A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados discutiu no dia 27/9 as contribuições dos projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira (FAB) para o desenvolvimento científico e tecnológico do País.

A deputada Luisa Canziani (PSD-PR) afirma que a FAB é pioneira na adoção de tecnologias avançadas em áreas como desenvolvimento de aeronaves, sistemas de comunicação, sensoriamento remoto e logística.

“A cooperação entre os setores público e privado em projetos desenvolvidos pela FAB estimula a inovação, cria empregos qualificados e fomenta o desenvolvimento científico”, diz a parlamentar.

Ela destaca ainda a importância da Força Aérea na formação de profissionais qualificados. “Um exemplo notável do comprometimento com a inovação é o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, uma das instituições de ensino mais renomadas do País.”

A audiência teve como palestrante o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate da Aeronáutica, major-brigadeiro do ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

FONTE: Agência Câmara de Notícias

NOTA DO EDITOR: destacamos algumas das telas apresentadas pelo presidente da COPAC. Por exemplo, as que tratam do memorando de entendimento assinado há alguns meses entre Embraer e Saab. O memorando, conforme a apresentação, abrange tanto o KC-390 quanto futuros desenvolvimentos do Gripen, com potencial envolvimento da empresa brasileira num sucessor (de quinta geração) do caça sueco – lembrando que um dos objetivos da transferência de tecnologia do programa F-X2 era a capacitação brasileira para projetar uma nova geração de caças.

Outras telas mostram as diversas empresas, instaladas no Brasil, envolvidas no fornecimento de itens e serviços para o Gripen e sobre o alcance da participação de empresas no KC-390, em território brasileiro. Dignas de nota também são as tela sobre países com maior possibilidade de comprarem o KC-390, e o que isso pode acarretar: a duplicação da cadência da linha de montagem do avião na Embraer.

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James chaves da silva

Futuro caça multimissão?

leonidas

Peloamordedeus…rs Gente vamos parar de ufanismo e aceitar que este pais não é sério e sua politica de defesa é uma piada para não dizer um crime contra a segurança nacional? E dai que foi firmado acordo visando transferências de tecnologias? Isso só faz sentido se nos tivéssemos: Empresas bélicas solidamente amparadas pelo governo. Forças Armadas que comprassem um número minimamente decente que permitisse obter margem de erro para perdas operacionais ou em combate. Vamos lá Quantas e quais são as empresas brasileiras que receberam tecnologia na compra do Grippen? E qual as chances delas serem empregadas em um projeto… Read more »

Rinaldo Nery

Nossa, que fúria… Toma um Dreher…

Filipe Bacelar Rocha

Ué, tem alguma mentira no que ele disse ? Pior é fechar os olhos e fingir que tem alguma coisa séria nesse programa ou nas ffaa em geral rsrs.

Wilson

Sim, um bom Dreher, mas acompanhado, pois são verdades que muita gente vai ter que engolir.

Frederick

E as “verdades” bem sucedidas? Não há?

É chilique. Em seu estado mais puro.

BLACKRIVER

Só li verdades…

EduardoSP

Projeções muito otimistas, fabricação de 12 aeronaves por ano, exportações de US$ 20 bi em 20 anos…

Jadson S. Cabral

Do jeito que tem ido a coisa, acho provável. se vier o contrato da India, da Arábia Saudita, do Egito… quem sabe. Isso sem falar nos outros vários países pequenos que vão comprar poucas unidades. De grão em grão…

Nonato

12 aeronaves por ano de que avião?
Gripen?
KC?
E 190?
Acho que nem essa quantidade foi vendida…

Fernando "Nunão" De Martini

comment image

Jadson S. Cabral

Não lê nem a matéria e já vem criticar… assim que a gente descobre que critica apenas por criticar

Nonato

Nenhum avião militar da Embraer tem essa demanda toda por ano

Camargoer.

Caro Edu. Uma projeção é um planejamento. Pode dar certo, ou pode dar errado. 20 anos com 12 aeronaves são cerca de 240 aparelhos. O F39 há tem mais de 300 unidades vendidas em todas as versões, sendo um pouco mais de 90 das versões E/F, e tem gente que acha que isso não seria insuficiente

Santamariense

F-39 é o Gripen E/F. E é a denominação da aeronave apenas no Brasil. Além disso, o F-39 é outro avião, com outro airframe, em comparação com os Gripen A/B/C/D. Linha de montagem do E/F é exclusiva dele.

Nonato

Que tal fazer projeção para 200 aviões por ano?
É só um planejamento.
Não quer dizer que será assim…

Camargoer.

Olá Nonato. Toda projeção é feita a partir de uma coleta de informações sobre o potencial mercado de usuários de aviões de transportes da categoria, da avaliação da idade média da frota em operação e da expectativa de renovação. Também é possível refinar a estimativa a partir da consulta direta dos operadores deste classe de aeronaves, mesmo que apenas parte deles concordem em responder a um questionário pré-avaliado. Esta é a avaliação de demanda. Outra parte da avaliação é quanto ao capital necessário para a produção das aeronaves, o que inclui tamanho da equipe, da possibilidade de remanejar funcionários, compartilhar… Read more »

Rinaldo Nery

Parabéns pela paciência em explicar o óbvio..

Camargoer.

Ola RInaldo. Obrigado. O assunto é mesmo complexo. Espero que a explicação seja útil para algum colega. Eventualmente, os mais antigos já discutiram nestes tantos anos de trilogia. Eventualmente, este tipo de comentário pode ajudar alguém que passou a participar da trilogia há pouco tempo. Obrigado pelo apoio.

Jadson S. Cabral

“empresas brasileiras envolvidas no fornecimento de itens”. Notei uma tal de Chicago Pneutamic e li. Uma empresa global, que de brasileira não tem nada. Só tem fábrica no Brasil. É uma fábrica de ferramentas elétrica e pneumáticas e provavelmente recebeu contrato para fornecimento de ferramentas para a manutenção do Gripen. Isso pq só pesquisei ela. Tem umas outras 3 que nunca ouvi falar e que não sei se não mesmo brasileiras e o que exatamente eles estão fazendo.

Camargoer.

Caro Jadson. Há mais de trinta anos, durante os anos FHC, o Congresso aprovou uma lei que impede a distinção entre empresas de capital nacional ou de capital estrangeiro que estejam instaladas no Brasil. Isso significa que a unidade da Shell é tão brasileira quando a Petrobras, ou que a unidade da Saab em S.Bernando do Campo é tão brasileira quanto a Embraer. Se isso é justo ou injusto, é outra discussão que até pode ser retomada no Congresso. Ainda assim, desde que a empresa tenha CNPJ, ela é tem os mesmos direitos fiscais e legais independente da nacionalidade do… Read more »

Leandro Costa

Camargo, eu fiquei encucado ontem. Enfim, eu reformei meu teclado de computador mais velho, que é o que eu mais gosto de usar. Eu sabia que tinha sido fabricado no Brasil em algum momento nos anos 1980, mas não sabia mais nada. Apenas que em uns 30 e tantos anos de uso, nunca o abri totalmente para limpar e o tinha deixado para escanteio a uns seis meses quando as teclas começaram ã travar um pouco. Mas ontem abri para limpar e lubrificar numa boa e para a minha surpresa, ele tinha na placa alguns chips, claro. O maior e… Read more »

Santamariense

Leandro, a Texas Instruments teve fábrica no Brasil, em Campinas e depois em Manaus, entre 1973 e início da década de 80.

