DCTA prepara ensaios de REVO entre KC-390 e SC-105
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, da Força Aérea Brasileira, iniciou a “Operação Tererê” com instrumentação de alto nível em aeronave SC-105, de busca e salvamento, dotada de sonda para REVO – reabastecimento em voo
Na última segunda-feira (18 de setembro) o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) divulgou nota sobre o início da “Operação Tererê”. O objetivo da operação, segundo o DCTA, é “realizar ensaios do sistema de reabastecimento em voo (REVO) da aeronave KC-390 Millennium para a aeronave de busca e salvamento SC-105.” A atividade é coordenada pelo Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) e a operação teve início no dia 11 deste mês.
Mas antes de seguir com a notícia, um lembrete:
Prefere se informar por vídeo? Veja esta matéria no YouTube:
Prosseguindo com a notícia:
Como se pode ver na foto de abertura desta matéria, a aeronave SC-105 da FAB (Força Aérea Brasileira) é dotada de sonda (probe) de reabastecimento em voo. Segundo a nota, a obtenção da qualificação de REVO com o par KC-390 / SC-105 precisa passar por ensaios para “compreender profundamente o comportamento da SC-105 quando exposta à esteira de turbulência de um jato”, como é o caso do KC-390 da imagem abaixo (fotografado no ano passado, e aqui em caráter meramente ilustrativo).
Primeiro Hercules, depois KC-390
Inicialmente, porém, os ensaios serão feitos com o turboélice KC-130H Hércules, que tem menos efeito de esteira, numa técnica que o departamento chama de “aproximação gradual”.
Todo o processo demanda a instalação de sensores nas aeronaves envolvidas, fase que o DCTA ilustrou na sua nota com imagens (abaixo) dos trabalhos em realização, uma das quais identifica a aeronave recebedora com a matrícula 6551.
Trata-se do mesmo avião que aparece na foto de abertura, do Poder Aéreo, e também nas imagem de encerramento desta matéria (todas capturadas em evento aeronáutico realizado em 2022 na Academia da Força Aérea – AFA – em Pirassununga). Para mais detalhes sobre o SC-105 dotado da capacidade de ser reabastecido em voo, acesse link de matéria do ano passado, ao final desta.
Com os sensores instalados, o DCTA informa que poderá ser feita uma “meticulosa coleta de dados”, registrando “informações técnicas vitais”. O avião SC-105 Amazonas matrícula 6551 é um dos três exemplares do tipo que equipam o 2º/10º GAV (Esquadrão Pelicano), baseado em Campo Grande (MS), cuja missão principal é Busca e Salvamento (SAR).
Inovações no trabalho de instrumentação
O IPEV, que coordena a atividade, também aproveitou a ocasião para implementar inovações em sua instrumentação de ensaios. No caso, trata-se da “derivação de parâmetros de barramento Arinc 429”. Segundo a nota, isso representa um significativo avanço no trabalho de manipular e analisar os dados cruciais. Também estão sendo instalados extensômetros na aeronave recebedora, com o objetivo de registrar os esforços estruturais em pontos diversos da mesma.
Há outras inovações nesta operação: introdução da arquitetura Master-Slave, para coordenação e controle da comunicação entre múltiplos sistemas de aquisição de dados, o que implica vencer dificuldades para passar cabos entre seções pressurizadas e não pressurizadas da aeronave; medição das forças aplicadas pelos pilotos em comandos do tipo yoke (manche específico para aeronaves de transporte); lançamento de um aplicativo para visualização de dados em tempo real.
Profissionais de destaque
A nota destacou as participações de alguns dos profissionais envolvidos, tanto militares quanto civis: o chefe da Subdivisão de Análises Estruturais, major engenheiro Daniel Ferreira Vieira de Mattos, e o servidor civil Milton Fernandes Garcia de Mello, cujas experiências “foram cruciais para o sucesso inicial da operação”; o 1S André Lourenço da Silva, desenvolvedor do aplicativo mencionado acima; o servidor civil Wagner de Oliveira Lima.
