A Avibras recebeu em setembro a visita de uma comitiva do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) liderada pelo Brigadeiro do Ar Frederico Casarino, diretor do Instituto, com o objetivo de reafirmar a parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB).

O presidente da Avibras, João Brasil Carvalho Leite e membros das áreas Comercial e de Programas da empresa recepcionaram as autoridades, que tiveram oportunidade de conhecer toda a estrutura fabril e a capacitação da Avibras para os eventos em curso com a Força Aérea como é o caso da produção do S50, motor principal do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) no âmbito do Programa Espacial Brasileiro (PEB).

O foco também foi o compartilhamento de expertises de forma a colaborar com produtos confiáveis, eficientes e de tecnologias avançadas, provendo a execução de projetos relacionados, como o desenvolvimento de um míssil de cruzeiro de longo alcance, com propulsão baseada em motor a reação para lançamento a partir de plataformas aéreas, o MICLA-BR, assim denominado no Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER) e o Foguete Espacial VSB-30, lançador de pequeno porte, voltado para a realização de experimentos em ambientes microgravitacionais.

Para a Avibras, essa cooperação é fundamental para fortalecer a capacidade autônoma do Brasil em lançamentos de veículos com a colocação de satélites em órbita, contribuindo diretamente para o avanço aeroespacial brasileiro, o desenvolvimento de tecnologia de ponta, capacitação da indústria, dos institutos e centros de lançamento, além de favorecer o reconhecimento internacional do País no setor aeroespacial.

Concepção do Gripen com os mísseis MICLA-BR

Visita AEB – Com foco nos projetos e nas importantes parcerias estabelecidas para impulsionar o Programa Espacial Brasileiro (PEB), a Avibras visitou em setembro a Agência Espacial Brasileira (AEB), unidade regional de São José dos Campos localizada no Parque Tecnológico.

O assessor militar da Avibras André Luís Maciel de Oliveira (Cel/R1), a engenheira Larissa Menezes de Oliveira (Comercial) e o engenheiro Eduardo Dore Roda (Gestão de Programas) foram recebidos pelos coordenadores da unidade da AEB em São José, Alexandre Macedo e Jaime Silva.

A AEB tem interesse em adquirir motores S30 e S31 no âmbito do Programa de Microgravidade. Para a agência, a Avibras tem um papel muito importante para o sucesso do PEB, sobretudo na vertente de acesso ao espaço tanto no VSB-30 para o Programa de Microgravidade quanto como fornecedora dos motores S50 para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1).

FONTE: Avibras

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Fabio Araujo

Espero que tanto o MICA-BR quanto o VLS consigam as verbas necessárias para os programas avançarem!

Jadson S. Cabral

Se brincar nem o AV-MTC 300 são mais, quem dirá Micla… e quanto a VLM, esquece. Mas esquece mesmo. Sim, VLM porque VLS já foi cancelado há uma década

Rodolfo

O missil cruzeiro da Avibra esta em desenvolvimento há 3 décadas.

Fernando "Nunão" De Martini

Segundo a própria empresa, são duas décadas (não que isso seja pouco tempo, estou apenas buscando a informação mais precisa):

“O desenvolvimento do Míssil Tático AV-TM deu-se a partir de 2000.”

https://www.avibras.com.br/site/images/nossa_historia/Livro_Avibras%2060%20anos.pdf

Rodolfo

Se eu não me engano a 1a versão ficou pronta em 1999 (então começaram os estudos antes?). Oficialmente, o programa começou em 2001.

BLACKRIVER

Seria de grande valia finalizar ambos os projetos, teríamos dois produtos nacionais de ponta.

Diogo de Araujo

Ah!! Não assinaram nenhum documento???

Rinaldo Nery

Não tinha wiskhy pra acompanhar…

Rinaldo Nery

Casarino foi meu aluno na AFA. É POKER, operacional no RA-1. Tô velho…

Miguel Felicio

Pois é, o tempo é implacável, os projetos daquela época, são praticamente os mesmos de hoje e me parece serão o de amanhã…….INFINDÁVEIS, apenas deleite, porque o que importa mesmo são criar as “comissões de estudo” e as promoções……

Frederick

Miguel, tudo bem?