Leandro Costa

Obrigado! Pena que não aproveitamos mais tempo

Santamariense

Pois é!

Camargoer.

Olá Leandro. O Brasil já teve fábrica com componentes. Eu mesmo participei de projetos de desenvolvimento de semicondutores. Agora não sei. Hoje estou envolvido com a área de saúde e materiais para odontologia. Pelo que lembro, os chips eram mais simples e mais fáceis de serem feitos. O problema foi que não se deu continuidade nas fábricas, que se tornaram obsoletas. O CIETEC é uma alternativa que precisa ser mantida. Nos últimos 30 anos, pelo que sei, nenhuma empresa privada arriscou construir uma fábrica de chips no Brasil. Então, cabe ao poder público investir neste setor. O mesmo acontece sobre… Read more »

Leandro Costa

Sob risco de justa censura, até porque já fomos um pouco longe demais nesse assunto semi-paralelo, os “Tigres Asiáticos”começaram da mesma forma, com os mesmos componentes simples, e hoje são o que são. Uma infelicidade não ter tido continuidade nessa(s) fábrica(s).

E concordo sobre a CEITEC. Aonde há lacuna para ser preenchida, o Estado precisa preencher, até para fomentar a iniciativa privada, demonstrando que há um mercado lucrativo à ser explorado.

Camargoer.

Pois é. O assunto é bem legal e é preciso entender o que aconteceu com no Brasil para evitarmos repetir os erros. Vamos cometer erros novos. Um dos setores mais promissores para o Brasil é o farmacêutico e odontológico. Quero dizer, o setor de saúde como um todo, desde medicamentos simples até os mais complexos, como os baseados em RNA (que recebeu o Nobel hoje), passando por suprimentos e equipamentos de pequena, média e grande complexidade, incluindo testes rápidos para diagnósticos.

Santamariense

Não é bem assim. Sou farmacêutico há quase 30 anos. Hoje, o Brasil importa quase 95% dos princípios ativos, também chamados de insumos farmacêuticos ativos. E desse total, ao redor de 90% vem da china e Índia. As indústrias farmacêuticas aqui estabelecidas, sejam nacionais ou multinacionais, produzem o medicamento, o produto acabado. Mas, o principal, o IFA, é importado. Essa realidade tem certa semelhança com a nossa indústria aeronáutica, que produz aeronaves, mas os principais componentes, como motores, radares, itens aviônicos, etc, são importados. Quanto à questão dos testes rápidos, a Anvisa publicou a RDC 786/23, que substitui a RDC… Read more »

Rinaldo Nery

Pergunta fora do tópico: qual a dificuldade em fabricar o IFA aqui?

BLACKRIVER

Burocracia;
Falta de boa vontade dos órgãos governamentais;
Falta de investimento em educação e pesquisa;
Falta de universidades descentes, com profissionais éticos e de boa vontade na administração… nesse caso o maldito concurso público com sua estabilidade acaba agravando a situação…

Frederick

Bem, quando nada, o concurso público distingue profissionais que querem uma universidade em conformidade daqueles que querem a universidade que desce, cadente, que vai pra baixo, descente.

Last edited 1 ano atrás by Frederick
Camargoer.

Olá Rinaldo. Não existe impedimento técnico para se produzir IFA no Brasil. O maior obstáculo seriam as patentes, o que obrigaria os laboratórios brasileiros pagarem royalties para quem detém a patente internacional. Os medicamentos mais antigos, como os coquetéis de HIV, antibióticos, entre outros, já são de domínio público. Então é uma pergunta que deve ser feita para a indústria farmacêutica brasileira que importa IFA para abastecer o mercado nacional. Hoje, os maiores produtores de IFA são a Índia e a China. Inclusive, há casos de medicamentos produzidos por laboratórios nestes países que não têm efeito. Nem todos são certificados.… Read more »

Santamariense

Na UFSM, onde me graduei em farmácia industrial, tive um professor que lembro até hoje com admiração. Tinha pós-doutorado em tecnologia farmacêutica na Fildélfia. A questão da microgranulação dos cristais interfere diretamente na fluidez da formulação dentro das máquinas de produção de comprimidos, por exemplo. Um cristal com forma desconforme vai causar uma maior ou menor fluidez da mistura na hora da produção.

Santamariense

Tecnologia até podemos ter, mas a questão principal é a de custos e há também interesses dos mais diversos, além da questão de direito de patentes, para medicamentos novos, cujo direito de exclusividade é do desenvolvedor. Dependemos absurdamente da china nesse setor. é mais barato importar de lá do que produzir aqui. Na pandemia, enfrentamos dificuldades no Brasil com o fornecimento de embalagens!!! Antibióticos bastante comuns, como a amoxicilina, em sua apresentação pediátrica, tiveram graves problemas de abastecimento devido à falta de frascos de vidro e plástico…que são importados!! Não temos oferta nacional que supra a demanda desse tipo de… Read more »

Frederick

“Essa realidade tem certa semelhança com a nossa indústria aeronáutica, que produz aeronaves, mas os principais componentes, como motores, radares, itens aviônicos, etc, são importados.” Caro, é uma comparação sem qualquer simetria. O principal em qualquer indústria aeronáutica, sempre foi, sempre será, capacidade projetual e de materialização. Para pensar, gostaria que respondesse consigo alguma dessas questões; Os radares, aviônicos, motores estão aí disponíveis como diz, correto? Por que o Chile não produz aeronaves? Falta dinheiro? Ok. Por que a Suíça, então, não produz? A Itália não produz integralmente nacional. A Leonardo, então, possui uma capacidade técnica restrita, limitada, insuficiente? A… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Frederick
Frederick

“Por que a Suíça, então, não produz motores e aviônicos?” digo

Santamariense

Calma, meu caro. Respira. Não fiz uma crítica ou desmereci as qualidades e o desenvolvimento já alcançados pela Embraer e outras industrias nacionais nesse campo. É óbvio que as capacidades da Embraer, por exemplo, são enormes, admiradas e reconhecidas no mundo todo. Recebemos motores, aviônicos e radares de outros países e produzimos aviões formidáveis. Ao mesmo tempo, temos indústrias farmacêuticas de grande qualidade e tecnologia, que recebem IFA de outros países e produzem medicamentos das mais variadas formas farmacêuticas. Consegue perceber o tipo de comparação que eu fiz? É um paralelo simples. E para ti pensar: No caso hipotético de… Read more »

Nonato

Ou seja, a FAB pode assinar um contrato para transferir tecnologia para a Shell, IBM, Google, Odebrecht, Friboi…

Camargoer.