Segundo o 1S André Silva, o aplicativo promete “revolucionar a forma como os dados são visualizados e interpretados”, o que permitirá melhorar a consciência situacional e a segurança de voo na operação Tererê.
Ainda segundo o DCTA, o atuação do IPEV na instalação independente dos extensômetros evidencia o investimento da FAB em capacitar técnicos militares e civis.
O chefe da Engenharia de Instrumentação e da Seção de Operações de Instrumentação, capitão engenheiro Túlio Araújo Medeiros de Brito afirmou a esse respeito: “Este progresso denota uma era de mais autonomia tecnológica, beneficiando diretamente o Brasil. O compromisso contínuo do IPEV com a vanguarda da inovação e a busca pela excelência e rigor científico são reafirmados por meio desses avanços, com uma perspectiva otimista para futuros desenvolvimentos revolucionários baseados na rica experiência e expertise técnica acumulada nos Ensaios em Voo”.
VEJA TAMBÉM:
A pintura está surpreendentemente desgastada para uma aeronave que chegou na FAB a apenas 5/6 anos.
Ou isso é normal para aeronaves que não tem hangaretes para proteger to sol?
Olá Clesio. O sol no Brasil é impiedoso. Talvez seja preciso reavaliar a pintura camuflada em toda a frota. Talvez seja razoável pensar em aplicar aquela pintura cinza brilhante adotada nos R99 modernizados, ao menos em parte da frota. Os F39 já adotaram o padrão cinza.
Caro Camargoer, no caso do FAB6551 deve haver algo errado. O 6550, recebido dois anos antes, ainda está com a pintura mais ou menos integra (com alguns pontos de degradação). É claro, depende do quando cada aeronave ficou exposta, mas não deixa de ser curioso.
No link foto do 6550 em maio no Jetphotos:
FAB6550 | Airbus SC-105 Amazonas | Brazil – Air Force | Juan Manuel Temoche | JetPhotos
Edit: só ressaltando que não sei se o 6550 foi repintado. Se alguém souber, agradeço a informação.
BK , o 6550 passou por revisão no PAMA/SP, tendo recebido nova pintura. Só não me pergunta o motivo de a região ao redor da sonda de reabastecimento não ter sido pintada, ostentando ainda a pintura antiga, queimada. Não sei de um motivo para isso…mas, prefiro crer que haja um.
Agradeço a informação, caro Santamariense!
Se bem me lembro a instalação da sonda no 6550 foi recente, talvez tenha algo a ver com isso.
Ah, bem lembrado. Pode ser, sim.
Caro BK117 e Flanker, acredito que foi instalado um componente sobressalente no 6550 que constitui a sonda propriamente dita e toda a parte da fuselagem ao seu redor – esse sobressalente deve ser oriundo do proprio conjunto comprado para evetualmente atender o 6551. Digo isto porque ate onde me lembro somente o 6551 era originalmente dotado com sonda e a compra, acertada, deste sobressalente, deve-se, acredito, porque este componente logicamente esta sujeito a danos devidos a impactos em reabastecimentos. Vejam que o setor onde fica inserido o tubo condutor da sonda se extende ate a raiz da asa, e sua… Read more »
Senhores, Imagino que o fato de aeronaves do Esquadrão Pelicano (tanto SC-105 quanto Blackhawk) ficarem em alerta no pátio, dia após dia, desgaste mesmo a pintura de forma mais rápida. Não há hangar de alerta para aeronave desse porte, até onde sei, apenas de manutenção. Pode haver diferença na tinta, também, entre aeronaves que já tenham passado por inspeção nível parque e recebido nova pintura, e outras que vieram do fabricante. Pode ser que tenham sido pintadas com tintas diferentes. Enfim, só pra ilustrar, dá pra ver dois SC-105 com pintura bem mais “desbotada” que a de um C-105 ao… Read more »
Agradeço, caro Nunão! Dá um pouco de dó ver essas aeronaves assim, espero que construam algum hangar de alerta pra elas. Mas tudo bem, imagino que não afete em nada a operacionalidade delas.
