A Força Aérea dos EUA e a Raytheon concluíram com sucesso o primeiro teste de voo do AIM-120C-8 – a mais recente variante internacional do AMRAAM® desenvolvido sob a atualização Form, Fit, Function (F3R). O AIM-120C-8 foi disparado de um F-15C Eagle e abateu o alvo aéreo, atingindo todos os objetivos primários do teste de voo.

“O AMRAAM é um míssil comprovado em combate, com a confiança de mais de 40 parceiros internacionais para missões ar-ar e terra-ar”, disse Paul Ferraro, presidente da Air Power da Raytheon, uma empresa da RTX. “Com os avanços do F3R, que atualiza o hardware do míssil e permite futuras atualizações de software Agile, estamos maximizando as capacidades desta munição para aliados em todo o mundo.”

No âmbito do programa F3R, os engenheiros usaram iniciativas de engenharia de sistemas baseadas em modelos e outras tecnologias digitais para atualizar múltiplas placas de circuito e processadores avançados na seção de orientação do míssil e para re-hospedar software legado no AIM-120D-3 e AIM-120C-8 AMRAAM.

Este teste de voo do AIM-120C-8 segue a conclusão dos testes de voo do AIM-120D-3. Os testes de voo do AIM-120D-3 foram concluídos em apenas 11 meses após o teste de voo inicial e concluídos com a demonstração do sucesso do míssil em um ambiente altamente contestado.

Recentemente, a Força Aérea dos EUA concedeu à Raytheon um contrato AMRAAM de US$ 1,15 bilhão para produzir mísseis AIM-120D-3 e C-8 para 19 países.

Sobre a RTX

A RTX é a maior empresa aeroespacial e de defesa do mundo. Com mais de 180.000 funcionários em todo o mundo, ultrapassamos os limites da tecnologia e da ciência para redefinir a forma como nos conectamos e protegemos o nosso mundo. Através de empresas líderes do setor – Collins Aerospace, Pratt & Whitney e Raytheon – estamos avançando na aviação, projetando sistemas de defesa integrados para o sucesso operacional e desenvolvendo soluções tecnológicas e de fabricação de próxima geração para ajudar os clientes globais a enfrentar seus desafios mais críticos. A empresa, com vendas de US$ 67 bilhões em 2022, está sediada em Arlington, Virgínia.

FONTE: RTX

Subscribe
Notify of
guest

27 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Thiago Santos

Qual a diferença do AIM-120D pro AIM-120C?

Maurício.

O AIM-120D-3 é para uso interno e a variante C-8 é para exportação, acho que é isso.

Alecs

Muito boa pergunta. Acredito que o AIM-120C8 seja uma evolução de produção mais rápida e também para testes de tecnologia. Já o AIM-120D tem o dobro do alcance e será o substituto de longo prazo. Além do mais acho que o AIM-120D foi, também, pensado para ser concorrente do Meteor.

Antonio Dan

O munda se arma. Na paz năo se cogita. Deus deve estar isausto.

Santamariense

O que seria “isausto”??

Bosco

Thiago,
O D, diferente do C, tem maior alcance (160/180 km do D para 120 km do C) . O D também tem um canal GPS e conta com um data link “two-way”. No C o data link é unidirecional (só “up-link”).
O maior alcance do D é por conta do melhor gerencialmente da energia cinética devido a um melhor piloto automático/sistema inercial e a uma bateria com carga de maior duração.
O C-8 parece que é um C que incorporou todas essas características do D.

Bosco

Dizia-se que o D teria motor dual pulse e radar AESA mas isso não se confirmou.
Essas características devem vir no AIM-260 que já deve estar entrando em operação.
Acredita-se que o AIM-260 tenha motor multi-pulse , e um seeker “dual mode” ( além do seeker radar tenha um seeker IIR)
Seu alcance deve ser o dobro do AIM-120D , além de ter uma NEZ ilimitada.

Heli

Impressionante como uma pequena bateria de um míssil pode ser capaz de alimentar um radar AESA, mesmo que por alguns segundos que dura o voo ate o alvo.

Bosco

Heli,
Mísseis utilizam baterias térmicas , claro, não recarregáveis, de alta densidade energética num pequeno volume e armazenáveis por mais de 20 anos.