De fato pode. Aliás, a FAB pode assinar memorando de desenvolvimento até com empresas estrangeiras, como fez com a Saab sueca. Poderia fazer a LM também, ou com os franceses ou mesmo com os indianos. O que define o conteúdo do memorando é a temática. O parceiro é consequência do interesse. Claro que também depende do interesse da outra parte. Um memorando destes demanda pelo menos duas partes. Assim, suponha que você é uma empresa e o Esteves seja outra. Os dois devem ter interesse. Se o Esteves não quiser, não adianta voce querer. Ficou claro? Percebi um profundo interesse… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Tá bom, Jadson, vamos trocar para empresas instaladas no Brasil.

Camargoer.

Olá Nunão. Há mais de 20 anos o Congresso aprovou uma lei que considera empresa brasileira toda aquela que é instalada no Brasil, independente da nacionalidade do controlador. Então, qualquer empresa que tem CNPJ é uma empresa brasileira.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu sei Camargo, e agradeço pelo outro comentário a respeito, mas pra evitar uma discussão interminável ou um círculo vicioso de comentários que não saiam disso, já mexi no texto.

Jadson S. Cabral

Pior que a minha intenção não era nem criticar o texto, mas sim o discurso do governo/militares quanto a viabilidade desses tots que costumamos fazer. Afinal, sempre voltamos à velha discussão aqui sobre a transferência de tecnologia do fabricante para ele mesmo, sobre a tecnologia que não está realmente em nossas mãos e/ou sobre a continuidade/viabilidade disso tudo.

Fernando "Nunão" De Martini

Isso é sempre um risco, o conhecimento está com as pessoas. Elas podem trabalhar numa filial instalada aqui, e que a matriz de repente resolva deixar o Brasil, deixá-las desempregadas ou tentar levá-las para fora. Elas podem trabalhar numa empresa criada por brasileiros, e ela pode ser vendida, e ocorrer a mesma coisa. Elas podem trabalhar tanto numa quanto noutra e simplesmente deixar o país por uma oferta irrecusável do exterior. Eu não vejo diferença crucial na empresa instalada no Brasil ser uma filial ou “genuinamente nacional” para a mitigação desse risco de perda de conhecimento. O que vejo como… Read more »

Filipe Bacelar Rocha

Inocente kkkkk. Óbvio que tem muita diferença quando uma empresa é de capital nacional, ou você acha que a matriz das multinacionais presentes no bostil não estão diretamente ligadas aos seus governos e com uma ordem só acabam com a a festa nessa semi-colônia em que vivemos kkkk.

Leandro Costa

Fala isso para a Dassault que, enquanto Franceses e Líbios estavam trocando delicadezas em calibres superiores à 7,62mm no Chad durante a década de 1980, estavam fazendo revisão nos Mirage Líbios tranquilamente…

Camargoer.

Caro Filipe. Claro que existe um problema quando as empresas estratégicas do país são controladas por estrangeiros. Isso era apenas um dos argumentos colocados por muita gente aqui (inclusive eu) contra a venda da Embraer para a Boeing. O mesmo se aplica para a controle do sistema de telefonia e internet no Brasil por empresas estrangeiras, sem falar que terceiro maior banco no Brasil é espanhol. Inclusive, este é um dos pontos que nunca se discute quanto se fala na privatização da Petrobras. Contudo, a legislação brasileiro impede distinção entre empresas a partir da nacionalidade do controlador. Se isso é… Read more »

Toro

Muito bom. Eu penso da mesma maneira. Hoje a AKAER é Sueca, A Saab Estruturas nao precisa nem dizer. Enquanto isso uma empresa como a Imbra (exemplo) esta fora do negocio de produzir materiais compostos tao cobicados nesse programa pois podem ser usados em avioes supersonicos (outro valor agregado altamente questionavel na realidade de 2023 na minha opiniao). Alem disso os tais materiais sao de aeronaves de 4 geracao aonde o mundo ja esta lidando com materiais para ser usados em aeronaves de 5 geracao.

Camargoer.

Caro. Há alguns anos, a MB selecionou uma empresa brasileira para produzir as baterias para os submarinos da classe Tupi. Depois, os proprietários brasileiros venderam a empresa para um grupo dos EUA, que decidiram fechar a empresa no Brasil. A Embraer era estatal, foi privatizada e quase foi vendida para a Boeing.

Jadson S. Cabral

Então, esse é o problema. Faço o mesmo comentário que fiz na matéria sobre a compra da 50% da SIATT pelos árabes. Acho que o governo deveria ter mecanismos que pudessem impedir a veda total e o controle de empresas estratégicas brasileiras por estrangeiros, sobretudo estatais estrangeiras. E não estou falando só das empresas de defesa não. Empresas estratégicas como um todo. Sei lá, pelo menos uma autorização do congresso deveria ser necessária nesses negócios

Frederick

Há mais de dez anos existe esse mecanismo para Empresa Estratégica de Defesa, está na Lei 12.598.

Last edited 1 ano atrás by Frederick
Frederick

 “Hoje a AKAER é Sueca”

De onde tirou isso, garoto?!

Camargoer.

Olá Jadson. Além do problema legal, no qual o governo está impedido de distinguir empresas considerando a nacionalidade do controlador, considere o caso da Embraer, talvez a principal indústria de defesa do país, que foi efetivamente vendida para a Boeing, com anuência do governo federal. Ainda que apenas a parte da aviação comercial tivesse sido vendida, isso teria inviabilizado toda a estratégia de tecnologia dual. No setor privado, lembro da venda da Cofap, uma das maiores empresas de autoṕeças brasileiras, para a Malle alemã. Também venderam uma refinaria na Bahia para os árabes e da venda do Banespa para o… Read more »

Jadson S. Cabral

Eita país difícil de entender… é tanto problema que ninguém sabem por onde começar. Se mexe numa coisa estraga outras três.
Quanto a Ambev, eles se uniram com uma cervejaria belga cujo nome eu não ouso tentar escrever ou menos pronunciar e criaram a AB Imbev, que se tornou a maior cervejaria do mundo, né? Acho que tirando Heineken, a empresa é dona de todas as grandes marcas de cerveja do mundo. Foi um bom negócio

Camargoer.

Caro Jad. Não fiz julgamento de valor. O fato é que a AB Inbev é a maior cervejeira do mundo, é proprietária da Ambev e a sua sede é na Bélgica. A Molson (EUA) também é uma gigante, sendo proprietária da MIller. A Heincken é a segunda maior cervejeira do mundo. Creio que a teceira ou quarta é chinesa. Então, ao invés da Ambev ser uma multinacional com sede no Brasil, ela pertence á uma multinacional belga.