Concordo, mesmo que no caso da pintura não influencie na operacionalidade, mas os equipamentos eletrônicos, muitos deles sensíveis ao calor elevado do local, bem como a estrutura das aeronaves. Acredito que hangaretes às preservariam melhor, bem como a própria pintura que, assim como eu, muitos concordam que pintura desbotada aparenta aeronaves velhas e desgastadas.
Acredito que o maior avião seja um B25 Mitchell.
Em baixo, dois Beech 17.
Em cima, direita, FW 58: tem um no Musal.
Só existe esse do MUSAL. Acho que ainda não encontraram mais nenhum Fw-58. Inclusive esse Weihe foi montado aqui para a Aviação Naval.
Agora que ampliei a foto. Tem dois Staggerwing!
*** ZIP ***
* FAP * FAP * FAP *FAP…
Ahhhh…. ô avião lindo!
Acho que tem uns três Stearman, uns cinco Vultee BT-13 (eu acho), dois Norseman e um biplano que ainda não consegui identificar direito, entre um Norseman e as belezuras dos Staggerwing.
É o famigerado Vought Corsair, Roberto?
Obg pela info. Ainda tentando lembrar do avião civil. Vou ter mais sorte depois que eu terminar o trabalho.
Senhores, Com este já são mais de 12 comentários sobre um tema bem subsidiário da matéria, ainda que muitíssimo interessante, sobre identificar aeronaves da mesma base atual do Esquadrão Pelicano, mas de 8 décadas atrás . Vamos focar num limite de mais meia dúzia ou até dez tentativas de identificarem os aviões e voltar ao tema da matéria? Porque volta e meia esse assunto de REVO de outros aviões com KC-390 é debatido em matérias nada a ver, sobre outros assuntos, mas quando tem matéria falando disso, o pessoal começa a discutir universidade, aviões antigos, reestruturação das Forças Armadas, Aviação… Read more »
Wilco, Nunão. Lamento, foi realmente difícil de resistir.
Último post que farei sobre isso Roberto, senão me puxam a orelha. Mas o Reliant é uma belezinha.
Aliás, dica para os amantes de aviação clássica é checarem o canal do Mike Machat no youtube. o ‘Celebrating Aviation with Mike Machat’ que é muito bom, e claro, cheio de aviation art.
Segundo já li em outro site, a tinta com que os 3 SC-105 vieram da Espanha é menos resistente que a tinta nacional. O 6550 já passou por revisão parque, tendo sido repintada (com exceção da área ao redor da sonda REVO – não sei o motivo). O 6551 e o 6552 também serão repintados qdo passarem por revisão geral.
Li a mesma informação, onde a qualidade das tintas utilizadas neles, pelo fabricante, possuem menos qualidade do que as tintas que estão sendo constantemente aprimoradas pela FAB para este tipo de camuflagem.
Exatamente.
Em se tratando de Esquadrão Pelicano, sempre tive a dúvida da não utilização das faixas cor laranja com a sigla SAR na fuselagem dos helicópteros, tanto os antigos H-1H Iroquois qto os atuais H-60L Blackhawk.
Talvez pelo emprego mais voltado a C-SAR.
Já tivemos Hércules brancos.
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
As vezes tenho a impressao que a FAB seja a forca mais seria e profissional dentre as tres. Seguida do EB e por ultimo, com um verdadeiro MAR de distancia, a MB.
Parabens! Lindo de se ver
Caro. Infelizmente, discordo. A MB teve o mais bem sucedido programa de pesquisas entre as três forças, que resultou na capacidade em escala industrial do país de enriquecer urânio. Por outro lado, há um histórico de sucesso entre a FAB e a Embraer que merece destaque. Por outro lado, as forças armadas brasileiras, de modo geral, são perdulárias e anacrônicas, isso ficou bem claro ao longo dos anos recentes. É preciso uma ampla reforma militar.
E como seria, exatamente? Dá uma defesa de tese.
