Força Aérea dos EUA seleciona JetZero para desenvolver protótipo de aeronave com fuselagem e asa combinadas
ARLINGTON, Va. (AFNS) — O Departamento da Força Aérea dos EUA (USAF) selecionou o JetZero para a próxima fase de um projeto de protótipo de aeronave com fuselagem e asa combinadas (Blended Wing Body – BWB) em 16 de agosto.
O esforço visa amadurecer a tecnologia BWB e demonstrar suas capacidades, dando ao departamento e à indústria comercial mais opções para futuras plataformas aéreas.
Com um design que difere de uma aeronave tradicional de tubo e asa, o BWB combina a fuselagem da aeronave com sua asa de alta proporção, diminuindo o arrasto aerodinâmico em pelo menos 30% e proporcionando sustentação adicional. Essa maior eficiência permitirá maior alcance, mais tempo de espera e maior eficiência de entrega de carga útil, recursos vitais para mitigar os riscos logísticos.
“As aeronaves de corpo de asa combinada têm o potencial de reduzir significativamente a demanda de combustível e aumentar o alcance global”, disse o secretário da Força Aérea Frank Kendall. “Movimentar forças e cargas com rapidez, eficiência e longa distância é uma capacidade crítica para permitir a estratégia de segurança nacional.”
Várias configurações de transporte militar são possíveis com o BWB. Juntos, esses tipos de aeronaves respondem por aproximadamente 60% do consumo anual total de combustível de aviação da Força Aérea.
Conforme descrito na Lei de Autorização de Defesa Nacional do ano fiscal de 2023, o Departamento de Defesa planeja investir US$ 235 milhões nos próximos quatro anos para acelerar o desenvolvimento dessa tecnologia transformadora de uso duplo, com investimentos privados adicionais esperados. O esforço é resultado da colaboração entre o Departamento da Força Aérea, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço e a Unidade de Inovação em Defesa, com assistência do Escritório de Capital Estratégico do DoD.
“Faz pouco mais de cem anos desde que alguns bravos aviadores subiram aos céus e provaram a primeira capacidade de reabastecimento aéreo, estendendo o alcance global de nossa Força Aérea. Este anúncio marca outro marco decisivo para a Força Aérea em nossos esforços para manter a vantagem da eficácia do poder aéreo contra quaisquer concorrentes futuros”, disse o Dr. Ravi Chaudhary, secretário adjunto da Força Aérea para Energia, Instalações e Meio Ambiente. Um ex-piloto e engenheiro do C-17 Globemaster III, Chaudhary está liderando os esforços para garantir a eficiência da energia operacional para criar maior agilidade para os comandantes do teatro de operações.
Embora o conceito BWB exista há décadas, os avanços tecnológicos mais recentes em design estrutural, tecnologia de materiais, fabricação e outras áreas tornaram possível a produção em larga escala.
A indústria comercial, incluindo companhias aéreas de passageiros e empresas de frete aéreo, também se beneficiará com o desenvolvimento dessa tecnologia, aumentando a cabine disponível ou o espaço de carga enquanto diminui os custos operacionais de combustível.
O Escritório de Energia Operacional da Força Aérea espera a conclusão dos testes de voo iniciais já em 2027.
FONTE: af.mil
Se tu diz…
Não faz muito tempo, a Boeing e a NASA já foram tentadas pelo conceito com o X-48B.
https://www.youtube.com/watch?v=xhT2xzw8_Uc
Não devemos esquecer os alemães que testaram o conceito pela primeira vez no final da década de 1920 com o impressionante Junkers G 38.
https://www.youtube.com/watch?v=ZKKvgrx6zEA
Contribuindo com o nobre amigo. Nesta animação, a Airbus revela as três aeronaves conceito de emissão zero conhecidas como ZEROe. Esses conceitos incluem turbofan, turboélice e configurações de corpo de asa combinada que são movidas por propulsão a hidrogênio. Todos os conceitos ZEROe são aeronaves híbridas. Postado a 2 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=5Fi65k2K3Mw
Olá Dayton,
De fato, o conceito “JetZero” parece estar no fundo das gavetas de muitos fabricantes de aeronaves lol.
Tenha um bom fim de semana
C5, C130 e C17 não ficam mais novos a cada dia e não me lembro de que existam projetos já divulgados para os substituir. Com a imensa necessidade da USAF por cargueiros, era de se esperar que cedo ou tarde surgisse algo dentro desse escopo. O conceito parece promissor mas serão aeronaves com custo de aquisição mais alto ou baixo que os cargueiros “normais”, trarão reflexo nos futuros projetos de comerciais, como esse design impacta no RCS, qual o impacto deles nas chances de venda dos KC390, qual o impacto na infra dos aeroportos, como será a aceitação dos passageiros?… Read more »
C17 / C5 ja sofreram modernizações e pode continuar operado por mais anos (C5 é bem provável que vai virar um “B52” em operação, ja que é único)
problema é o C130 que ta fazendo hora extra e ja deveria ter surgido um projeto pra mudar eles mesmo antes do KC390
O B52 é um carregador de piano porque seus pretensos substitutos se revelaram caros demais. No entanto, já tem um bom tempo que ele foi reduzido a uso apenas em cenários de baixa intensidade ou como portador de armas stand off.
