Contrato de suporte ao motor dos caças Gripen da Força Aérea Sul-Africana
A Armscor assinou um contrato de suporte com a GKN Aerospace para a manutenção dos motores Gripen da Força Aérea Sul-Africana (SAAF), o que significa que tanto os motores como as células são agora totalmente suportados para a frota de caças da África do Sul.
De acordo com uma apresentação da Armscor entregue ao Comitê de Portfólio de Veteranos Militares e de Defesa (PCDMV) do Parlamento em meados de setembro, a Saab, como fabricante de equipamento original (OEM), tem um contrato de suporte de célula para o Gripen em vigor de setembro de 2022 até o final de agosto de 2025, no valor de R650 milhões (US$ 35 milhões), dos quais R476 milhões (US$ 25,9 milhões) estão financiados.
Demorou algum tempo para que o contrato com a GKN Aerospace fosse finalizado para suporte ao motor Gripen – este contrato já está em vigor e cobre o período de agosto de 2023 até o final de julho de 2026. Vale R327 milhões (US$17,8 milhões), dos quais R145 milhões (US$ 7,9 milhões) são atualmente financiados. A Armscor pretendia originalmente ter o contrato de suporte do motor em vigor com a GKN em 1º de dezembro de 2022.
A África do Sul opera o Gripen C/D desde 2008 e é o primeiro cliente de exportação da Saab para o tipo.
A Força Aérea Sul-Africana foi forçada a aterrar o Gripen em setembro de 2021 devido a restrições orçamentárias que resultaram em um atraso na finalização de um novo contrato de suporte de manutenção com a Saab e a GKN como fabricantes originais de célula e motores, respectivamente.
Com o contrato de manutenção sendo finalizado, um Gripen voltou ao ar em 5 de setembro de 2022. Membros do Esquadrão 2 da Base Aérea de Makhado, bem como representantes da Saab, ajudaram a tornar a aeronave em condições de aeronavegabilidade antes do Africa Aerospace and Defense (AAD) 2022. Os Gripens foram mais recentemente exibidos com destaque em agosto para a Cúpula do BRICS em Joanesburgo, onde realizaram patrulhas aéreas de combate junto com os Hawk Mk 120.
Devido ao orçamento apertado da SAAF, o contrato de apoio com a Saab cobre 13 aeronaves ao longo de três anos – a SAAF tinha 26 Gripen C/D, mas um foi desativado após um incidente terrestre. Os 12 restantes permanecerão armazenados. Não está claro quantos motores o contrato da GKN cobre.
A outra aeronave de combate a jato em serviço da SAAF, o lead-in fighter-trainer Hawk Mk 120, também possui contratos de manutenção em vigor. A OEM BAE Systems recebeu o contrato de manutenção de célula, válido de setembro de 2021 até o final de agosto de 2024. No valor de R250 milhões, dos quais R221 milhões são financiados. A Armscor disse que o pedido está progredindo bem, com 90% do fornecimento de material já entregue. “A estratégia do contrato de suporte ao produto (PSC) provou ser eficaz para a manutenção e suporte do Hawk.”
A Rolls Royce, como OEM do motor, foi contratada para fornecer suporte de junho de 2022 até o final de maio de 2025 para o motor Hawk’s Adour Mk 951. Isto está avaliado em R29 milhões, com R19 milhões financiados. “O pedido está progredindo bem”, informou Armscor.
A Paramount Advanced Technologies é responsável pela manutenção dos aviônicos dos Hawk de agosto de 2023 até o final de julho de 2026. Este contrato vale R9,6 milhões, com mais da metade (R4,6 milhões) financiado. Unidades de reposição de linha que necessitam de reparo já estão na Paramount.
FONTE: defenceweb.co.za
Se puderem vir até o Brasil acho que seriam de grade valor numa CRUZEX, já são operadores de gripen tem tempo.
A mesma coisa vale para Angola e Nigéria se puderem vir até Natal.
O custo para o translado é alto, ainda mais para quem não verba para mantê-los operacionais.
Este contrato significa algo em torno de US$ 900 mil por ano por aeronave. Acho que a gente pode assumir US$ 1 milhão por ano por aeronave o custo de manutenção dos motores do Gripen.
No caso da FAB, se for uma frota de 36 aeronaves, isso demandará US$ 36 milhões por ano, ou cerca de R$ 180 milhões por ano. Se for uma frota de 50 aeronaves, isso custará cerca de R$ 250 milhões.
Mas de qualquer forma é preciso levar em conta que esse é um contrato feito sob medida para atender aos caças Gripen da Força Aérea Sul-Africana, que têm um histórico de falta de manutenção. Foram encostando caças conforme chegavam nas horas de voo de inspeções de maior monta e rotacionando os demais para terem um mínimo de aviões em condições de voo. Pelo que já li a respeito, fizeram isso por anos a fio até sobrar pouquíssimos caças em condições de voo. Então, ao menos teoricamente, esse contrato leva em conta uma boa quantidade de motores já necessitando de inspeções… Read more »
Parece barato.
Caro. È mais ou menos o valor padrão de manutenção de turbinas de aviões. Nem mais nem menos, da ordem de US$ 1 milhão.
O interessante é que se for considerado que o caça voará cerca de 200 h por ano, isso dá algo em torno de US$ 5 mil por hora de voo, apenas para a turbina. Considerando combustível e outros aspectos, a hora de voo do F39 fica entre US$ 10~15 mil.
Correto.
Sem dinheiro para manter, até Gripen e Hawk podem virar rainhas de hangar!
Exato.
Off mas não tão off Arábia Saudita tem interesse em 54 Rafale…falta venda de griphen
O bizu era a Suécia vender gripes C/D para a Ucrânia, é o caça ideal, já que ele pode operar em rodovias, é moderno. Com toda certeza seria uma ótima vitrine para o caça sueco, e ainda ganharia o selo de testado dm combate de alto nível.
Nós queremos o Gripen, eles querem o KC-390, vende alguns cargueiros e aceita como pagamento esses 12 em estoque e todo mundo fica feliz.