Olá Rinaldo. Como toda grande reforma institucional, é um processo que precisa de amplo debate e participação de todos os setores sociais. Não pode ser restrita apenas ao setor militar. Até hoje, os militares tiveram quase que a exclusividade desta discussão. É preciso mudar. Sabemos que o atual modelo militar é financeiramente insustentável a médio e longo prazo. De todos os setores da administração pública, o setor militar é o único que gasta mais com pessoal inativo que com pessoal ativo. Isso mostra que existe a necessidade de uma revisão do modelo previdenciário. Outro ponto que pouca gente discute, mas… Read more »
Camargo,
Desculpe sugerir mais uma vez, mas seria bom que abrisse alguns parágrafos nos seus comentários.
Ok. È sempre a preocupação de ocupar o menor espaço possível. Valeu pela paciência. Se puder editar e inserir os parágrafos, fique á vontade.
Não se preocupe com o pouco tamanho a mais que algumas linhas separando parágrafos acrescentarão. A partir de x linhas, o programa automaticamente cria um “read more” e mantém a parte visível do comentário limitada em tamanho.
Não houve nada de “tentativa de golpe”. Isso é uma narrativa da imprensa e da esquerda. E não fale do 08 de Janeiro, pois não existe golpe sem armas nem sem FFAA. Mas, exceto o presidente do STM, vários oficiais generais (todos os postos e Forças) odeiam o ladrão. Não há nada que possam fazer pra mudar isso.
Camargo e Rinaldo,
Pra falar de golpe ou não golpe, tem matéria publicada exatamente pra isso, e assim livrar as demais matérias desse assunto chato pra cacete.
Por favor, ajudem a manter o blog limpo, façam essa discussão por lá e deixem essa aqui pra falar de ensaios em voo, REVO etc:
https://www.naval.com.br/blog/2023/09/23/nota-da-marinha-do-brasil-sobre-a-delacao-tenente-coronel-mauro-cid/
Olá Nunão. O Rinaldo perguntou minha visão sobre qual seriam os pontos para uma discussão sobre uma reforma militar. Era só isso.
Pois é, isso ficou claro, mas a conversa degringolou, não?
Então pra que insistir? Querem falar de golpe, vão pra outra matéria. Isso já encheu.
Concordo. A narrativa é mto chata mesmo.
Caro Rinaldo. Meu comentário nesta matéria foi que é preciso uma ampla reforma do sistema militar que passa por problemas previdenciários, baixo investimento em tecnologia, sub-financiamento da MB e da FAB para a tarefa de defesa aérea e de negação do mar, baixa integração dos meios entre as três forças, como pontos gerais. A politização de parte dos oficiais da ativa nos anos recentes é um fato que precisa ser debatido porque é prejudicial para as forças, assim como é preciso discutir a participação das forças armadas nas atividades de segurança pública. Acho que todos aqui desprezam ladrões, sejam aqueles… Read more »
Já pedi, com educação, pra continuarem esse assunto na matéria publicada exatamente pra isso no Poder Naval.
Colaborem, por favor. É a última vez que peço isso educadamente.
Bem interessante. Muito espaço interno (mais que no C-130) e uma aviônica fantástica. E o fato de ser uma aeronave à reação faz uma grande diferença. 01:25h de vôo de São José até Anápolis no FL370. Excelente pressurização. E o Operações do 1° GTT é Guardião, serviu no 2°/6°. Mas aqui no celular não consigo postar fotos.
KC não passa do FL360.
Tem razão. Estávamos no FL360.
Não prestei atenção ao fuel flow.
Cel Neri, me mata uma curiosidade:
Como eles conseguiram o FOC do KC sem um pouso na Antártida?
Faz parte do requisito inicial? Não sei.
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COMENTÁRIO APAGADO. AVISOS FORAM DADOS.
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
O Estado brasileiro é perdulário. É uma questão cultural. Vide as universidades públicas, que chegam a custar três vezes mais que a das universidades privadas.