Já que parece conhecer as questões da descontinuidade de projetos, gostaria que esclarecesse quais são eles e como esses gargalos poderiam ser vencidos. Vindo com uma fonte, seria melhor ainda.

Meu muito obrigado.

Miguel Felicio

______

COMENTÁRIO APAGADO. DEBATA OS ARGUMENTOS SEM FAZER ATAQUES PESSOAIS. MANTENHA O RESPEITO. LEIA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.aereo.jor.br/wp-admin/

Rinaldo Nery

Ele não tem nem sabe.

Nilo

“…Avibras, essa cooperação é fundamental para fortalecer a capacidade autônoma do Brasil em lançamentos de veículos com a colocação de satélites em órbita..” Mais uma espertise da Avibrás, além do MICLA-BR (entre outros), atrasos, os programas se arrastam na linha do tempo, é mistério, todas as causas possiveis, culpa do governo que não investe, culpa do governo que não compra, mas tem um ditado que diz que quem não têm competência não se estabelece. O que se ve é, governo se mobilizando, empresarios do ramo sendo solidarios, mas a empresa tem dono e se o dono não tem competência gerenciadora,… Read more »

Jadson S. Cabral

A FAB ainda precisa conhecer a estrutura fabril da Avibras é? Sério isso??? Ah, pelo amor de Deus! O que falta é dinheiro, é interesse da FAB, do governo, de quem toma a decisão. Se colocar dinheiro, se comprar, a Avibras faz, a Avibras sai do buraco.
E pelo amor de Deus, quem ainda acredita em VLM???

Leandro Costa

Você entendeu errado. A visita foi para “reafirmar a parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB).”

Aquelas autoridades em específico que tiveram a oportunidade de conhecer toda a estrutura fabril da Avibrás. Ou seja, por mais que se saiba o que ocorre, aqueles caras em particular que foram ver ao vivo. Não tem nada a ver com a FAB desconhecer as capacidades e programas em curso na Avibrás.

Rinaldo Nery

Eles não sabem que os comandos duram dois anos. Depois do Casarino outro Brigadeiro irá lá conhecer. E assim vai…

Miguel Felicio

…..verdade….”E assim vai….” capacidades de gerenciamento na FAB, como nas outras forças, POUCO EXISTEM”, são somente sonhos e devaneios de finais de tardes e haja wiskhy.

Frederick

Pois, Nery. Ainda que o atual Diretor do IAE fosse Aviador, iteano e tivesse passado a vida profissional inteira no DCTA, essa visita ocorreria. Esse pessoal não entende patavinas, não contribui com absolutamente nada e fica escrevendo bobagens.

Nem parece que leem o Poder Aéreo, cujas informações seriam suficientes para não escreverem sandices.

Fernando "Nunão" De Martini

Complementando: apesar de visitas como a retratada serem algo protocolar a cada x anos, o motivo principal da matéria estar aqui é para discussão dos programas da FAB que envolvem a Avibras e que o texto também menciona como objetivo da visita.

Mas inpressiona a capacidade de alguns focarem os comentários no acessório, não no essencial, levando em conta o propósito deste blog e o nível das discussões que promovemos aqui. Um desperdício de oportunidade para debater aqui os assuntos essenciais. Agradeço a paciência…

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Rinaldo Nery

Nunão, e a oportunidade de marretar a FAB? Nunca perdem a chance.

Rinaldo Nery

Esse acima, principalmente.

BLACKRIVER

Esse lance de dois anos de comando é pouco, deveria ser um pouco mais, essas transições geram atrasos devido a reorganização do escritório aos modos do novo comando…
Soma-se se a isso que se em algum momento no passado o que entrega o cargo e o que assume se trombaram dentro da força e por qualquer motivo esse encontro gerou ruídos entre ambos…
O que entrega o cargo não fará questão de facilitar a vida do que assume… e o que assume vai fazer questão de mudar tudo o que o anterior estava fazendo…

Leandro Costa

O cara é militar. Se ele leva mais do que 10 minutos reorganizando o escritório de um comando seu, em prejuízo de sua atuação dentro de seu próprio comando, então o cara nem chegaria tão longe.

