real. Nem os EUA já fizeram isso em combate.
Os russos e chineses sequer têm as ferramentas para fazê-lo já que ainda não têm sistemas de interceptação exoatmosféricas operacionais.
Só os israelenses e os americanos têm meios disponíveis e os israelenses foram os primeiros a fazê-lo.
Aliás, nenhum desses países enfrentou um tipo de ameaça desse tipo. Ninguém exceto os russos sabem da real operacionalidade do A-235, até por que segundo a doutrina russa, qualquer míssel nessas características que lançados contra a mesma, será respondido que com ataque nuclear imediato.
Os russos colocaram o S500 em operação que promete ter capacidade semelhante ao THAAD ou mesmo ao SM-3 mas até onde eu sei esses componentes “exoatmosféricos” ainda não estão operacionais.
Do A-235 pouco se sabe mas tudo indica que contará com intercpetadores endoatmosféricos.
E sim! Sem dúvida a maior defesa russa contra um ataque nuclear é a sua capacidade de retaliação , principalmente a baseada nos SSBNs e nos lançadores terrestres móveis que podem sobreviver a um primeiro ataque em larga escala.
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
O Topol é um ICBM com velocidade de reentrada na faixa de 7 km/s. Em tese ele poderia ser enfrentado pelo míssil americano GBI , mas estes são instalados em silos na Califórnia e no Alaska, voltados contra mísseis norte-coreanos. Não há mísseis GBI instalados em posição dentro do território americana que tenham boas chances de atingir ICBMs vindos da Rússia, principalmente se os alvos forem na Costa Leste. Sem falar da versão Yars, dotada de MIRVs, que podem saturar o sistema defensivo facilmente. Uma opção defensiva contra o ICBMs russos seriam navios Aegis posicionados na costa leste ou na… Read more »
EDITADO
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
acho que essa possibilidade para os Russos só com os S500
Também não vejo futuro para o sistema A-235. Eles já “lutam” com esse sistema há muito tempo e até agora nada.
É melhor investirem no S-500 que de acordo com eles vai ter capacidade anti-ICBM.
Ué, os ucranianos não abateram vários Iskanders e Kinzals?
Sim! Na atmosfera.
O sistema Patriot é um sistema de defesa ENDOatmosférico.
Me referi a interceptação EXOatmosférica (no espaço, acima da linha de Kármán, definida como sendo de 100 km de altura)
*Os americanos consideram que o espaço começa na altura de 80 km (50 milhas) , o resto do mundo considera a linha de Kárman como o limite da atmosfera, a 100 km de altura)
Interceptações de mísseis balísticos e semibalísticos supersônicos e hipersônicos são realizadas há cerca de 50 anos por interceptadores “ENDOatmosféricos” na fase terminal , em situações de combate real.
A primeira vez que um míssil balísticos foi interceptado no ESPAÇO, (na fase intermediária) numa situação de combate real foi essa vez por Israel.
Tudo indica que o Ira estah ousando cada vez mais com suas agressoes a Israel atraves de seus proxies e esse eh um movimento muito perigoso. Sao provocacoes com pouquissimas margens para erros e que podem regionalizar o conflito em um curtissimo espaco de tempo. Nao sao lancamentos aleatorios ou esporadicos. Sao para controle e verificacao e estao sendo levados muito a serio atras das cortinas.
Israel tem um futuro cada vez mais sombrio em um mundo multipolar. Irã manda lembranças.
só o que eles sabem mesmo, descer pro playground nada
Um sonhador. Ali naquela região nenhum é páreo para Israel.
O interceptador fez o que foi projetado para fazer. Fico imaginando os danos de um impacto de um Scud ou derivado, cuja ogiva esta na faixa de 1 ton – 0,5 ton dependendo da versão se o míssil atingir uma área urbana densa. Aquela região do mundo é um verdadeiro festival de barbaridades envolvendo misseis balísticos. Na guerra Irã – Iraque houve uma parte do conflito chamada “Guerra das Cidades” onde ambos os países dispararam dezenas de misseis deste tipo contra cidades populosas, houve milhares de vítimas. Na Guerra do Golfo foram lançados mais de 80 Scuds contra Israel e… Read more »
A Arábia Saudita tem Bombardeiro BD-700-1A10 Global Express
https://globe.adsbexchange.com/?icao=896c64
Este consegue identificar o local de lançamento no Iémen?
