Lançadores de armas L3Harris no caça Saab Gripen E aumentam o poder de fogo e a segurança do piloto

34

Saab JAS 39E Gripen

A próxima geração de caças Saab Gripen E permitirá que os pilotos das forças aéreas sueca e brasileira carreguem um poder de fogo significativo com lançadores de mísseis ar-ar aprimorados que os tornam altamente eficazes contra potenciais adversários aéreos.

Os modelos avançados do Gripen terão três sistemas de lançamento de armas de alto desempenho chamados Missile Eject Launcher, Pylon 5 (MELP5) para fornecer vantagem contra ameaças aéreas. As unidades MELP5 lançam mísseis ar-ar de longo alcance com sistemas pneumáticos de ar comprimido que acionam as armas de forma mais rápida e eficiente, reduzindo significativamente o tempo de aeronaves fora de serviço e mão de obra.

O contrato de produção com a Saab, com sede na Suécia, é de um total de US$ 27 milhões. A L3Harris desenvolveu o sistema sob um contrato de design com a Saab desde 2014.

“Esses lançadores inovadores proporcionarão aos nossos clientes uma mudança radical na eficácia operacional ao implantar o caça Gripen E, o que aumentará o sucesso da missão”, disse Dave Zack, presidente da Mission Avionics, L3Harris. “Estamos orgulhosos de fornecer nossa tecnologia de ponta acessível para enfrentar as ameaças que os pilotos enfrentarão não apenas no campo de batalha de hoje, mas também no futuro.”

MELP5

O MELP5 usa a tecnologia Pneumatic Missile Eject Launcher (PMEL) da L3Harris e elimina a necessidade de pirotecnia para lançar armas. Requer um volume de gás menor do que outros lançadores, reduzindo os custos gerais de manutenção e mão de obra.

O Gripen E é um sistema avançado de aeronaves de caça desenvolvido para combater e derrotar qualquer adversário. Ele incorpora tecnologias de ponta, incluindo sistemas, sensores, armas e pods para garantir vantagem de combate e oferecer superioridade aérea em ambientes altamente contestados. Os serviços aéreos sueco e brasileiro encomendaram e estão operando o Gripen E, com entregas em andamento.

“O contrato de produção representa o ápice de muito trabalho árduo de nossa equipe”, disse George Gardner, diretor administrativo da L3Harris Release and Integrated Solutions Ltd. “Estamos ansiosos para continuar nosso relacionamento com a Saab durante toda a vida útil da aeronave Gripen E.”

A tecnologia pneumática L3Harris é adaptável a praticamente todas as plataformas avançadas de aeronaves tripuladas e não tripuladas com requisitos de capacidade de mísseis ar-ar. A empresa projeta, desenvolve e fabrica o MELP5 nas instalações de Brighton, no Reino Unido. O produto PMEL representa uma adição importante ao portfólio da L3Harris de lançadores pneumáticos e de liberação por gravidade não ITAR.

 



DIVULGAÇÃO
: L3Harris

NOTA DO PODER AÉREO: a ilustração abaixo e as duas fotos acima permitem entender melhor onde são instalados esses lançadores. São as estações 5R 5C e 5L, sendo que a 5R e a 5L representam adições ao número de estações de cargas externas do Gripen C/D, graças à realocação do trem de pouso no Gripen E/F.

 

Subscribe
Notify of
guest

34 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rodrigo Maçolla

Fica subentendido que esses lançadores já estão incluídos na aquisição dos Nossos Gripen E certo ? ou vamos ter que adquirir separados ? Se sim então os nossos pelo menos vieram com os lançadores utilizados hoje nos Gripen C/D ?

Last edited 1 ano atrás by Rodrigo Maçolla
Camargoer.

Caro Rodrigo. Pelo que entendi, os atuais lançadores são de um modelo anterior. Os aviões fabricados daqui para frente usarão este novo dispositivo. A pergunta é se os atuais receberão este upgrade.

Fernando "Nunão" De Martini

Camargo, Não existe modelo anterior nas estações 5R e 5L, sob a fuselagem, porque elas não existiam no Gripen anterior (C/D). São novidades projetadas para o Gripen E/F empregar mais três mísseis ar-ar sob a fuselagem, lançados por ejeção (os lançadores de mísseis ar-ar das pontas das asas e pilones subalares são por trilhos). A estação central já existia no Gripen C/D e agora esta, assim como as outras duas criadas nos dois lados dela (graças à realocação do trem de pouso principal) podem também levar mísseis ar-ar. Segue um esquema para facilitar o entendimento: Vou acrescentar essa ilustração, já… Read more »

Camargoer.

Olá Nunão. Obrigado. Ficou bem claro agora. Valeu.

Caio Marcio

Não entendo mais nada!
Os caras negativam um agradecimento.

Felipe M.

nem tente entender isso.

uma vez algum moderador, não lembro qual deles, disse que tinha um cidadão que saía negativando todos os comentários, sem distinção.

Sensato

Outro dia reclamaram porque fiz um voto de sucesso pra empresa. Algumas pessoas usam a internet como válvula de escape.