Sendo militares ou não, dentro de uma organização, qualquer que seja, se houves ‘ruídos’ entre essas pessoas, ainda espera-se que se comportem de maneira profissional. No caso dos militares é ainda mais esperado, já que lidam com a segurança do país. Pode acontecer? Com certeza que pode. Mas é pertinente ao caso em questão? Não vejo como.

Rinaldo Nery

Leandro, esqueça. Foi só mais uma das centenas de bobagens postadas no blog.

Rinaldo Nery

Não tem a mínima noção do que postou. Dois anos é o tempo exato. Já fui cmt de Unidade. E o que assume é indicação do que sai. SEMPRE vai auxiliar e facilitar a vida de quem assume. Semprei leio MUITAS bobagens aqui, e essa foi mais uma.

Jadson S. Cabral

Ler qualquer coisa que faça menção a programa espacial brasileiro, agência espacial brasileira, motor S-50, VLM e afins só dá é raiva. Isso já virou uma epopeia, uma uma piada de mal gosto, das piores porque é interminável, uma tiração com a cara do brasileiro.

Marcelo

No YouTube no canal scbr defesa nacional tem o video do brigadeiro do ar explica o pq do míssil A-dart e míssil MAR-1 foi cancelado.
A explica que não tem viabilidade econômica de montar um linha de produção para produzir 50 ou 100 míssil para FAB e depois ter que fechar a linha de fabricação por falta de encomendas externas !!!
O míssil Micla vai acontecer a mesma coisa,vai ser inviável produzir só 100 unidades .

Jadson S. Cabral

E isso é um problema da própria FAB e, consequentemente, de quem a comanda. Não adianta brigadeiro vir dizer que não tem viabilidade porque a FAB não vai comprar o suficiente. Ora, é só comprar mais. “Ah, porque não vai haver exportação…” quem disse? Se continuarmos desse jeito, se não terminarmos o desenvolvimento de nada, se nossas próprias forças armadas não comprar, aí não exporta mesmo não. Olha o exemplo do C-390. Quem aqui acha que o anuncio da FAB de cortar que ela metade a encomenda em plena feira mundial fez bem para a imagem do produto??? Mas ainda… Read more »

Rinaldo Nery

Não compra mais porque não temdinheiro pra mais. O dinheiro tem q ser suficiente pra tudo: obras, manutenção, combústivel, comida, uniformes, energia elétrica, papel, tinta pra impressora etc.

Bosco

O problema está em desenvolver mísseis obsoletos pensando no mercado interno. Se quisessem inovariam, pensariam fora da caixinha e e entrariam na disputa pelo mercado externo (Vide Turquia) . Agora, com míssil Mansup e MSS1.2 fica difícil competir. O MICLA parece em estado da arte, mas se querem competir no mercado externo porque não desenvolvem um “mini MICLA” pesando 4 a 5 vezes menos, com uma ogiva de uns 50 kg e que pudesse ser dispersado por um C-130 . Se um C-130 pode lançar 12 JASSM (1 t) poderia em tese lançar 48 mini mísseis cruise (250 kg??) Um… Read more »

Rodolfo

Acho difícil ganhar espaço internacional nesse mercado, mesmo se associando com árabes ou Espanha. O mundo funciona num esquema de alianças. Difícil quebrar isso. Não da pra esquecer a lição do Osório. Quem por exemplo compra F35 automaticamente tá assinando com Raytheon, o mesmo com equipamento naval/aerospacial europeu. Fora que não dá pra concorrer nem com Israel e Coréia do Sul que estão anos luz na frente em tecnologia com um setor de defesa privado dinâmico, o contrário do nosso salvo a Embraer. A Turquia recentemente adotou a estratégia de investir pesado em drones e vem tomando mercado até de… Read more »