Caro. O custo de um estudante em uma universidade pública é da ordem de R$ 25 mil por ano. Então, é preciso avaliar duas coisas. 1. quais os cursos que estão sendo comparados e 2. qual é a capacitação dos professores. Explico. Se uma faculdade privada oferece cursos nos quais demandam menos infraestrutura (por exemplo, direito, pedagogia, história, etc) do que cursos que demandam mais infraestrutura de laboratórios (por exemplo engenharias) ou que usam infraestrutura de modo intensivo (medicina, enfermagem, odontologia, química), os custos médios são diferentes. Outro aspecto é a capacitação do corpo docentes (professore com graduação ou com… Read more »
Prezado, essa é uma comparação complicada. As diferentes idiossincrasias entre o ensino Superior Público/Federal/Estadual e Privado não possibilitam o comparativo simplista. . Concordo que nosso paternalismo e sistema burocrático precisam de uma renovação cultural e processual. Isso atinge o poder público – executivo, legislativo e judiciário, bem como todas as esferas do serviço público (incluindo o militar). . A comparação Universidade Pública x Privada precisa de exemplos expressos para ponto de partida. . Exemplo: Na UFPE existe o curso de Geologia/Topografia. Meu conhecimento sobre o curso é defasado. Mas em 2004/5 formavam-se de 1 a 4 geólogos por ano, de… Read more »
Gostaria de receber os dados que instituições gastam com pesquisa para poder comparar realmente. Sem isso é impossível uma comparação séria.
Olá André. Os gastos com pesquisa nas universidades tem várias origens. A primeira é a CAPES, que financia os gastos dos programas de pós-graduação (menos salários) e uma parte das bolsas. Outra fonte é o CNPq que banca uma parte do custeio das pesquisas e também bolsas de estudo, inclusive de graduação. Outra fonte são as agências estaduais, como FAPESP, além da FINEP, Embrapii e os convênios de extensão com empresas. O orçamento das universidades cobrem os gastos de energia, água e manutenção dos prédios. Os salários dos pesquisadores é todo bancado pelo orçamento da universidade. Há algum tempo, eu… Read more »
Você esta comparando banana com goiaba.
Sim, e além disso essa conversa não tem nada a ver com a matéria, surgiu praticamente do nada, a partir de um comentário que já tinha pouco a ver com o tema.
Senhores,
Devo lembrar que essa discussão sobre gastos de universidades particulares x públicas não tem absolutamente nada a ver com a matéria. Já deu o que tinha que dar, certo?
Voltem ao assunto da matéria, por favor.
Segundo a nota, a obtenção da qualificação de REVO com o par KC-390 / SC-105 precisa passar por ensaios para “compreender profundamente o comportamento da SC-105 quando exposta à esteira de turbulência de um jato” Se há essa preocupação com um turboélice do tamanho do SC-295, imagino que ainda vão fazer muitos testes antes de reabastecer um H-225. Inicialmente, porém, os ensaios serão feitos com o turboélice KC-130H Hércules, que tem menos efeito de esteira, numa técnica que o departamento chama de “aproximação gradual”. Tenho visto esses dias o FAB2462 “BARAO62” voando em padrão de REVO no litoral do Rio… Read more »
Acho que o FAB2462 Deslocara para Campo Grande, Junto com um KC390..
vamos acompanhar!
Você esta correto
O FAB6551 Em voo no RJ do dia 19/09/2023 ao dia 22 , tem voos no mesmo horário que o FAB2462
https://www.flightradar24.com/data/aircraft/fab6551#322343c4
https://www.flightradar24.com/data/aircraft/fab2462#321eb5b8
Bingo!
Se há essa preocupação com um turboélice do tamanho do SC-295, imagino que ainda vão fazer muitos testes antes de reabastecer um H-225.
Não necessariamente. São ensaios diferentes, com comportamentos diferentes. A complexidade patente reside no fato de ser um aparelho de asas rotativas; com sua velocidade, altitude de REVO, movimentos de seu eixo, etc.
Vale lembrar que no ano passado (ou retrasado) o próprio IPEV informou a instrumentação de um H-36 para a campanha REVO com o KC-390, mas depois foi retirada a instrumentação. Creio que nesse vai e volta deram prioridade ao SC-105 e mais à frente voltarão à campanha REVO do par KC-390 / H-36.
Precisamente, Nunão. E, como os ensaios são totalmente diferentes, o do Caracal pode iniciar no primeiro dia útil depois da conclusão do SC-285, se assim a FAB desejar.