Santamariense

A AB Inbev surgiu da fusão entre a brasileira IMBEV e a belga Interbrew, que depois de fundidas compraram a Anheuser-Busch,norte-americana (daí saiu o AB de AB Inbev). São donas da Budweiser, Corona, Stella Artois, Beck´s e dezenas e dezenas de outras marcas mundiais de cervejas, além das brasileiras Brahma, Antárctica, Skol e outras.  

Last edited 1 ano atrás by Santamariense
Jadson S. Cabral

A Skol não é brasileira. Pertence a uma empresa brasileira, mas não é brasileira

Santamariense

Eu me referi ao que é produzido para o mercado brasileiro.

Toro

Muito pertinente esse comentário. Eu estava falando disso em outra parte desse debate.

Willber Rodrigues

Não sabia desse interesse ou negociação de Ruanda e CS com o 390.
O Perú cancelou a aquisição de aeronaves de transporte com a Antonov recentemente, será que não haveria espaço pro 390 alí?

Jadson S. Cabral

Há quem diga que aquela compra do Peru só foi feita pq rolou o faz me rir na mão de muita gente lá. Caso seja verdade, duvido que eles estariam dispostos a comprar o C-390, ou até mesmo que haja essa real necessidade, pois, de forma muito curiosa, a aeronave que eles haviam comprado não era nem para a força aérea e sim pala a polícia nacional ou algo assim que eles têm lá. Um cargueiro dessa capacidade para a polícia? E uma unidade só? No mínimo curioso

deadeye

Estão me deixando sonhar!!

Filipe Prestes

Peruanos aparentemente são reticentes a comprar equipamentos de defesa de nós, e por um motivo que só existe na cabeça deles, de que nós queremos um saída ao Pacífico e por isso somos para eles uma hipótese de conflito séria. Pura loucura, mas foi o que li e ouvi de alguns peruanos.

Não obstante isso, acho que a FAP tem o Spartan, então talvez faça mais sentido comprarem mais um ou dois desses. De qualquer modo, essa tal aeronave seria para a polícia nacional peruana, não para a força aérea.

Rinaldo Nery

Já há um projeto, há anos, de uma rodovia ligando o Acre ao Pacífico. O mundo é globalizado. Não precisamos tomar nada.

BLACKRIVER

O atual governo do MT e RO estão empenhamos em achar uma saída pro pacífico…
Mas provavelmente será via Bolívia 🇧🇴 e Chile 🇨🇱

Renato B.

Talvez os peruanos tenham um precedente chamado Odebrecht.

Santamariense

De tudo que foi apresentado, a ideia ou pretensão de desenvolver um caça 5G em conjunto com a SAAB, na minha opinião, é o que tem de mais distante e improvável de acontecer. Não vejo viabilidade para isso em médio ou longo prazo. Mas, posso estar enganado.

Rinaldo Nery

Estive com o Soares sábado retrasado em Anápolis. Conversamos sobre o F-39. É também um dos pioneiros do 2°/6° GAV. Também foi Jaguar, assim como seu irmão mais novo, cmt da EEAER. Ambos foram sargentos antes de ingressarem na AFA.

Camargoer.

Olá RInaldo. Alguma novidade que possa compartilhar?

Rinaldo Nery

Nada especial. O mais importante é que a aeronave não tem nenhum problema sério e insolúvel, como já postaram aqui. Somente pequenos ajustes de todo novo projeto. Ele e o Diretor do DCTA estiveram semanas atrás na Suécia tratando da venda do KC-390.

Camargoer.

Será que os suecos vão mesmo comprar?

Rinaldo Nery

Provavelmente.

Jadson S. Cabral

Animador

Fernando "Nunão" De Martini

Ambos foram sargentos antes de ingressarem na AFA.”

Devem ter entrado na AFA praticamente no limite de idade, não? Ou existe alguma exceção nesses casos, de sargentos?

Rinaldo Nery

Não, é o mesmo pra todos. E o Soares foi 01 na EEAER e na AFA. Brilhante oficial. Serviu na JID, em New York.

Fernando "Nunão" De Martini

Obrigado pela resposta.

Marcelo Andrade

´cara, por que negativam a sua resposta Nunão? Tem adolescente aqui será?

Fernando "Nunão" De Martini

Não sei a resposta. O sistema não revela quem negativa ou positiva. Só posso dizer que não fui eu mesmo porque o sistema também não permite negativar (nem positivar) o próprio comentário! 😃

Camargoer.

Olá Fernando. Agora entendi porque o sistema também impede que o negative ou positive os seus seus (os meus, os nossos) comentários.

Fernando "Nunão" De Martini

Negativo! Acabei de negativar o seu!

Camargoer.

Um dupla negativa pode ser considerada uma positiva?

Fernando "Nunão" De Martini

Dois erros não fazem um acerto, dois negativos não fazem um positivo.

Rinaldo Nery

Vários. De mentalidade.

Allan Lemos

É muita falta de noção. Os caras não conseguiram nem o número estimado(108) necessário de Gripens e ficam sonhando com caça de 5º geração, nacional ainda mais. Em que mundo esses caras vivem?

Querem um caça 5G nacional? Comprem meia dúzia de F-35s, estudem o caça nas escondidas, façam a engenharia reversa do Gripen, capacitem as universidades, laboratórios e empresas nacionais e o mais importante, injetem rios de dinheiro em um programa de Estado. Foi exatamente isso que a China fez com diversas tecnologias soviéticas.

Jorgemateus77

Comentário lúcido
Quem negativou nem tanto …

Jadson S. Cabral

Engenharia reversa do F-35 foi o ápice kkkkkkkk acho que na primeira vez que alguém tentasse desmontar uma unidade aqui, assim que desconectasse algum componente soaria um alarme lá na Lockheed e o caça se autodestruiria kkkkk ainda melhor, nesse moendo deve ter agentes da NSA lendo o seu comentário e anexando junto com tantos outros semelhantes num dossiê para encaminhar ao departamento de defesa para que eles jamais permitam a venda do F-35 para nós. E se brincar nem coisa mais simples venderão mais, só por causa da sua ousadia. E digo, se pá até nosso Gripen eles vão… Read more »

Marcelo Andrade

Pois é, outro _______ que joga Super Trunfo!!

EDITADO. LEIA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Marcelo Andrade

Allan, estamos recebendo os F-39 e o que se tem de certo ainda é o primeiro lote.Não tem nenhum problema fazer planejamento de longo prazo, até porque não é impossível a Embraer trabalhar em conjunto com a SAAB. Veja que é coisa para daqui 30 ou 40 anos. Se planeja reclamam. Se não planejam, reclamam tb.

Tuxedo

Projetos que infelizmente no futuro, em sua maioria, só ficarão no papel…

Fernando "Nunão" De Martini

Tuxedo,
A maior parte da apresentação foi sobre Gripen e KC-390. Estão no papel?

Tuxedo

Sim, isso eu sei, mas será que os Gripen e os C-390 realmente serão entregues dentro do prazo estimado? Tenho minhas dúvidas!!!