Leandro Costa

Um cidadão já postou aqui comentando que a primeira coisa que fazia em todas as matérias era negativar todo Mundo. Não deu motivo para isso.

Na minha opinião o segredo é simplesmente não se importar.

Renato

Foi o próprio cidadão que em um comentário se auto intitulou de “B-52 da negativação” e não faz tanto tempo, um frustrado.

Wagner

Eu negativo comentários como o seu, que foge do assunto. Bons tempos quando isso aqui era fechado e não permitiam comentários como o seu.

Fernando "Nunão" De Martini

Creio que você está fazendo uma confusão. Estas são as três estações de armas da parte inferior da fuselagem que não existiam no Gripen C/D, que só tinha uma estação central pra tanque de combustível.

Nonato, Na grande maioria dos caças, o lançamento de mísseis ar-ar das estações de armamento das asas costuma ser por trilhos, enquanto as estações sob a fuselagem costumam lançar mísseis ar-ar por dispositivos de ejeção. Os caças Gripen das versões anteriores (A, B, C e D) só levavam mísseis ar-ar nas asas e lançavam por trilhos (o motor do míssil é acionado e ele corre pelo trilho por uma fração de segundo e voa). Esses trilhos são instalados em 4 pilones sob as asas (dois pilones em cada asa) e nas pontas das asas, num total de 6 mísseis ar-ar,… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, para a primeira afirmação.

Para a segunda, não entendi o eventual problema. A princípio, retira-se o lançador dedicado a mísseis e instala-se no lugar o suporte para o tanque externo.

comment image

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Willber Rodrigues

Pelo que entendí, esse lançadores são voltados pra armas anti-navio e ar-terra, confere?
Algum motivo pra caças não levarem mísseis ar-ar diretamente embaixo da fuselagem, ou é apenas mais prático lanças de pod’s nas asas mesmo?

Fernando "Nunão" De Martini

Não, Wilber, esses lançadores mostrados na matéria, desenvolvidos para o Gripen E/F, são para mísseis ar-ar. Está no primeiro parágrafo do texto. Diversos caças podem levar mísseis ar-ar em estações sob a fuselagem, desde o Mirage 2000-5 até Rafale, de Tornado a Eurofighter, sem falar em F-15 Eagle e, antes dele, F-4 Phantom II. São lançados por ejeção, que pode ser pirotécnica, por molas ou por dispositivos pneumáticos como os descritos no texto. O próprio Mirage III (que foi usado pela FAB) levava originalmente um volumoso míssil ar-ar na estação central da fuselagem. E agora o Gripen E/F se junta… Read more »

Sensato

Vou levar bronca mas o desenvolvimento mais esperado da L3Harris pra mim é o flying boom para o KC390.

Saldanha da Gama

Boa tarde, gostaria muito de ver o KC armado como o hércules ac-130

Abraços

Rodolfo

Pergunta pra quem é engenhiro:
A velocidade de cruzeiro do AC130 é mach 0.58 e do KC mach 0.8… então me parece que o turbofan do KC 390 provavelmente não opera tao bem a velocidades mais baixas fora quando estiver se aproximando para pouso… se for assim, a utilidade de um
KC390 ghost rider seria inferior em comparação ao AC130?

Hertz

Olá, Rodolfo. Na verdade há confusão aí. Essas velocidades são as máximas operacionais (VMO/MMO). O motor do C-390 é o IAE V2500, bastante utilizado na aviação civil (ex. A319/20/21). O conceito operacional por trás de uma aeronave como o AC130 envolve o chamado “time on station”. É sobre quanto tempo o avião é capaz de permanecer sobrevoando uma área pronta para oferecer suporte de fogo para as tropas no chão. Isso envolve a capacidade de voar um perfil de órbita em velocidades menores e com maior autonomia. Então, por projeto, aeronaves turbo-hélices como o C-130 saem na frente.É uma plataforma… Read more »

Rodolfo

Valeu pela explicação, eu vi que essas eram velocidades máximas de cruzeiro e chutei se isso teria impacto sobre a capacidade em voar na mesma área por tempo extendido a velocidades menores, o que você usou como definição para time on station se eu entendi bem. Entendi que existem outros fatores como consumo de combustível que você bem me explicou.

Me pergunto se a FAB já considerou essa plataforma no teatro da Amazônia, talvez fossem boas plataformas pra pulverizar pistas clandestinas do ar.

Sensato

Sim. Existe um estudo a esse respeito na Revista Defesa e Segurança no link abaixo, cujo trecho do resumo, reproduzo a seguir:

“Concluiu-se que o emprego de tal aeronave é pertinente com as preocupações e planejamento nacional de defesa, e que o desenvolvimento da versão gunship do KC-390, especialmente quando oferecida como opção dentro de uma plataforma multimissão, pode ter sucesso em vendas no exterior.”