Pergunta sincera. No processo de certificação do SC105 pelo fabricante, a operação de REVO já não foi qualificada para diferentes aeronaves? Caso sim, por que é necessário um processo tão detalhado? Imagino que pelo KC390 ser novo seja necessário avaliações adicionais, mas os SC105 da FAB já não fazia REVO com o Hercules?
Nunca fizeram. Com nenhum reabastecedor. Se planeja é muito zelo, se não planeja é “aeroclube”. Difícil…
3 anos depois de recebida a aeronave, nunca fizeram, nem para testar?
A grosso modo, nem sabem se o sistema REVO do SC-105 funciona ou não na prática.
Daniel,
O sistema de reabastecimento em voo do C-295, do qual o SC-105 da FAB é derivado, já foi certificado pelo fabricante Airbus no papel de receptador de combustível, mostrando que o sistema funciona:
https://www.airbus.com/sites/g/files/jlcbta136/files/styles/airbus_608x608/public/2021-09/C295-7349.webp?itok=VL1J5ap5
O que cabe à FAB fazer é a campanha para certificar o REVO da aeronave com os aviões reabastecedores que possui.
Não sei dizer. Não sou do 2°/10°.
Mas faz tanto tempo que as sondas foram instaladas no SC-105. Alguns testes não são tão simples quanto decolar um C-130 e abastecer. É necessário capacitação e ensaio.
Já a funcionalidade do sistema receptor é testada em solo. E, do que escutei, são operantes.
Dureza…
Pelo fabricante não foi qualificada no KC390.
Quem irá arriscar o pescoço nos REVOs se não há certificação detalhada? São vidas em risco além das aeronaves…
Por que vão “arriscar o pescoço” se a abordagem para essa qualificação é mencionada explicitamente como gradual, além de introduzirem algumas inovações voltadas à segurança de voo?
““compreender profundamente o comportamento da SC-105 quando exposta à esteira de turbulência de um jato””
A pergunta dele foi: “Caso sim, por que é necessário um processo tão detalhado?”
Em outra resposta: “Nunca fizeram. Com nenhum reabastecedor. Se planeja é muito zelo, se não planeja é “aeroclube”. Difícil…”
Não entendi. Qual foi a dúvida que ainda restou então? Parece que estamos falando as mesmas coisas de modos diferentes.
O fabricante não ensaia cada um dos abastecedores no existentes no mundo. Coletam certificações feitos por outros fabricantes de aeronaves que são certificados para determinado aparelho. Não existia a certificação do KC-390 para REVO em SC-105, certo? Agora terá. A Força Aérea Espanhola pode adquirir KC-390 para esse fim, exemplo tosco. E, tranquilidade, ninguém arrisca o pescoço de ninguém. É um processo bem seguro. Quando fala em Ensaio em Voo, não quer dizer que o Piloto de teste vai mirando a cesta do KC-390, várias vezes, até acertar. É um processo, com diversas fases, o qual são coletados inúmeros dados,… Read more »
Não me referi ao processo de certificação mas no porque de ter que fazer para o Kc390, não é chegar e reabastecer.
A pergunta foi: “Caso sim, por que é necessário um processo tão detalhado?”
Meu comentário: “Quem irá arriscar o pescoço nos REVOs se não há certificação detalhada? São vidas em risco além das aeronaves…” Me referi aos operacionais e não estes da certificação.
Se alguém no meio dessa conversa um tanto confusa ainda tiver dúvidas, funciona assim:
Os profissionais responsáveis pela certificação vão certificar justamente o procedimento de REVO entre as duas aeronaves (melhor altitude, velocidade, perfil de aproximação) em que o REVO é mais seguro.
Isso para que os pilotos dos esquadrões operacionais sigam os mesmos procedimentos, sem arriscar o pescoço.
Era disso que falava, não?
É isso. Nunão e sua famosa capacidade de síntese.
Ansioso para o REVO entre o Gripen e o KC390.
Espero que a Saab, FAB ou Embraer faça um vídeo promocional.
Sugestão:
https://www.youtube.com/watch?v=cpZxDBXt6Qs
Boa tarde Srs.
Nossa indústria de aviação é uma das melhores.