Camargoer.

Tuxedo. Prazos estimados incluem alguma incerteza. Por isso são estimados. Então, é possível e até provável que ocorram alterações no cronograma.

Tuxedo

É.. Que sejam alterações para o lado bom, ou seja, para que eles adiantem a entrega dos lotes, tanto dos Gripen como tbm dos C-390.

Marcelo Andrade

Camagoer, eu lhe invejo! Você é muito paciente!! Eu não tenho mais s….!

Camargoer.

Olá Marcelo. Obrigado. Todo comentário educado merece atenção. O chato é quando começam as ofensas. Isso a gente não pode mais tolerar.

Frederick

Além de atuar com uma exemplar cortesia. Sua presença enriquece este espaço, sem dúvidas.

Marcelo Andrade

Tuxedo você é igual uns comentaristas aqui que há 5, 10 anos só reclamavam que o Prosub não iria entregar nada, que o KC-390 era virtual e que o FX2 não sairia nunca. E continua pessimista. Nós vamos ter F-35 e você ainda assim vai comentar que será que voa?

Marcelo

Acreditar no planejamento da FAB é o mesmo que acreditar em papai noel.

Rinaldo Nery

O T-27, o A-29, o E-99, o R-99, o KC-390, todos foram planejados… Ou foi presente de Natal?

Frederick

O C-95 e, por consequência, a empresa que o fabricou, também foram graças do Bom Velhinho. O A-1 veio do Polo Norte por igual.

Allan Lemos

Estão sim. Pelo menos 58 Gripens ficaram no papel.

Fernando "Nunão" De Martini

O Tuxedo falou em projetos, e foi sobre projetos que comentei pra ele. Se quer entrar numa conversa, não distorça o conteúdo dela.

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Allan Lemos

Ora, o “projeto” de 108 Gripens e 28 KC-390s saiu do papel?

Ou será que “projetos” também nāo sāo abandonados pela metade? Como o MAR-1 e outros? Foi justamente esse o ponto que o comentarista Tuxedo fez implicitamente.

Agora, se você, ao invés de analisar o histórico de “projetos” da FAB, prefere se iludir com apresentaçāo de Power Point e ficar usando semântica, nāo posso fazer nada.

Fernando "Nunão" De Martini

Repito: meu comentário foi apenas sobre os dois projetos atuais mostrados na apresentação na Câmara: KC-390 e Gripen. Não vi o Tuxedo falar de quantidades. Nem eu. Ele falou de prazos, conforme a conversa andou. Só você resolveu falar de quantidades e distorcer o sentido original da conversa, que era sobre projetos saírem ou não do papel. “ Agora, se você, ao invés de analisar o histórico de “projetos” da FAB, prefere se iludir com apresentaçāo de Power Point e ficar usando semântica, nāo posso fazer nada.” Não me iludo com power point nem distorço as conversas anteriores quando quero… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Marcelo Andrade

E o que saiu do papel? Enumere aqui, “Oh dia, oh azar…!”

Marcelo

No canal scbr defesa nacional no youtube tem a entrevista do brigadeiro do ar explicando o pq do cancelamento A-dart e do MAR-1.
Entrevista excelente !!!

Renato B.

Os EUA, RU, Rússia, França etc também tem toneladas de projetos cancelados. Inovação é algo caro, arriscado e sempre vai ser assim.

Delta

EDITADO:

COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

LEIA AS REGRAS PARA COMENTÁRIOS.

Rodolfo

Interessante a idéia de trabalhar com a SAAB em um caça de 5a ou 6a geração, seja lá como se define a diferença entre essas… iria dar maior capacidade a indústria aerospacial brasileira e desenvolver mais independência, só acho que a chance de exportação provavelmente seria ainda pior que a do Gripen com tantas opções nos próximos 20 anos… F35, 2 caças europeus, turco, coreano… a concorrência vai ser ainda mais acirrada. Se o governo brasileiro espera desenvolver essa plataforma como meio de autonomia em matéria de defesa será ótimo, mas vai ter que abrir o bolso e fazer uma… Read more »

Abner

@Camargoer na concepção de vocês qual à probabilidade do Brasil realmente desenvolver um caça de 5G nacional, levando em conta todo o ciclo que envolve construir e manter um caça desse porte ?

Vocês enxergam o Brasil construindo ou comprando um ?

Rinaldo Nery

Amigo, tendo dinheiro tudo é possível. Com dinheiro estaríamos mais envolvidos até na ISS. Época de FHC, lembram? Mas, sem dinheiro, só plantamos um feijão no algodão, no espaço.

Rafael Oliveira

Dinheiro é essencial, mas não é suficiente.

O Brasil tinha dinheiro para investir na ISS (era só fazer algum remanejamento no orçamento), mas optou por não fazê-lo. Não era prioridade.

Tem países com mais dinheiro que o Brasil para desenvolver ou pelo menos comprar caças de 5G e não conseguem ou optam por não fazer (França, Índia, Arábia Saudita), assim como tem países que gastam muito menos dinheiro e tem F-35 (seja como parceiros ou como mero compradores).

Ou seja, precisa ter dinheiro, querer ter um caça de 5G e saber usar o dinheiro para desenvolvê-lo ou adquiri-lo.

JORGEMATEUS77

No caso do Brasil não se tem dinheiro, e quando tem não se quer
Usar dinheiro ? por aqui nunca se soube

Marcelo Andrade

Cmte, permita-me discordar. Foi na época do Lula, 2006, e o Marcos Pontes levou sim feijões dos alunos de uma escola municipal de Bauru para analise de crescimento sem gravidade e mais 10 Pesquisas Científicas de Universidades e da Embrapa. Esta tudo nos anexos do livro ” Missão Cumprida” do Marcos Pontes. Fomos expulsos da ISS porque não cumprimos com que deveríamos entregar para a NASA para a ISS. Mas o Marcos Pontes não teve a menor ingerência sobre isso. Aliás, se não fosse por seus esforços, ele nem iria ao espaço, tal era a briga da AEB e o… Read more »

Rafael Oliveira

Quem se deu melhor nessa história foi o Marcos Pontes, né? Virou ministro e agora senador.

Renato B.

E ainda vendeu travesseiro.

Rinaldo Nery

Amigo, eu falei que o FHC mijou pra trás no acordo da ISS. As experiências do Pontes não eram o tema principal.

Fernando "Nunão" De Martini

Sozinho a chance tende a zero.

Camargoer.