Bosco

Rodolfo, Concordo com cada palavra. Mas é sempre bom , além do nicho principal, tentar dar uma “garimpada” por fora pra ver se cola. Se fixarmos nos aviões da Embraer e retornamos com força no ASTROS, agregando tecnologia, poderíamos pegar parte desse mercado. Ai, agrega tecnologia e faz o cruzamento KC-390 x Astros e ST x Astros. Por exemplo, pode-se desenvolver o lançamento de “foguetes” guiados do Astros pelo Super Tucano como os israelenses fizeram com o “Rampage”. De repente o raquítico Super Tucano teria capacidade de atuar em guerra de alta intensidade. Pode-se lançar o MICLA a partir do… Read more »

Rodolfo

Se essa é a resposta, então as forças armadas deveriam parar de gastar dinheiro com os vários programas de mísseis e adquirir dos europeus, americanos, israelenses ou coreanos. Desenvolver tecnologia e conhecimento é importante, mas jogar dinheiro fora é loucura.

adriano Madureira

agência espacial brasileira não passa de uma estatal relegada a testes avançados com foguetes-sonda e outros rojões…

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´Nasceu na mesma época do programa espacial chinês e indiano, mas hoje eles nós ultrapassaram e viramos clientes deles para enviar nossos mini-micro-nano-satélites ao espaço.

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SGT MAX WOLF FILHO

Sim a prioridade aqui da União e da Força é o bolso e não a Nação!

Rodolfo

Pois marque aí, a Nigéria daqui alguns anos nos passa e lança um Micro satélite no espaço usando seu próprio foguete.

Matheus

Gripen pode carregar dois AVTM?

Jadson S. Cabral

Se pode levar dois RBS-15, dois Scalps ou semelhantes… tbm deve levar dois MICLA. MICLA, AVTM não. AVTM é a versão terrestre, maior, mais pesada e com booster. Bom, seria se já existisse. Por enquanto só temos protótipos e promessas

Aéreo

Até visita para uma indústria ultimamente é noticia por aqui, segue o baile…

Jadson S. Cabral

Isso sempre foi notícia no Brasil. O que me estranha é essa em questão. Como assim a FAB, o DCTA, o IAE ou o que seja não conhecem a capacidade da AVIBRAS???

Rinaldo Nery

É a pessoa do Diretor que não conhecia. Vai acabar o comando dele (comando são dois anos) e o próximo também irá conhecer, e será matéria aqui.

Fernando "Nunão" De Martini

O importante para discutir aqui é isso:

“O foco também foi o compartilhamento de expertises de forma a colaborar com produtos confiáveis, eficientes e de tecnologias avançadas, provendo a execução de projetos relacionados, como o desenvolvimento de um míssil de cruzeiro de longo alcance, com propulsão baseada em motor a reação para lançamento a partir de plataformas aéreas, o MICLA-BR, assim denominado no Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER) e o Foguete Espacial VSB-30, lançador de pequeno porte, voltado para a realização de experimentos em ambientes microgravitacionais.”

Aéreo

Infelizmente parece um texto gerado pelo ChatGPT, típico dos departamentos de assessoria de imprensa dos fabricantes. Mais do mesmo….

Jadson S. Cabral

Pois é, todo mundo diz que vai apoiar, que vai fazer acontecer, que vai ser prioridade e no fim é só discurso. Não esqueço do ministro da ciência e tecnologia, que era astronauta e ex militar. Era a maior promessa para o programa espacial, mas falou, falou… e não moveu uma palha, nada mudou até aqui

Marco Antonio

“Para a Avibras, essa cooperação é fundamental para fortalecer a capacidade autônoma do Brasil em lançamentos de veículos com a colocação de satélites em órbita,…”

VLS, VLM, S50,… projetos cancelados ou que se arrastam por anos sem nenhum progresso relevante .

Makarov

O Brasil está perdendo a corrida espacial não oficial para a Argentina e os seus 100% de inflação….. os Argentinos com o foguete Tronador ll serão o primeiro país latino americano a botar um satélite 100% nacional em Órbita. Esse descaso do Governo com o nosso programa espacial é uma vergonha!

Diego Tarses Cardoso

Finalmente vemos algum interesse da AEB no programa espacial brasileiro, a gestão passada só queria saber das festas que os cargos proporcionavam.