Pergunto como leigo.
Nosso E190 tem características próximas do P8 Orion.
Seria muito difícil ou impossível adaptar ou mesmo construir um avião com a mesma ( ou talvez melhor), capacidade do P8?
Obrigado pela atenção.
Não. Nem difícil nem impossível. Basta alguém pagar. Não é nada barato.
Eu inclusive já escrevi em alguma notícia que achava interessante que a FAB pudesse ter o P-190, ou P-2 (como o VC-2, seria P-2?) já que existe uma plataforma brasileira de tamanho adequado. Lembro que o próprio Rinaldo comentou que o E/R/P-99 era pequeno demais para patrulha marítima e mesmo SAR, então o 190 provavelmente teria um tamanho bastante propício. Mas acho que aí entra a questão da oportunidade comercial. Infelizmente vejo que hoje, além dos Shaanxi chineses e dos Ilyushin e Tupolev russos, há que o Boeing P-8 americano foi lançado recentemente e conquistou quase todos os clientes ‘ricos’… Read more »
O que vale é passar a Patrulha pra MB e a FAB parar de gastar dinheiro com isso. Depois que ela, MB, adquirir navios, que não tem na quantidade necessária.
Acha que o C-105 tem tamanho adequado para os equipamentos necessários ao MPA/ASW? Sei que o avião é costumeiramente considerado apertado (em relação ao Alenia C-27 principalmente) e que você considerou o P-99 pequeno a ponto de ser inviável para a FAB… Então o que acha dele?
Moderação, eu violei alguma coisa? tinha publicado há pouco um comentário meio grande em resposta a essa questão do Embraer patrulha marítima, mas sumiu…
RESPOSTA DOS EDITORES: O COMENTÁRIO ESTAVA PRESO NO FILTRO ELETRÔNICO E JÁ FOI LIBERADO.
Sim, já existe uma versão MPA do C295.
Ele, com esclarecedor é funcional, mas com custo benefício alto. Hoje se utiliza o ATR 72 convertido que tem uma configuração de fuselagem mais adequada. Agora na missão ASE esquece, ele é manco. Os Chilenos adotaram e se arrependeram amargamente, sendo obrigados a manter 3 P 3 em operação para está missão específica.
A marinha paquistanesa entendeu que é viável, e está trabalhando nisso.
Parabéns ao DCTA e ao IPEV!
É o desenvolvimento de conhecimento desses detalhes técnicos que é fundamental para país, mesmo ficando desconhecido para a maioria das pessoas.
Muito criativa a aplicação do protocolo de comunicação ARINC-429 em ensaio em voo em REVO. Não precisa e nem possui o nível de confiabilidade do MIL-STD-1553B e, ainda assim, informará claramente os dados necessários do ensaio. Brilhante.
Acho que o aprendizado com a coleta de outras aeronaves modernizadas da Força, como o T-27M e C-97, encorajou o IPEV a seguir esse caminho.
Parabéns a todos os envolvidos. Um gol de placa.
A FAB tem então ao total 3 SC-105 SAR como estes e mais outros 9 C-105A comuns, é isso? Vi notícia de que dão conta que eram 10 ao total, outra que falava em 12, uma terceira que aventava a possibilidade de 15…
Interessante que exista esse equipamento REVO, não sabia que a FAB os tinha.
Tango, se não estou enganado, são 11 C-105 (seriam 12 mas um se acidentou) e 3 SC-105. Inicialmente o Esquadrão Pelicano foi equipado, de maneira provisória e substituindo aviões mais antigos (Bandeirante), com alguns C-105 dotados de algumas características de aeronaves SAR, como janelas em bolha, assentos para observadores e kits de sobrevivência para lançar. Eles foram denominados SC-105, mas eram muito menos equipados que os atuais. Mas com a encomenda e recebimento dos 3 SC-105 “de verdade”, dotados não só dos equipamentos já mencionados mas também de radares e outros sensores, esses aviões provisórios passaram aos esquadrões de transporte… Read more »
Está correto. Alguns C-105 do 1°/9° foram pro 1°/15° (Onça).