Olá Abner. A Embraer tem capacidade técnica para projetar e construir um caça 5G, principalmente depois do programa Fx2. O problema é o custo de desenvolvimento do projeto e o acesso a determinados equipamentos, que continuam sendo adquiridos no exterior. Veja por exemplo, que o motor do F39 é importado dos EUA. Até mesmo os EUA envolveram outros países no programa F35 para garantir a viabilidade econômica. Há muitos anos, se tornou comum que países se juntem em consórcios para o desenvolvimento e construção de caças. Então, é mais provável que o Brasil participe de um consórcio internacional do que… Read more »

Jadson S. Cabral

Concordo. Se a SAAB consegue fazer um caça como o Gripen, a Embraer conseguiria tbm, a diferença é que o caça brasileiro teria muito, mas muito mais peças importadas que o sueco, porque a Suécia tem outras competências que o Brasil não tem e que quisesse ter, demoraria bem mais e seria bem mas caro. Partindo desse pressuposto, eu diria que conseguiríamos fazer um caça de 5 geração tbm, só que com um nível de importação ainda maior, que levaria mais tempo, que seria muito mais difícil e obviamente muito mais caro. Ainda assim, possível. O que não dá pra… Read more »

Frederick

A probabilidade atual é baixíssima, Abner, se me permite o atrevimento de dar o meu pitaco. Porque projetos dessa natureza têm probabilidade imensa de não vingar. E essa é a norma geral.

Mas, considerando o amadurecimento projetado do parque industrial aeronáutico brasileiro a partir das ações dos últimos 10 anos, seremos tecnicamente aptos. Preocupo-me, especialmente, com tomadores de decisão céticos e cenários geopolíticos. Historicamente, esses dois fatores são o core para a descontinuidade de programas neste país, que mutila orçamentos e reorganiza prioridades.

Last edited 1 ano atrás by Frederick
Toro

Obrigado por compartilhar as apresentações. Eu achei a apresentação do KC-390 muito realista. Perspectivas, “mapa” de quem faz o que, recentes conquistas do programa, etc. Eu achei a apresentação do Gripen um pouco mais complicada, o motivo é que ela parece estar focada no mundo existente quando da assinatura do contrato e não o mundo atual. A começar com a idéia de que poderíamos realmente desenvolver uma aeronave de 5 geração porque montamos o Gripen no Brasil. Se é isso que a FAB de fato acredita em 2023, acho que é necessário uma gigante dose de realidade. As coisas não… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“ A começar com a idéia de que poderíamos realmente desenvolver uma aeronave de 5 geração porque montamos o Gripen no Brasil. ” A montagem no Brasil é só um dos itens levados em conta, ao menos em todas as ocasiões em que vi apresentações do tipo feitas pela COPAC e outras organizações da FAB. O treinamento de engenheiros brasileiros para projeto e desenvolvimento conjunto é talvez a parte mais importante para isso (obviamente, incluindo a experiência não só em montar, mas fabricar partes, integrar os sistemas mais modernos, conduzir campanhas de testes etc, experiência que não havia especificamente no… Read more »

Toro

Obrigado pela resposta. Mas nós já fazemos toda essa parte de desenvolvimento em conjunto desde muitos anos. A ver o KC390 e toda a famíla ERJ e E-Jets. Na verdade a experiencia da Embraer é absolutamente um referencial no mundo todo em termos de administração de colaboração. A parte de integração de sistemas modernos em caças supersonicos já é conhecida da Embraer desde o programa F-5 EM. “Obviamente” não foram sistemas “tão modernos” quanto os do Gripen, mas a filosofia é muito parecida de um modo geral. Na verdade novamente não é tão diferente do que a Embraer faz hoje… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

A questão crucial, Toro, é envolver esses engenheiros treinados em novos projetos nos próximos anos. É isso que faz o conhecimento ser aplicado e gerar frutos. E para isso o ideal é encontrar um parceiro internacional que também precise colocar sua equipe para trabalhar num novo programa, preferencialmente de grande complexidade, seja de um caça supersônico de nova geração, seja de algo assemelhado. Se conseguirem fazer esse desenvolvimento começar, antes do final desta década, há boas chances de um dos objetivos da transferência de tecnologia ser cumprido. Se demorar mais do que isso ou não vingar uma parceria do tipo,… Read more »

Toro

Aí é que está a questão. Como esse horizonte não existe no momento e no passado ficou no campo das vontades e sonhos, ficamos com um sério risco. Além disso o conhecimento não está necessariamente indo para o Brasil e sim de / para empresas controladas pela Saab e com isso qualquer questão de desenvolvimentos futuros pode naturalmente esbarrar em bloqueios ou associações forçadas por conta de propriedade intelectual e outras garantias legais. Se o conhecimento vai para a Embraer ou uma Imbra da vida (por exemplo) aí a questão é um pouco diferente porque existe a transferencia real do… Read more »

Toro

A ver que nem o Gripen F estamos fazendo no Brasil e isso foi algo que tinha todo o cartaz no passado. Fazer na Suécia não é fazer no Brasil. E nem isso é mencionado.

Frederick

“Fazer”? O que seria “fazer”? Uma de nossas várias incumbências no programa era a de projetar suas fuselagens mais críticas e complexas. Conseguimos e foi um desafio inédito. Feito esse que trata-se de inegável aquisição de sofisticadíssimo conhecimento, e que é hoje concreto, dominado, perene e replicável.

Descarta-se isso pelo mero fato da linha industrial, uma das fases do projeto, do modelo citado não estar ativa ainda? Sequer a do E venceu seu ciclo! Sinto, mas isso extrapola qualquer fronteira derrotista.

Não é um “Tá tudo errado isso aí“. Informe-se.

Toro

Uma outra incumbencia era justamente produzir o “F” no Brasil. Ate aonde consta foi descartado. Nao acho isso derrotismo, e debate. O que vejo sao pessoas com diferentes visoes do que se deve fazer com Bilhoes de dolares do consumidor sem a propria prestacao de contas e apresentacoes recicladas de anos atras sem nada a oferecer. Mas cada qual com sua visao. Eu vi a apresentacao do KC390 e vi para aonde esta indo o $$. Nao tenho a mesma informacao vinda da apresentacao do F-39, ao ponto que nem o projeto do F e atualizacao do que vem acontecendo… Read more »

Frederick

A produção do biplace no Brasil foi suspensa pois optamos por produzir mais unidades no Brasil. Está enxergando subtração em soma.

E, do que sei, não há qualquer empecilho para que a linha nacional produza o biplace. Há todas as condições pra isso. Por isso o ainda.

Por fim, o misoneísmo respaldado pela aflição com o erário é algo recorrente por aqui. Nada inovador. Neste fórum, pelo visto, não encontrará suas respostas. Sugiro, então, questionar a FAB ou o órgão de controle externo. Como cidadão, é um direito seu e encorajo-o a valer-se dele.

Last edited 1 ano atrás by Frederick
Toro

Mais ou menos.O que foi dito em alto e bom som a muitos anos é que a aeronave Biplace seria “desenvolvida” e construída no Brasil. Essa ‘restruturação’ para a “montagem” e construção parcial no Brasil da aeronave monoplace vai ficando cada vez mais questionável com esse tipo de afirmação já que o tal do objetivo foi sempre ter um Gripen quase que meio que “nacional” (com muitas “””””””) e essa plataforma seria o biplace. O que eu estou enxergando é uma raiz quadrada em cima dessa “soma”, pois assim minimiza o impacto de mandar gente para fazer software etc e… Read more »

Frederick

O TCU respondeu?