Me arriscaria a dizer que a ideia pode ser produzir um substituto americano para o C130, ao mesmo tempo validando o conceito e amadurecendo a tecnologia, para depois partir para uma versão bem maior, visando substituir C5 e/ou C17.
em se tratando de RCS asa voadoras tem menos RCS
Mais um sugador de dinheiro vindo aí 🤔🇺🇲⁉️
A economia americana se sustenta assim. Um programa desses, ainda que não surta nada prático, gera empregos, movimenta os cérebros , consome tecnologia, enfim, azeita a máquina com dinheiro do Estado “extorquido” da iniciativa privada.
Certos estão eles.
Na verdade não necessariamente da iniciativa privada… Os caras tem a fábrica de dinheiro do mundo e despejam dólares ao Bel prazer…
Fazer só o que quer é a praxe em ditaduras mas nesse caso, é bem mais fácil falar como você fez, do que efetivamente fazer.
Permita um aparte camarada Bosco
“A economia americana se sustenta assim”, trafego de influência e cx 2.
O lobby é legal aqui e lá.
Não se pode confundir com corrupção,mas principalmente aqui no Br,essa é a conotação quase sempre associada a tal prática.
Sim o trafego de influência la é permito, no entanto a corrupção também existe, o que não falta é escândalo.
Então… Para os daqui que se acham pragmáticos, esses conceitos de espiral de investimentos é desnecessário e inútil… Por parte de alguns, sabemos o porquê (ganham dinheiro com a não aplicação disso, importando algo pronto), por parte de outros é ignorância travestida de pragmatismo.
Não concordo.
A economia americana se sustenta de multiplas formas.
“Extorquir a iniciativa privada” não é uma delas. Já o mesmo não pode ser dito de países latinos governados por simpatizantes do comunismo, que tentam esconder sua incompetência, em administrar, com aumentos de impostos e distribuição de regalias p o eleitorado pobre que não lhes permite, e nem lhes é oferecida ou cobrada, uma melhoria cultural e social.
AVISO DOS EDITORES:
ESSA SEQUÊNCIA DE COMENTÁRIOS SAIU MUITO DO TEMA DA MATÉRIA. SOLICITAMOS QUE ATENTEM ÀS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Estranho esses simpatizantes de comunismo?? tripé macroecomico herdado do FHC.
Eu me lembro de ter lido ou alguém comentou comigo que o Boeing 727 se elevasse muito o nariz além do risco de estol, o motor que fica no estabilizador vertical poderia perder potência. Não sei se isso é verdade mas fico imagino o que aconteceria com essa aeronave e esse tipo de configuração. De qualquer forma achei esse conceito e a aeronave muito legais.
Com o advento do FBW esse tipo de problema passou a ter uma solução de software ao invés de hardware. Basta que a empresa coloque um envelope de proteção de voo que garanta que a aeronave não poderá ser colocada nesse tipo de situação.
Claro que o FBW permite programar proteções para que o piloto não coloque a aeronave em atitude irrecuperável mas aqui se trata de uma questão de fluxo de ar em que a própria aeronave cria uma “sombra” que impede um correto fluxo de ar para os motores. De qualquer forma, com o avanço no uso dos computadores na “predição” de características do avião, creio que serão capazes de, se não eliminar, ao menos mitigar o problema.
EUA sendo os EUA, pensando 25 anos à frente. Sempre buscando a manutenção da liderança, ou – no mínimo – a permanência entre aqueles que estarão na vanguarda do setor; uma vez que a China está equiparando-se com aquilo que existe hoje (e diga-se de passagem, aquilo que os estadunidenses já usam no mínimo há duas décadas), e as outras potência devem chegar lá no próximo quinquênio. A questão é se vai haver $$$ para bancar como houve para o F-22; pois o F-35 já começou a sofrer alguns efeitos, tanto é que tiveram que chamar os “universitários” para fazer… Read more »
Conceito com design bacana. Gostei.
Bom ainda é uma promessa, pra ajudar eles nas vendas governamentais tem a Northop Grumman, para levar combustível eu acho legal, para levar cargas ainda acho estranho, e aqueles motores ali em cima dificultam o acesso dos mecânicos.
Nada que uma escada não resolva.
sim uma escada, vai todo mundo trabalhar em cima do avião para amassar ele, deixar cair peça na fuselagem.
Sim mas também ajudam a esconder a assinatura térmica dos motores para sensores posicionados no solo bem como protege os motores contra ingestão de FOD quando em pistas sem pavimentação.
única vantagem é esconder os motores, de resto acho ruim, deveria ser feito um sistema de guindaste para retirar facilmente esses motores dali, porém ia deixar mais caro a manutenção
No MD11 / DC10 eles usavam essa solução…
https://youtu.be/F5WztIubtaM
Sendo o dólar à moeda do mundo, tranquilo pagar a fatura.
Drex(BR), renminbi(China), CBDC(Rússia) , E-Rupee(Índia) … é as sanções EUA surtiram vários efeitos.
235 milhões em 4 anos, esse é um otimismo igual aquele daquela Tv que anunciou um investimento da Ucrânia no Brasil, e teve quem acreditou.