Que pena sobre o C-105 acidentado. Foi perda total ou tem chance de reparo?
Perda total. Foi desmontado e o que pôde ser transportado voltou pra Manaus. O Esquadrão escalou pilotos inexperientes para operar numa pista muito crítica.
C-105 matrícula 2808. Trem de pouso principal colapsou no pouso no aeroporto de Surucucu/RR, em fevereiro de 2016. Os danos foram de monta, tanto que optaram pela retirada de todos seus sistemas, motores, aviônica, literalmente tudo. Só ficou a fuselagem, asas e empenagens, que permanecem lá até hoje.
Depois desse acidente, o CCA-SJ instalou o visual de Surucucu no simulador do C-105, na BAMN. Meu filho era chefe do simulador e, numa visita à ele na BAMN, fiz um vôo no simulador, e pousei e decolei de Surucucu. Muito crítico. Pousa somente numa cabeceira e decola-se somente da oposta. Se der monomotor após a dep é muito crítico. Muitos morros. Instalaram um PAPI na cabeceira, que você só avista na curta final. Agora só instrutores operam lá. Meu filho era instrutor e toda semana estava lá.
Que ótimo que melhoraram o treinamento para operar lá. Realmente, de tudo que já soube e li de lá, é bem difícil e crítico para operar. Na operação Ianomâmi tiveram muitos pousos e decolagens à partir de Surucucu, sem incidentes. Com certeza, reflexo direto dessas mudanças implementadas.
Cel. Está história não é nem assim.
E como seria? Conta pra nós.
É isso, Nunão. São 11 C-105, sendo 8 no Arara e 3 no Onça, além de 3 SC-105 no Pelicano.
Cel Nery
Tens conhecimento do por que os SC105 ficam baseados em Campo Grande e não em um local mais central do país, uma vez que são unidades SAR e pela lógica, a presteza no atendimento seria mais salutar para um resgate?
Exemplo sair de Anápolis p/ Recife seria mais “rapido” do q sair de SBCG
Porque em 1982 o 2°/10° saiu de Florianópolis e foi pra Campo Grande, justamente pra aproximar-se do centro do País. E em Florianópolis operavam o SA-16 Albatroz, muito mais lento. A diferença entre Anápolis e Campo Grande, para Recife, não é tão significativa. A mudança de sede de UAE sempre envolve custos significativos, e a FAB evita sempre que possível. E a Base recebedora tem que ter espaço disponível.
https://historiadafab.rudnei.cunha.nom.br/2021/01/13/grumman-sa-16a-albatroz/
Eu vi voando quando fiz a prova da EPCAR, em Dezembro de 1979, na BAFL.
AFAIK, o KC-390 adota um conceito mais moderno (surgido no 767-400ER), que é o aumento de enflechamento na ponta das asas (Raked wingtip), para obter o mesmo efeito do winglet, porém com uma peça menor e mais leve.
To sempre de olho nos estoques por aqui. Assim que o Aéreo postar o resultado dos ensaios (independente de qual seja), tomo uma em vossa homenagem.
Lembrando que essa noticia nao se mostra interessante somente a FAB. A India opera os C-295.
É incrível o nível de complexidade de uma operação que muitos acham ser simples…
Será lindo de se ver vídeos e fotos desse momento, assim como esperamos também poder ver o KC-390 abastecendo H-36 e F-39! Com certeza reforçará o marketing para vendas dessa incrível máquina voadora…
Esse avião tem cara de SAR .confesso que não sabia dessa sonda Revo.
De uma forma geral, e muito importante que os resultados de ensaios e testes possam ser aferidos e certificados com base em resultados ja conhecidos previamente. Entao os ensaios com o ultimo KC130 ainda remanescente na FAB serao certamente muito uteis para balisar alguns parametros em termos de comparaçao com os do KC390 nas mesmas condiçoes de altitude, velocidade etc…. E logico que todo envelope de voo do binomio SC105+KC390 devera ter limites distintos em relaçao ao binomio SC105+KC130, mas na intersecçao de ambos havera uma muito interessante coleçao de dados que podera ser analisada. Acredito que, muito provavelmente, as… Read more »