Fernando "Nunão" De Martini

Toro,
Ninguém aqui (bom, pelo menos posso falar de mim mesmo) está pedindo para simplesmente aceitar um powerpoint da FAB.

Ele foi colocado aqui para ser debatido.

E é exatamente isso que estamos fazendo.

Sobre empresas brasileiras ou filiais, dei minha opinião em resposta a outro comentarista, o Jadson. Fique à vontade para entrar na conversa e também discordar, o espaço é exatamentr para isso.

Frederick

Toro, e, veja, escrevo isso com todo, todo o respeito do mundo, você está pessimista porque não conhece o tema do debate. Porque é complexo mesmo e reside em compreender a dimensão dos ensinamentos e práticas advindos do Gripen, tema que me aterei. Dominar, por exemplo, design integral e análise operacional nesse tipo de projeto é simplesmente o mundo. É realmente difícil enxergar o ganho de ter uma equipe de dezenas de engenheiros conhecedores e participantes de um programa de desenvolvimento de um caça dessa nota, e em sua completude. De saída, eles serão multiplicadores de conhecimento. E é fato,… Read more »

Toro

Com todo o respeito também vou discordar. Ao dar o exemplo do Amx e dos programas de colaboração e criação de cursos universitários e pela falta desse tipo de clareza na apresentação sobre o estado atual do programa e exatamente o motivo pelo qual eu não gostei da apresentação. E só comparar com a clareza da apresentação sobre o kc390.

Acho que as vezes temos que olhar essas coisas com um pouco menos de paixão e mais pragmatismo e processos.

Frederick

Creio que a apresentação foi cristalina. O programa KC-390, projeto nosso, mostra seus benefícios mais claros porque é fruto do que aprendemos com outras ToT. O Gripen é um outro salto e mostra-se o que ainda poderemos alcançar.

Ainda assim, creio que clarificou o que já conseguimos com o Gripen até aqui.

Rinaldo Nery

A EMBRAER não possuía conhecimento de material composto e comandos de vôo supersônicos. Se eu estiver falando bobagem, Frederick e o Fernando EMB podem corrigir.

Matheus

Como não? Várias partes do Praetor e E2 são em material composto.

Rinaldo Nery

Material composto supersônico.

Frederick

Mais ou menos, grande Nery.

Os programas 190 e – salvo engano – Legacy já tinham aplicação de materiais compósitos, que o DCTA estudava desde a década de 1990, especialmente os carbonosos, e que a Embraer passou a desenvolver internamente nos anos 2000. A aplicação triunfal se deu na empenagem do KC-390, com materiais compósitos carbonosos.

Mas, aí é onde você acerta na mosca, não possuía o conhecimento suficiente para aplicação desses materiais onde o Gripen exige. Sem esse programa, tomaria mais dinheiro e tempo dominar.

Rinaldo Nery

Exato. Me referi a material composto para vôo supersônico.

Frederick

Sim, claro. O adjetivo “supersônicos” também referia-se ao “material composto” em seu comentário. Má leitura minha.

Palpiteiro

As primeiras grandes peças acredito que foram os flaps do MD-11

Frederick

Palpite certeiro. Mas a estrutura integrada era projeto da McDonnell.

Esmiuçando um pouco mais, todos os aviões da Embraer, desde o Bandeirantes, possuíam compósitos em certa medida. Na minha escrita, deixei de clarificar que referia-me à sua aplicação em peças estruturais.

Palpiteiro

É aquele negócio. Fazer peças de composto qualquer um faz. Poucos sabem projetar de forma eficiente. De forma econômica, o grande desafio qualificar um processo por infusão. Aí é para menos empresas ainda.

Palpiteiro

Se não me engano, além dos flaps do MD 11, também foram feitos no Brasil alguns estabilizadores do F5

carvalho2008

Particularmente, acho que o Brasil deve ir tocando e focando no Gripen e o C-390….ir mais pé no chão. Não teria perspectivas com qualquer projeto de 5a. geração…já tem americanos, Russos, chineses e até coreanos….não tem espaço de mercado para mais do que isto…se desejar um 5a. geração, vai de prateleira…

O C-390 ainda vai vender muito, e acho que o gripen tambem….ele será o M-III ou F-5 deste meio seculo….

Quanto a Embraer, deveria focar em uma Kombi…kombona….mas diferente daquele STOUT…deveria ser uma aeronave de carga/transporte de 8 ton de carga, xstol ou SRVL

Rosi

Muito bom… Também acho que deve Serguei esta linha …
Quem ira patrocinar o caça de 5°G?
Assinar um acordo de cooperação contando com patrocínio do Governo é moleza…
Espero que a FAB tenha os pés no chão para ter avião em operaração.

Bardini

Uma formalização de desenvolvimento conjunto de um novo caça entre Brasil e Suécia, partindo do princípio que eles querem realmente desenvolver um caça, deveria acontecer em um futuro próximo, antes da década de 30. Na realidade, deveria começar em poucos anos, como em 2025… . Iniciar tal projeto em algum momento de 2025, por exemplo, signigica ter o início da produção na década de 40 e o IOC talvez lá por ~2045. Otmismo… Mas qual a importância disto? Dentro disto, seria possível assegurar um núcleo de material humano atualizado e capaz de realziar a produção deste caça, por meio da… Read more »

Nonato

Esse é o sucessor de Rinaldo Neri?
Talvez daqui a 10 anos também esteja aqui no Fórum.

Rinaldo Nery

Quem?

Nonato

O que fez a alteração na Câmara
Você não foi chefe da Copac?

Nonato

Fiquei feliz em saber que a Embraer e a Saab estão desenvolvendo um caça de 5a geração.

Fernando "Nunão" De Martini

Nem a matéria nem a apresentação diz que estão desenvolvendo.

Assinaram um memorando de entendimento que poderá levar a isso.

Só se desenvolve avião militar dessa complexidade e custo com contrato assinado, inclusive financeiro, com governos.

Nonato

Porque do jeito que o cara fala até parece que estão. Um memorando de entendimento é algo muito vago, distante, vazio. Olhe, se um dia, quem sabe o governos sueco pedir, talvez eu lhe chame para participar nem que seja para fabricar a tampa do bocal de combustível. A Saab estava no programa tempest e saiu. Ou seja se em um programa em andamento se pode entrar e sair imagine um membrana de entendimento. Mas imagino que entre 10 e 15 anos se tome alguma decisão. Suecia e Brasil. Seja comprat F 35, ou seja lá o que for. Quem… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Um memorando de entendimento é algo muito vago, distante, vazio.”

Um memorando de entendimento, em geral, permite que as partes troquem informações, especificações, dados, enfim, coisas que não poderiam ser trocadas sem o memorando. É um primeiro passo, estabelecendo essa comunicação, quem faz o quê e a confidencialidade das informações, por exemplo.