O artigo completo está em:

https://revistaeletronica.fab.mil.br/index.php/afa/article/view/30

Last edited 1 ano atrás by Sensato
Rodolfo

Legal, acabei lendo o pdf. E pensar que um projetil do obuseiro de 105 mm custa 400 dolares e com alguns tiros se inutiliza uma pista clandestina do ar, fora o raio de ação maior que do super tucano que poderia cobrir boa parte da Amazônia a partir de Manaus, a maior parte dos sensores eletrônicos podem ser produzida no RS, bastaria comprar apenas o canhão bushmaster 30 e o obuseiro de 105 dos EUA. Imagino que o desenvolvimento dessa versão nem deve ser muito caro para a FAB… é o tipo de projeto que se o país investisse 2%… Read more »

MMerlin

Não consigo ver um cenário onde o KC-390 fosse incluído para disparar misseis ar ar de longo alcance sem ser visto bastante antes por aeronaves próprias para o combate com os mesmos tipos de misseis devido sua assinatura de radar.

Denis

Assim como no automobilismo, no combate aéreo cada milissegundo é importante, podendo significar ate mesmo a diferença entre a vida e a morte do piloto. Parabéns às duas empresas.

Paulo

Gostei do seu otimismo.

Carlos Campos

muito legal, pena que fica ainda limitado ao peso máximo de decolagem, acredito que se ele decolar carregado com menos combustível e fazer REVO depois seria a maneira de usar esse pontos extras.

Fernando "Nunão" De Martini

Carlos,

Todo caça é limitado pelo peso máximo de decolagem.

Para cada missão há uma combinação de tanques externos, bombas, pods e mísseis.

Há configurações em que é possível levar cargas externas em todas as 10 estações dentro do peso máximo de decolagem.

E há missões em que isso não é necessário ou desejável.

Felipe M.

por puro achismo, acho que, nos próximos anos, será anunciado um segundo lote do Gripen. Não acredito que vamos parar nos 36 (ou 40?). Se falou que, no ano passado, o contrato seria aditivado com mais 4. Não sei se isso chegou a acontecer. Mais 24 ou 30, e teríamos algo entre 60 e 70. Não são os 108 que torcíamos, mas já é algo altamente relevante. Resta saber se a entrada da Suécia na OTAN terá algum tipo de impacto, seja no programa em si ou na vontade dos tomadores de decisão em contratar um segundo lote passível de… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Felipe, Eu acho que a FAB, sendo a Força Aérea do maior e mais rico país da América do Sul (com pretensão de ser e se manter como o mais influente da região), tem obrigação de possuir a maior frota de caças de primeira linha. Hoje a maior nesse quesito é a Força Aérea Chilena, cuja frota atual soma uns 44 F-16 (mais ou menos 1/4 F-16 C/D e 3/4 F-16 A/B MLU) e perto de uma dúzia de F-5 Tiger III, num total de pouco mais de 50 jatos de combate em operação. A obrigação da FAB, na minha… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Teropode, Sempre é bom lembrar que no caso do Gripen E/F já foi ampliada a capacidade interna de combustível, em relação ao Gripen C/D, em cerca de 1 tonelada, pela mudança de posição do trem de pouso principal, que antes recolhia para dentro da fuselagem e passou a ser abrigado em duas carenagens na parte inferior das raízes das asas. Ou seja, já existe uma capacidade ampliada de combustível por essa mudança, a qual acarretou a instalação de duas carenagens inferiores que se assemelham a pequenos tanques conformais. Não sei se o projeto comportaria mais carenagens pra tanques extras na… Read more »

Satyricon

Sei que a estação 4 é destinada ao transporte exclusivo de pod’s (designadores, reconhecimento, etc) mas sempre me questionei a possibilidade de ser duplicado (4L e 4R) possibilitando o carregamento de mais 2 mísseis ar-ar.
Viajando aqui…

Adriano da Silva Castilhos

Caro amigo, creio não ser possível essa configuração devido ali estar instalado o canhão orgânico.

RCJ

Falta a Suécia e FAB testarem esses lançadores na fuselagem com 3 mísseis ar-ar próximos, para checar se não há acoplamento aerodinâmico no lançamento, em diferentes condições.

Além disso, alguma notícia sobre tanque externo de combustível de maior capacidade para a FAB (1.500-1.800 l), ao invés dos de 1.000-1.000 l (que a Suécia diz ser suficiente para ela) ?

Fernando "Nunão" De Martini

RCJ,

Sobre os mísseis, nada mais natural que seja feita campanha de lançamento com ejeção de mísseis inertes para validação. Porém, creio que essa responsabilidade não seja da FAB, e sim do fabricante (ainda que aeronaves da FAB possam participar da campanha).

Sobre tanques externos, não entendi muito bem a questão, pois já foram feitos com o exemplar 39-7 desde pelo menos 2010, com tanques externos de 450 galões (cerca de 1700 litros), e não são destinados só à FAB. Desconheço que a essa altura falte mais algum teste ou algo do gênero para eventual aquisição pela FAB.

https://www.aereo.jor.br/2010/09/21/gripen-ng-demo-mostra-seus-tanques-externos-de-maior-capacidade/