Os sensores desta aeronave são comuns aos dos E99-M?
Bueno, Não necessariamente aviões radares são capazes de detectar e rastrear mísseis balísticos. Provavelmente os EUA fornecem algum tipo de alerta antecipado devido ao seu sistema de vigilância orbital que detecta lançamentos de mísseis que saem da atmosfera. O rastreamento ficaria por conta dos radares orgânicos do sistema Patriot e do THAAD que eles operam e talvez por algum radar de longo alcance baseado em terra. O ruim dos Patriots sauditas é que eles são , salvo engano , da versão PAC-2, não sendo efetivos contra mísseis balísticos de alcance médio (MRBM). Os PAC-2 são mais adequados para agirem contra… Read more »
Muito difícil um míssil balístico de médio alcance ser lançado contra Israel a partir do Iêmen e ser interceptado acima do Mar Vermelho.
O mais provável é que tenha sido acima da Arábia Saudita.
Se foi acima da AS então deve ter sido um Patriot então?
Vinicius,
Um míssil balístico de médio alcance sai fora da atmosfera (100 km de altura) e atinge o apogeu mais ou menos na metade da distância.
Tendo em vista o tempo de resposta de Israel desde o lançamento do míssil inimigo o mais provável é que a interceptação tenha se dado depois do míssil atingir o apogeu e como foi um Arrow 3 (interceptador exoatmosférico) a interceptação se deu no espaço.
Fosse um Patriot e teria sido na fase terminal já em território israelense.
Foi o que pensei. Mas, ai ficamos sem saber se a Arábia Saudita participou ou se não foi capaz de evitar o ataque, já que o artefato sobrevoava seu território e poderia ter sido lançado contra o próprio.
Boas questões! Por que os sauditas não reagiram? Uma resposta talvez seja porque o radar do THAAD deles tenha identificado que o míssil estava subindo muito e não se direcionava à AS , sem falar que eles não tivessem como interceptar o míssil de qualquer maneira já que eles não possuem um sistema exoatmosférico dedicado (que o THAAD não me ouça rss). O THAAD atinge 150 km de altura (e 200 km de raio), mas é provável que o míssil quando passou sobre a AS estivesse além dessa altura. O sistema THAAD saudita cobre a capital Riad e o míssil… Read more »
Bosco o THAAD ou PAC podem abater um BM em fase terminal ?
Carlos, Você se refere a um ICBM? Se for a resposta é “sim” para o THAAD e “não” para o PAC (Patriot). Os americanos há uns dois anos implementaram uma defesa em camadas para ICBMs contra seu território continental e o THAAD é considerado capaz de interceptar na fase terminal veículos de reentrada lançados por ICBMs quando combinado com o sistema de defesa continental americano. Já o Patriot não tem essa capacidade. Combinado com o radar do THAAD o sistema Patriot armado com o PAC-3 MSE é capaz de interceptar um míssil balístico classe MRBM. Basicamente a defesa contra mísseis… Read more »
A base da defesa em camadas contra ICBMs é que é muito complicado discernir no espaço o que são os veículos de reentrada/ogivas reais dos PENAIDS (dispositivos de auxílio de penetração), que são as iscas. Em havendo um componente defensivo atmosférico há como mitigar esse problema. As iscas são consumidas na reentrada e portanto, ter um sistema que atua na fase terminal (dentro da atmosfera) como o THAAD em tese conseguiria interceptar as ogivas reais. Num sistema perfeito para a defesa contra ICBMs russos o sistema GMD dotado de mísseis GBI conseguiria distinguir as ogivas verdadeiras das iscas e interceptariam… Read more »
obrigado bosco, o Avangard no papel parece incrível
Ou que seja tudo mentira.
Cansado, Se for mentira é uma mentira estúpida. rsss Serve pra que essa mentira no atual momento em que Israel está passando? Avisar para os iranianos que Israel é capaz de se defender? Não creio que isso faça diferença se o Irã quiser atacar “pessoalmente” utilizando-se de alguns de seus poucos mísseis balísticos capazes de atingir Israel. A resposta imediata de Israel seria o lançamento de alguns Jericho II contra o Irã (que também não são muitos). Não creio que seja mentira por dois motivos: 1- não duvido que o Iêmen tenha lançado um MRBM contra Israel 2- Israel é… Read more »