Espaço aéreo do Nordeste ganha reforço na vigilância com inauguração de radar secundário
Radar secundário de última geração, RSM970S NG, produzido no Brasil passa a operar em julho no aeroporto de Petrolina
São Paulo, 28 de julho de 2023 – Os voos na região entre Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), contarão com um novo radar secundário autônomo de vigilância RSM970S NG, adquiridos pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), organização da Força Aérea Brasileira responsável pelo gerenciamento do tráfego aéreo. O sistema, fabricado pela empresa Omnisys, subsidiária da Thales no Brasil e referência nacional e internacional em radares de vigilância e controle de espaço aéreo, inicia oficialmente suas operações em 28 de julho, no Aeroporto de Petrolina Senador Nilo Coelho.
O radar RSM970S NG, de última geração, faz parte de um contrato estabelecido em 2021 pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) junto ao consórcio das empresas Omnisys e Clemar, sendo esta última responsável pela infraestrutura civil e contribuirá para o aumento da base nacional de radares secundários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Este é o primeiro de dois radares contratados a ser entregue, sendo o próximo deles previsto para instalação em Bom Jesus da Lapa (BA) em 2024. A instalação desse radar em Petrolina aumenta para 69 o total de radares secundários da família RSM970S em operação em todo o território nacional. O aeroporto de Petrolina contava com um outro radar já obsoleto que agora será substituído pelo novo radar.
O RSM970S NG é a mais nova geração de Radares de Vigilância Secundária Monopulso da Omnisys. Os radares secundários são responsáveis por fornecer dados para o adequado gerenciamento do tráfego aéreo por meio do envio de interrogações ao transponder das aeronaves, as quais respondem ao radar com suas informações de identificação, posição, velocidade, e demais características. Isso permite aos controladores em solo, ter informações mais exatas sobre a localização das aeronaves no espaço aéreo.
O equipamento instalado em Pernambuco foi fabricado em São Bernardo do Campo (SP), na sede da Omnisys, empresa de Defesa Brasileira, que conta com a experiência do desenvolvimento, fabricação, instalação e suporte de mais de 130 radares operando no Brasil entre outros exportados para mais 15 países. “O novo radar é produzido no Brasil, empregando mão-de-obra e capital intelectual brasileiros, e demonstra a força e alta qualidade da nossa Base Industrial de Defesa”, destaca Rodrigo Modugno, Presidente da Omnisys. “Isso confirma a nossa liderança como provedores de radares RSM970S NG e renova a nossa duradoura parceria com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo”, conclui o executivo. Além da fabricação, instalação e comissionamento desses radares, a Omnisys proverá localmente o suporte técnico necessário para garantir um alto nível de disponibilidade dos equipamentos, incluindo manutenção preventiva e corretiva.
Sobre a Omnisys
A Omnisys é uma empresa brasileira de alta tecnologia com ampla experiência nos mercados civil, espacial, defesa e segurança. A empresa está sediada em São Bernardo do Campo (SP) e conta com mais de 200 funcionários e forte presença nos segmentos de controle de tráfego aéreo, defesa aérea, mísseis eletrônicos, guerra eletrônica, sonar, cargas de satélite, entretenimento a bordo e serviços. Em 2006, a Omnisys tornou-se subsidiária do grupo Thales e é referência no Grupo com seu Centro de Excelência em Radares de Gerenciamento de Tráfego Aéreo, produzindo para o mercado nacional e internacional. Desde 2015, a Omnisys também recebeu investimentos para a implantação de uma linha de produção de radares secundários e a inauguração do Centro Sonar. Junto com a Thales Alenia Space, a Omnisys também inaugurou seu Centro Tecnológico Espacial em São José dos Campos (SP). A Omnisys é a fornecedora líder do programa espacial CBERS.
DIVULGAÇÃO: FSB Comunicação
Excelente noticia. Sem dúvida elevará a segurança de voo complementando a rede nacional, além da defesa aérea.
Defesa aérea não porque radar secundário só capta tráfegos colaborativos, ou seja, com o transponder acionado.
Radar secundário monopulso em modo S compatível com o modo convencional SSR a partir da parametrização de software. O sistema radar modo S foi concebido para atender aos desafios de controle de tráfego cada vez mais denso, atendendo todas as especificações do anexo 10 da International Civil Aviation Organization, ICAO
Possui um abrangente sistema interno de diagnóstico, local e remoto, o que garante uma manutenção eficiente e de baixo custo associada à sua alta disponibilidade. O radar RSM970S pode operar em configuração autônoma ou associado a um radar primário de banda S ou banda L.
Obrigado pela informação e correção.
Essa é o radar de defesa aérea . Radar primário de vigilância e controle do espaço aéreo de longo alcance, modular e totalmente em estado sólido, adequado para aplicações de controle de tráfego aéreo civil e militar. O equipamento pode ter incorporado um canal meteorológico e a função de altimetria, possuindo um alcance padrão de 200 MN que pode ser estendido até 250 MN a partir do aumento da potência emitida. O LP23SST pode operar nas configurações totalmente autônoma, associado a um radar de vigilância secundária (MSSR)/Identificação Amigo-ou-Inimigo (IFF) ou operação em modo S com os dados de saída do… Read more »
Obrigado pelas informações.
Alcance de 256 NM de alcance, nada mal.
Todo aeroporto tem radares? Moro em Campina Grande – PB e tenho essa dúvida!
Sim. Nem o daqui de Aracaju tem. Uma vez perguntei a um piloto como faz nesses caso e pelo que lembro, ele disse que na aproximação, os voos são controlados acho que por Recife, mas em solo, sobre decolagem, pouso e taxi, são os pilotos que se viram.
Amigo, Aracaju, um aeroporto de capital estadual, com um movimento razoável, TEM torre e controle de solo. Pesquise antes de postar.
A torre de Noronha é remota. Pesquise antes de postar.
Acho que não é que precise, que seja obrigado… mas sim, entendo que por ser secundário, sempre tem um primário, mas não na ordem de 1 pra 1. Acho que deve funcionar assim, O SINDACTA deve tem uma rede de radares primários que deve cobrir boa parte do território nacional, esses radares são responsáveis por “saber” tudo o que está voando e os secundários ajudam ao conseguir identificar cada aeronave que está voando, ao receber dados de transponder, facilitando assim o controle do tráfego aéreo. Acredito também que deva existir espaços no Brasil onde não existam radares secundários ainda e… Read more »
Todo o território nacional é coberto por radares primários. Esse secundário foi instalado pra melhorar a cobertura radar para tráfegos colaborativos na área do CINDACTA 3 (Recife).