Bosco

A NEZ do D também é tida como ilimitada já que ele , contra alvos muito distantes, implementa uma trajetória “loft” que o faz subir e mergulha contra o alvo ganhando energia cinética , o que confere capacidade de manobra terminal.

Alecs

Perfeito, Mestre Bosco! Como sempre enriquecendo os comentários com conteúdo esclarecedor.

Fabio Araujo

É um bom míssil, mas esta atrás de seus concorrentes europeu, russos e chineses que tem alcance acima de 200km. Pelo que tinha lido estava em desenvolvimento versões com motor ramjet já são as versões?

Bosco

Fabio, O AIM-120D é junto com o Meteor o que há de melhor no mundo em termos de míssil destinado a combate de caça contra caça. Existem mísseis ar-ar de maior alcance mas estes não se destinam a combate caça x caça e sim de caça x avião de transporte. Um R-37 russo com alcance de 400 km (???) pesa meia tonelada. Um AIM-120D americano com alcance de 180 km pesa 158 kg. Em combates BVR há de se levar em consideração vários fatores além do alcance cinético dos mísseis em questão. Exemplo desses fatores: o RCS dos caças envolvidos… Read more »

Alexandre

Bosco, sem querer polemizar, e sem querer dizer que um SU 35 é melhor que um F35. Mas acredito que hoje, todos os caças, sejam ocidentais, Russos, Chineses, Turkos ou Coreanos, tem sistemas IRST orgânicos de boas capacidades. E o que eu tenho lido, é que esses sistemas são capazes de detectar um outro caça, seja stealth ou não, numa distância entre 60 a 80 km, a depender das condições atmosfericas. Então acho improvável um F35 chegar a 40km de distãncia de um Su 35 sem ser detectado. Por outro lado, mesmo que fosse possível, no momento do disparo, o… Read more »

Bosco

Alexandre,
Eu fiz um engajamento hipotético e desconsiderei a existência do IRST para ilustrar a relação “RCS vs desempenho do radar” com o desempenho do míssil.
Num combate real é claro que o F-35 iria aproveitar a sua melhor vantagem contra um Su-35 que é o seu RCS ínfimo.

Fabio Araujo

Mas no caso de dois caças 4,5 combatendo? Por exemplo um SU-35 contra um F-15 ou um F-16V contra um J-10C o míssil de maior alcance pode dar uma chance de vitória maior caso consiga acertar primeiro, sei que disparar primeiro não é garantia de acertar pois o outro caça vai usar todos os meios disponíveis de defesa e depois se conseguir sobreviver vai contra-atacar.

Bosco

Em combate BVR a maior vantagem é de quem vê o outro primeiro. Em segundo lugar de quem dispara primeiro. Em terceiro lugar o de quem consegue fazer tudo isso de forma a mais discreta possível para poder pegar o inimigo de surpresa , sem que ele possa ter tempo de implementar recursos defensivos (manobrar, interferência, lançamento de chaffs, lançamento de um míssil ar-ar com função de “spoyler” , etc) Não creio que um Su-35 saia para uma patrulha com mísseis R-37. O mais provável é que ele saia com mísseis R-77 ou R-27. Nesse caso há vantagens dos míssil… Read more »

Bosco

O desempenho de um míssil ar-ar de combate BVR é baseado na equação RCS dos caças x desempenho do radar dos caças. Se o desempenho dos mísseis ar-ar BVR é hoje de 100 a 200 km é porque essa é a média estabelecida pelos fabricantes na dita equação entre caças de 4ªG. Em tendo sido definido essa meta (o alcance) o que se busca é um míssil de menor massa e de menores dimensões possíveis, para que possa ser levado em boa quantidade e com um mínimo de arrasto e de aumento do RCS do caça. Mísseis russos e chineses… Read more »

Super Tucano

Seus comentários são sempre uma aula!