Toro

Eu já acho vazio porque considerando que é apresentado como sendo uma das “vantagens” do projeto do F-39 (o tal do projeto de 5 geração, que honestamente eu acho completamente surreal). Deveríamos estar a alguns passos mais a frente. Mas como eu tenho sérias dúvidas sobre a realidade de uma aeronave de 5 geração “nacional”, tudo bem.

Alexandre Galante

Toro, não esqueça que o Gripen E/F já tem algumas características e sistemas de uma aeronave de 5a.geração.
comment image

Jadson S. Cabral

De fato o que faltaria para o Gripen ser uma aeronave de 5 geração é ser stealth, certo? Pô, alguém manda a FAB dar duas mãos daquela tinta que absorve radiação que estavam desenvolvendo lá e poderíamos dizer que temos um caça de… 4,9G? quem sabe. Aliás, o Gripen já tem um RCS bem pequeno, não é? Uma tinta assim ajudaria ainda mais, creio eu. O que será que aconteceu com o desenvolvimento? Abandonado como sempre?

Santamariense

Qual o RCS do Gripen? E com qual configuração de armas, sensores e tanques?

Palpiteiro

Alguns itens me parecem subjetivos como a fusão de sensores, pois a quantidade de sensores e a eficiência desta integração é de difícil comparação. Com relação a software embora também subjetivo é comparar o número de linhas de código.

Toro

Oi Galante. Mais ou menos. Esse Slide não é tão verdadeiro assim. Em primeiro lugar o que diferencia essas aeronaves é uma lista muito maior do que esses parametros. Para ilustrar, um exemplo de que essa lista não é correta é o quesito de “extreme Fighter Agility”. Isso é mais conhecido como TVC e o Gripen não faz isso (ainda mais carregado para combate). Além disso o “regular Fighter Agility” 🙂 de plataformas de 4 geração é minimizado consideravelmente quando essas aeronaves levam, armamentos, pods e tanques de combustivel (esses podem ser alijados, mas a sua presença assim como pods… Read more »

Jadson S. Cabral

O F-35 tbm não possui TVC. Não confunda o movimento que o motor da versão B faz para transferir o modo de voo com TVC. Aquele movimento serve apenas para transicionar o voo e pronto. Além do mais, só existe na versão B. E sim, o Gripen é mais rápido e mais manobrável que o F-35, por ser bem mais leve, por ter uma melhor relação empuxo x peso e por possuir canards.

tango-echo

O Gripen E/F produz supercruise em um voo com carga?

Sei que essa era uma habilidade propagandeada do Gripen NG, mas a Saab ficou silenciosa depois

Frederick

Justíssima menção ao visionário Mal. Casimiro Montenegro e ao Prof. Richard Smith.

A C

Alguma fala sobre VTOL como o EVE a EMB? Nao dah mais para “papar mosca” pois a eletrificacao veio para ficar. Competidores da Embraer estao agressivamente buscando contratos militares para avancar para o mercado civil em breve.

https://www.jobyaviation.com/news/joby-delivers-first-evtol-edwards/

https://www.futureflight.aero/news-article/2023-03-17/ups-will-test-betas-electric-aircraft-uae-cargo-missions

Marcelo M

A FAB perde muita oportunidade de se equipar e se modernizar, a partir de uma necessidade de nacionalizar e desenvolver produtos aqui, ainda que nosso mercado e capacidade de compra sejam mínimos. O ideal é equilibrar isso. Desenvolver aquilo que conseguimos com maior eficiência, como o KC 390, e fazer mais comprar de prateleiras. Normalmente são mais baratas se você não precisa pagar pela transferência de tecnologia.

Frederick

Boa linha de pensamento. Mas qual é esse ponto de equilíbrio? Se tivéssemos optado pelo F-16 A/B – apesar de nunca terem nos oferecido – no lugar de desenvolver o AMX, não teríamos KC-390. Paramos por aqui? Penso que não.

Marcelo M

Tecnologia se desenvolve com pesquisa e ciência. Transferência de tecnologia é uma forma pouco eficiente. Teríamos sim os Ejets e o KC390, mesmo sem o AMX. Assim como tivemos o Brasilia e o Tucano antes dele, e sem nenhuma transferencia de tecnologia anterior.

Toro

Exatamente. A “transferencia” de tecnologia é uma boa caso voce queira queimar etapas aqui e ali, mas com uma visão clara do objetivo final. Quando ela é mais genérica e sem um horizonte bem determinado e realista as chances do investimento se perder, a tecnologia estar obsoleta quando precisamos ou simplesmente as pessoas já estarem em outros pontos de suas carreiras ou mesmo ter saído das empresas aumentam e muito.

Frederick

Não. Não teríamos. Essa cadeia de desenvolvimento teve sua aurora no EMB-145, com conhecimento adquirido no CBA-123 e que, por sua vez, foi fruto direto do AMX. Aliás, não sei se conhece a história, a Embraer só não foi liquidada em 1994 porque tinha o programa EMB-145, conseguindo ser atraente para privatização. “Sem nenhuma transferência de tecnologia anterior”?! Não há fonte que leve a esse entendimento. Isso é unanimidade. Goste ou não. Para ciência, alguns fatos rápidos; Tucano; soma do conhecimento adquirido pela Neiva com produção sob licença dos aviões Piper, e a produção, também sob licença, do Aermacchi MB-326GB… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Frederick
Santamariense

Concordo com tudo que você falou, sinceramente. Mas uma coisa me incomoda nisso tudo. O AMX, apesar de todos frutos que gerou, ele próprio nunca teve o reconhecimento que mereceu. Operou de 1989 até 2012 sem radar, sem capacidade lançar mísseis ar-ar, etc. E de 2012 para cá, modernizados enfim, enfrenta agora um ocaso um tanto melancólico, visto a modernização encerrada em 11 células. De quem foi a responsabilidade sobre isso? Mesmo com todo o avanço produzido pela parceria com os italianos, o produto principal, que era dotar a FAB de um avião de ataque moderno e capaz, nunca alcançou… Read more »

Marcelo M

O fato disso ter acontecido dessa forma não significa que, por outros meios, teria sido impossível. Usamos sim a tecnologia do AMX. O fato é que, sem os AMX, teriamos operado f16 por custo mais baixo e talvez ainda tivesse sobrado dinheiro para investir em pesquisa na área necessária para desenvolver os Ejets.

GRAXAIN

A FAB, tanto como a MB, defende o indefensável política de elevadíssima ToT… É legal ver os aficionados em temas militares defenderem essas políticas, mas é muito triste ver a incompetência dos negócios em andamento e a ineficaz política de compras com elevadíssimos ToTs… No final do dia continuamos, como nação, com baixíssima capacidade de defesa e projetos capengas de baixíssimo impacto tecnológico para o país como um todo…