Bosco

Super Tucano e Alecs, O que complica para nós , leigos, entendermos essa relação de RCS do caça x o desempenho do radar é a mania dos russos superestimarem o desempenho de tudo que eles têm. Aí, um desavisado lê que o radar PESA do Su-35 consegue detectar um F-16 armado ar-ar (RCS de 2 m²) a 400 km. Esse mesmo desavisado vê que um radar AESA do F-16 consegue detectar um Su-35 armado (RCS de 5 m²) a 150 km. Claro! Isso vai bugar a cabeça de qualquer um e o ingênuo irá acreditar que os russos têm uma… Read more »

Alexandre

Bosco, mais uma vez sem querer polêmica, mas, se eu não estou errado, o F22 e o F15 tem velocidades máximas de 2400 km/h, ou 40 km por min. O míssil R37 vimpel, tem uma velocidade de 7300km/h, ou seja, 121km por min. Dito isso e pensando num disparo com 400km entre o AEW-C e o caça SU35, e tendo uma reação de ataque de caças F22/F15 que estariam na escolta, teremos a seguinte situação: 1) O Missil R 37 russo levará mais ou menos 3min para atingir o alvo. 2) Se o caça Russo ficar atualizando o alvo nesse… Read more »

Bosco

Alexandre, Você utilizou a velocidade máxima de pico do míssil R-37 de dos caças. Vamos colocar em metros por segundo desconsiderando a altitude que influi no número Mach. R-37: Mach 6 ou 2040 m/s F-22: Mach 2.25 ou 765 m/s F-15: Mach 2.5 ou 850 m/s Essas velocidades são irreais já que não são sustentáveis pelo míssil. Um míssil ar-ar perde muita velocidade como mostra esse gráfico: https://qph.cf2.quoracdn.net/main-qimg-12e1344da641f0e12d93a929f05e138a-pjlq Vamos colocar uma média de velocidade para o míssil R-37 no alcance máximo: 1020 m/s. Portanto, ele levaria cerca de 400 segundos para chegar a um alvo a 400 km. Conta de… Read more »

Bosco

Mesmo que o Su-35 lance um R-37 a velocidade supersônica com certeza ele reduz para subsônica depois do lançamento.
Hipoteticamente, se ele se aproximasse do alvo frontalmente (com certeza ele não faz isso) como você colocou, em velocidade subsônica alta (300 m/s) após 400 segundos ele teria percorrido 120 km.
Os caças americanos teriam percorrido 230 km em 400 segundos a Mach 1.7.
O Su-35 estaria a 50 km de distância dos caças americanos.

Alexandre

Tem muitas variáveis nesse debate que teríamos que pensar. Uma delas é saber se um piloto de F15 tentaria uma aproximação contra um SU 35 sabendo que ele tem um míssil com alcance superior ao AMRAAM D, já que o F15 não é stealth e seria detectado facilmente numa distância razoável.. Pela lógica, sobraria para o F35 essa empreitada, mas tem que ver outras variáveis também, como por exemplo a busca radar feita pelo F35, o que entregaria sua posição. Depois tem a guerra eletrônica entre um míssil ar-ar vs um radar de um caça pesado e com muita energia… Read more »

Bosco

Pois é! São muitas variáveis cuja análise foge completamente da proposta inicial que é analisar a relação “alcance de míssil” na equação do combate BVR.
Valeu Alexandre!

Alexandre

Bosco, minha hipótese também foi hipotética e tb acho que a atualização lateral seria mais pertinente que uma aproximação frontal dos Russos. Mas nessa possibilidade, uma distância de 170km, dá pra lançar sim um AMRAAM D, mas sabemos que não vai atingir o alvo, pois a fuga dos russos criaria facilmente uma distancia acima de 200km. E outro fato que desconsideramos é que o SU 35 não precisa ficar atualizando o R37 até o impacto, uma vez que esse míssil tem seu proprio seeker e muito provavelmente travaria no alvo numa distância de uns 20km. Isso por si só já… Read more »

Bosco

Se o R-37 tiver um data link two way o caça pode desengajar e se evadir à velocidade supersônica tão logo houver a confirmação que o seeker do míssil trancou no alvo, mas se o míssil tiver um data link só de downlink aí não tem como o caça lançador saber que o míssil trancou e ele teria que ficar on station até a confirmação da interceptação ou até o tempo estimado da missão ter sido excedido.
Novamente, valeu!